Ele estava lá.

Fiquei bastante sensibilizado com o comentário que foi postado aqui no meu Blog por Gercivaldo Lima Santos no último dia cinco e que passarei a transcrever a seguir.

Atender ao pedido contido nele é o mínimo que posso fazer e é indispensável que eu agradeça de público ao Gercivaldo em meu nome e em nome de toda minha família, pela lembrança e pelo carinho que este demonstrou para com aquele que preferia ser conhecido preferencialmente como “o caboclo do vale do Pindaré”.

Caro deputado Joaquim Nagib Haickel, meu nome é Gercivaldo Lima Santos e sou natural de Monção. Nasci no então povoado de Chapéu de Couro, hoje município de Governador Newton Bello.

Eu era um dos muitos meninos que corriam atrás do carro de seu pai, Deputado Nagib “bom-bom”, na esperança de pegar uma daquelas guloseimas que ele jogava pras crianças de onde passava.

Com muito sacrifício de meu pai e com a providencial ajuda do seu, pude vir para São Luis onde estudei e me formei. Hoje tenho um bom emprego com o qual mantenho minha pequena e modesta família.

Leio sempre o que o senhor escreve tanto aqui quanto no Jornal O Estado, mas nunca tive a oportunidade de ler nada que o senhor tenha escrito sobre o seu pai.

Aproveitando que vai chegando o dia em que faz mais um ano de seu falecimento, gostaria de ler algo de sua lavra sobre aquele que foi o maior político que já habitou a nossa região, quem sabe o nosso estado.

Muito obrigado ao senhor e principalmente a ele.

Gercivaldo Lima Santos.

Eu estava lá.

Nagib Haickel

Estava lá, na minha infância pobre, jogando bolinha de gude, empinando curicas, nadando, no Rio Pindaré.

Estava lá, quando, meus pais preocupados, me mandaram estudar na capital.

Estava lá trabalhando, aos treze anos, como menino de recados e faz tudo de “seu” Eduardo Aboud.

Estava lá, homem quase feito vendendo tecidos, jóias e quinquilharias para poder andar de lambreta.

Estava lá homem feito, me fazendo mais homem ainda, casando com o amor da minha vida e tendo com ela meus filhos, que, são eu, em partes, em horas, em situações: afobado, alegre, leal, negociante, desconfiado…

Estava lá, comerciário e comerciante, industriário e industrial; empresário, nada disso nunca me senti, eu estava lá e vendia. Só isso. Sem saber montei a primeira loja de, conveniência do Brasil. A Meruoca.

Estava lá político, na minha querida região do vale do Pindaré com meu Povo, com, meus amigos. Devo, encontrar alguns por aqui. Biné, Milet, Adroaldo, Nunes Freire, Dr. Pedro Neiva, Sena Rosa. Devo encontrar um homem a quem sempre me opus, mas que nos últimos anos, amigo maior de seu filho me tornei. Dr. Newton Bello.

Estava lá jogando bombom, repetindo meu nome mil vezes, pintando o chão, narrando jogo de futebol; meu filho não achava que desse resultado. Deus. Dá. inventei coisas sem pretensão de inventa-las.

Estava lá Deputado Estadual e Federal por quase trinta anos. Criei municípios, e um em particular administrei e amei. Zé Doca. Parece comigo. É rápido, apressado, tem progresso, tem trabalho e boa gente.

Estava lá para ver meus filhos criados, homens de bem, trabalhadores, honestos, leais, amigos de seus amigos e respeitadores de seus desafetos.

Estava lá para fazer todas as coisas que gostava, e as fiz. Arrepender-se de ter feito algumas coisas erradas de pouco adianta agora, mas se com elas prejudiquei alguém peço desculpas e me penitencio.

Estava lá para ver, brincar, ensinar e aprender com as crianças que tanto, amei. Dentre elas, minha tão amada e querida neta. parte de mim. Minha Laila, minha Lalica.

Não estava lá para ver o meu netinho, também tão amado, mas o vejo sempre. É forte, bonito. Vai continuar o meu nome.

Estava lá nas ocasiões mais mercantes do meu tempo. Fui o centro da minha tempestade. Não posso me queixar de nada. Sempre tive sorte, amigos, sempre me sai bem. De um jeito ou de outro as coisas acabaram dando certo: Na infância, na juventude, na maturidade e na velhice; no esporte, nos negócios, na política e na vida.

Estava lá durante trinta e cinco anos com uma mulher maravilhosa, amiga, compreensiva, companheira. Pessoa de um coração sem igual, de uma bondade extraordinária, acho que se minha alma era má, ficou boa por sua causa e se boa fosse, melhorou convivendo com Chica ou mãe, o que ela era de mim e agora é de todos estes de quem cuida com tanto amor e dedicação. Te Amo.

Estava lá para ter irmãos, parentes, amigos dos melhores, empregados de anos de dedicação, pessoas que confiaram em mim e em que confiei. Muitas vezes era temperamental e até grosseiro, mas sei que os que me conheciam de perto, sabiam que não era por mau, sabiam que logo voltava ao normal e as coisas continuavam.

Estava lá em vários lugares, por quase sessenta anos, mas de sessenta se contarmos o tempo que passei dentro de “Mariak”, minha Mãe Maria Haickel, a olhar o olhar sereno do meu velho pai Elias.

Estava lá em Coroatá no dia 07 de setembro de 1993, entre amigos, brincando, comendo…

Estava lá… “Estou indo, estou indo…”

Estava lá e vi o pânico dos que estavam comigo, vi o desânimo, o desespero e o sentimento de traição e abandono que meus filhos, juntos, sentiam, vi a tristeza e a saudade de Chica, de Estelita e de Yolanda. Vi tudo, toda a minha vida num ultimo suspiro.

Esta lá e vi meu filho e meu genro, quase filho, ao me receberem, inerte. Vi o que foram capazes de fazer. Eu não seria tão corajoso, tão forte.

Estava lá e vi meu outro filho ir para casa, pensando sem pensar, andando sem andar, diletante. Deitou-se em minha rede, cheirou o meu cheiro no lençol, chorou o meu choro, dormiu o meu sono. Queria acordar com ele, queria sonhar com ele. Tenho certeza que não acreditava. Jamais o deixei ser totalmente, jamais o soltei, sempre esteve a minha sombra. Estava perdido. Mal sabia ele que nos últimos anos, eu era quem o seguia. Tive dois filhos dei a um a possibilidade de usar o cérebro através da boca e ao outro a razão de usar as mãos pelo cérebro. Um quase perdi várias vezes, o outro nunca quis se perder. Acho que hoje eles sabem que, o que os torna forte é o seu amor e a união.

Estava lá no meu velório, em minha casa, muitos amigos, todos os parentes, autoridades. Havia até conspiração. Não os condeno, faria o mesmo. Não fui e não sou santo nem hipócrita.

Estava lá no meu velório na Assembléia, casa onde passei boa parte da minha vida, onde estava sendo seu presidente, na minha cabeça apenas gerente. Muita gente. Fiquei orgulhoso e chorei, não queria morrer, nunca quis, era a fase mais feliz da minha vida; mais maduro, mais compreensivo, menos intransigente, menos preocupado.

Estava lá no meu enterro. Cheguei de carro de bombeiro, guarda de honra, essas coisa que em vida não dava muita importância. Muita gente. Chorei de novo. Quero ir para casa. Minha mulher, meus filhos, meus parentes, amigos, funcionários, conhecidos, todos lá me fizeram ver que era definitivo. Não me conformei. Hoje começo a compreender.

Estava lá na missa de 7º dia, todos ainda consternados. O Padre Lucio, simpatizante da esquerda, meu amigo do Maiobão, oficiou. A rua estava bloqueada, A Igreja era a Rua do Egito, em frente à Assembléia. Havia muita gente. Chorei novamente.

Estava lá na missa do 30º dia, desta vez a igreja coube a todos mais o padre ainda era o mesmo e a dor ainda doía. Chorei.

Estava lá em todos os instantes com Chica, Joaquim, Nagib, Laila, Ivana, Lucia, Estelita, Yolanda, Rose, Lucinha, Rochinha, Tadeu, Antonio, Santana, Carol, Jorge, Mônica, Catita, Vinicius…

Estava lá quando meus filhos com ajuda de alguns amigos tentavam pagar as dividas que deixei. Pagaram algumas e continuaram pagar as outras, pois foi como eu lhes ensinei.

Estava lá quando nasceu Nagib Neto, meu netinho que não me conheceu, mais que eu amo, falem de mim para ele.

Estava lá em quase todos os lugares e horas. Não todas, mas estava.

Estou, quando Chica chora ou rir, quando Estelita me imita, quando Loló lembra, quando Lalá vê a fita, quando Binho faz negócios e quando Joaquim faz política.

Estava lá na missa de 1º ano. Estavam apenas os que lembraram ou os que puderam ir. Meu substituto, o Manoel, Marly que alfabetizou meus filhos e um dos mais dignos Deputados que já conheci, um chovem chamado Clodomir Filho. Os outros devem estar se virando, pois a luta é difícil, eu sei.

Revi meu compadre Daniel, meus amigos William Nagem e Alberto Abdalla. Lá estava meu ex-patrão e amigo Cezar Aboud, meus amigos Zé Bento Neves, Zé Elouf e Celso Cotinho.

Joaquim ficou perto de Newtinho, onde eu ficaria, Nagib ficou do lado de fora da Igreja onde eu preferia ficar.

Vi meu amigo de infância e adversário João Maluf. Meu primo e amigo Alberto Hadade. Roberval não foi, está doente, mas a mulher e a filha estavam lá. Os parentes acho, que todos estavam; irmãos, primos, sobrinhos, e até Gloria, que Chica estava preocupada com a saúde dela eu vi.

Vi a surpresa gostosa e alegria que meus filhos tiveram ao ver um certo amigo deles entrando na Igreja com a esposa. Ele é amigo mesmo, não troquem nada por seus amigos, pois eles são o que de mais valioso há na vida.

Meus pretos estavam lá: Celso, Ivan, Gilmar, Regina, Miriam, Nelci… Meu irmão de criação Raimundo Nagib. Meus amigos Portela e Malheiros. Dona Otávia e Dona Rosário. Meus compadres e afilhados.

Funcionários da Assembléia e da “Barraca”. De Alda minha secretária fiel ao chefe de gabinete.De Verde com quem às vezes discutia, com quem implicava a Heloisa a quem admirava. Telefonistas e administrativos, funcionários que sempre tive como amigos. Até jornalistas havia. Não rádios, jornais. TV só o Ivison Lima do Raimundinho. Mas estavam lá o Raí, como eu chamava, o Ademário e aquele menino que fazia a locução das minhas campanhas e de Joaquim, não lembro o nome. Havia muita gente, pensei que fosse menos. Por um instante fiquei triste, queria estar ali. Mas o Padre Hélio Maranhão que rezava a missa lá pela as tantas, fez-me rir ao dizer “… um por todos…” e eu cá comigo, me lembrei dos meus filhos que adoravam capa-espada e gritei: “todos por um”. Era isso que estava acontecendo ali: Todos por um e por todos. Não chorei, não vou mais chorar. Não chore. Sejam unidos, se dêem amor, compreensão, amizade. Conversem, façam as coisas da maneira mais correta. Procurem ajudar a quem lhes procurar, sejam caridosos.

Estavam lá no cemitério. As minhas rosas, as minhas flores. Os meus.

Estava lá em casa.

Estava. Estou.

* Este texto deveria ter sido psicografado pelo médium Francisco Candido Xavier.

Texto publicado em 11.09.1994 no Jornal O Estado do Maranhão e repetido hoje aqui, a pedido.

Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

Falando sobre conflitos de gerações, o médico inglês Ronald Gibson começou uma conferência citando quatro frases:

“Nossa juventude adora o luxo, é mal-educada, caçoa da autoridade e não tem o menor respeito pelos mais velhos. Nossos filhos hoje são verdadeiros tiranos. Eles não se levantam quando uma pessoa idosa entra, respondem a seus pais e são simplesmente maus.”

“Não terei mais nenhuma esperança no futuro do nosso país se essa juventude tomar o poder amanhã, porque essa juventude é insuportável, desenfreada, simplesmente horrível”.

“Nosso mundo atingiu seu ponto crítico. Os filhos não ouvem mais seus pais. O fim do mundo não pode estar muito longe.”

“Essa juventude está estragada até o fundo do coração. Os jovens são malfeitores e preguiçosos. Eles jamais serão como a juventude de antigamente. A juventude de hoje não será capaz de manter a nossa cultura.”

Após ter lido as quatro citações, ficou muito satisfeito com a aprovação que os espectadores davam às frases. Então, revelou a origem de cada uma delas:

  • A primeira foi proferida por Sócrates, filosofo grego. (450 a.C .)
  • A segunda é de Hesíodo, que junto com Homero é considerado um dos maiores poetas gregos da idade arcaica. (720 a.C.)
  • A terceira foi encontrada escrita na tumba de um sacerdote egípcio que viveu em Tebas em 2000 a.C.
  • A quarta é um fragmento de escrita encontrada em um vaso de argila descoberto nas ruínas da Babilônia, atual Bagdá, e com data estimada de mais de 4 milênios de existência.

CONCLUSÃO:

Aos que são pais:
RELAXEM, POIS SEMPRE FOI ASSIM!

A Importância da Pontuação (. ou ! ou ?)

A Importância da Pontuação (. ou ! ou ?)

Lembro-me como se fosse hoje. Foi numa daquelas noites quentes, de pouquíssima comida e nenhuma bebida, às quais todos nós nos submetíamos espontaneamente e ainda por cima pagávamos para aparentemente usufruir tão pouco prazer, lá em Sorocaba, naquele que se não é o mais chique spa do Brasil, é certamente o mais aprazível e aconchegante, o Spa São Pedro. Aquele mesmo que serviu de cenário pra Mário Prata escrever um de seus livros de maior sucesso editorial, “O diário de um magro”.

Naquela noite aconteceu uma conversa bastante interessante entre quatro grandes amigos, que pelo menos duas vezes por ano se encontram para fazer um minucioso check up médico, para emagrecer um pouquinho ou para temporariamente parar de beber, e para rir bastante.

Depois da sopinha nossa de cada noite, que logo na primeira semana aprendi a duplicar adicionando-lhe água quente, pimenta, limão, sal e cebola ralada, do disputadíssimo jogo de dicionário, no qual raramente vence o maior conhecedor da língua mãe – tanto que nestes dez anos, não me lembro de ter visto Mário Prata nem Fernando Moraes nem Benedito Rui Barbosa, vencido uma única rodada – e da tão esperada ceia – meia rodelinha de abacaxi – eu e esses três amigos, fomos para a beira da piscina.

Iríamos encher a cara com uma bebida que Pratinha inventara especialmente para uma festa que anos antes organizamos por lá: in tônica. Caro revisor, por favor, não tente corrigir o termo anterior. Não está faltando a letra G no nome da bebida não. Mário a batizou de “in tônica” por que ela não leva gin. Só leva água, tônica é claro, misturada com soda limonada diet e uma lasquinha de limão.

Ficamos os quatro em volta de uma mesa branca e redonda de PVC, jogando conversa fora. Cada um contava um “causo”, uma estória de sua terra. Depois de duas rodadas descobrimos que já conhecíamos todas as historias “unsosotros” *. Então alguém sugeriu que cada um de nós fosse ao seu quarto, procurasse, imprimisse e trouxesse um desses milhares de e-mails que recebemos todo dia. Um bem interessante. O mais interessante que se encontrasse. Teríamos 15 minutos para fazer isso. Fomos e em menos de 15 minutos estávamos todos de volta e o mais incrível, nós quatro escolhemos o mesmo texto que fora nos enviado por um amigo comum e que reproduzo a seguir:

A Importância da Pontuação
Um homem muito rico ficou mal repentinamente e prevendo a morte iminente, pediu papel e caneta ao mordomo e escreveu seu testamento:
“deixo meus bens à minha irmã não a meu sobrinho jamais será paga a conta do padeiro nada dou aos pobres”.
E morreu antes de conseguir revisar seu texto e fazer a pontuação.
Ficou então a grande pergunta. A quem ele deixara realmente sua fortuna?

Nós quatro então nos pusemos, cada um, a colocar naquela frase testamento, a pontuação que achávamos que ela deveria ter.

O numero um passando-se pelo sobrinho fez a seguinte pontuação:
Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho. Jamais será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O numero dois, como se fosse a irmã, chegou a seguinte conclusão:
Deixo meus bens à minha irmã. Não a meu sobrinho. Jamais será paga a conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

O três, como padeiro, puxou a brasa para sua sardinha: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a
conta do padeiro. Nada dou aos pobres.

E finalmente o numero quatro, representando os pobres da historia, sentenciou: Deixo meus bens à minha irmã? Não! A meu sobrinho? Jamais! Será paga a conta do padeiro? Nada! Dou aos pobres.

Naquela noite ficou muito mais claro pra nós que é assim que é a vida. Nós é que colocamos a pontuação e damos as ênfases que queremos dar. E isso faz toda a diferença.

* “unsosotros”: Brasileirismo maranhense. O mesmo que uns dos outros; conjuntamente; entre si.

VI

Um certo
incerto
inseto
insinua-se ao pára-brisa.
Pleeffft!
Exceto aquele inseto
são 11 horas
e tudo vai bem.

De olho em 2008 II

Domingo passado, comecei abordar um tema que suscitou muitas conversas durante toda a semana, principalmente em torno de algo que não foi nem sequer aprofundado por mim. Apenas disse que a eleição de São Luis era um capitulo aparte e que sobre ela falarei nesta semana, mas foi o suficiente para abrir a discussão a respeito da sucessão municipal em nossa capital.

Como disse antes, São Luis é a jóia da coroa e a disputa pelo palácio Daniel de la Touche será uma das maiores contendas jamais realizadas em nosso estado.

Os motivos para isso são diversos. Vai desde a ausência de um nome hegemônico ou imbatível eleitoralmente, o que é muito bom e saudável para o processo eleitoral, até a necessidade de sobrevivência de alguns partidos ou políticos de qualidade que precisam de uma oportunidade para mostrar suas propostas, sob pena de envelhecerem sem ter uma chance para fazê-lo.

Mas não é só isso. A coisa é muito mais complicada do que possa parecer.

A primeira grande questão será saber quais serão as regras a serem seguidas. Haverá coligações. Em tendo será só para prefeitos? E para os vereadores, como será?

Vamos imaginar que as regras sejam a mesma da ultima eleição.

Pela primeira vez em muitos anos governador e prefeito da capital são do mesmo partido e mesmo tendo suas diferenças, se partirem unidos, dificilmente perderão a disputa. Isso se, por pior que as coisas estejam agora, nada mudar até lá. O problema será saber quem será o candidato do PDT. São varias as opções: Julião Amim, Clodomir Paz, Canindé Barros e Sandra Torres. Qualquer um, desde se apoiado pelo governador e pelo prefeito, tem vitória quase certa. O problema acontecerá na escolha do nome e no empenho dos apoiadores. Nessa engenharia consiste o sucesso ou o desastre deste projeto.

Por fora corre o PSB que antes tem que resolver quem será seu candidato, Zé Reinaldo ou Vidigal. Depois disso a dificuldade será convencer Jackson dar o mínimo de apoio à candidatura do partido.

Também indefinida é a situação do PSDB. Há quem aposte que Castelo queira disputar mais uma vez a prefeitura de São Luis. Eu creio que não. Ficam então Pinto e Evangelista como postulantes pelo partido. O fato de no ninho tucano não ficar bem claro qual das correntes internas controla o partido, faz com que a situação dos bicudos emplumados seja a mais complicada entre todos os partidos.

Há também o PT e o PC do B que trazem os fortes nomes de Bira do Pindaré e Flavio Dino para a disputa.

Fechando o grupo de partidos ligados ao governo do estado, aparece o PR que deve ir de Kleber Verde.

Ainda alinhados ao governo devem ficar PPS, PSC, PMN, PTC, PT do B, PHS, PSL e PSC. Resta saber se eles vão se aventurar a ter candidatos próprios ou se coligaram, caso a legislação permita.

Do outro lado, os cinco grandes partidos que formam a oposição, PMDB, Dem, PTB, PV e PP deverão antes decidir qual será a melhor estratégia pra tentar chegar ao segundo turno com alguma chance na disputa. Se saírem com um candidato único ou tentarem a sorte individualmente no primeiro turno e agruparem-se apenas na segunda etapa da disputa.

Gastão Vieira é pra mim o melhor nome no PMDB. No Dem, Raimundo Cutrim aparece como favorito. E Pedro Fernandes deve ser o único pretendente no PTB.

PV e PP devem acompanhar PMDB e Dem respectivamente, até para garantir a chance de eleger algum vereador.

Nesse quadro vemos nove candidatos, seis ligados ao governo e três contrários a ele.

Há também outros partidos que possivelmente terão candidatos, e que atiraram para todos os lados, como é o caso do PSTU, do PSOL, do PCB e do PCO. Talvez se juntassem forças, resultasse em uma candidatura menos surreal.

Não se pode prever as posições de pequenos partidos, como PRP, PRTB e PSDC.

Existem alguns partidos que nem se sabe se ainda existem e cada partido que entrar na disputa agravará ainda mais a situação do cenário eleitoral de São Luis.

Jackson e Tadeu com a palavra. Dessa conversa depende todo o quadro eleitoral de São Luis. Caso eles não cheguem a um bom entendimento as chances da oposição cresceram enormemente.

Das decisões pendentes na justiça eleitoral depende todo o quadro sucessório de nosso estado, principalmente o da capital.

Como dizia um grande político do passado: “Quem viver, verá”.

Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

Resumos

Sei que a vida moderna não deixa tempo para a leitura de bons livros. Assim, envio abaixo o resumo de clássicos da literatura que muito ajudarão a engrandecê-lo (a) culturalmente.

1) Gustave Flaubert: Madame Bovary. 778 páginas.
Resumo: Uma dona de casa mete o chifre no marido e transa com o padeiro, o leiteiro, o carteiro, o homem do boteco, o dono da mercearia e um vizinho cheio da grana. Depois entra em depressão, envenena-se e morre. Fim.

2) Leon Tolstoi: Guerra e Paz. Paris, Ed.Chartreuse. 1200 páginas.
Resumo: Um rapaz não quer ir à guerra por estar apaixonado e por isso Napoleão invade Moscou. A mocinha casa-se com outro. Fim.

3) Marcel Proust: Em Busca do Tempo Perdido. Paris, Gallimard. 1922. 1600 páginas.
Resumo: Um rapaz asmático sofre de insônia porque a mãe não lhe dá um beijinho de boa-noite. No dia seguinte (pág. 486 vol. I), come um bolo e escreve um livro. Nessa noite (pág.1344, vol. VI) tem um ataque de asma porque a namorada (ou namorado?) se recusa a dar-lhe uns beijinhos. Tudo termina num baile (vol. VII) onde estão todos muito velhinhos – e pronto. Fim.

4) Luís de Camões: Os Lusíadas. Editora Lusitânia.
Resumo: Um poeta com insônia decide encher o saco do rei e contar-lhe uma história de marinheiros que, depois de alguns problemas (logo resolvidos por uma deusa super gente fina), ganham a maior boa vida numa ilha cheia de mulheres gostosas. Fim.

5) William Shakespeare: Romeu e Julieta. Londres, Oxford Press.
Resumo: Dois adolescentes doidinhos se apaixonam, mas as famílias proíbem o namoro; as duas turmas saem na porrada, uma briga danada, muita gente se machuca. Então, um padre tem uma idéia idiota e os dois morrem depois de beber veneno, pensando que era sonífero. Fim.

6) William Shakespeare: Hamlet. Londres, Oxford Press.
Resumo: Um príncipe com insônia passeia pelas muralhas do castelo, quando o fantasma do pai lhe diz que foi morto pelo tio que dorme com a mãe, cujo homem de confiança é o pai da namorada, que, entretanto, se suicida ao saber que o príncipe matou o seu pai para se vingar do tio que tinha matado o pai do seu namorado e dormia com a mãe. O príncipe mata o tio que dorme com a mãe, depois de falar com uma caveira e morre assassinado pelo irmão da namorada, a mesma que era doida e que tinha se suicidado. Fim.

7) Sófocles: Édipo-Rei – tragédia grega. Várias edições.
Resumo: Maluco tira uma onda, não ouve o que um ceguinho lhe diz e acaba matando o pai, comendo a mãe e furando os olhos. Por conta disso, séculos depois, surge a psicanálise que, enquanto mostra que você vai pelo mesmo caminho, lhe arranca os olhos da cara em cada consulta. Fim.

8) William Shakespeare: Otelo.
Resumo: Um rei otário, tremendo Zé-goela, tem um amigo muito fdp que só pensa em fazê-lo de bobo. O tal “amigo” não ganha um cargo no governo e resolve se vingar do rei, convencendo-o de que a rainha está dando pra outro. O Zé-mané acredita e mata a rainha. Depois, descobre que não era corno, mas apenas muito burro por ter acreditado no traíra. Prende o cara e fica chorando sozinho. Fim.

Você economizou a leitura de pelo menos 7.000 páginas e R$ 500,00 em livros!!!
Não precisa nem me agradecer…

PS: Estou publicando este material a título de curiosidade, pois não concordo com a banalização da obra de arte de um modo geral, principalmente da obra de arte literária. JH.

De olho em 2008 I

Não tenho escrito nem publicado crônicas nas ultimas semanas porque tenho andado bastante ocupado com outros afazeres tão prazerosos quanto escrever, e pelo andar da carruagem tais afazeres ainda vão me ocupar por bastante tempo, porem sempre que conseguir um fôlegozinho extra eu apareço por aqui pra comentar algo que eu ache relevante.

Algumas pessoas me cobraram que não tenho comentado nada sobre política. Realmente. Não tenho feito isso porque o clima de sectarismo que já era grande em nosso estado, tornou-se insuportável. O que se imagina é que os membros de cada um dos dois grupos políticos, ou são anjos ou são demônios, e com isso, se eu não concordava antes, não posso pactuar agora.

Mas hoje quero tratar de um tema político mais amplo e que tem tempo de validade. É que se aproxima o prazo limite para filiação dos candidatos a prefeitos e vereadores nas próximas eleições. Esta é na verdade a largada para as eleições municipais de 2008.

Quem não estiver filiado a um partido que possibilite sua candidatura ao pleito do ano que vem, até 30 de setembro, não poderá ser candidato.

Para os pretensos candidatos a vereador, essa é uma corrida quase tão importante quanto à gincana pelo voto do eleitor. É neste momento que muita gente se elege ou perde eleição. Tenho um exemplo disso dentro de minha própria família. Um primo meu filiou-se a um partido que dificilmente alcançaria o coeficiente capaz de eleger um único vereador e que não tendo se coligado com ninguém ficou com a responsabilidade de obter quase que sozinho o numero de votos necessário para se eleger. O que era uma eleição proporcional, para ele transformou-se numa eleição majoritária. Resultado, ele foi o terceiro vereador mais votado, mas seu partido obteve 48 votos a menos do que precisava para eleger um vereador. Ele não se elegeu e viu pessoas com menos da metade de seus votos conseguirem seu intento.

Há um outro fator importante a ser ressaltado. Uma pergunta que deve ser feita e que precisa ser respondida objetivamente, no mais tardar em trinta dias. Sob que regras acontecerão a eleição do ano que vem? O que pode ser feito e o que não pode? Como é que podemos desenhar os possíveis cenários se não sabemos com certeza quais tintas poderão ser usadas, quais serão as regras do jogo!?

Nessa incerteza deve-se ser ortodoxo, conservador e pragmático. Se preparar para o pior cenário possível, pois se vier um menos pior, melhor.

Nos casos de candidaturas majoritárias, para prefeitos, a coisa é um pouco menos complicada. Basta o pretenso candidato está filiado e ter certeza que tem o controle do diretório municipal e a simpatia do comando estadual do partido para ser candidato. Os casos mais complicados são nas grandes cidades ou onde haja propaganda eleitoral através das emissoras de rádio e televisão. Nestes casos, caso a legislação permita o agrupamento de partidos, as tais coligações, haverá a soma dos tempos dos partidos em beneficio de um candidato comum.

A eleição municipal entre duas eleições estaduais serve de pesquisa sobre o presente e de previa para o futuro. Em 2008 se travará a primeira batalha da próxima eleição para governador do estado e muitas fichas serão colocadas na mesa, muitos ases e coringas vão ter que sair das mangas dos jogadores mais poderosos e importantes.

Sou daqueles que advogam eleições gerais, onde se escolha de uma única vez todos os nossos representantes para os três níveis. Essa medida por si só já reduzira em muito a incidência de desvio de função e o mau uso dos recursos eleitorais.

Timom, Caxias, Codó, Coroatá, Pedreiras, Presidente Dutra, Barra do Corda, Bacabal, Santa Inês, Zé Doca, Santa Luzia, Viana, Pinheiro, Itapecuru, Chapadinha, Barreirinhas e mais Imperatriz, Açailandia, Porto Franco, Estreito, Grajaú e Balsas serão os maiores campos de batalha. Haverá, no entanto, dois outros tipos de batalha. As de sobrevivência onde os deputados e seus grupos políticos municipais farão o possível para permanecerem no poder ou passarem a tê-lo pelo voto popular e a luta pela capital, a jóia da coroa, a cabeça de praia que quem controlar terá importante e decisiva vantagem estratégica na peleja.

São Luis já é uma outra história e sobre ela falaremos na semana que vem.

Ancestral e irreprimível, comportamento atua como válvula de resfriamento cerebral.

Não se ofenda quando seu interlocutor bocejar, ele está apenas executando um mecanismo ancestral e irreprimível para ficar mais atento. Essa é a conclusão de uma pesquisa realizada na Universidade de Albany e publicada na Evolutionary Psychology.
© MIROSLAW MODZELEWSKI/DREAMSTIME

TODOS OS ANIMAIS vertebrados bocejam: inspiração profunda baixaria temperatura do sangue e, conseqüentemente, do sistema nervoso.

Primal, contagiante e presente em todos os animais vertebrados, o bocejo é um comportamento que há tempos intriga os cientistas. Uma das hipóteses mais populares sobre sua função é a de que promoveria o sono. As evidências coletadas pelos autores do estudo, porém, indicam justamente o contrário.

Os psicólogos Andrew C. Gallup e Gordon G. Gallup Jr. demonstraram que o bocejo é um mecanismo que aumenta o fluxo sangüíneo no sistema nervoso central e promove resfriamento. Segundo eles, assim como os computadores, o cérebro funciona com mais eficiência em temperaturas mais baixas. Como esse órgão consome até um terço das calorias que ingerimos, o calor produzido precisa ser dissipado de alguma forma, explicam os autores.

Os experimentos foram feitos com universitários que assistiam a vídeos com pessoas bocejando. Um grupo devia respirar apenas pelo nariz e outro, somente pela boca (o ar que entra pela cavidade nasal atinge a circulação a uma temperatura menor que o inspirado por via oral). Um terceiro grupo usou uma bolsa térmica, com água fria, na parte frontal da cabeça. No quarto grupo, por fim, a bolsa térmica tinha água quente.

Os resultados mostraram que os indivíduos que respiraram pelo nariz e os que literalmente esfriaram suas cabeças simplesmente não bocejaram enquanto assistiam aos vídeos porque seus cérebros já estavam frios o suficiente.

Evidências recentes têm relacionado a esclerose múltipla, doença neurodegenerativa, a uma disfunção na termorregulação. Pacientes afetados pelo distúrbio costumam bocejar excessivamente e alguns relatam um breve alívio dos sintomas depois de cada bocejo.

Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem.

Matemática de mendigo

Tenho que dar meus parabéns para esse estagiário que elaborou essa pesquisa tão perfeita, pois para mim o resultado que ele conseguiu obter é a mais pura realidade.

Preste atenção nessa interessante pesquisa de um estagiário…

Um sinal de trânsito muda de estado em média a cada 30 segundos (trinta segundos no vermelho e trinta no verde). Então, a cada minuto um mendigo tem 30 segundos para faturar pelo menos R$ 0,10, o que numa hora dará: 60 x 0,10 = R$ 6,00.

Se ele trabalhar 8 horas por dia, 25 dias por mês, num mês terá faturado: 25 x 8 x 6 = R$ 1.200,00.

Será que isso é uma conta maluca?

Bom, 6 Reais por hora é uma conta bastante razoável para quem está no sinal, uma vez que, quem doa nunca dá somente 10 centavos e sim 20, 50 e às vezes até 1 Real.

Mas, tudo bem, se ele faturar a metade: R$ 3,00 por hora terá R$ 600,00 no final do mês, que é o salário de um estagiário com carga de 35 horas semanais ou 7 horas por dia.

Ainda assim, quando ele consegue uma moeda de R$ 1,00 (o que não é raro), ele pode descansar tranqüilo debaixo de uma árvore por mais 9 viradas do sinal de trânsito, sem nenhum chefe pra encher por causa disto.

Mas isto é teoria, vamos ao mundo real. De posse destes dados fui entrevistar uma mulher que pede esmolas, e que sempre vejo trocar seus rendimentos na Panetiere (padaria em frente ao CEFET). Então lhe perguntei quanto ela faturava por dia. Imagine o que ela respondeu?

É isso mesmo, de 35 a 40 reais em média o que dá (25 dias por mês) x 35 = 875 ou 25 x 40 = 1.000, então na média R$ 937,50 e ela disse que não mendiga 8 horas por dia.

Moral da História:

É melhor ser mendigo do que estagiário, e pelo visto, ser estagiário é pior que ser Mendigo…

Se esforce como mendigo e ganhe mais do que um estagiário. Estude a vida toda e peça esmolas; é mais fácil e melhor que arrumar emprego.

Lembre-se:

O presidente não estudou, não trabalhou, não sabe o próprio nome, mas tem 3 fontes de renda e ainda esnoba a nação inteira com palácios, aviões, viagens internacionais, carros importados, bebidas caríssimas… etc, etc, etc…

Mendigo não paga 1/3 do que ganha pra sustentar isso.

Viva a Matemática.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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