Sobre Weverton Rocha


Penso que seja necessário comentar sobre a posição do senador Weverton Rocha, uma vez que ele é um dos maiores contendores na próxima disputa ao governo do Maranhão.

É bom que se ressalte que os dois maiores postulantes ao governo pertencerem ao mesmo grupo político, e é importante salientar também, que o grupo agora no comando, dirigido por Flávio Dino, sucedeu o grupo hegemônico anterior do Maranhão, também em sua elefantíase descomunal, o que causa a ele os sintomas e efeitos colaterais provenientes desta lastimosa disfunção glandular política, infelizmente muito comum em nosso estado.

Quanto a Weverton, devo esclarecer alguns pontos que acredito serem necessários para um bom e correto entendimento sobre ele.

Ele começou muito cedo na militância estudantil, onde mais que qualquer coisa, o importante é tenacidade, disponibilidade e dedicação.

Weverton é visto ainda hoje, por muita gente que não o conhece pessoalmente, pelo estereótipo que foi criado dele no início de sua jornada política. Coisa que todos nós sabemos, é sempre algo construído, para o bem ou para o mal, dependendo de quem detém o poder de esculpir tais perfis.

Jovem militante do PDT, seguidor de Jackson Lago, figura que de tão boa pessoa, não poderia jamais ser um político forte e poderoso, na mais ampla concepção dessas palavras, como o foram alguns de seus contemporâneos, Weverton, se forjou quase que completamente sozinho. Tudo bem que isso não desculpa 100% de seus desacertos, pois meu pai também se forjou sozinho, mas os tempos eram outros, as circunstancias eram outras. Já Weverton não teve a mesma sorte. O único exemplo que teve foi Jackson, de quem não poderia copiar a doçura, pois se o fizesse, jamais seria hoje Senador da República Federativa do Brasil.

Uma coisa marcará a vida de Weverton Rocha para sempre e eu posso ajudar a desmistificar um pouco este episódio. Trata-se da reforma do Ginásio Costa Rodrigues e tudo que envolveu aquela obra.

Dizem que o então secretário de esportes do estado, o hoje senador Weverton Rocha, teria desviado recursos dela. Eu não posso afirmar isso. Posso afirmar que aconteceram diversos erros e contratempos na execução daquela obra. Erros como a concepção do projeto que inicialmente era de reforma e passou a ser de demolição e construção de nova estrutura. Além disso, a ampliação da quadra de jogo e diminuição das arquibancadas jamais deveria ter sido feita. Ali deveria ser um ginásio apenas para prática de vôlei e basquete, mas o arroubo da juventude falou mais alto.

Todos sabem que Weverton tinha a confiança de Jackson, e tenho certeza que se tempo de governo ele tivesse, teria concluído aquela obra, de qualquer maneira.

Como já disse, esse episódio marcará a história de Weverton de forma definitiva, da mesma forma que a Fazenda Maguary marcou a de Sarney e os aluguéis camaradas marcarão a de Flávio Dino, e nem por isso esses são fatos realmente comprovados ou verdadeiros.

O fato é que este sujeito de apenas 40 anos já foi deputado federal, líder de seu partido na Câmara dos Deputados e hoje é um senador da república, com grande possibilidade de vir a ser governador do Maranhão!

Há outro detalhe em relação à Weverton Rocha que pouca gente comenta, mas que eu acredito imprescindível que seja dito. Ele é uma das poucas pessoas a quem Flávio Dino realmente teme. WR nunca dependeu exclusivamente de FD, sempre manteve fortes apoios nacionais, e é “dono” de um partido e de um grupo político forte em nosso estado. Se bem que esse temor já esmaeceu, pois tanto Flávio quanto Weverton, se encontram, respectivamente, em posição descendente e inercial. Digo isso, pois o futuro se afunila na direção de Carlos Brandão!

Em minha modesta opinião, a vez de governar o Maranhão é de Brandão, até porque ele estará sentado na cadeira de governador e com a caneta na mão, além de não ser obtuso ao ponto de não saber se comportar e jogar o bom jogo.

Weverton fará muito bem se negociar com Brandão e indicar um vice-governador que possa abrir-lhe as portas para um possível mandato de governador em 2026.

Como dizia o sábio Lister Caldas, repetindo um velho provérbio português: Quem viver verá!

2 comentários em “Sobre Weverton Rocha”

  1. Um lenço por favor!
    Não sei se enxugo as lágrimas,
    Ou ofereço ao amigo para secar a boca.
    Quem viver verá. Mas quem antever já se oferece.

    1. Joaquim Haickel

      Caro senhor Marcos Miranda,
      Penso que não sejamos íntimos o suficiente para o prezado me oferecer um lenço, mesmo que por mera gentileza, que creio que não seja o caso, pois se fosse gentil e bem intencionado, o nobre teria se restringido, quando muito, a analisar o texto postado e não tecer comentário inapropriado, por total falta de conhecimento e competência, a respeito da pessoa que o escreveu, coisa que de pronto demonstra claramente a sua incapacidade de conviver com ideias que por ventura não concorda, mas que tem obrigação de, no mínimo respeitar.
      O fato é que para continuar no seu nível, já que se eu for falar consigo num que certamente o senhor não será capaz de assimilar, acho bom o senhor guardar esse seu lenço para enxugar as muitas lágrimas que essa sua postura perante a vida vai lhe render, ou para secar a sua baba canina ou quem sabe bovina…
      Sem mais,
      Atenciosamente,
      Joaquim Haickel

      PS: Acabei de lembrar uma coisa! O senhor deve ser um desses vermes que usam nomes falsos, pois não tem coragem de dizer o que pensar de cara limpa e sustentar suas posições.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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