Democracia imperfeita: parece, mas não é

Li recentemente que em nosso país não há uma ditadura, mas sim uma democracia imperfeita. Concordei imediatamente com a afirmação, mas logo me perguntei o que significa, de fato, uma democracia imperfeita.

Pesquisei e cheguei à conclusão de que uma democracia é imperfeita quando a Constituição protege uns e abandona outros; quando os direitos fundamentais se aplicam seletivamente, servindo como escudo para alguns e como arma contra outros.

Uma democracia imperfeita não se declara como tirania, mas se insinua pela mentira, pela manipulação, pela hipocrisia. É mais perigosa do que a ditadura, porque enquanto esta nos dá clareza para resistir, aquela nos engana, nos adormece, e transforma a exceção em regra sob o disfarce de normalidade.

Por isso, uma democracia imperfeita precisa ser combatida com mais vigor do que a própria ditadura: porque corrompe não apenas as instituições, mas a própria ideia de liberdade.

Democracia é plena ou não é democracia.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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