Pelo Ouvido

Charles

X

Catarina

X

Marcos

não ouve

X

ouve, mas não ouve o que ele diz porque ele não fala

X

ouve mas não entende

não vê

X

vê!? será!?

X

vê mas não olha

cheira

X

cheira

X

não cheira, tá longe

pega

X

pega

X

não pega nem tateia

saboreia

X

saboreia

X

não saboreia

não fala

X

fala, mas não ouve o que diz

X

só fala

intui

X

intui

X

não intui

sente

X

sente

X

sente!?

Observação: este poema é inspirado no enredo do conto e do filme “”

17 comentários em “Pelo Ouvido”

  1. Joaquim primeiro vou assistir ao filme, depois vou fazer um comentário sobre a página de hoje.Tem uma frase de Clarice Lispector que eu adoro e “…é porque eu tomo de conta do mundo”,aliás,todas as palavras que Clarice Lispector escreveu são lindas, vi a exposição na Estação da Luz em SP, as paredes todas com trechos de sua escrita, fiquei emocionada. Sou clariceana. Então, cadê o poema “Joy”? Joaquim ,é que eu tomo de conta de seu blog…Um abraço!

  2. Querido Joaquim, Em primeiro lugar… A-D-O-R-E-I o “Presente de Aniversário” no seu Blog…
    Tenho o privilégio de poucos de ter lido seu conto e ter visto seu filme sendo “gestado” . Adoro essa estória sobre o mais feminino dos sentidos que você sabe contar como ninguém. Poucos descortinariam a alma de catarina (kate) com tanta fúria e delicadeza como você… Prometa-me não parar jamais de filmar e nos dar de presente seus poemas em imagens. Aliás, que tal começar por “Infância envelhecida” ou “Aurora e Catarina”….

  3. Catarina não ouve
    Charles, Marcos e nem ela
    Também pudera
    Um não fala e o outro só fala
    No meio de Karl and Mark
    Uma chave

    Keyte

    O homem e Marte
    Karl Mark

    Um não ouve, não vê, não fala
    Sente, cheira, intui, pega e saboreia

    O outro ouve, mas não entende
    Vê, mas não olha
    Não cheira, tá longe
    Não pega, nem tateia
    Não saboreia
    Não intui
    Sente!?

    Marca!

    Marcos?!

    Calma!

    There is a key

    Aikaterine

    Ai!

    Essa doeu

    Hekaterine

    Hekate

  4. Joy
    “Que coisa louca
    sentir saudades de alguém
    que não se conhece
    pouco conhece
    desconhece.
    Já me peguei
    umas três ou quatro vezes
    lamentando
    que a alvura e a alegria
    de teu nome
    não encurte as distancias.”
    Joaquim Haickel em 13.02.2008

    Resposta: não entendi! Você podria me explicar!?

  5. Lógico que sim! O poema é tão lindo e saiu do blog. Vi que a pessoa do comentário 02 perguntou sobre ele e como gosto de poesias, algumas eu decoro lendo uma única vez…sou assim, pura poesia. Joaquim, tenho o hábito de fazer saraus na hora do almoço, pego um livro de poesias e ele vai passando e quem pegar o livro lê uma poesia. Daí já decorei tantas.Entendeu?

  6. Viva o anoitecer da hora do almoço! Sarau – lat. *seránus ‘relativo ao anoitecer’, de serum,i ‘tarde, pôr do sol’, através do gal. Sarao
    Com tanta literotomania eu senti até literofobia. Ainda bem que eu prefiro os sóis da noite que iluminam o caminho para a verdade e para a sabedoria.
    Um beijo
    Lúcifer
    PS – claro que tinha que ser eu, quem mais poderia carregar a luz para onde é preciso?

  7. Realmente sarau é um evento noturno, no entanto, sou letrada, erudita, bonita,saudável e feliz aí inventei o “sarau” no horário do almoço…inveto o que quero na hora que quero porque sei inventar…mas,também gosto do sarau comum e são muito legais…sabe o “Banquete” de Platão, sobre o AMOR…Sei recitar trechos deste belíssimo livro.Será se as pessoas não entendem o simbólico das coisas. O que seria da humanidade se as pessoas não fossem inventivas, HEIN?!

  8. Joaquim, fico triste de observar a falta de delicadeza de algumas pessoas.A arte, a beleza da vida é cheia de sutilezas e os trocadilhos fazem parte desta beleza que é o saber viver.

  9. Tive privilégio de assistir o filme “Pelo Ouvido”, sinceramente é MUITO BOM!!!!!!
    Precisamos ver, ouvir, cheirar, tocar, saborear…, por isso Deus nos deu os cinco sentidos, mas de acordo com o poeta temos mais do que cinco …..Minha intuição estava certa!!!!
    Beijos!!!
    Se Cuida….

  10. A vida é a GRANDE ARTE. Impossível de ser plagiada. Qualquer um pode matar um ser vivo ou CONTRIBUIR para sua morte. Mas, NINGUÉM tem arte para criar ou recriar a GRANDE ARTE, que é a VIDA. E a vida não é a sucessão de platônicos banquetes, sem nunca chegar à compreensão da essência do platonismo, que de forma sucinta significa o seguinte: “concepção de que as idéias eternas e transcendentes originam todos os objetos da realidade material, e que a contemplação dos seres supra-sensíveis determina parâmetros definitivos para a excelência no comportamento moral e na organização política”

    A vida só pode ser preservada, protegida, sustentada, amparada, etc. na medida em que o homem ENTENDE o que é a vida. E, tal entendimento só pode ocorrer se, e somente se, o homem aprender e apreender que os comportamentos imorais são apenas resultados das idéias toscas., sem nenhum caráter de transcendência, colocadas na realidade de forma material.

  11. CONTINUAÇÃO DO COMENTÁRIO Nº 12:

    Sem entender o significado das palavras é impossível alcançar a erudição. A espécie humana realmente é muito inventiva! Inventou a preguiça, a vaidade, a avareza, a gula, a inveja, a ira, a luxúria e o ORGULHO. Nenhuma outra espécie teve tal grau de inventividade. Deve ser porque os membros das outras espécies não são racionais…

    Se fui indelicada tive minhas razões. Não posso fugir de ser o que sou e não posso fingir que não vejo quem pretende ser. Indelicado é fingir ser buscando ter. Indelicado é decorar, fazer dos livros objetos de decoração e de adorno. Indelicado é não ter decoro.

  12. A vida pode ser sim uma sucessão de platônicos banquetes, por que não? Depende da concepção que cada ser humano tem do que possa ser um banquete.No livro “O Banquete”, no discurso de Alcebíades mostra que o amor que ele demandava de Sócrates, na verdadae,apontava p/ Agatão. “É sempre assim. Onde quer que esteja Sócrates, só há lugar …”

  13. Sugiro que abram os livros. Atenção! O falatório em vão é bobagem. Vamos abrir os livros e estudar, eu leio umas 70 páginas , no mínimo,por dia. Joaquim, o seu blog está incluído em minhas leituras diárias. Quero trocar conhecimentos e só abrindo os livros é que é possível.Agora mesmo, estou lendo o jornal Folha de SP, sobre o drama do cativeiro de Ingrid Betancourt, ela foi sequestrada em 2002 pelas Farc.

  14. ” E o tempo de algum modo estava ficando curto…Temia que Ulisses se cansasse daquela sua resistência paquidérmica em deixar o mundo entrar nela, e desistisse…sabia que ainda não estava pronta para dar-se a ele nem a ninguém, e nesse ínterim talvez ele a largasse” Clarice Lispector em uma Uma aprendizagem ou o livro dos prazeres, pag 63

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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