Sean

A última semana foi muito corrida, e acabei deixando apenas para hoje um assunto que me é muito caro. O falecimento de um dos poucos ídolos que cultivei no cinema: Sean Connery.

Seu pai o chamava pelo primeiro nome, Thomas, já sua mãe só o chamava assim quando era para brigar com ele. Para ela, ele era quase sempre Sean.

Nasceu em Edimburgo, onde aos 13 anos, para ganhar uns trocados foi ser leiteiro, depois serviu na Marinha naval inglesa, foi motorista de caminhão, modelo vivo para pintores e até chegou a ser terceiro colocado no concurso de mister universo.

Um amigo conseguiu-lhe um teste para ator da BBC e ele nunca mais parou.

Em 1962, com 32 anos, ele fez um pequeno papel no épico de guerra “O mais longo dos dias” e logo a seguir, teve sua grande chance. Foi o primeiro ator a encarnar o célebre personagem de Ian Fleming, James Bond, para o qual serviu de modelo, régua e compasso, não apenas para o personagem em si, mas para todos os protagonistas da franquia que viriam depois dele. É importante que se diga que nenhum de seus sucessores conseguiu igualar o desempenho de Connery como Bond, tanto que o James Bond de hoje, por mais que a tecnologia contemporânea possa ajudar no desenvolvimento das intrincadas histórias, e o ator seja bom, como foi o caso de Pierce Brosnan e é o caso de Daniel Craig, não tem o mesmo charme que tinha nos anos 60.

Naqueles maravilhosos anos, o agente secreto, que tinha permissão para matar a serviço de sua majestade, a rainha da Inglaterra, agia de maneira que se o fizesse hoje, seria crucificado em praça pública. Ele fumava, bebia, usava as mulheres como objetos de poder e de sexo, não se preocupava com o que as pessoas pensavam ou sentiam… Como diziam por aí, hoje em dia esse menino não se criava!… E se assim o fosse teríamos perdido algumas das melhores cenas de nossa juventude.

Connery deixou Bond para trás em 1971, em “Os Diamantes são para sempre”, mas voltaria excepcionalmente a ser o personagem em 1983 em “Nunca diga nunca outra vez”, porém, nestes 12 anos de afastamento de seu alter ego, Sean nos presenteou com verdadeiras pérolas da cinematografia mundial.

“Assassinato no Orient Express”, quando mostrou ao mundo que estava à altura de gente como Albert Finney, Ingrid Bergman, Anthony Perkins e Sir John Gielgud. “O vento e o leão”, onde foi dirigido pelo grande John Millus e contracenou com a lenda viva John Huston e com a maravilhosa Candice Bergen. “O homem que queria ser rei”, um dos filmes que fez com que eu, aos 16 anos, decidisse que o cinema era o meio pelo qual eu desejava me conectar com o mundo. “Robin e Marian”, onde vemos um Robin Hood envelhecido, o que nos deu perspectiva de como é realmente a vida. “Uma ponte longe demais”, onde novamente ao lado de um elenco fenomenal, prova e comprova que estava à altura dos maiores atores do mundo.

Mas é em 1986, aos 56 anos de idade, com “O nome da rosa” e ‘Os intocáveis” que Sean tem a consagração definitiva de seu trabalho.

Ele fez ainda muitos e bons filmes como “Highlander, “Caçada ao Outubro Vermelho”, “A casa da Rússia”, “Robin Hood, príncipe dos ladrões”, “Sol nascente”, “Lancelot, o primeiro cavaleiro”, “A rocha”, “A armadilha” e “Encontrando Forrester”, onde ele encarna um personagem que se parece muito com a ideia que sempre fiz dele, um professor inteligente e sensível, mas forte.

Há no entanto uma coisa que muito me liga a Sean Connery. Certa vez, fizemos uma viagem para Las Vegas. Nos hospedamos em um gigantesco e maravilhoso Hotel, o Venetian. Numa manhã, quando saíamos do quarto para fazer um passeio pela cidade, eu e meu bom amigo Alejo Olle, espanhol que teve a sorte de casar com nossa querida amiga Adriana Sarney, andando mais a frente, e nossas devotadas esposas alguns passos atrás de nós, como manda a boa tradição nipônica, passaram por nós, duas americanas de uns 30 anos. Elas pararam no meio do corredor e olhando para mim, disseram uma para outra: “Oh! Sean Connery!…”.

Eu ouvi aquilo, virei-me para trás e disse a Jacira que vinha logo atrás: “Ouviu isso?!… Você casou comigo, mas vive com um homem que sabe que só se vive duas vezes, e que os diamantes são eternos. Então aproveita!…”

Muitas outras pessoas diziam que eu lembrava Sean Connery, o que pra mim era motivo de grande honra e até de alguma vaidade. Até hoje rimos dessa história.

É claro que fiquei triste com a morte de meu ídolo, mas sei que ele viveu bastante e intensamente. No fundo é isso que importa, escrevermos da melhor maneira as nossas histórias, de modo que possamos ser lembrados pelas boas coisas que realizamos.

Jamais esqueceremos de Sean Connery. 

Eleição para presidente dos Estados Unidos da América

A diferença entre o Trump e Biden: Trump é um canalha hipócrita e Biden é um hipócrita canalha.

Obama era só hipócrita. George W. Bush era um idiota, canalha hipócrita. Clinton era um safado hipócrita. George Bush Pai era só canalha. Reagan era só canalha. Carter era apenas tolo. Ford era só substituto do Nixon que era um hipócrita canalha safado. Johnson era um safado canalha que substituiu o safado hipócrita do Kennedy.

Resumindo a Ópera: Presidentes dos Estados Unidos são todos ou hipócritas ou canalhas, ou as duas coisas, alguns são safados, alguns imbecis e outros só tolos. Santo não há nem jamais haverá nenhum!…

Pra chegar em uma posição como esta, o sujeito tem que ter feito coisas que ele gostaria que não constasse de sua biografia.

HAICKEL: POETA DE IMAGENS

Fiquei muito honrado pela publicação no Caderno Alternativo, do Jornal O Estado do Maranhão, de sábado, dia 31, do artigo abaixo, escrito pelo meu querido amigo e confrade José Neres, sobre a minha pequenina obra literária e cinematográfica.:

HAICKEL: POETA DE IMAGENS

José Neres

(Professor. Membro da AML e da Sobrames/MA)

            Há pessoas que parecem ter o poder de multiplicar o próprio tempo e de captar ideias e energias do entorno para transformá-las em trabalho, nos seus mais variados aspectos. Tais figuras geralmente são inquietas e procuram com o olhar (e demais sentidos) algo que possa ser feito para a concretização de seus sonhos e de seus projetos.

            Esse perfil pode encaixa-se perfeitamente no modo de ser de diversos homens e mulheres de ontem, hoje e sempre. E,  mesmo que traçado em rápidas pinceladas, é possível identificar essas características na figura de Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel, ou simplesmente Joaquim Haickel, como é mais conhecido esse acadêmico, poeta, cronista, contista, cineasta, roteirista e produtor maranhense que tem se dedicado a levar arte e informação a todos os lugares por onde passa e por onde suas obras possam chegar.

            A produção artística de Joaquim Haickel é ampla e multifacetada, atingindo não apenas diversos gêneros como também variadas linguagens, com entrecruzamento intersemiótico de textos, sons e imagens. Em muitos momentos, sua obra literária e sua produção cinematográfica se mesclam, como é o caso do conto Pelo Ouvido, que foi adaptado para o cinema dando origem a um curta-metragem homônimo, possivelmente uma das melhores produções de sua autoria.

            Uma das facetas mais antigas de Haickel, porém também uma das menos divulgadas atualmente, é a que se refere à poesia. Trabalhando com os versos desde a segunda metade da década de 70 do século XX, o escritor teve várias experiências com a linguagem poética, participou de grupos literários, fundou e dirigiu a Revista Guarnicê e, em 1981, publicou o livro O quinto cavaleiro, além de já haver participado de várias antologias e coletâneas.

            A poesia de Joaquim Haickel quase sempre é escrita em primeira pessoa e trazem incrustadas nos versos as marcas de suas vivências. Às vezes, os versos aparecem impregnados de um tom metalinguístico, como é o caso do poema Tatuagem, que traduz poeticamente uma inscrição simbólica desenhada no corpo do poeta. Não são raras as vezes em que o eu lírico demonstra um tom de amargura e de decepção para consigo próprio e algumas pessoas e situações. Contudo, há espaço também para um erotismo entrecotado de mergulhos em uma fria realidade, conforme ocorre no poema Desenho, no qual uma relação amorosa é abruptamente interrompida pela amada, que decide seguir por outros caminhos. Aliás, essa presença/ausência da pessoa amada é uma das marcas dos versos desse poeta ludovicense.

            Na prosa de ficção, o escritor optou pelas narrativas curtas em forma de conto. É perceptível o interesse de Joaquim Haickel em burilar seus contos na busca de soluções estéticas que valorizem uma economia de palavras sem prejuízo para o enredo ou para a carga dramática que pode emanar de situações corriqueiras transformadas em pequenas obras de arte. Na concepção do autor de Garrafa de ilusões, todos os acontecimentos cotidianos podem ser vertidos em obra de ficção. Desse modo, uma mulher solitária viciada em colecionar coisas que vão de bonecas e caixas de fósforo até autógrafos de artista e latinhas de refrigerante, despede-se do mundo de modo solitário, como mostra o conto A Colecionadora. De modo análogo, com criatividade e labor com a palavra, a história de um homem que enlouquece após saber que o pai fora assassinado pode ter uma releitura em estilo realista, como ocorre em Início e fim de Mundico Amansa Burro.

            Apaixonado pela Sétima Arte, Haickel parece escrever seus contos como se estivesse desenvolvendo um roteiro para um curta-metragem. Essa característica ajuda o leitor a visualizar gestos, expressões, ambientação e até mesmo os caracteres físico das personagens, o que leva o leitor a se sentir mais próximo do texto.

            Como cronista, Joaquim Haickel prefere trabalhar as sutilezas do cotidiano, principalmente os intrincados jogos da política. Usando um estilo cotidiano, quase em tom de conversa com o leitor, ele esmiúça o momento político local, brasileiro e internacional, ora arregimentando aplausos por sua aguçada visão do ecossistema político, ora levantando polêmicas e servindo como base para questionamentos de terceiros.

            Porém, não obstante ter um percurso de décadas de dedicação à palavra escrita, atualmente o autor de A Ponte é mais lembrado por sua premiada produção cinematográfica e pelo incessante trabalho de resgate e divulgação das fontes audiovisuais no Maranhão.

            Sozinho, ou em parcerias, esse cineasta, que é visivelmente influenciado pelo que de melhor há na arte cinematográfica mundial, vem produzindo documentários que tentam trazer ao conhecimento do público em geral figuras injustamente esquecidas, como é o caso do escultor Celso Antônio e de vários escritores, entre eles os fundadores da Academia Maranhense de Letras, instituição da qual faz parte desde 2009.

            Entre seus laureados filmes, um dos principais é Pelo Ouvido, uma produção de pouco menos de 18 minutos e que vem carregada de poeticidade e de momentos dramáticos entre um casal apaixonado em uma sólida relação amorosa, mas marcada por conflitos internos. Vale a pena conferir essa obra disponível na internet.

            Há muitas outras facetas de Joaquim Haickel que poderiam ser destacadas, inclusive suas atuações políticas que até hoje são relembradas e destacadas até mesmo por seus antigos adversários. De modo geral, seja legislando, produzindo ou escrevendo, Haickel pode sempre ser visto como um artista do verbo e da imagem.

Um pouco de sonho em meio a acachapante realidade

Sir Arthur Conan Doyle, colocou na boca de seu mais célebre personagem, Sherlock Holmes, algumas das frases mais memoráveis da literatura, sendo estas verdadeiras pérolas da semântica pragmática dedutiva, uma vez que Holmes é um magnífico investigador, do tempo em que a maior arma desse tipo de profissional era seu cérebro, sempre no controle e no comando de seus seis ou sete sentidos.

“Uma vez que tenhamos eliminado aquilo que é completamente impossível, o que restar depois disso, não importa o quanto seja improvável e absurdo, deverá ser a verdade”. Esta frase sempre me impressionou, por sua clareza e simplicidade e por demonstrar a extrema necessidade da minuciosa e detalhada observação dos fatos e dos cenários, em qualquer aspecto ou âmbito da vida, não apenas num caso de investigação criminal.

Frases como “Todos os problemas se tornam infantis depois de explicados” chegam a ser desconcertantes por sua obviedade. Essa frase por exemplo é uma releitura do evento conhecido como ovo de Colombo, onde o grande navegador genovês foi desafiado a colocar um ovo em pé, perfeitamente equilibrado, sem oscilar, e ele o fez, quebrando levemente a pontinha do ovo, no seu lado mais abaulado.

Frases como “os pequenos detalhes são sempre os mais importantes” e “você vê, mas não enxerga”, chegaram até mim muito antes de eu ter assistido às dezenas de filmes de SH, o mestre das deduções. É que meu pai, que não era um homem de grandes estudos, costumava repetir frases como “de grão em grão, a galinha enche o papo ”ou “de grão em grão se chega ao milhão”; “quem vê e não é capaz de entender, não consegue aprender” ou “quem não sabe é como quem não vê”.

Hoje consigo entender o motivo de meu velho e sábio pai, que morreu de insuficiência cardíaca antes de completar 60 anos, dizer com orgulho que ele não havia estudado, mas que era formado pela universidade da vida.

Nessa perspectiva, Nagib Haickel, guardadas as devidas proporções e em CNTP, se é que posso alegar tal coisa, acaba sendo igual ou mesmo maior que o grande escritor escocês, pai de Holmes e Watson.

Pensando bem, Doyle nem seria ele mesmo um grande detetive! A propósito disso, há algum tempo pensei em escrever um roteiro de um filme em estilo fantástico, onde se reuniam alguns dos maiores escritores de histórias policiais, na tentativa de desvendar uma intrincada trama dos assassinatos de seus personagens que seriam eliminados sistematicamente por inimigos que não eram os seus antagonistas convencionais. Tanto que os próprios antagonistas estariam empenhados em impedir tais assassinatos, uma vez que eles acontecendo, os próprios antagonistas, também iriam desaparecer automaticamente!

Juntei Doyle, Christie, Chandler, Flaming, Simeon, e até meu amigo Pratinha numa força tarefa que tentaria impedir a eliminação de seus alter egos, Holmes, Poirot, Marple, Marlowe, Bond, Maigret e Fioravanti. É claro que no final eles iriam impedir que os satânicos Stan Lee, Jack Kirby, Jerry Siegel e Joe Shuster, eliminassem a concorrência das franquias de super heróis da Marvel e da DC Comics.

Vejam bem! Comecei falando de Doyle e Sherlock, passei pela lembrança de meu pai, juntei um sonho de ser famoso em Hollywood, escrevendo, dirigindo e produzindo um mega sucesso do cinema, para acabar aqui, numa manhã qualquer, escrevendo meu texto para mais um fim de semana em minha coluna de jornal e blog.

Me realizo pessoalmente com tudo isso, e como sublimador inveterado, me realizo, ainda mais contando pra vocês sobre os sentimentos que habitam meu pulsante coração, e as ideias que fervilham em minha vibrante mente.

Na verdade, comecei a escrever esse texto às cinco horas da manhã de uma sexta-feira, com um travo na boca e um nó na garganta, causado pela tristeza com uma pessoa a quem dedicava simpatia e amizade, mas que havia me magoado por um motivo fútil e torpe. Ao final deste texto, resolvi perdoar tal pessoa e esquecer. A literatura, o cinema e o sonho curam doenças sociais e psicológicas.

João sem braço

Penso que o governador Flávio Dino, que não nutre nenhuma simpatia por minha pessoa, não vai ficar muito satisfeito quando souber que, sem querer, acabou por me dar um presente.

O fato é que eu estava sem um assunto interessante para abordar em meu texto desta semana, e FD me proporcionou um.

Vou começar provando pra você, que me prestigia com a leitura dessas minhas mal traçadas linhas, como e quanto nosso governador tem um temperamento refratário a pensamentos e opiniões diferentes das suas.

Quando eu criei e a Assembleia Legislativa do Maranhão aprovou, por unanimidade, as leis de incentivo à cultura e ao esporte, foi estabelecido, em cada uma delas, um organismo consultivo formado por representantes do governo e da sociedade civil. Ocorre que, por não querer que esta mesma sociedade civil, que ele diz ter em alta conta, zelar por ela e protegê-la, participasse e acompanhasse a execução dessas leis, o governador mandou que o Legislativo maranhense, que aprovara anos antes essas duas inclusivas e democráticas leis, as desfigurassem, eliminando delas a participação da sociedade, para em seu lugar colocar funcionários comissionados das respectivas secretarias que gerenciam tais leis, ou seja, seus tutelados. Um verdadeiro absurdo, um imenso desrespeito para com o povo do Maranhão.

Na última segunda-feira, dia 19 de outubro, nosso paquidérmico governador, adjetivo que alude não apenas a seu corpanzil, mas também à sua invejável memória, tido por todos como um homem inteligente, culto, bem preparado, coisas que ele realmente é, resolveu dar uma de joão sem braço, pra cima das pessoas de São Luís, se auto aplicando o golpe da fake news.

Ele foi para as redes sociais choramingar. Disse que recebera no domingo, uma mensagem de whatsapp onde o deputado Eduardo Braide, candidato a prefeito da preferência da maioria dos ludovicenses, o atacava violentamente, o que não era verdade: nem Flávio recebera tal mensagem; nem o material no qual o governador se baseava era de agora (era de maio de 2019); nem nele havia ataque ao governador; nem o que havia sido dito há mais de 18 meses tinha conteúdo violento. Ou seja, era tudo mentira, tudo desculpa para arrumar um jeito de entrar na campanha eleitoral de São Luís no melhor estilo esquerdista canalha, se vitimizando, dando uma de coitadinho, quando todo mundo sabe que de coitadinho nosso governador não tem nem o formato de ovo!

Flávio cometeu pouquíssimos erros em sua carreira política e um dos maiores, foi não cooptar para seu lado, o deputado Eduardo Braide. Outro erro cometido pelo ditador do Maranhão, erro comum a outros de nossos mandatários, foi se cercar de pessoas que o temem mais que o respeitam ou amam, como alude Nicolau, no capítulo XVII de seu famoso compêndio sobre o poder e os poderosos. São poucos os bons secretários e auxiliares do morubixaba guajajara.

Se Braide fosse candidato de Flávio nosso egocêntrico mandatário estaria muito melhor na fita, e não correria o risco de uma desmoralização retumbante.

Imagine só um cabra que deseja ser candidato a presidente dos brasileiros, não conseguir eleger nem o candidato a prefeito da capital de seu estado! Ainda mais tendo ele estabelecido um consórcio de candidatos, num quadro eleitoral onde apenas 2 dos 12 postulantes ao cargo de prefeito não são de alguma forma ligados a ele!?

A arrogância e a prepotência de Flávio não permitem que ninguém mais na “sala” onde ele estiver, se destaque, tenha luz e brilho próprio.

Sua capacidade política, seu arcabouço intelectual, sua retórica, são incontestáveis, mas a sua falta de carisma, de simpatia, de charme, rivalizam com a daquele que ele escolheu para saco de pancada, o presidente Jair Bolsonaro, sendo que este não deseja ser nem aparentar o que não é.

Flávio Dino nunca me enganou. Eu sempre soube quais eram suas qualidades e seus defeitos, mas infelizmente ele tem cultivado mais os segundos, e isso ficou claro quando tentou armar para cima de Eduardo Braide, que com calma, tranquilidade, serenidade e sabedoria, simplesmente tirou o corpo e deixou o governador dar com os burros n’água!

O desespero de Dino em atacar Braide, é a prova cabal de que a eleição de São Luís será decidida no primeiro turno, e o grande derrotado será o governador.

Braide enfrenta seis candidatos em debate e sai vitorioso

Ontem aconteceu mais um debate entre candidatos a prefeito de São Luís, onde deveríamos ouvir as propostas de sete candidatos presentes, para que pudéssemos compará-las e julga-las. Mas como acontece sempre em eventos como este, o que se ouviu foi muito bla-bla-bla, promessas vazias e conversa pra boi dormir, coisas que a população não aguenta mais.

O mais curioso é que estavam no debate seis daqueles candidatos que fazem parte de um consórcio montado pelo governo do estado, exclusivamente para tentar derrotar o sétimo candidato. Foi uma verdadeira armação, uma arapuca!

O que se viu foi um verdadeiro bate bola, um joguinho canalha de seis contra um. Acredito que a população de nossa cidade viu o que aconteceu e o que está acontecendo: uma cooperativa entre seis candidatos, na intenção de massacrar o sétimo candidato, coisa repudiada por toda a população.

Ninguém aguenta mais essa excrescência, e a resposta me parece que está sendo dada claramente pela população, quando se constata que a soma dos percentuais de Duarte, Neto, Bira, Rubens, Yglésio, e Jeisael, nas pesquisas de opinião, é menor que o percentual atingido por Braide.

A tentativa covarde de massacre a Braide, causa asco na população, que apoia cada vez mais esse candidato, fazendo com que ele só suba nas pesquisas.

A importância do diagnóstico

A evolução da ciência e da tecnologia fez com que uma das grandes aptidões dos médicos rareasse e chegasse ao ponto de quase desaparecer. Falo da fenomenal capacidade dos médicos antigos, aqueles que praticavam a medicina até os anos 1970, em diagnosticar as doenças de seus pacientes, baseados nos relatos deles quanto aos sintomas que apresentavam.

Usando apenas a anamnese e o exame físico, os bons médicos, eram capazes de dizer exatamente de quais males sofriam seus pacientes.

Tenho um exemplo disso em minha família. O grande pediatra Odorico Amaral de Matos, era capaz de, observando seus pacientes, conversando com eles e com seus pais, diagnosticar as doenças que eles tinham, fato que aconteceu com Nagib, meu irmão, acometido de febre de 42 graus, fortes dores na cabeça e rigidez no pescoço, foi peremptoriamente diagnosticado com meningite meningocócica.

O velho Amaral que era conhecido por sua natural rudeza, o que não significava de forma alguma mera grosseria, ordenou que meus pais levassem meu irmão para São Paulo, pois era o único lugar em que ele poderia ser tratado com possibilidade de sucesso. Isso era 1972.

Já fazia quase 70 anos que os Curie haviam estabelecido os estudos que possibilitariam o avanço científico e tecnológico que temos hoje, capazes de dizer em minutos quais doenças nos afligem, apenas entrando em alguma gerigonça radioativa.

Faço todo esse preâmbulo para dizer que se a ciência e a tecnologia ajudaram muito a evolução do estudo da medicina, da física, da química e outros campos da vida moderna, os setores ligados às ciências humanas continuam pouco favorecidos por essas evoluções, notadamente a ciência pela qual eu me interesso muito particularmente. A ciência política.

Em que pese a estatística, o marketing, as pesquisas quantitativas e qualitativas terem fornecido grandes instrumentos para a prática da política, ela continua uma ciência muito afeita aos humores e às reações naturais, às vezes, inconsequentes e até um tanto irracionais das pessoas que a praticam.

A ciência política permanece em sua característica básica e fundamental alinhada com suas coirmãs, ciências humanas, como a filosofia, a sociologia, a antropologia, a psicologia, a história, a geografia, mesmo que todas estas tenham sido muito influenciadas pelos avanços científicos.

A datação por carbono possibilita sabermos a idade dos ossos de um hominídeo, por exemplo. O uso do GPS e dos satélites nos permitem saber a localização exata de pontos geográficos ou dos eventos acontecidos neles. A evolução da química nos ajuda a filtrar e analisar ações e atitudes psicológicas das pessoas.

Mas na política, todas essas evoluções, dependem primordialmente de um operador ou de um analista. Uma espécie de perfumista, um “nariz”, que possa decifrar as nuances e as fragrâncias dos acontecimentos.

O cientista político, aquele camarada que se atreve a analisar, aclarar e desvendar os caminhos escolhidos e percorridos por aqueles que se dedicam a tratar dos interesses comuns da sociedade, precisa respeitar algumas regras, se não quiser ser tachado de charlatão, sectário e maniqueísta.

Ele precisa fazer suas observações da maneira mais imparcial e isenta que puder. É imperativo que ele não faça seus estudos motivado por qualquer tipo de interesse ou ideologia. Suas abordagens precisam ser bem fundamentadas, fugindo dos sofismas e dos falsetes. Mesmo assim deve reconhecer que ainda que ele aja desta maneira, haverá em sua observação algum componente humano que pode contaminar sua amostragem.

Digo tudo isso no intuito de responder ao questionamento de um sujeito um tanto indelicado que comentou um de meus textos.

Sabe camarada, eu resolvi não mais me candidatar por acreditar que já havia prestado minha contribuição a meu estado e meu país. Se ela foi importante, é uma questão de opinião, e opinião é coisa que não se discute. Fim de papo!

PS 1: Sobre a eleição de prefeito de São Luís, meu diagnóstico e de uma boa quantidade de analistas da cena política de nossa terra, é que a eleição de Eduardo Braide é o que de mais importante e positivo pode acontecer para todos, uma vez que até os perdedores ficarão em posições mais confortáveis.

PS 2: Essa afirmação não é uma mera manifestação de minha vontade pessoal. É resultado de observação apurada e análise detalhada dos acontecimentos e previsão dos quadros futuros da política maranhense.

Assunto de conversas

Não há uma única ocasião em que eu me encontre com pessoas, seja no supermercado, no posto de gasolina, num almoço, jantar ou reunião de qualquer natureza, que alguém não me pergunte algo que envolva política e eleições.

Uma coisa sempre deixo bem clara aos meus interlocutores. Em que pese eu me posicionar dentro do cenário, ter lado, procuro analisar sempre com a maior isenção possível, de modo mais racional e imparcial que eu puder, até porque de nada serviria para mim ou para quem quer que seja, uma análise ou visão passional de alguma situação ou conjuntura política.

No caso mais premente, a eleição para prefeito de São Luís, a mim parece muito claro que só existem três candidaturas com reais chances de vitória. Tanto isso é verdade que nem bem a campanha começou, dois candidatos já desistiram. Os motivos reais das desistências é a impossibilidade de uma candidatura minimamente viável.

Eduardo Braide tem claramente a preferência da maioria do eleitorado. Está com intenção de voto consolidada bem próxima dos 50%. Duarte Júnior tem algo em torno de 15% e Neto Evangelista chega fácil a 10%, deixando 25% para todos os outros candidatos, além dos indecisos.

Não são favas contadas, mas imagino que Braide possa vencer a eleição no primeiro turno. Caso o quadro se mantenha sem grandes alterações, Braide estará garantido no segundo turno, tendo Duarte e Neto que disputam quem vai ter o privilégio de enfrentá-lo.

Em minha modesta opinião, Neto tem grande possibilidade de ultrapassar Duarte, uma vez que tem mais estrutura política e partidária que seu oponente.

Nesta peleja, intestina, do grupo do governador Flávio Dino, teremos uma prévia da disputa pela cadeira de governador, que acontecerá mais adiante. Duarte é o candidato do vice-governador Carlos Brandão, e Neto é patrocinado pelo senador Weverton Rocha. É bem aqui começa aquilo que pode vir a ser o início da ruptura do grupo do governador ou o início de um acordo de acomodação onde os dois lados possam manter-se unidos, coisa que não creio, pois como não sofrem nenhuma ameaça externa, vão ter mesmo que se engalfinhar para decidir quem será o próximo governador do Maranhão,

A disputa em São Luís, bem como nos demais municípios, será o termômetro disso. Mas deixemos para depois as conversas sobre a sucessão do governador e voltemos à eleição municipal.

Dos três contendores, Neto é aquele que tem a maior e melhor estrutura política e partidária, Duarte tem o frescor da novidade e Braide representa o grande anseio de mudança, que é uma das maiores características do eleitorado daquela que é conhecida como ilha rebelde, que faz tempo sofre de certa letargia e parece querer estabelecer novos rumos para si, apostar que alguém fora dos esquemas da prefeitura, do governo do estado e dos grandes grupos hegemônicos possa melhorar seu destino.

Está mais do que claro que Braide pode vencer a eleição no primeiro turno. Caso isso não ocorra, ele ficará comodamente esperando para saber qual representante do consórcio de candidatos do governo do estado irá enfrentar.

A pergunta que fica é: caso Neto vá para o segundo turno, Brandão vai querer fortalecer Weverton e perder espaço na disputa do governo em 2022? Caso Duarte vá para o segundo turno, Weverton vai fortalecer Brandão e perder espaço em sua tentativa de ser governador do Maranhão?

Quanto mais eu penso, mais tenho certeza que o melhor para todo mundo é que essa eleição seja decidida logo no primeiro turno.

Amizade

Quando eu não tenho nada pra fazer, eu penso, e olha que eu quase nunca deixo de ter alguma coisa pra fazer.

Pensando nas palavras mais importantes de minha vida, descobri que, em que pese todas serem importantes, existem algumas que superam as outras. Amizade é uma delas.

Amigo é aquela pessoa que não tendo com você laços de consanguinidade, é como um irmão ou uma irmã. Alguém que você ama e respeita.

Nós não temos como escolher quem são nossos pais, irmãos ou parentes em qualquer grau, mas os amigos, somos nós quem elegemos, pelos motivos mais distintos e diversos.

Quando eu digo amigo, quero dizer AMIGO, não colega. Quando digo amizade, quero dizer AMIZADE, não é colegagem!…

Logo após a morte de meu pai, descobri que ele não era tão rico de bens materiais como todos imaginavam, mas que era muito mais rico de amizades do que qualquer um pudesse supor, tanto que até hoje nós ainda vivemos deste patrimônio incomensurável que ele nos legou, cultivando e mantendo as antigas amizades e tentando fazer novas, tão boas quanto as antigas, ofício e arte que como bons talibãs, ou seja, alunos, eu e meu irmão, tratamos de aprender com nossos pais.

Logo que meu pai morreu fiz um documentário sobre ele para passar em nossa emissora de TV, na região do Pindaré, e a trilha sonora escolhida para pontuar todo o vídeo foi “Canção da América”, dos geniais Fernando Brant e Milton Nascimento, que diz que “amigo é coisa pra se guardar…”

Apenas para ilustrar, vou relacionar algumas outras palavras importantes em meu vocabulário e em minha vida, palavras que exprimem sentimentos que procuro conjugar e exercitar diariamente: respeito, generosidade, humildade, sabedoria, honra, lealdade, tolerância, flexibilidade… Muito recentemente aprendi a importância da palavra paciência, coisa que não aprendi com meu pai, mas que a vida me ensinou ser extremamente necessária para que se tenha, outras duas palavras importantes. Paz e sucesso.

Amizade é uma das 12 palavras que citei como sendo importantes. Existem outras, mas com essas conseguimos uma 13ª, meu número cabalístico: Felicidade.

Existem aqueles amigos com os quais convivemos diariamente e aqueles que quase nunca vemos ou falamos, mas que estão lá, latentes, em nossos corações e em nossas mentes.

Existem amigos com os quais dividimos nossos problemas e que nos ajudam a resolvê-los e aqueles aos quais ajudamos com mais frequência e em contrapartida nos dão a certeza de estarmos fazendo a coisa certa.

Existem pessoas com as quais, a princípio, não conhecemos ou simpatizamos, mas que se tornam pessoas importantes, algumas até que podemos chamar de amigos.

Existem também alguns casos raros. Pessoas que começam como adversários, desafetos ou mesmo inimigos, mas que os acontecimentos da vida, unem como o caso do inglês, prisioneiro de guerra, Eric Lomax e do japonês, seu carcereiro e torturador, Nagase Takashi. O filme “Uma longa viagem” conta essa história verdadeira.

Existe também o caso dos tenores Plácido Domingo e José Carreiras, aula de amizade.

Estou falando sobre isso hoje pelo fato de constatar que com o avanço do radicalismo e da intolerância, social e política, e ainda por cima com o distanciamento por causa da pandemia de Covid-19, algumas amizades ficaram distantes, congeladas, fato que me deixa verdadeiramente triste. Quanto a isso me resta o consolo de saber que as amizades verdadeiras não sucumbirão a palavras ou sentimentos tão desimportantes quanto radicalismo, intolerância… Sectarismo, maniqueísmo… kkkkkkk

PS: Eu perco o amigo, mas não perco a piada, pois amigo mesmo deve conhecer a nossa alma e saber quando se fala sério e quando se faz troça.

Agenda para o próximo prefeito

Com a campanha eleitoral se aproximando e as eleições batendo a porta, resolvi fazer uma lista de problemas que no meu entendimento o próximo prefeito de São Luís deve dedicar especial atenção para seu equacionamento e imediata solução.

Não vou falar do óbvio! A preocupação com saúde, educação, transporte, segurança e infraestrutura deve ser uma constante. O próximo prefeito deve dedicar especial atenção a esses assuntos, mantendo constante e incansável vigilância na busca de maior e melhor eficiência, eficácia e efetividade das ações administrativas nesses setores primordiais da vida da cidade.

Quero listar coisas aparentemente não tão cruciais, mas também importantes para que se tenha uma cidade melhor, para que as pessoas possam ter uma vida e uma convivência mais saudável, cidadã, produtiva e engrandecedora.

A preservação do maior patrimônio de nossa cidade, o seu casario colonial, motivo dela ser considerada Patrimônio da Humanidade, deve ser prioritário. Deve haver campanhas de conscientização e de apoio a ações de preservação, além do incentivo à implantação de empreendimentos comercias e residenciais nessa área.

A prefeitura deve ter uma postura de convívio democrático e republicano com os órgãos de fiscalização e controle, como IPHAN e Ministério Público, no sentido de diminuir os empecilhos, que impeçam que essas ações aconteçam e quando for necessário os enfrente, dentro do limite da lei, no sentido de defender os interesses maiores da cidade e de seus cidadãos, que muitas vezes são atropelados pela burocracia destes órgãos.

Vejam o caso da falta de estacionamento no Centro Histórico! Ela deve ser enfrentada com determinação e coragem. Não podemos destruir prédios históricos para em seus lugares construirmos estacionamentos, mas prédios já completamente desfigurados, ou ruínas inaproveitáveis devem ser convertidos em estacionamento, pois isso irá ajudar a preservar e manter os demais prédios que fazem nossa cidade conhecida no mundo todo.

Acredito que será muito bom que o poder público municipal abra consulta pública para prospectar empresas que tenham o interesse de implantar estacionamentos subterrâneos na área do centro histórico de nossa cidade.

Antes que apareça alguém colocando gosto ruim nessa ideia, lembro que algumas das mais antigas cidades históricas do mundo, possuem estacionamentos subterrâneos que as viabilizam para o turismo cultural.

Outro assunto importante é que o futuro prefeito interceda de forma contundente e enérgica, na retirada dos entulhos de areia acumulada na encosta da Avenida Litorânea.

Quando essa avenida foi construída, e mesmo depois, durante algum tempo, não sei se o governo do estado ou a prefeitura municipal retiravam a areia que se acumulava no muro de contenção da avenida. Fazendo isso, a vista das praias a partir da avenida era preservada, a segurança das pessoas era mais garantida, o acesso era muito mais fácil. Depois pararam de limpar as praias e o que temos hoje são montes de areia trazidos pelo vento, dificultando o acesso, a segurança e a vista da paisagem, prejudicando de forma violenta o turismo numa área muito importante para essa indústria em nossa cidade.

Outra coisa que deve ser vista é a reestruturação do zoneamento urbanístico da cidade. Precisamos estabelecer o que pode ser construído, além de onde e como.

Os setores imobiliário e da construção civil são grandes alavancas de desenvolvimento de qualquer cidade e não podem ser menosprezados. A postura do poder público para com esses setores deve ser de apoio, mas também de fiscalização e cobrança. Eles podem ser responsáveis por importantes empreendimentos em nossa cidade, mas devem dar as necessárias contrapartidas no sentido de melhorar nossa cidade.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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