A toga e a faixa

Quando Flávio Dino afirmou, acertadamente, que leis estrangeiras só podem ter eficácia no Brasil após passarem pelo crivo do STF, disse uma verdade óbvia, mesmo que completamente inócua para o objetivo político que desejava atingir. Depois disso surgiram vozes cegas sugerindo que ele fosse o próximo alvo da Lei Magnitsky. Penso que erra gravemente quem queira  gastar essa munição contra ele, pois tudo leva a crer que ele seja invulnerável a esse tipo de sanção. https://x.com/viniciuscfp82/status/1957859174890528792

É bem verdade que a decisão tomada pelo ministro Dino é temerária, uma vez que ela impõe as empresas brasileiras, principalmente as instituições financeiras uma escolha se não impossível, certamente cruel: desobedecer ao STF e sofrer sanções no Brasil ou desrespeitar a Lei Magnitsky e colocar em risco suas operações nos EUA e no resto do mundo.

Mesmo assim, Dino, ao contrário de outros ministros, não parece preso à teia obscura que conecta, por meio de laços familiares e favores recíprocos, grandes escritórios de advocacia, com causas bilionárias que tramitam em nossa Suprema Corte. Essa promiscuidade institucionalizada envergonha a República. Atacar Dino por uma decisão correta, enquanto se poupa figuras que há tempos navegam nos mares turvos de conveniência, revela não apenas falta de discernimento, mas também uma leitura distorcida dos fatos que nos afligem.

Não é difícil reconhecer que Dino é o mais competente e bem preparado dos atuais ministros do STF. Ele é também um grande sofista, prestidigitador de palavras e conceitos, além de ser o mais ousado, debochado e destemido politicamente. Mas o que o faz realmente ser de alta periculosidade não é a corrupção rasteira do dinheiro das causas judiciais, e sim sua grande eloquência, sua disposição e a capacidade titânica de produzir, alimentar e apoiar o ativismo judicial e a partidarização política do Judiciário, fatores que estão contribuindo decisivamente para destruição dos pilares fundamentais de nossa democracia.

A meu ver, o futuro que Dino deseja é translúcido: cacifar-se junto à esquerda, que sofre da incurável moléstia da falta de quadros de capacidade e valor, permanecer no STF apenas o tempo suficiente para presidi-lo, enquanto faz de sua toga uma “Teresa” para com ela acessar o objetivo acalentado, e aí então, despido do manto negro, tentar envergar a auriverde faixa de presidente da república.

Tentar atingir Dino com a lei Magnitsky não faz sentido, a menos que quem assim deseja, o faça como medida preventiva, o que eu não recomendaria, pois como ensinaram os mestres Salomão, Sun Tzu e Maquiavel, não se deve lutar batalhas futuras. Tudo a seu tempo.

Democracia imperfeita: parece, mas não é

Li recentemente que em nosso país não há uma ditadura, mas sim uma democracia imperfeita. Concordei imediatamente com a afirmação, mas logo me perguntei o que significa, de fato, uma democracia imperfeita.

Pesquisei e cheguei à conclusão de que uma democracia é imperfeita quando a Constituição protege uns e abandona outros; quando os direitos fundamentais se aplicam seletivamente, servindo como escudo para alguns e como arma contra outros.

Uma democracia imperfeita não se declara como tirania, mas se insinua pela mentira, pela manipulação, pela hipocrisia. É mais perigosa do que a ditadura, porque enquanto esta nos dá clareza para resistir, aquela nos engana, nos adormece, e transforma a exceção em regra sob o disfarce de normalidade.

Por isso, uma democracia imperfeita precisa ser combatida com mais vigor do que a própria ditadura: porque corrompe não apenas as instituições, mas a própria ideia de liberdade.

Democracia é plena ou não é democracia.

Quatro verdades indubitáveis e uma certeza absoluta

As tarifas impostas pelos Estados Unidos contra os produtos brasileiros não são simples medidas econômicas, mas retaliações diretas às posições equivocadas e nocivas adotadas por Lula: a aproximação com regimes autocráticos, a recusa em reconhecer grupos terroristas, a campanha de desgaste da imagem dos Estados Unidos e do Ocidente, e a intenção de promover a desdolarização da economia mundial.

Paradoxalmente, essas mesmas tarifas fortaleceram Lula e sua base política. Ao se colocar como defensor da “soberania nacional”, o presidente conseguiu transformar um problema grave da economia em combustível para sua popularidade. No entanto, além dos discursos inflamados contra as tarifas, o governo não tomou medidas efetivas para reverter a situação. E não tomou justamente porque a existência desse problema lhe rende dividendos políticos.

A narrativa construída por Eduardo Bolsonaro, apresentando-se como arquiteto de uma suposta estratégia de pressionar Donald Trump e seus auxiliares a penalizarem produtos brasileiros, é um erro político grotesco.

Primeiro, porque, se fosse verdadeira, configuraria traição aos interesses do Brasil em troca de benefícios pessoais para seu pai. Segundo, porque é uma desvairada fantasia acreditar que Eduardo Bolsonaro teria poder de manipular o presidente da maior potência militar e econômica do mundo a ponto de fazê-lo agir contra um dos maiores parceiros comerciais dos Estados Unidos. Tal versão é, ao mesmo tempo, absurda e nociva ao debate político.

Os atos de 8 de janeiro de 2023, manifestações que degeneraram em vandalismo e depredação, não podem, em nenhuma análise séria, ser equiparados a uma tentativa de golpe de Estado ou a um ataque armado contra a democracia.

O que se vê desde então é um processo jurídico manchado por irregularidades: prisões ilegais, violação da regra do juiz natural, ausência de individualização de condutas, imputação de crimes impossíveis, descumprimento do devido processo legal, desrespeito a preceitos constitucionais pétreos. Para agravar, há o expediente de acumular crimes de significados semelhantes, apenas para inflar penas.

O caso de Débora dos Santos é exemplar: condenada por abolição violenta do Estado democrático de direito e tentativa de golpe de Estado, ao mesmo tempo em que foi punida por deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado, além de “associação criminosa armada”, quando todos sabem que sua “arma” era apenas um batom labial. A desproporção é tão evidente que chega a beirar o grotesco.

A aplicação de sanções como a Lei Magnitsky contra ministros do Supremo Tribunal Federal também é desmedida. Essa legislação foi concebida para punir criminosos ligados a violações graves de direitos humanos e corrupção internacional, jamais para enquadrar magistrados em sua função jurisdicional, mesmo que estes estejam cometendo erros graves.

É igualmente inaceitável que um país estrangeiro, neste caso os Estados Unidos, se arrogue o direito de ditar como deve funcionar a justiça brasileira ou pressionar os rumos de nossos processos.

O fio condutor de todos esses episódios é a manipulação da realidade por meio de narrativas: Lula se fortalece ao transformar o caso das tarifas em “defesa da soberania”; Eduardo Bolsonaro tenta se engrandecer inventando influência que jamais teve; o STF cria um espetáculo punitivo à custa da Constituição; e os Estados Unidos ensaiam impor sua vontade sobre nossa justiça.

Contra tudo isso, resta apenas reafirmar: a soberania de um país, o equilíbrio entre seus poderes e o respeito às liberdades individuais não podem ser negociados, manipulados ou usurpados em nome de narrativas convenientes.

A importância de pensar da forma correta

A legalidade e a justiça só existem plenamente quando há imputação correta da acusação, normalidade processual e aplicação justa e proporcional da pena.

Quem se dispuser a analisar com serenidade, sem paixão partidária, política e ideológica, chegará facilmente à conclusão de que tanto a imposição das sanções da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes, quanto contra qualquer outro ministro de nossa Suprema Corte, é uma medida exagerada.

No entanto, também é evidente que ainda mais desproporcional foi a acusação e a posterior condenação a mais de 14 anos de prisão em regime fechado imposta à cabeleireira Débora dos Santos, pelos crimes de “abolição violenta do Estado Democrático” e “tentativa de golpe de Estado”, assim como foram absurdas e desmedidas as penas aplicadas a milhares de pessoas que participaram dos lamentáveis atos de vandalismo que ocorreram em Brasília no dia 8 de janeiro de 2023.

Ao aprofundar a análise, percebe-se que, embora em ambos os casos as sanções tenham sido exageradas, há diferenças fundamentais entre as situações. Alexandre de Moraes e outros envolvidos nos processos e condenações dos vândalos sabiam exatamente que cometiam erros processuais e violações legais, e faziam isso buscando um resultado que, em essência, sabiam ser ilegal e injusto. Já os manifestantes do 8 de janeiro não tinham consciência nem intenção real de cometer aqueles dois crimes específicos, até porque tais crimes eram, na prática, impossíveis de serem realizados sem um comando formal, aparato militar e articulação institucional, elementos que inexistiam naquele momento.

Dessa forma, é possível afirmar que as sanções impostas pelos Estados Unidos a Moraes e outros ministros do STF são juridicamente discutíveis e, sob o prisma da Lei usada para esse fim, são incorretas. Porém mais grave ainda é o abuso de poder, as ilegalidades e as injustiças cometidas contra cidadãos que, embora culpados de vandalismo, de depredação do patrimônio público, foram acusados e condenados como se tivessem atentado contra o regime democrático.

Chegar a essas conclusões não é difícil. O verdadeiro desafio é fazer com que as pessoas assumam suas responsabilidades, reconheçam erros e crimes cometidos e adotem providências efetivas, eficientes, eficazes e legítimas para restaurar o devido processo legal e o respeito à Constituição Federal.

“Amanhã vai ser outro dia!…”

Acordei, como sempre faço, por volta das cinco horas da manhã e fui direto para o escritório, aproveitar a mente limpa e leve, para escrever alguma coisa da qual eu me orgulhasse, mas me deparei com postagens absurdas nas redes sociais, feitas por pessoas completamente sem a menor noção caráter, decência, honestidade ou minimamente respeito a lógica e ao bom senso e resolvi comentar aqui algumas dessas postagens e reproduzirei meus comentários sobre elas.

Matéria 1: O ministro Fernando Hadade, diz em entrevista, que uma reunião que ele teria esta semana, com o secretário do Tesouro dos Estados Unidos foi desmarcada por interferência de Eduardo Bolsonaro e Paulo Figueiredo.

Meu comentário: “Lula e os jornalistas que ele paga para serem seus assessores de imprensa precisam decidir sobre qual narrativa é menos pior para eles. Se eles assumem que o energúmeno do Eduardo Bolsonaro tem mais prestígio junto ao governo americano, que o governo brasileiro, ou se eles deixam prevalecer a visão do empresariado brasileiro, segundo o qual o governo faz tudo que pode para ficar mal com os americanos ao se aproximar cada dia mais da China, da Rússia, do Irã e de outros inimigos dos Estados Unidos.

Se optarem pela primeira saída eles assumem seu total desprestígio e jamais escolherão a segunda narrativa, mas ela é a razão verdadeira”.

Matéria 2: Uma deputada tresloucada, a Fernanda Melchionna apresentou um PL que estabelece que a Lei Magnitsky não pode ser respeitada por instituições financeiras no Brasil

Meu comentário: “Ninguém explicou a essa anta que a Lei Magnitsky não tem vigência em nenhum país que não seja os Estados Unidos, que essa é uma lei americana e que nenhuma instituição não americana precisa respeitar essa lei?”

Matéria 3: O ministro Alexandre de Moraes, penso que achando que alguém é idiota, diz que não há nenhum indício de irregularidade nos processos que ele preside ou relata.

Meu comentário: “Sem qualquer indício de irregularidades!? Isso é loucura ou cretinice!? O que mais há são indícios de irregularidades cometidas por este senhor. Irregularidades que atacam o devido processo legal, que abolem o estado democrático de direito e que desrespeitam a Constituição”.

Matéria 4: O pulha do deputado Lindenberg Farias, que só é deputado graças a uma liminar espúria, diz que esperava uma atitude radical do presidente da Câmara dos Deputados, contra os parlamentares que fizeram obstrução aos trabalhos daquela casa legislativa

Meu comentário: “Esse verme tá querendo enganar as pessoas que não conhecem os procedimentos legais de uma casa legislativa. Existem normas e ritos que devem ser respeitados, existe um regimento interno que regula o que pode e deve ser feito, e ele sabe disso! Só é um canalha falastrão”.

Matéria 5: Na mesma matéria, a excrescência com mandato de deputado federal diz que vai apresentar representação na Procuradoria Geral da República contra os deputados que obstruíram os trabalhos da CD.

Meu comentário: “A PGR, se agir dentro da lei, deverá dizer que os fatos que ocorreram no recinto do Congresso Nacional, em relação aos congressistas, é primeiramente de competência irrestrita e exclusiva das Casas Legislativas do Congresso Nacional, uma vez que não ocorreu nenhum crime”.

Matéria 6: O ministro ALEMOR,  irmão espiritual do bruxo vilão Valdemort, diz que a maior ameaça a nossa democracia é o novo populismo extremista, se esquecendo do velho populismo extremista e do autoritarismo judicial.

Meu comentário: “O que ameaça nossa democracia é o ativismo judicial, partidarizando decisões da justiça, o abuso de poder de uma instancia irrecorrível, as ameaças feitas aos senadores sobre processos que correm contra eles, o desrespeito ao devido processo legal e a Constituição Federal.

Eu que havia acordado querendo fazer algo bom, bonito e nobre, fui puxado para o esgoto onde habitam as piores pessoas, as piores ideias e as piores ações de nosso país”.

Lembrei daquela música, “Apesar de você”, que diz assim, “Amanhã vai ser outro dia!…” Achei incrível o fato de que uma música feita para combater o autoritarismo, o estado de exceção, a ditadura, décadas atras, possa ser tão bem usada para o atual momento pelo qual passamos.

Depois tive um pensamento de consolo. Quem sabe amanhã, quando eu acordar descubra que tudo isso não passava de um sonho ruim, um pesadelo, e talvez eu e todos nós possamos ser mais felizes.

Enquanto todo mundo comenta sobre a segunda barbaridade que Alexandre de Moraes cometeu no dia de ontem, eu quero comentar sobre a primeira delas.

No Brasil de hoje em dia, um senador da República pode ser proibido de sair de casa à noite, de falar na internet, de viajar, de dar entrevistas e até de se aproximar de outros cidadãos. Pode ser obrigado a andar com uma pulseira eletrônica no tornozelo, como se fosse um fugitivo perigoso. E tudo isso por ordem de um único homem: o ministro-inquisidor Alexandre de Moraes, do STF – Supremo Tribunal Federal e do TMOI – Tribunal do Maldito Ofício da Inconstitucionalidade..

Não há julgamento. Não há sentença. Não há direito à defesa. Há apenas o arbítrio, e isso, o arbítrio, se tornou rotina em nosso país.

O Brasil já não é uma democracia funcional. É uma democracia tutelada por um STF / TMOI que faz leis, julga, investiga, pune e censura. Tudo ao mesmo tempo e com a mesma arrogância.

Moraes não apenas investiga. Ele já sabe quem é culpado. Já decide o castigo. Já aplica a pena. Não há instância superior. O que o ministro quer, o ministro faz. E todos se calam, seja por medo, por covardia, ou por conveniência.

Os fatos relatados aconteceram com o senador Marcos do Val que ao retornar ao Brasil, no dia de ontem, foi recepcionado pela polícia federal para impor ao parlamentar as seguintes medidas cautelares determinadas por Moraes: Uso de tornozeleira eletrônica, com recolhimento domiciliar noturno, das 19h às 6h durante a semana, e recolhimento integral nos fins de semana, feriados e dias de folga; Cancelamento do passaporte diplomático, com expedição de ofício ao Itamaraty, além da exigência de entrega imediata de todos os passaportes em sua posse; Proibição de uso de redes sociais, direta ou indiretamente (incluindo por terceiros); Proibição de contato com testemunhas ou investigados, para evitar interferência no curso das investigações; Suspensão do uso de armamentos, mesmo possuindo porte autorizado anteriormente; Bloqueio dos bens e ativos financeiros, incluindo contas bancárias, cartões de débito e crédito, chaves Pix, investimentos, veículos, embarcações e aeronaves; Bloqueio do salário e verbas de gabinete pertencentes ao seu mandato.

Observem bem as duas últimas medidas cautelares citadas acima, impostas a um senador da República Federativa do Brasil. Como é que este homem vai poder sobreviver, como ele vai manter e prover sua família?

Claramente Alexandre de Moraes quis fazer com Marcos do Val o que a Lei Magnitsky, imposta pelos Estados Unidos, fez contra ele próprio. É claramente uma forma de vingança. Já que ele não pode se vingar do inatingível e inalcançável Trump ele atinge que está ao alcance de sua varinha maligna de condão.

O STF virou o superpoder da República. Moraes, seu braço armado. E a Constituição? Um pedaço de papel velho, que só vale quando convém aos poderosos. Quem tem o monopólio da virtude, da verdade e da toga, não precisa de leis. Precisa apenas da certeza de que tudo pode fazer.

Quem controla a narrativa, controla o regime. Quem controla a caneta, controla a liberdade. E quem ousa discordar, descobre rapidamente que, no Brasil de hoje, a justiça tem lado, tem alvo e tem método.

E pode tudo. Porque ninguém ousa dizer que não pode.

Apenas para comentar rapidamente três assuntos

1. O uso da Lei Magnitsky em nada afeta a soberania nacional.
Algumas pessoas inescrupulosas estão tentando impor a narrativa de que a aplicação da Lei Magnitsky contra Alexandre de Moraes configura um ataque do EUA à soberania do Brasil. Trata-se de um argumento falacioso e covarde.

Usar a bandeira nacional e o povo brasileiro como escudo para defender um agente público que reiteradamente fere a Constituição, inviabiliza o devido processo legal e compromete gravemente o estado democrático de direito, é uma distorção inaceitável dos fatos.

Repudio qualquer retaliação econômica contra os produtos de nosso país, fato que certamente atingirá o povo brasileiro, mas não coloco no mesmo plano sanções pontuais contra quem compromete a legalidade e a democracia, inclusive fora de nosso território, intrometendo-se de forma ilegal em procedimentos judiciais de outro país.

Devo reconhecer que me importa muito pouco a legalidade da aplicação da Lei Magnitsky contra um indivíduo de conduta desrespeitosa, errática, ilegal e injusta. O que muito me importa e contra o qual eu me levanto e me oponho, é o fato de o sujeito sancionado por essa lei cometer crimes graves contra as leis brasileiras e não haver nada que se possa fazer, dentro das legislações vigentes, para pará-lo e impedi-lo.

Me importo muito pouco com o fato de ser ilegalidade ou injustiça aquilo que o EUA faça com Alexandre de Moraes, o que muito me importa são as ilegalidades e injustiças que Alexandre de Moraes cometa com o Brasil e os brasileiros.

2. O processo contra Bolsonaro não sofrerá nenhum retrocesso.
Não acredito de forma alguma que Bolsonaro escape de uma severa condenação. Não discuto sua inocência ou sua culpa, mas sim a total contaminação política dos processos sobre a tal tentativa de golpe de estado. Principalmente quando se qualifica de tentativa violenta de golpe de estado, a ação de baderneiros e vândalos durante manifestação popular.

O devido processo legal foi atropelado, o princípio do juiz natural ignorado, e o STF atua como vítima, investigador, acusador e julgador. Esse cenário não é apenas juridicamente preocupante, é completamente irregular e ilegal. No mínimo, o que deveria acontecer era que os julgamentos dos vândalos de 8 de janeiro de 2023 fossem todos anulados.

3. Tarifaço de Trump contra os produtos brasileiros e o erro estratégico.
Trump, ao sobretaxar os produtos brasileiros, imaginou prejudicar Lula. Errou. O tarifaço fortaleceu o discurso populista do “nós contra eles”, alimentando a retórica da esquerda. Lula não quer evitar essa crise, ele a deseja, ele ganha com ela. Ganha palanque, narrativa e vitimização. Já a Lei Magnitsky, essa sim, incomoda, não ao Planalto, mas ao STF, pois outros ministros pensam que podem vir a ser os próximos alvos, e alguns deles têm muito a perder se sofrerem as sansões da dura lei.

Resumo
Não podemos admitir que a soberania nacional e o brio do povo brasileiro sejam usados absurdamente como escudo para proteger alguém que é claramente culpado daquilo que é acusado e que a ele é imposta a Lei Magnitsky.

Não há saída, Bolsonaro será condenado. Restará a ele decidir se deseja entrar para história como apenas um ex-presidente condenado por tentativa de golpe de estado ou ele se tornará um mártir, que da prisão apoiará um candidato da direita que possa colocar o Brasil em um bom caminho.

Se Trump pretendia admoestar Lula, por tomar posições contrarias aos interesses americanos, ao tentar desdolarizar a economia e por se alinhar e se aliar a governantes e governos antidemocráticos,   não deveria ter tomado medidas que afetassem os produtos e o povo brasileiro. O tarifaço, ao contrário de enfraquecer Lula e seu governo, fez foi fortalecê-los. O tarifaço é ruim para os produtores e para o povo brasileiro, mas é bom para Lula e sua turma. É assim que acontece todos os dias!

Rápido balanço sobre a situação do Brasil

Entre 1994 e 2018 o Brasil experimentou governos de esquerda. Foram duas eleições de FHC, duas de Lula e duas de Dilma. Bolsonaro criou um hiato de 2018 até 2022, mas ele não venceu a eleição porque o povo brasileiro o quisesse para presidente. Naquela eleição o povo disse foi um retumbante não a esquerda, principalmente ao PT e sua gang.

Da mesma forma que Bolsonaro foi a opção que tiveram aqueles que não aguentavam mais a esquerda, Lula, o PT e sua corja, estes mesmos foram a opção daqueles que não queriam ter mais às loucuras e idiotices de Bolsonaro. A bem da verdade, a única coisa realmente boa na gestão de Bolsonaro foi a economia, isso por um simples motivo: Lá ele não meteu o bedelho.

O STF armou um esquema muito bem engendrado, com respaldo da imprensa canalha, para “descondensar” Lula, para que ele fizesse frente a Bolsonaro. Assim não haveria dúvida de quem ganharia a eleição.

Bolsonaro, seus filhos e seus cupinchas perderam a eleição, colocaram a culpa nas urnas eletrônicas e alegaram fraude. Não houve fraude. O que houve mesmo, foi partidarismo e perseguição por parte do TSE, mas fraude convencional não houve.

Idiotas em torno de Bolsonaro o insuflaram para que ele tomasse posição radical e quebrasse o regime democrático. Graças ao Deus dos imbecis, talvez  por medo ou por covardia, ele não se movimentou efetivamente neste sentido.

Uma multidão formada por pessoas pacatas e por vândalos tresloucados, sentindo-se enganados com o resultado da eleição, depredou os prédios da Praça dos Três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Das mais de 200 câmeras de segurança existentes na Praça e nos prédios que ficam nela, apenas algumas poucas gravações foram fornecidas pelos responsáveis pela segurança daquela área, caracterizando claramente que houve manipulação de imagens e de provas sobre aqueles acontecimentos.

Alexandre de Moraes que já vinha, através do processo do fim do mundo,  corroendo e destruindo o devido processo legal, o estado democrático de direito e vilipendiando, corrompendo e estuprando a Constituição Federal, passou a ter ainda mais poder, uma vez que seus pares no STF garantiram e ainda garantem a ele, que todos os absurdos que ele cometeu e venha a cometer, sejam acatados e encobertos pela corte.

Além das condenações de pessoas que participaram das manifestações e do vandalismo de 8 de janeiro de 2023, a penas absurdas e desproporcionais, além de seus processos não obedecerem a regra do juiz natural, além de todas as mazelas acontecidas nesses processos, Alexandre de Moraes, também comanda o processo contra o comando do dito golpe de estado que teria sido tentado em 8.1.23, cujo principal réu é exatamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.

A eleição de Trump para presidente dos Estados Unidos, fez com que parte da direita mais radical e aloprada, resolvesse concentrar forças na tentativa de enfraquecer o governo Lula e desacreditar o STF, que por aqui já não tinha lá muito crédito, pelo menos com as pessoas que minimamente são capazes de ver a realidade dos fatos.

O deputado Eduardo Bolsonaro vai para os Estados Unidos tentar comandar de lá uma resistência contra o aparelhamento da justiça e tentar salvar seu pai da condenação certa.

Trump resolve sobretaxar em 50% os produtos brasileiros, e o idiota do Eduardo Bolsonaro vangloria-se e bravateia dizendo que tais medidas foram pedidas por ele para pressionar nosso país, e com isso dá a Lula, ao PT e a corja da esquerda o discurso que precisavam para melhorarem sua desgastada imagem.

Na verdade Trump a penalização aplicada ao Brasil se deve as posições totalmente equivocadas de Lula e do governo brasileiro, que se posiciona ao lado de ditadores e ditaduras que tem por objetivo destruir o modo de vida ocidental, que apoiam e financiam grupos terroristas, que pretendem desestabilizar o comércio internacional ao defender a desdolarização da economia mundial, que ataca o presidente americano diariamente.

Até que ontem os Estados Unidos aplicaram contra Alexandre de Moraes as sansões previstas pela Lei Magnitsky, fato que como significa a morte financeira e econômica de quem sofre tais sansões.

Depois de sancionar Alexandre de Moraes, o governo americano, retirou quase 400 produto brasileiro da sobretaxação de 50% que havia sido aplicada. Tal atitude se deve ao trabalho do empresariado brasileiro e americano e não a ações do governo brasileiro, que na verdade estava gostando desse prejuízo, para por ele culpar os bolsonaristas, reconhecidamente jumentos políticos, incapazes de entender os mecanismos da verdadeira e sadia política. Portanto a diminuição da lista de produtos sobretaxados pelos americanos não se deve a ações do governo ou ao beneplácito da oposição, pois esses calhordas só pensam em si e não em nosso país.

Depois do ocorrido ontem, ficamos então com as cenas dos próximos capítulos.

Não tenho a menor dúvida que os processos contra Bolsonaro e sua turma vão continuar sem nenhuma mudança de rumo e que eles serão certamente condenados. Aqueles que não forem, serviram de desculpa para os canalhas dizerem que estão sendo justos.

Espero que Trump retire a sobretaxação sobre todos os produtos brasileiros, já que fez isso em relação a alguns ou pelo menos negocie reduzindo bastante o prejuízo de nossos produtores.

Imagino que o governo americano vá estender a Lei Magnitsky para outras pessoas em nosso país, e os principais candidatos, são alguns ministros do STF.

Lula não terá salvação, pois mentindo como ele mente, inconsequente como ele é, não conseguirá manter suas absurdas narrativas.

Imagino que em 2026 a direita deverá vencer as eleições, apesar do TSE e do STF tentarem compensar as perdas de seus partidários. O candidato vencedor deverá ser de direita, não devendo ser alguém da extrema direita.

O Brasil continuará como sempre foi. Um pobre país rico.

Quem viver verá.

Barba, Cabelo e Bigode.

A ideia contida na expressão que vem no título desse texto é designada a uma ação que culmina com o atingimento total das metas pretendidas em um projeto, sendo que tal expressão é mais amplamente usada para disputas políticas eleitorais, quando um partido ou um grupo político consegue eleger todas as cadeiras em disputa, ou consegue atingir totalmente seu objetivo.

É isso que acredito acontecerá na eleição do próximo ano no Maranhão, faltando apenas ajustar alguns poucos detalhes, que em alguns casos, apesar de serem poucos, são de certa bastante grandes.

Em minha modesta opinião a eleição para governador de 2026 está praticamente definida, restando apenas saber se o prefeito Eduardo Braide disputará ou não o pleito, pois ele é o único que pode fazer frente ao candidato do governador Brandão. Caso Braide seja candidato, para que possa vencer a eleição, ele precisará de duas coisas: Ter um grupo formado por partidos e políticos que lhe dê sustentação e que o governo esteja de mãos e pernas amarradas, inoperante quanto ao apoio que possa dar ao seu candidato. As duas coisas, juntas, simultaneamente, são bastante difíceis de acontecer.

Excetuando-se Braide, não vejo candidato que possa disputar em pé de igualdade esse pleito com Orleans.

Se parece que as coisas estão muito boas para o lado do atual governo, ressalto que existem duas pedrinhas no meio do caminho: A ruptura do grupo do governo que deixou Dino declaradamente brigado com Brandão – ter contra si uma figura que zela por sua fama de ser implacável com seus desafetos, não é uma coisa boa; e A escolha da chapa, que vai requerer uma delicada engenharia política.

Dependendo dos movimentos que Dino possa fazer, o comando do grupo do governo pode e deve ficar mais ou menos temeroso. Se nada acontecer e a chapa for bem escolhida, fica mais fácil de ganhar a eleição.

Penso que o nome de Orleans Brandão está definido para disputar o governo, no entanto a vaga de vice e as de senadores estão em aberto.

Os nomes de Roseana Sarney, Weverton Rocha,  André Fufuca, Roberto Rocha e Eliziane Gama, aparecem nas pesquisas, e imagino que Brandão não cogite apoiar nem Roberto, nem Eliziane, restando escolher entre Roseana, Weverton e Fufuca, quem serão os candidatos a Senador, podendo ficar aquele que não for escolhido para essa disputa, o cargo de vice. Esse seria um bom projeto de engenharia política, mas como diria Garrinha, precisa falar com os russos!

Imagino que uma chapa composta de Orleans Brandão para governador, Fufuca para vice, Roseana e Weverton para o senado, seja uma chapa que explique e preconize bem o título deste humilde e singelo texto.

Se assim for, penso que o governador Brandão fará barba, cabelo e bigode.

Se sonhamos, é possível realizar.

Nunca conheci meu avô Elias, pai do meu pai. Por isso, ele sempre foi o mais distante dos meus quatro avós. Dos quatro era ele aquele com quem menos me identificava, pelo menos até hoje, pois na noite passada, sonhei com ele, conversei com ele

Meu tio Zé Antônio o adorava, enquanto meu pai sempre foi fascinado por minha avó, Maria, fato que é fácil de entender. Elias tinha mais afinidade com o primogênito, enquanto Maria compensava a ausência do pai na vida do caçula, dando-lhe mais atenção.

Se minha avó sempre foi presente em minha vida, meu avô, até esta madrugada, por volta das cinco horas, permanecia uma figura remota, talvez ficasse assim para sempre, se não tivesse me aparecido em sonho, dizendo-me mais ou menos estas palavras:

“O grande problema pelo qual passa o mundo neste momento, Joaquim Elias, é que ele sofre de uma doença mortal, e o Brasil é o país mais afetado por ela. Trata-se de uma profunda falta de altruísmo, que causa insuficiência de abnegação e se agrava ainda mais quando as pessoas sintetizam os hormônios do egoísmo e da hipocrisia, provocando uma completa paralisia da capacidade de fazer o que realmente devem, o que é necessário e imprescindível.”

Saltei da cama e vim direto ao computador para escrever este texto, antes que minha velhice me fizesse esquecer da mensagem que meu subconsciente — usando a figura do meu avô, havia me transmitido.

Vejam bem: altruísmo, é o sublime ato que nos leva a nos preocuparmos com o bem-estar alheio, é agir em benefício de alguém, de um grupo ou de toda sociedade, mesmo que isso envolva sacrifício pessoal , e sem esperar nada em troca. É o oposto do egoísmo, e pressupõe generosidade, solidariedade e cuidado com o próximo.

Abnegação, por sua vez, é quando renunciamos a algo, seja um desejo, um bem ou uma atitude, em favor de um ideal, deixando nossos interesses pessoais de lado.

O sonho que tive com meu avô me deixou leve e feliz. Mas a reflexão que dele nasceu me deixou pesado e triste. E embora os sentimentos positivos tenham sido sucedidos por sentimentos negativos, estes não conseguiram destruir a esperança que ainda tenho, de que possamos superar essa pandemia que assola o mundo, em especial ao Brasil, a pandemia da falta de altruísmo e abnegação.

Essa doença terrível nos contamina com a acomodação, com a passividade diante das injustiças, impedindo-nos de lutar pelo que é justo e certo, não apenas por nós ou por nossos grupos, mas pelo bem comum. Não para vencer uma disputa ou uma eleição, mas para restaurar a dignidade do viver bem pessoal e coletivamente.

Não é só esperança. Eu sei! Tenho certeza: no fim, o bem sempre prevalece.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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