Uma conclusão cartesiana

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Um amigo meu, sujeito bastante engraçado e espirituoso, me ligou dizendo que existem algumas coisas que o fazem rir e outras que o tiram do sério, e que existem ainda algumas coisas que de tanto lhe fazerem rir acabam por lhe tirar do sério.

Dizia ele que a prova disso era a engraçada situação que está ocorrendo exatamente agora. Disse que na década de 1970, meu pai, que foi um grande amigo dele e de toda sua família, andava pelo Maranhão em um fusquinha com duas cornetas de som, irradiando jogos de futebol fictícios, jogando bombons para as crianças, “sacolejando o espinhaço em cima dos palanques” e dizendo ao microfone que: “Nagib chegou! Nagib chegou de novo! Nagib é que é o deputado do povo! Nagib é o caboclo do Pindaré, acostumado a comer tapioca e mandubé”.

Ele comentou que pelo jeito bonachão de ser de meu pai, ele era tido como brega, folclórico e era pouco levado a sério por determinado tipo de pessoa e de político, mas que hoje, passados 50 anos, dizer ser bonachão, dizendo que faz parte dos “Vingadores” é tido como algo cult, de bom gosto, que essa é uma atitude lavada muito a sério e aplaudida por aquele mesmo tipo de pessoa que achava Nagibão brega e folclórico.

Segundo esse meu amigo, de duas uma! Ou Nagibão não era brega nem folclórico ou esse pessoal dos “Vingadores”, é tão folclórico e brega quanto diziam que “o caboclo do Pindaré” era, e arrematou dizendo que o deputado Nagib Haickel havia estudado pouco, que ele se vangloriava em dizer que não era doutor, que o único diploma que tinha era o da faculdade da vida.

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