Infâmia, Injustiça…

Tip the scales of justice concept as a the finger of a person illegaly influencing the legal system for an unfair advantage with 3D illustration elements.

Uma querida amiga minha ligou para mim assustada, perguntando se eu havia enlouquecido, pois haviam ligado para ela dizendo que eu estou apoiando atos antidemocráticos e pedindo um golpe militar.

Fiquei chocado! Na hora que ela falou isso, senti tristeza e raiva, mas à proporção que o choque foi passando, achei até graça e senti pena da pessoa que ligou para essa minha amiga, e que ela não me revelou o nome.

Depois fiquei ruminando pensamentos recorrentes, alguns deles que provam e comprovam que as pessoas não estão realmente preparadas para uma vida sadia em uma sociedade plural e democrática, onde cada um tem o direito de pensar como quiser, ser como desejar, fazer aquilo que lhe der vontade, desde que assuma as responsabilidades decorrentes de todas essas opções e escolhas.

Fiquei imaginando o que responderia se me perguntassem quem são os meus maiores e melhores avalistas. Acredito que meu maior e melhor avalista é meu currículo, a lista de tudo que fiz em minha vida, aquilo que estabelece o que esperarem de mim e demonstra real e claramente o que e quem eu sou.

Sempre busquei ser consciente, mesmo sendo isso uma coisa difícil de se conseguir. A coerência sempre foi uma de minhas metas prioritárias. Sempre me policiei para não escolher a mentira fácil ao invés da verdade difícil. Nunca me deixei vitimizar. Nunca fui seduzido pela ganância. Nunca deixei de ser crítico para com os outros muito menos comigo mesmo.

Respeito todas as pessoas por acreditar que somente assim possa ser merecedor de tratamento igual. Trato todos com cordialidade, como fui ensinado e por acreditar ser obrigação agirmos assim.

Procurei no estudo e no conhecimento o alento para minha existência questionadora. Escolhi Platão, Sócrates e Aristóteles como mestres primordiais. Com um, exploro o idealismo, formulo teses, semeio ideias, faço planos. Com o segundo, sou duramente crítico, a tudo e a todos, principalmente a mim mesmo. Com o terceiro coloco em prática as ideias que elaborei e que depois critiquei.

Quatro palavras norteiam a minha vida. Lealdade e honra, sentimentos de mim para as pessoas; Inteligência e sabedoria, sentimentos de mim para mim mesmo.  

O pragmatismo é a amálgama que junta e mistura toda essa grande quantidade de pensamentos e sentimentos que compõem a pessoa que eu sou. Ele muitas vezes dificulta a minha vida, pois normalmente as coisas, as pessoas, a vida, não aceitam facilmente nem de bom grado, o pragmatismo e os pragmáticos.

Voltando ao telefonema daquela minha querida amiga, pessoa a quem admiro e respeito, por quem tenho um grande carinho, refleti sobre o que ela me disse e aquilo me fez ver o quanto estamos expostos a infâmias absurdas e cruéis injustiças.

Eu jamais apoiaria um golpe militar! Jamais. Sobre as manifestações, acredito que estejam corretas, acredito que as pessoas protestam contra a desvirtuação e o rompimento da legalidade, contra a utilização da censura como instrumento de repressão e medo, contra o frontal e patente desrespeito a nossa Constituição, coisas imposta por ações autoritárias dos tribunais superiores, que simplesmente destruíram o devido processo legal e passaram a apontar a existência de crimes não tipificados em nenhuma legislação de nosso país.

Da mesma forma eu abomino narrativas mentirosas sobre fatos e pessoas, advindas de onde vierem, da esquerda ou da direita. Isso me enoja.

Por fim me resta um único consolo, saber que as pessoas que realmente me conhecem, conhecem minha mente, minha alma, meus sentimentos, sabem o que vai em mim,

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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