A Lista de Jerry

Li em alguns blogs que o secretário Marcio Jerry fez uma lista onde constam os nomes dos candidatos a prefeito de São Luís que serão apoiados informalmente pelo governo, uma vez que o governador já se manifestou dizendo que nem ele, nem a máquina do Estado, irão participar das eleições municipais, atitude que eu reputo muito correta e salutar, e que se de fato isso acontecer, se consubstanciará como uma das tais mudanças de postura apregoada por ele.

Mas eu fico me perguntando quais seriam os motivos pelo qual, no sofisma de neutralidade, dentro do seu grupo, meu bom amigo Marcio Jerry não incluiu a candidatura de Wellington como sendo da base Dinista, uma vez que ele é deputado eleito em coligação ligada ao governo!

Digo isso porque todo mundo sabe que mais desconfortável que o caso de Wellington, há uma candidatura ainda menos apoiada pelo governo, a de Eliziane, e mesmo assim o Marcio Jerry a incluiu como da base governista.

Existe algo na lógica comunista que eu não consigo entender. Não seria mais sábio incluir todos que não sejam adversários formais do governo como sendo seus candidatos!? Pelo menos pareceria mais lógico e coerente.

Prova disso foi o esquecimento do nome de Braide na primeira lista de candidatos, o que demonstra que essa lista não é lá muito verdadeira, nos dando a impressão de que o candidato do governo, mesmo, de verdade, seja só o atual prefeito!

É como se o governo estivesse escolhendo um adversário a dedo. Alguém pra chamar de seu… “Inimigo”… E escolheram logo o professor Wellington pra palito. Logo um político não convencional, alguém de fora do ramo, um iniciante na política, alguém ainda com poucos vícios, não acostumado com os jogos dessa atividade.

Mais adiante Marcio Jerry diz no Twitter que não relacionou Wellington na sua lista de candidatos apoiados pelo governo, em respeito a sua independência. Ora, isso significa que os outros candidatos relacionados não tem independência, são dependentes das decisões do Governo!?

Se a vontade popular de mudança for verdadeira, como eu acredito que é, a estratégia de Marcio Jerry, do PC do B e do governo, de isolar o candidato Wellington, taxando-o de adversário, é totalmente equivocada, pois ele seria a mudança viável para uma mudança que muita gente acha que não deu certo!

Mas como não poderia deixar de ser, há também algo de muito inteligente nessa estratégia traçada pelo experiente e calejado presidente do PC do B e secretário de assuntos políticos, Marcio Jerry: Se o governo apoia quatro candidatos e dois deles são os melhores nas pesquisas de opinião, é porque o governo deve estar com tudo! Quando se joga com muitas possibilidades, pode se dizer no final que se ganhou! O governo acha que o prefeito de São Luís será Edivaldo ou Eliziane e quer que qualquer um dos dois seja seu, pois o sucesso na eleição de 2018 passa necessariamente pela vitória na de 2016.

PS: Vão já inventar que o Wellington é Sarneysista!

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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