As ilustrações substituem o título…

Hoje me sinto obrigado a escrever sobre um assunto que já abordei aqui já faz alguns meses. O título do artigo foi “A importância do voto ideológico”, no qual digo que, “não simpatizo com a forma do candidato Jair Bolsonaro se expressar, nem com algumas de suas posições perante a vida e a sociedade. Ele é desprovido do verniz necessário para uma boa convivência, no entanto, vejo em alguns outros posicionamentos seus, lato sensu, coerência e objetividade. Jamais cogitaria votar nele se houvessem boas alternativas, que, garantidamente, impedissem a vitória de um candidato de esquerda à Presidência da República. Anteriormente, eu havia declarado que votaria no candidato que fosse o menos pior, uma vez que não via entre os postulantes quem se classificasse na categoria de bom. Na época, disse que o candidato de minha escolha seria o Geraldo Alckmin, que infelizmente não se viabilizou eleitoralmente”.

E continuei explicando que “o voto ideológico é aquele que o eleitor dá, baseado nas propostas defendidas pelo candidato que mais se identifica com o seu jeito de pensar. Há, no entanto, outro tipo de voto ideológico, um que se contrapõe diametralmente a este citado anteriormente. É aquele que eu chamo de voto anti-ideológico, praticado por um eleitor que deseja que não se eleja um candidato de uma determinada ideologia da qual ele discorda e não quer vê-la predominando na política de seu país, sendo aplicada pelo gestor de seu Estado, de forma que regule as relações da sociedade. É este o tipo de voto que eu exercerei e é ele que eu defendo para este momento em que o Brasil se encontra, tão fragilizado, há tanto tempo torto e capenga para o lado esquerdo”.

E me aprofundei dizendo que estava recebendo, “através de conversas presenciais, ligações telefônicas, mensagens de WhatsApp, comentários nas diversas redes sociais, apelos e manifestações para que eu não vote em Bolsonaro. Pessoas amigas chegam a me dizer que alguém inteligente como eu, um homem de bem e do bem, não pode votar num sujeito como esse. Eu tenho dito a todas essas pessoas que eu não votarei nele! #EleNão! Votarei contra o candidato do partido que defende a ideologia que instalou em nosso país o aparelhamento do Estado, transformando-o em mera ferramenta partidária, patrocinadora de ações que até parecem ter um conteúdo saudável e justo, revestidas de uma capa de correção e honestidade, mas que no seu âmago é só desfaçatez, só desvio de conduta, mentira, corrupção, ações e posicionamentos não republicanos e completamente antidemocráticos”.

Naquela ocasião disse; “Não votarei em Bolsonaro! Votarei num candidato que tenha condição de impedir que a esquerda continue destruindo nosso país e suas instituições”.

Jamais disse ou pensei que Bolsonaro iria resolver os problemas do Brasil. O que eu queria era alguém que possibilitasse que aqueles que durante quatro eleições enganaram o povo brasileiro, não mais continuassem a fazê-lo.

Quem imaginou que o desmonte do aparelhamento sistemático instituído pelo PT e seus asseclas seria fácil, se enganou amargamente! Cada errinho cometido por este governo vai ressoar como se fosse um pecado mortal e uma calamidade pública. Cada safadeza ou real desvio de conduta abrirá a porta do inferno. Esse é o preço que tem que ser pago por Bolsonaro, por ele ter se atrevido a desmontar o esquema de privilégios e concupiscência que foi implantado pelo PT para se manter no poder.

Hoje ao ler algumas postagens no Twitter, batendo forte em Bolsonaro, algumas com razão e sentido, lembrei-me desse texto, que escrevera antes da eleição de 2018, e iria postar os comentários, aspados a seguir, quando resolvi escrever algo mais reflexivo que um Tuite:

“Errou quem votou em @jairbolsonaro achando que ele iria salvar o Brasil! Errou igualmente quem votou contra Bolsonaro achando que ele é um fascista, e iria piorar o Brasil! Acertou quem votou em Bolsonaro pra se livrar dos esquerdopatas! Agora é só torcer e esperar 4 anos!”

E continuaria: “Roma”, o filme, não agradará a todas as pessoas que o assistirem, mas acredito que no ano de 2018, não haverá nenhum filme melhor que ele!…O mesmo ocorre com @jairbolsonaro! Há quem não goste dele, mas em 2018 não havia nenhum candidato mais viável para escolhermos!…

E para finalizar eu postaria: “Bolsonaro é um mal necessário! Sem ele o Brasil continuaria coxo e caolho… Não que @jairbolsonaro vá resolver todos estas mazelas, mas pelo menos não vai continuar a fazer aquelas que faziam os esquerdopatas! Não!?…”

Assim espero!…

1 comentário em “As ilustrações substituem o título…”

  1. Excelente Joaquim, como sempre seus posicionamentos são de uma inteligência admirável.Creio que 80% das pessoas que optaram por #elesim….pensam como você…dar um basta nessa PTralhada!!!!

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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