O Futuro na Política

Passada a euforia e as surpresas do primeiro turno das eleições, depois da ressaca da vitória de uns, da derrota de outros e da falácia de alguns que insistem em alegar sua vitória e a derrota de outrem, fico me perguntando: o que vai sair, em termo de futuro, das urnas de 2 outubro de 2016?

A resposta que me vem, automaticamente, num movimento reflexo de meu cérebro, é: Nada! Não vai sair nada, como resultado prático de possibilidade de futuro desta eleição.

Vamos eliminar logo a discussão a nível nacional. Quem se sobressaiu nessa eleição? Em meu modesto ponto de vista, ninguém! Eduardo Paes e Fernando Haddad, prefeitos das duas maiores cidades do país e potenciais candidatos em 2018 à Presidência da República, amargaram derrotas pessoais retumbantes! A vitória da direita, de gente como Bolsonaro, é demonstração cabal do seu real tamanho nanico! O PT e o Lula sofreram uma tremenda desidratação e a vitória de Doria/Alckmin, no primeiro turno, em Sampa, não significa que o PSDB esteja se qualificando mais do que já estava em 2014. Alguém ouviu falar em alguma vitória mais expressiva de algum possível candidato à Presidência? Penso que não!

No que diz respeito ao Maranhão, o quadro não me parece diferente no tocante às opções de futuro na política.

Em 2012, quando da eleição de Edivaldo Holanda, imaginei que ele pudesse fazer uma gestão suficientemente dinâmica e boa, que o credenciasse a vir a ser uma opção para encabeçar um grupo que o quisesse vê-lo governador do Maranhão. Sua gestão não o credenciou a isso. Nos dois primeiros anos de gestão, sua maior reclamação foi que o governo estadual de então não ajudava o município de São Luís.

Levados pelo partidarismo, deixamos de analisar o contexto de forma isenta e correta. Dizer que quando Roseana estava no governo ela não ajudou São Luís, é uma tremenda injustiça! Ela foi a maior prefeita que essa cidade já teve. O que ela não fez foi transferir recursos financeiros para a gestão municipal, adversária política. Tenho certeza absoluta que qualquer um no lugar dela faria o mesmo.

Mas voltemos ao futuro! Quem são os nomes que, saídos dessa eleição, podem se configurar como opção política para nosso estado?

Tenho dificuldade em vislumbrar, e olhe que eu sou bom em fazer isso, quais sejam as possíveis lideranças estaduais que brotam da terra fértil dessa eleição.

Se Flávio Dino quiser ele será candidato à reeleição e tem grande possibilidade de vencê-la, até porque em seu time não existe nenhuma figura que tenha estatura para tanto. Teria Zé Reinaldo, mas eles não estão lá muito bem! Teria Weverton, mas seu voo só chega ao Senado, pelo menos por enquanto. Teria Humberto ou Brandão, mas são lideranças muito restritas aos seus redutos. Poderia ter Madeira, mas estão distantes. Poderia por fim ser Edivaldo Junior, mas este, que poderia encarnar a renovação da renovação não conseguiu passar isso nem para a população nem para os políticos. Edivaldo é uma excelente pessoa, mas para ser um bom executivo, essa pessoa precisa ter um pulso forte, coisa que nem Edivaldo tem, nem Jackson teve! Já Roseana teve e Dino tem, até em demasia!

Do outro lado não estão em situação mais confortável. Roseana é eternamente candidata, pois de seu grupo é só quem tem carisma para isso. Sarney Filho deve ser candidato ao Senado, assim como Lobão Filho. Luís Fernando se descredenciou quando desistiu no meio de uma jornada difícil, mas que seria certamente consagradora. Deve passar oito anos comandando Ribamar. Gastão claudicou muito e perdeu espaço, mas pode voltar a ser um de nossos melhores deputados federais.

Resta aos antagonistas do atual governo o nome de dois senadores, João Alberto que vem de importantes vitórias, ressurgindo eleitoralmente na política e Roberto Rocha, este apesar de fragilizado por algumas derrotas, mantêm suas cabeças de ponte e principalmente a vantagem de ter ainda quatro anos de um mandato de senador.

Será que me esqueci de alguém!? Penso que não!

Como não tenho mais espaço, deixo as conclusões para você caro amigo leitor, que também deve ser eleitor de algum dos citados.

 

PS: Eduardo Braide poderia ser uma esperança de futuro?

7 comentários em “O Futuro na Política”

  1. Esqueceste apenas do principal nome de oposição a Dino: Maura Jorge. Com o apoio do grupo Sarney, Maura tem tudo pra ser o nome mais competitivo em 2018

      1. Essa prefeita Maura tem grande potencial, basta apoio político e investimento de grupo. Porém é alvo direto de Flávio Dino, creio que o mesmo, no seu estilo vingativo de ser, está aguardando o momento certo para atacá-la. O que não sei se não seria benéfico para a prefeita, e destrutivo para Flávio, pois estaria escancarado para todos que era de fato, retaliação motivado por vingança etc etc, o que traria mais projeção política a Maura.

  2. Eduardo Braide será Eliziane no futuro. Eliziane Tinha tudo para se tornar uma grande liderança política no Estado, mas saiu muito fragilizada desta eleição. Agora, talvez nem consiga se eleger para um mandato de deputada Federal ou Estadual.

    1. Penso que há uma grande diferença entre os dois casos! Não vejo a menor possibilidade de quem não tinha nada perder o que não tinha! Braide mesmo perdendo a eleição já é o maior vencedor dela!

  3. Bom dia. Concordo com 70% do que você escreveu àcerca do cenário político maranhense. No entanto, o senador João Alberto não tem chances de encabeçar uma dessas, sem carisma algum, desconhecido no interior maranhense, não tem a simpatia da massa. Roberto Rocha é inexpressivo. Isso de prefeitos estar indo procurá-lo é tudo efeito ilusório, Semelhante o que fizemos com sua mãe, as visitas não representavam apoio de fato, mas para quem recebia a notícia tinham a impressão que sua mãe tava dominando o pedaço. O que ele tá procurando no momento é apenas mídia e se tornar conhecido nos municípios, abraçando prefeitos ainda iludidos com a primeira eleição, e no primeiro amor se entregar a lábia dele. Senador Roberto Rocha é inexpressivo, tem uma personalidade ” egocêntrica”, não tem apelo algum popular, desconhecido nos interiores maranhenses, muita gente não sabe inclusive que ele é senador. Essa imagem de Roberto está recebendo vários prefeitos, tudo efeito ilusório, ou seja, as visitas não representam apoio de fato, mas para o leigo que ver, tem a impressão que o mesmo está abraçando o mundo. O que Roberto procura no momento é mídia para se tornar conhecido nos municípios, abraçando prefeitos ainda iludidos com a primeira eleição. Ao meu ver quem tem real chance de encarar uma candidatura de governo, com reais chances de vitória, seria uma chapa Roseana Sarney e a prefeita Maura Jorge. Tenho observado muito as redes sociais, visito constantemente o interior maranhense no geral, e a ex governadora está com sua imagem muito desgastada por n fatores, que creio não convém citarmos, porém ainda é muito forte politicamente falando. Já a ex deputada Maura Jorge, seu reduto político anteriormente resumia-se aos municípios do médio mearim e outros que obtinha votos em seus mandatos no legislativo, porém após sua entrada no PTN, enquanto presidente do partido, notei que a mesma soube abraçá-lo e partiu para outros municípios marcando sua passagem. Vejo Maura como a política mais carismática e com fácil acesso e possibilidade de percorrer os interiores maranhenses, a massa popular tem grande indentificação. Na passada, Luis Fernando, não emplacou como governador por pura falta de investimento, e olha que o mesmo não tem características que o ajudam.

  4. Jackson Lago foi um bom executivo como prefeito. Como governador ele só governou 2 anos e alguns meses. Não deu tempo de fazer uma grande analise.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

Busca

E-mail

No Twitter

Posts recentes

Comentários

Arquivos

Arquivos

Categorias

Mais Blogs

Rolar para cima