Os 6 melhores governantes do Brasil

Na ocasião das comemorações referentes à Proclamação da República, em uma conversa com alguns amigos de diversas áreas, entre eles empresários, profissionais liberais, funcionários públicos, escritores, historiadores, economistas e políticos, levantei uma questão que causou muita controvérsia, e que vou repassar aqui para vocês.

Eu fiz uma provocação bastante pertinente para aquele ambiente, indagando dos presentes quais seriam os seis melhores governantes do Brasil, e foi um pouco mais além, pediu que disséssemos o período correspondente e que fizéssemos uma pequena justificativa.

Particularmente eu não me surpreendi com o resultado de toda aquela conversa, tendo em vista a qualidade e a capacidade das pessoas que ali estavam presentes, ocorre que o fato de quase todos citaram os mesmos nomes, variando a ordem ou as justificativas, poderia surpreender algumas pessoas, como acredito tenha acontecido com alguns dos presentes.

Penso que esse é um bom exercício para que possamos aprofundar nossa visão sobre a nossa história, e conhecermos as opiniões das pessoas sobre esses assuntos, lembrando que as opiniões de todos devem ser respeitadas, mesmo e principalmente que elas não coincidam com as nossas.

Abaixo, a minha lista dos seis melhores governantes do Brasil, o período de referência e uma pequena justificativa. Qual é a sua?

1 – Dom João VI – Dom Pedro I (de 1808 até 1831) Resolvi juntar os governos de Dom João VI e de Dom Pedro I, por uma questão de justiça, pois enquanto Dom João deu ao Brasil status de nação, de país, nos dando independência econômica e autonomia comercial, juntando assim ao povo e ao território o item fundamental para nossa identidade política, Dom Pedro formalizou nossa existência através da proclamação de nossa independência política, coisa que já havia sido pensada por seu sábio pai. A história não tem sido justa com estes dois importantes personagens.

2 – Dom Pedro II (de 1840 até 1889) Em quase 50 anos de governo, Dom Pedro II consolidou as conquistas que haviam sido realizadas por seu pai e seu avô. Homem sábio, culto e sensível, fez com que o Brasil fosse respeitado internacionalmente, mas apesar de cultivar ideias e conceitos antiescravagistas, não foi capaz de acabar com a escravidão mais cedo.

3 – Getúlio Vargas (de 1930 até 1945 e de 1950 até 1954) Vargas estabeleceu diversos avanços na vida social e econômica do Brasil, criando leis e empresas que alavancaram o progresso que nos fez ser uma das maiores economias do mundo. Tendo vivido em um período conturbado, onde o mundo, saindo de uma guerra mundial procurava se estabilizar, optou pelo caminho mais fácil e num vácuo de lideranças, tornou-se ditador e como tal usou a força contra seus adversários.

4 – Juscelino Kubitschek (de 1956 até 1961) Depois de um período conturbado de nossa política, Juscelino elegeu-se democraticamente, e entre suas realizações destacam-se o Plano de Metas para nosso desenvolvimento econômico e a construção Brasília. Além disso foi responsável por uma segunda onda de progresso gerada pela instalação em nosso país de diversas indústrias, entre elas a automobilística. Sendo um liberal, não estava preparado para as convulsões que a Guerra Fria troche para o cenário internacional, com grande repercussão em nosso país.

5 – José Sarney (de 1985 até 1990) Enfrentando gigantescos problemas econômicos, herdados de anos de inflação galopante, Sarney teve como sua maior missão a de conduzir o Brasil, de forma segura, pacífica e sensata, durante o período de transição para a plena democracia, depois de vinte e um anos de regime de exceção, quando o nosso país foi governado pelos militares. Este feito pode para alguns menos atentos, parecer um fato menor, mas foi a realização dele que nos garante disfrutarmos do mais longo e seguro período de regularidade democrática de nosso país em toda nossa história.  

6 – Luiz Inácio Lula da Silva (de 2003 até 2004) Durante o primeiro ano de seu primeiro mandato, Lula, replicando fórmulas e políticas herdadas de seu antecessor, conseguiu realizar, alavancado em uma imensa popularidade, quase uma unanimidade, avanços extraordinários na vida social e institucional de nosso país. No entanto à partir do seu segundo ano de mandato, pressionado primeiramente por seu partido e em seguida por partidos que lhe davam sustentação no Congresso Nacional, passou a fazer o que fosse necessário para se manter estável no poder, o que resultou nos escândalos de roubos e corrupção que todos conhecemos. Mesmo assim, acredito que o primeiro ano do primeiro mandato de Lula tenha sido uma época extraordinária para nosso país e nossa gente. Talvez a melhor delas. Tempos que não voltarão jamais.

PS: Esse tipo de conversa e as análises que resultam delas, podem ser feitas sobre qualquer assunto, como filmes, times ou jogadores de futebol, momentos das vidas das pessoas. Essa é uma boa forma de conhecermos melhor as pessoas e de nos mostrarmos mais a elas.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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