O dilema do cidadão honrado e do eleitor consciente

Depois de ontem, não resta nenhuma dúvida que Bolsonaro é um completo imbecil, da mesma forma de que depois de tudo que fez, nada leva a crer que se eleito, Lula e seus esquerdopatas não irão voltar a praticar os mesmos atos abomináveis e corruptos que os mantiveram no poder por 16 anos.

A cada dia as atitudes do atual presidente da república diminuem mais e mais a possibilidade dele vir a ser apoiado por boa parte dos cidadãos honrados de nosso país, e por um grande número de eleitores conscientes, pessoas que não desejam que o Brasil volte a ser dominado por uma camarilha de corruptos, hipócritas, sectários, maniqueístas e toda espécie de figuras nefastas.

É neste ponto em que estas pessoas se encontram, e eu sou uma delas. Jamais votarei novamente em Lula e sua gangue, da mesma forma que é impossível para alguém como eu, que entende perfeitamente bem os mecanismos da política, apoiar novamente um sujeito temerário, como está mais que claro que é Bolsonaro.

Então o que resta para pessoas como eu, pessoas que estejam na mesma condição que eu, que pensem como eu, que sintam as coisas como eu sinto? O que nós podemos fazer numa situação dessas?

Votar em Ciro, em Tebet, em um outro candidato qualquer!? Isso vai resolver!? Se fizermos isso, teremos sucesso? É muito provável que não.

A radicalização política, social, cultural e psicológica a qual nosso país, de maneira criminosa, foi submetido nos últimos tempos, perpetrada pelas máquinas políticas de esquerda e de direita, destruiu qualquer possibilidade de haver uma terceira via, um caminho alternativo, algo que nos livrasse dos impropérios absurdos do atual presidente e das atrocidades políticas, administrativas, econômicas e morais do ex-presidente.

Num bom e escrachado português de baixo calão: “Nós estamos é fodidos”! Se apoiarmos Bolsonaro, até podemos ter sucesso na economia, mas não teremos o respeito necessário para que esse sucesso perdure e possa ser desfrutado de forma produtiva e sadia. Se apoiarmos Lula, até poderemos ter um pouco de respeito por parte de alguns, mas no fundo seremos dirigidos por uma organização criminosa, voltada única e exclusivamente para se manter no poder.

Só vejo uma única saída para esse dilema. Uma saída muito difícil de ser implementada. Algo que depende de uma engenharia política bastante intrincada, que precisa ser construída com ingredientes difíceis de serem encontrados nos dias de hoje, principalmente nos homens e mulheres que fazem política, que possuem os diversos tipos de poder e de influência em nosso país.

Só vejo uma possibilidade de nos livrarmos tanto de Bolsonaro quanto de Lula, de uma vez só, de uma única e decisiva tacada.

A saída seria que todos os demais candidatos a presidente, todos os partidos que não estejam empenhados nessa desgraçada polarização de esquerda contra direita, todas as pessoas conscientes de nosso país, todos os influenciadores, todos os pensadores, os jornalistas, a imprensa de um modo geral e o empresariado, se empenhassem em um acordo amplo e geral, no sentido de criarmos uma alternativa a essa polarização, construindo uma terceira opção viável e forte para desbancar um dos dois contendores no primeiro turno, e que possibilitasse a derrota do outro no segundo.

A questão é: Existem pessoas em nosso país capazes de construir tal ambiente!?

A resposta a essa pergunta mais uma vez está condicionada pela existência dessa infame polarização, pois durante os anos de domínio de Lula e do PT, eles destruíram o sistema sociopolítico capaz de gerar lideranças verdadeiras, malefício que a ascensão de um direitista boçal e incompetente não foi capaz de sanar.

Podem me chamar de visionário ou até mesmo de louco. Não tem importância, não vou me chatear, nem levar para o lado pessoal, mas infelizmente é essa a nossa única e difícil, quase impossível, saída.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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