Singularidade

Ninguém pode sustentar com capacidade de impor como verdade, a narrativa de que uma pessoa age discriminando as mulheres, lato sensu, se ficar comprovado que tal pessoa se refere a um indivíduo em particular, que por acaso é uma mulher, não pelo fato de ser mulher, mas por sua posição política e ideológica. O mesmo ocorre em muitos outros casos, como narrativas sobre racismo, homofobia, fascismo, corrupção, desonestidade…

Dois casos desse tipo tomaram conta do nosso dia a dia nos últimos anos. No primeiro, a esquerda, insiste em dizer que criaram uma narrativa caluniosa, injuriosa e difamatória contra o ex-presidente Lula, imputando a ele ações criminosas, corruptas e desonestas que envolvem bilhões em desvio do erário público brasileiro.

Acusações foram feitas, processos foram instaurados, julgamentos aconteceram, sentenças foram proferidas, penas foram cumpridas e ainda assim a banda à esquerda do espectro ideológico de nosso país, de modo geral, defende a inocência do apenado, declarando isso tudo ser uma grande trama, um grande golpe contra a liberdade e o estado democrático de direito.

Por outro lado, a direita defende incondicionalmente o presidente Jair Bolsonaro, acusado de racismo, homofobia, misoginia, fascismo, apologia ao desrespeito à liberdade, à violência e à ditadura.

O fato é que em 2018, depois de desmontado, o esquema de poder do Partido dos Trabalhadores, que comandou nosso país, por 14 anos, apoiado numa esquerda que minou, aparelhou e fragilizou nossa sociedade nas últimas seis décadas, ruiu.

Isso aconteceu por um motivo elementar, comum às estruturas políticas baseadas em ideologias autoritárias, concentradoras de poder, mesmo aquelas que APARENTEMENTE não o são, como no caso da que se implantou no Brasil, desde a ascensão da esquerda ao poder em 1995 com Fernando Henrique Cardoso.

Essas estruturas não sobrevivem ao tempo, pois as pessoas e as gerações mudam. Elas não se perpetuam, ainda mais em uma sociedade como a de hoje, onde a informação se dissemina por si só, não dependendo mais dos grandes detentores e manipuladores do poder jornalístico, que teve seu apogeu nos anos quentes da Guerra Fria, nas décadas de 60 e 70, e seu declínio a partir de 1989, com a queda do Muro de Berlim, símbolo do controle ideológico e político de metade do mundo pelo comunismo.

Acusar Bolsonaro de tudo que acusam é muito fácil e acho até que ele ajuda bastante seus acusadores, pois é um camarada verborrágico, irascível, descontrolado, que reage primeiro e pensa depois!… Quando pensa!…

Mas acusar quase 60 milhões de brasileiros que disseram um retumbante NÃO a tudo que o PT e os esquerdistas fizeram com nosso país, isso é inadmissível! Um absurdo sem precedentes na história contemporânea, essa mesma história que é movimentada e sustentada pelas redes sociais!…

A tentativa de criar uma narrativa falsa sobre o fato de nossa democracia está sendo enfraquecida pelo presidente, que ele defende o uso da violência, o desrespeito à liberdade, à depredação do meio ambiente, que ataca índios, homossexuais, mulheres, negros… Isso é apenas o reducionismo da questão política estabelecida pela esquerda em busca de recuperar o espaço que perdeu.

Bolsonaro é acusado de misoginia, mas ele tem parte das mulheres ao seu lado. Ele não ataca as mulheres, ataca as pessoas deste gênero que se opõem a ele e ao seu projeto político, que foi chancelado por seus eleitores! O mesmo ocorre com os negros, os homossexuais, os indígenas… O problema deste senhor é que além de não saber se comunicar, não demonstra nenhum interesse em aprender, o que dificulta muito o trabalho de pessoas que como eu, acredita saber o que realmente está acontecendo em nosso país.

Em minha modesta opinião o que está acontecendo no Brasil é um distúrbio, quase como uma singularidade gravitacional, causada pelo desmonte das estruturas sociais, perpetrado pelas ideologias de esquerda, na intenção de controlar totalmente a sociedade. Ninguém está preparado para absorver e solucionar a imensa fragilidade estrutural causada pelo vazio, pelo buraco negro (se é que posso chamá-lo assim sem ser considerado racista), que dá origem a este distúrbio, a esta singularidade.

PS: Atenção patrulhadores, de esquerda e de direita: corram para o Google!…

3 comentários em “Singularidade”

  1. Bem que V.Sa. tentou disfarçar, mas não conseguiu ocultar sua predileção pelo “mito”. Lamentável, mas perfeitamente compreensível, afinal a leitura do status qui é bem diferente a partir do ponto de vista de pobres e de ricos. Aproveite e vá para o Coronafest (ou Bolsonaro day). Afinal, você é, sim, um deles. Bolsominion….

    1. Leia o seu comentário e o meu texto e veja a diferença entre eles e comprove que eu estou certo, pois é inquestionável a imcapacidade de pessoas como você entender coisas simples como isensão erespeito!…

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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