
Sou compelido a parodiar o maior poeta que conheci: Somos loucos, cada vez menos. Somos poucos, mas cada vez somos mais. Somos mais que essa matéria nojenta que faz com que muitos covardes aceitem ser usurpados e fiquem calados…
Algo precisa ser feito, com urgência, para que a normalidade jurídica seja restaurada no Brasil. Os absurdos que têm sido perpetrados pelo ministro Alexandre de Moraes, e por alguns outros ministros do STF, contra os dispositivos legais vigentes, especialmente contra as leis processuais e a Constituição Federal, mais especificamente contra os direitos e garantias individuais dos cidadãos brasileiros, não têm precedentes em nenhuma democracia do mundo nos últimos 80 anos, desde o fim da Segunda Guerra Mundial.
Se, de um lado e de outro, temos políticos abjetos no Legislativo e no Executivo, ao centro temos um Judiciário abusivo, que corrói e destrói, desde a base até o topo, a democracia que foi tecida com o esforço e o sacrifício de gerações de brasileiros. Brasileiros que, por algum tempo, viveram o belo sonho da liberdade, mas que, numa certa manhã, descobriram que as Forças Armadas — as quais respeitavam e nas quais confiavam — foram desmoralizadas por ações de canalhas e por acusações lançadas por vermes. Descobriram que os políticos — de quem já desconfiavam — mergulharam em extrema venalidade, incentivados, primeiro, pelo famigerado mensalão, e depois pelas indecorosas emendas com as quais compram seus mandatos.
Descobriram que a militância esquerdista trabalhou, durante os últimos 50 anos, para destruir os valores que fundamentam uma nação. Destruíram a família, a escola, a religião. Desagregaram a sociedade ao incentivarem uma fratricida luta de classes — o tal “nós contra eles”. Descobriram, por fim, que direitistas e esquerdistas não são tão diferentes entre si, já que só pensam em seus projetos de poder, e não em um projeto de país.
O povo brasileiro está exposto ao pior tipo de autoritarismo: aquele arrogante, prepotente, hipócrita — que se cobre com a toga da justiça para subverter o direito, a ordem e a democracia — e que não oferece nenhuma possibilidade de defesa a quem ousa se opor aos abusos que cometem.
Meu consolo é saber que a verdadeira história será escrita, mesmo que seja com um simples batom. E que essa história, quando escrita, não poupará os que estão destruindo o Brasil. Ela os colocará sob a luz que merecem: em frangalhos, no lixo da história.