3.200 toques!

Meu querido amigo Ademir Santos, editor deste jornal, ligou-me para dizer que a partir de agora eu só posso mandar-lhe textos com no máximo 3200 toques, pois o novo design gráfico do diário assim o exige. Argumentei que desta forma vai ficar difícil eu continuar escrevendo e publicando na coluna dominical de opinião deste jornal.

Depois do telefonema de Ademir fiquei imaginando o que farei com alguns textos atemporais que já produzi sobre o dia a dia da cidade e que ainda não publiquei. Será uma pena não poder comentar com vocês sobre minha amiga Maria Aragão, sobre as funções despertadoras de minha bexiga, quanto ao reflexo das ações esportivas e culturais sobre o direito à cidadania… Pelo que parece vou ter que escrever sobre coisas mais tênues, mais rasas, como por exemplo, política.

Por falar em política, um sujeito me perguntou outro dia se Edison Lobão Filho realmente acreditava que venceria a eleição de Flavio Dino. Respondi que eu pensava que ele acreditava que venceria! Não satisfeito, o cidadão perguntou se eu acreditava que ele, ELF, venceria FD na disputa pelo governo do Maranhão. Respondi que eu sempre achei que aquela eleição não apenas sacramentaria a vitória de Flávio, mas que ela era uma derrota anunciada de nosso grupo político, graças a uma infinidade de movimentos, totalmente equivocados, que “nós” fizemos nos anos que antecederam a tal eleição. E disse mais, que eu havia dito a ELF que ele deveria se candidatar ao senado, já que Roseana resolvera não se lançar. Se ele tivesse feito isso certamente teria ganhado. Mas comentar política depois do acontecido parece incorreto. Ainda bem que o fiz antes também.

Será que já ultrapassei o número de toques por texto? Agora tenho que me policiar. Vou arriscar mais um assuntinho!

Um passarinho me contou que o prefeito de São José de Ribamar, Gil Cutrim já está conversando com o ex-prefeito Luís Fernando Silva sobre a eleição do próximo ano naquele município. A conversa giraria em torno da possibilidade, de com uma cajadada só, matarem todos os coelhos, e sacramentarem a candidatura de LFS a prefeito de São Luís pelo PSDB, uma vez que Gil Cutrim aceitaria apoiar a candidatura de seu vice, Eudes Sampaio, muito ligado a Luís, indicando o vice na chapa deste. Que confusão!

Trocando em miúdos: A candidatura de Eudes Sampaio a prefeito de SJR, tendo como vice um indicado do prefeito GC, abre a possibilidade de Luís Fernando Silva vir a ser candidato a prefeito de SLZ, pelo PSDB. Ufa! Santas elucubrações! Tantas abreviações!

Se esse quadro se materializar, coisa que não acredito que aconteça, a eleição em São Luís ficará bem intrincada. Se antes tínhamos uma polarização entre o prefeito Edivaldo Junior e a Deputada Elisiane Gama, com a entrada de Luís Fernando Silva na disputa, o resultado ficaria totalmente imprevisível uma vez que o maior eleitor desse pleito, Flávio Dino, teria em partidos ligados a si os três candidatos na disputa.

No fundo no fundo, imagino que esse quadro seria o que de melhor poderia acontecer para a politica de nossa capital e para o futuro de nossa cidade. Quem sair vencedor dessa disputa terá muito mais compromisso com nossa gente.

Acho que consegui ficar mais ou menos dentro do limite de toques imposto pela editoria de opinião deste jornal, só não sei se meus leitores vão gostar deste novo estilo enxuto, quase seco.

 

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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