O prefeito que eu quero

Resolvi fazer, antes mesmo que se inicie a campanha eleitoral para prefeito, minha declaração de voto. Não vou apenas designar o nome do candidato no qual votarei, mas estabelecer parâmetros que devem ser minimamente cumpridos por ele.

O voto é uma aposta, e ninguém aposta para perder. O voto é antes de qualquer coisa um ato emocional. Votamos movidos por alguma emoção, seja ela a esperança, a confiança, o respeito, a amizade, a gratidão e até mesmo a dúvida, o desespero, o medo e o interesse. O só voto não deve, nem pode jamais, ser motivado por algum sentimento de venalidade, pois se assim o for ele vai custar muito caro para o eleitor, para o eleito e para toda a gente.

É indispensável que o candidato que escolhermos para prefeito de nossa amada São Luís tenha uma agenda que coincida com as nossas necessidades, não apenas as pessoais e individuais, mas também as coletivas e abrangentes.

Em que pese eu já ter escolhido em quem vou votar e trabalhar para eleger, ele precisa demonstrar atitudes e disposição que me permita pedir para minha mãe, minha mulher e minha filha também votarem nele. Ele precisa fazer com que eu e as pessoas que o apoiam, sintamos orgulho em fazer isso.

O prefeito que eu quero, precisa ser corajoso e enfrentar com altruísmo e pragmatismo as dificuldades que certamente se apresentarão à sua frente, não apenas na campanha eleitoral, mas, se vitorioso nela, aja assim durante todo o tempo que desempenhar seu mandato. Ele precisa ser coerente, não sendo jamais nem de forma alguma hipócrita. Deverá cercar-se de pessoas competentes, dinâmicas e honestas.

Ele precisa dar o dobro de valor aos seus ouvidos e metade à sua língua. Ele deve ouvir as pessoas, mesmo que não possa atender às suas reinvindicações, e deve dizer isso a elas clara e diretamente, com carinho, respeito e elegância.

Ele precisa ser inteligente e sábio, leal e nobre. Não pode ser arrogante ou prepotente, nem agir de forma sectária e maniqueísta. Sua campanha eleitoral deve acabar no dia do anúncio do resultado da eleição.

Eu quero um prefeito que faça coisas simples, mas importantes, como por exemplo, enfrentar a Procuradoria do Meio Ambiente e retirar o excesso de areia acumulada na Avenida Litorânea. Areia que só está ali pelo fato de administrações anteriores não terem agido corretamente quanto à limpeza de nossas praias.

Quero um prefeito que enfrente os vândalos que depredam o patrimônio público e particular, que regularize a situação dos ambulantes e dos flanelinhas, que estabeleça regras factíveis, efetivas, eficientes e eficazes para o melhor uso das diversas áreas da cidade.

Quero um prefeito que enfrente os políticos, adversários e correligionários, que não estejam alinhados com os melhores interesses de nossa cidade e de seu povo, e que se junte a quem o possa ajudá-lo a bem gerir o município.

Precisamos de um prefeito que não aja pensando na próxima eleição, mas consciente de que se ele fizer uma boa administração, coisa que não é uma tarefa fácil, ele não precisará fazer muito para ter sucesso na próxima disputa eleitoral.

Eu votarei em Eduardo Braide e tenho fé que ele possa fazer tudo isso e ser um bom prefeito.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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