2025, o ano que o mundo reconheceu o maravilhoso cinema brasileiro

O ano de 2025 entrará lindamente para a história de nosso país, pois neste ano um filme realizado aqui, com roteiristas brasileiros, diretor brasileiro, elenco brasileiro, com produtores e técnicos brasileiros, foi indicado para concorrer na principal categoria do maior festival de cinema do mundo, o Oscar de melhor filme.

Os Indicados nessa categoria foram: “Ainda estou aqui”, “Anora”, “O brutalista”, “Um completo desconhecido”, “Conclave”, “Duna: Parte 2”, “Emilia Pérez”, “Nickel boys”, “A substância”, e “Wicked”.

É bem verdade que as chances de nosso representante vencer não são grandes, uma vez que também estão concorrendo, “O brutalista”, “Conclave” e “Emilia Pérez”, todos competidores muito bem cotados e com diversas indicações nas demais categorias. Os demais têm menos chances que o nosso “Ainda estou aqui”.

Por outro lado, os Indicados ao Oscar de filme internacional foram: “Ainda estou aqui” (Brasil), “Emilia Pérez” (França), “Flow” (Letônia), “A Garota da Agulha”, (Dinamarca), “A Semente do Fruto Sagrado” (Alemanha).

Como “Emilia Pérez”, e “Ainda estou aqui” estão concorrendo nas duas categorias, a de melhor filme e a de melhor filme internacional, se um deles ganhar na categoria mais abrangente, é certo que ganhará na menos abrangente também.

Eu particularmente acredito que a decisão sobre qual será o melhor filme recairá sobre “O brutalista” e “Conclave”, fazendo com que fiquemos na torcida para batermos o representante da França, “Emilia Pérez”, na disputa pelo prêmio de melhor filme internacional.

Ocorre que o fato do filme de Jacques Audiard ter sido indicado para concorrer em onze categorias do Oscar, e o filme de Walter Sales só ter sido indicado em três categorias, sinaliza que nossas chances são menores, mas ainda assim acreditamos que podemos vencer.

Já as indicadas ao Oscar de melhor atriz foram Fernanda Torres (“Ainda estou aqui”), e Demi Moore (“A substância”), têm mais chances que Mikey Madison (“Anora”), Demi Moore (“A substância”), Karla Sofía Gascón (“Emilia Pérez”) e Cynthia Erivo (“Wicked”).

Penso que é aqui reside a nossa maior e melhor chance de ganharmos pela primeira vez um Oscar, pois Fernanda tem uma performance clara e visivelmente melhor que quase todas as concorrentes, pairando apenas alguma dúvida quanto ao trabalho de Demi Moore, em “A substância”, que realmente é digno de nota.

De qualquer maneira, só o fato de “Ainda estou aqui”, ter sido indicado para concorrer em três das mais importantes categorias do Oscar, já é um grande reconhecimento e sinal de grande prestígio do cinema brasileiro. Só isso já é uma grande vitória.

Parabéns ao diretor Walter Sales, aos roteiristas que deram a história o tom perfeito, ao monumental elenco, principalmente a Fernanda Torres, Selton Melo e meu querido amigo Antônio Saboia e ao maravilhoso trabalho de direção de arte que nos transportou com fidelidade e beleza para os anos 1970.

“Ainda estou aqui” entra não apenas para história do cinema brasileiro, mas também para a história geral de nosso país.

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Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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