Não há flores
nem champanhe
nem beijos
só há teus olhos
tua boca
e tuas mãos.
Há uma estrela
no céu
e um buraco
negro
no pulmão.
Há a espada do toureiro
enamorada
pelo colo perfumado
teu coração.
“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.
Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.
Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.
Cinéfilo inveterado, é autor do filme "Pelo Ouvido", grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.
Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.
Não há flores
nem champanhe
nem beijos
só há teus olhos
tua boca
e tuas mãos.
Há uma estrela
no céu
e um buraco
negro
no pulmão.
Há a espada do toureiro
enamorada
pelo colo perfumado
teu coração.
Você me surpreende! Consegue ir de um extremo a outro, mas com a mesma elegância, com a mesma destreza! Parabéns!
PS: Mas prefiro os outros temas.
Olá, senhor Nagib, fiquei muito feliz ao ler que o senhor também é poeta.
Eu gostei muito desta poesia!
Eu lhe enviei um poema e gostaria que o senhor lesse.
Um estreito abraço e parabéns pelo belo espaço.
O MEU AMOR TEM UNS OLHOS…
O meu amor tem uns olhos, olhos que por tudo choram, e que, a todos , faz chorar.
São olhos tristes, opacos; olhos que refletem saudades, reluzem esperança. O que mais buscam em seu cismar?
Oh, meu amor! Os seus olhos… São os seus olhos que me fazem chorar.
Buscam, no meu peito, calor; nas mãos, uma flor; e na vida, amar.
Travas cerradas da alma, oculto mistério do meu coração.
São dois olhos, dois sóis, são dois mundos e uma só perdição.
Dê-me um beijo, a vida; leve-me conduzido por uma forte emoção.
O meu amor tem uns olhos, olhos turvos, olhos dágua, olhos mar, olhos da cor do mar, do mar do Maranhão.
Elton Diniz Pacheco
Publicado no Recanto das Letras em 31/05/2007
Código do texto: T508457