As mudanças do governo

 

Depois de um ano à frente do governo do Maranhão, Flávio Dino implementou mudanças na configuração administrativa de algumas Secretarias de Estado, distribuindo melhor as tarefas e certamente melhorando o funcionamento da gestão do Estatal.

Pouco tenho a comentar sobre a fusão da Secretaria de Agricultura com a de Pesca, a não ser que essa é uma medida boa para a produção do setor.

A fusão da Secretaria de Assuntos Políticos com a de Comunicação poderia fazer um analista desatento ou desconhecedor dos meandros do poder no atual governo imaginar que o resultado seria desastroso e que tal medida fosse uma aberração administrativa. Muito pelo contrário. O que aconteceu neste tocante foi uma reafirmação do poder do secretario Marcio Jerry sobre os assuntos de comunicação do governo, que desde sempre vinha sofrendo o assédio de um determinado grupo dentro do governo para que a SECOM mudasse de mãos.

O que aconteceu foi que sob o manto protetor de Jerry, Robson Paz continua sendo o que ele sempre foi, operador da máquina de comunicação do governo, que na verdade sempre foi chefiada pelo secretário de Assuntos Políticos.

Aventou-se se as mudanças operadas pelo governador teriam fortalecido ou enfraquecido o homem forte de seu governo. Nem uma coisa nem outra. Marcio Jerry continua com a mesma força e com a mesma importância que sempre teve, mesmo que alguns ponderem que ele perdeu a atribuição de interfaciar com o Poder Legislativo, encargo que foi destinado ao ex-presidente da ALM, o secretário do Gabinete Civil, Marcelo Tavares.

Neste ponto, mais uma bola dentro no que diz respeito à reforma implantada por Flávio. Marcelo tem muito mais jeito, muito mais traquejo, muito mais experiência para tratar com os deputados do que Marcio. Marcio é presidente do PCdoB em nosso estado, fato que por si só causa rusgas no trato com as bancadas. Marcio é menos afeito às conversas diplomáticas, coisa que o convívio no ambiente parlamentar exige. Marcelo é conhecido por ter uma excelente capacidade de diálogo político e uma boa postura diplomática e em que pese ser filiado ao PSB, não tem cargo de direção no partido e pelo que parece não mais ambiciona a vida eleitoral.

Neste ponto, acredito ser esta uma medida extremamente eficiente e eficaz no que diz respeito à melhoria do relacionamento com o Legislativo, que já vinha mostrando algumas dificuldades. Resta, no entanto, que o governador dê a Marcelo o respaldo necessário para desenvolver um bom trabalho nessa função, ainda mais em um ano difícil como este que ainda por cima é ano eleitoral.

A retirada de Felipe Camarão da SECMA, a fusão desta pasta com a de Turismo foi outra jogada corajosa e incrivelmente providencial.

Ao desenvolver um projeto onde as duas secretarias se complementavam, Flávio enxergou que elas muito bem poderiam ser só uma e teve a coragem de mudar. Mais uma bola dentro.

Acredito que essa mudança será bastante satisfatória, principalmente porque na direção da Secma foi colocado Diego Galdino, o que garante a continuidade do excelente trabalho que foi implantado e desenvolvido por Felipe Camarão quando esteve por lá.

Falando em Felipe Camarão, sua colocação como secretário de Governo inaugura uma nova fase na gestão governamental de nosso Estado. A função do ocupante deste cargo é ser o longo braço do governador. Ser sua voz e realizador de suas determinações. Este é um cargo que requer que seu ocupante seja uma pessoa íntegra, leal e de extrema confiança. Alguém que represente o mandatário como se ele o fosse e para esse intento não posso imaginar ninguém mais apropriado que Felipe Camarão.

Este jovem vem demonstrando por onde passa ser merecedor de todo respeito e de toda a admiração pelo simples fato de tratar a todos com o mesmo respeito e com uma cordialidade única.

Nesta função Felipe agilizará e operacionalizará para Flávio ações que ele deve ter muito se ressentido neste primeiro ano de seu governo.

Por hora é só.

 

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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