Pelo povo do Líbano

Antes de qualquer coisa, preciso confessar que sou um agnóstico convicto, mas é importante também dizer que eu creio na existência de uma força criadora do universo, aquilo que muitas pessoas chamam de Deus.

Mesmo achando que não sou capaz de fazer algo parecido com uma oração, uma prece, rogo a essa força superior por proteção ao povo libanês… mas pensando bem, seria injusto não rogar, de igual modo, pelo povo palestino, pelo povo judeu, pelo povo ucraniano, por todas as pessoas que passam pelo sofrimento da guerra, da violência, da fome e de todas as mazelas criadas pela humanidade.

Hoje, muito especificamente, desejo direcionar minhas forças em defesa principalmente das crianças, mulheres e idosos do Líbano, mas também dos homens de bem que vivem na terra de meus avós, aqueles que não comungam com a violência e o terrorismo, que não usam a religião, qualquer que seja ela, como escudo e como desculpa para tentar impor suas crenças e sua cultura.

Rogo ao povo de Israel que possa entender que há uma diferença clara entre fazer o que for possível para se defender e atacar cruelmente pessoas inocentes.  Que possam entender que há um limite para a existência de danos colaterais.

Talvez seja querer demais que  o coração dos governantes de Israel e dos comandantes do Hezbollah sejam tocados pela paz, e que o diálogo e a compreensão prevaleçam sobre a violência, mas não custa tentar.

Sei que poucas pessoas vou ler esse meu texto, mas sei também que o senti e o escrevi, e que ele saiu do lugar mais profundo de mim, um lugar que acredito piamente seja interligado a um lugar semelhante, em cada pessoa que há nesse mundo, aquilo que nós todos temos em comum, independente de nossas diferenças, aquilo que alguns chamam de alma.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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