Discurso proferido pelo Deputado Joaquim Nagib Haickel na sessão de abertura da décima sexta legislatura da Assembléia Legislativa do Maranhão no dia 05 de fevereiro de 2007.

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Senhor Presidente

Senhoras e Senhores Deputados

Minhas senhoras e meus senhores…

Nesta Sessão que marca a abertura dos trabalhos da primeira Sessão Legislativa da Décima sexta Legislatura de nossa Casa, fui distinguido, mais uma vez pela direção deste Poder, para desta tribuna que leva o nome de meu pai, saudar a todos, deputados, funcionários, autoridades aqui presentes e o povo em geral.

Sou aqui e agora, não apenas um simples parlamentar que inicia seu quinto mandato eletivo. Sou principalmente o representante de meus pares, e como tal cumpre-me ressaltar a imensa responsabilidade que recai sobre os nossos ombros.

“A responsabilidade de que falo não é apenas a que envolve a tarefa de arejar, modernizar, oxigenar e aperfeiçoar o funcionamento de nossa Assembléia Legislativa, abrindo-lhe os horizontes para os desafios dos novos tempos. A responsabilidade de que falo é também e, antes de tudo, a de representar, e bem, o povo do Maranhão, dando-lhe voz e vez, honrando a procuração que ele nos outorgou, de forma transparente e clara, lutando em defesa de seus direitos e buscando, em todo momento, os benefícios que possam fazer com que ele, o povo, tenha uma vida melhor”.

Nestes últimos quatro anos esta casa mudou bastante. Não aconteceram todas as mudanças que gostaríamos que se efetivassem, mas em todos os setores tivemos avanços.

A ética política que desde antes já tinha virado palavra de ordem, é, e deve ser sempre invocada para lembrar que quem quiser participar da vida pública estará obrigado a ter rigor e padrões éticos elevados. “A luta pela recuperação da moralidade implica em si mesma, um compromisso ético, de tal maneira que não se pode admitir que interesses menores prevaleçam sobre regras basilares”.

“É neste contexto que aproveito para lembrar que somos uma Casa política e que o Parlamento foi criado para que as diferenças entre os homens passassem a ser resolvidas no verbo e não no muque. Desde então, os conflitos deixaram de ser militares para serem políticos e a etiqueta e o decoro passaram a fazer parte da vida em sociedade”.

Senhor Presidente, senhoras e senhores deputados, “a presença do povo no Parlamento é vital para a Democracia e, no momento atual da vida brasileira, nós, como parlamentares, mais do que nunca, temos a responsabilidade de representar e defender os mais legítimos interesses de nossa comunidade. Precisamos solidificar, sempre, a consciência moral dos nossos deveres. Como parlamentares, para honrar nossos mandatos, precisamos exercer a liberdade de escolher, de ter opinião, de ter crença, pensamento próprio e, acima de tudo, de ter atitude, lealdade, firmeza de propósito e o principal: coerência.

Defendo e defenderei intransigentemente que esta Casa avance, melhore, aperfeiçoe cada vez mais e mais a sua atuação.

O Parlamentar não pode se preocupar apenas com suas necessidades pessoais, não pode ficar apenas no varejo das pequenas questões, afinal, nesta nossa Assembléia Legislativa, somos 42 deputados, cada um tem seu pensamento, sua visão de mundo. Mas cada um e todos nós, aqui, temos como missão primeira, defender a igualdade, a liberdade, a ordem, a justiça e a lei”.

Afonso Manoel, Alberto Franco, Antonio Bacelar, Antonio Pereira, Arnaldo Melo, Carlos Braide, Camilo Figueiredo, Carlos Filho, César Pires, Chico Gomes, Cleide Coutinho, Domingos Paz (logo, logo Mauro Jorge), Edvaldo Holanda, Eliziane Gama, Fátima Vieira, Fufuca Dantas, Graça Paz, Graciete Lisboa, Helena Heluy, Hélio Soares, João Batista, João Evangelista, Joaquim Nagib Haickel, José Lima, Jura Filho, Marcelo Tavares, Marcos Caldas, Maura Jorge, Max Barros, Nonato Aragão, Paulo Neto, Pavão Filho, Penaldon Jorge, Raimundo Cutrim, Ricardo Murad, Rigo Teles, Rubens Júnior, Soliney Silva, Stênio Resende, Tatá Milhomem, Valdinar Barros e Víctor Mendes.

Citados assim, em ordem alfabética, nos igualamos. O Parlamento iguala professores a médicos, a funcionários públicos, a advogados, a sindicalistas, a empresários, a jornalistas e a engenheiros. Iguala os Carlos aos Joãos, aos Raimundos, e a todos os outros. “Iguala governistas a oposicionistas. Iguala quem foi o mais votado a quem menos votos obteve”.

Meus caros colegas, do mais experiente ao com menos vivencia acumulada, “devemos aqui participar dos debates dos grandes temas locais e nacionais. Como Parlamentares, temos a missão de participar, criticando, sugerindo, fiscalizando, questionando decisões, apresentando projetos, porque mais do que qualquer outro Poder, o Legislativo deve estar permanentemente aberto à semeadura de idéias e de temas que possam contribuir para o engrandecimento de nosso Estado e para o bem-estar da nossa população”.

Não estarei sendo original, mas não tem importância. A nossa instituição é o parlamento, a nossa função é a parlamentar, então podemos afirmar que falar e ouvir, que conversar é a nossa função primeira. Devemos fazer isto despidos de vaidades e imbuídos do espírito de compreensão, respeito e cooperação mutua. Em muitos momentos, aqui serão travadas algumas batalhas. Que elas permaneçam no âmbito das idéias e das palavras. Aqui haverá um grupo que apoiará o Governo e outro que se oporá a ele. Aqui haverá 42 grupos unitários que apoiarão a si mesmos e nem sempre se oporão aos outros”.

Senhor presidente, ao senhor caberá uma difícil tarefa e por isso mesmo muito importante, que é a de não apenas dirigir os trabalhos desta Casa e administra-la, mas sobre tudo caberá ao senhor fazer com que avancemos em diversos setores, como por exemplo, no setor logístico com a urgente transferência da sede deste poder para suas novas instalações. No setor funcional com a elaboração de um plano de cargos carreiras e salários para os nossos abnegados colaboradores e funcionários. No setor institucional, com o salvamento e a compilação de nossa memória, resgatando os documentos do trabalho desta casa desde quando ela foi criada até os nossos dias. Digo isto apenas para citar três providencias que precisam ser tomadas com urgência, e tenho certeza que o serão.

Quero dedicar este parágrafo ao governador Jackson Lago. Quis Deus e o povo do Maranhão que o senhor dirigisse os destinos de nosso Estado pelos próximos quatro anos. O mesmo Deus e o mesmo povo nos colocou nesta Augusta Assembléia, com objetivos semelhantes, mas em outra esfera de poder.

Quero crer que terei a concordância de todos os meus pares em afirmar que o senhor pode contar conosco em todas as iniciativas de seu governo no sentido de alavancar o progresso, minorar as dificuldades e expandir as oportunidades de fazer com que a vida desta nossa brava gente se torne uma vida melhor.

Meus amigos… Se um pesquisador, daqui a alguns anos, for analisar os discursos feitos nesta Casa irá deparar-se com dois discursos bem parecidos. Um proferido em 17 de fevereiro de 2003 e este de hoje. Ambos redigidos e lidos pelo mesmo parlamentar, que não teve a intenção de se auto plagiar, mas sim a vontade deliberada de repetir algumas coisas que aqui foram ditas em um intervalo de quatro anos e que continuam na ordem do dia, não apenas na ordem do dia desta casa, mas principalmente na ordem do dia de nossas vidas.

A semelhança de hoje com quatro anos atrás não acaba no fato de ser o inicio de uma jornada, esta semelhança se aprofunda e se consolida no fato de buscarmos as mesmas coisas, já tão decantadas nesta minha fala.

Como já disse quatro anos atrás, “desejo que esta nova legislatura corresponda ao espírito de responsabilidade que nos domina e que se assegure o clima de confiança e solidariedade entre todos nós”.

Tenho certeza que é compromisso da direção desta Casa oferecer as condições indispensáveis para que possamos trabalhar em harmonia, em beneficio do povo do Maranhão.

E tenho absoluta certeza de que é este o intuito de cada um e de todos nós.

Muito obrigado.

11 comentários para "Discurso proferido pelo Deputado Joaquim Nagib Haickel na sessão de abertura da décima sexta legislatura da Assembléia Legislativa do Maranhão no dia 05 de fevereiro de 2007."


  1. alexandre nesello

    desejo muita saúde e sucesso nesse mandato que se inicia.

  2. Douglas

    Este seu discurso foi de uma lucidez incrível. Só não sei se seus colegas estão preparados para ouvi-lo e para colocarem em pratica idéias tão coerentes e boas.

  3. Kleber

    Não poderia ser outro senão você a discursar em nome dos demais deputados. Quem de lá tem o seu conhecimento e sua cultura!?

  4. Anônimo

    Gostei muito. Este tipo de discurso diferencia bem os tipos de pessoal em tem esta sua Assembléia.

  5. Melo

    Deputado Joaquim esse foi um maravilhoso discurso. Já tinha lido sobre ele no jornal Estado.
    Quero lhe dizer que fico muito orgulhoso quando ouço alguém falando bem do senhor porque sei o quanto o senhor é um homem correto e generoso.
    Hoje pela parte da manhã estava ouvindo o Silvan Alves e ele estava elogiando a sua postura coerente, a sua forma de agir com responsabilidade e dizendo do grande trabalho que o senhor presta ao povo do Maranhão.
    Não sou apenas seu eleitor, sou seu admirador, pois acho que é de homens como o senhor que o nosso estado precisa.
    Continue assim. Um grande abraço.

  6. João

    Parabéns pelo magnífico discurso. Tenho certeza que se seu pai e seu tio estivessem vivos estariam muito orgulhosos de você.

  7. Anônimo

    deputado, sou vereador da cidade de humberto de campos, e constantemente acesso o seu blog, pois, admiro muito a sua inteligencia o seu carater e a sua postura. gostaria muito que o senhor tambem visitasse o meu blog,pois seria pra mim um prazer muito grande.www.lf.frazao.zip.net

  8. Márcio

    Deputado verifique porque o pagamento dos funcionários da saúde que são pagos pela ICN ainda não saiu, a informação que nos dão é que não tem nem previsão, todos nós temos compromissos e essa situação deve ser fiscalizada de perto por parte dos nobres deputados.
    HOSPITAL DOS SERVIDORES CARLOS MACIEIRA
    HOSPITAL PAM DIAMANTE
    MATERNIDADE BENEDITO LEITE
    HOSPITAL GERAL TARQUÍNIO LOPES FILHO
    Por favor, caso queira maiores informações:[email protected]

  9. Joaquim Nagib Haickel

    Márcio, vou procurar saber mais sobre este caso e depois te darei uma resposta.

  10. Anônimo

    desiludida esperança

    Talvez estes sejam um dos quadros mais comuns no nosso dia a dia. Será que ser deputado os tornam diferentes? elegê-los como representantes do povo, e, ao serem eleitos nem perto do povo vão! ou melhor os seguranças não deixam!rsrsrssrs pareçe ilário,cômico. diria ainda piadaaaaa. desculpe!!! aprecio muito seu trabalho , mas o fato do povo assim como eu não ter espaço nem siquer para falar com “os deputados” isso pareçe revoltante. Sé espero que ainda possa ver a mudança aconteçer……quem sabe …um dia…..

  11. Joaquim Nagib Haickel

    Queridos amigos, estou fora do Brasil, quando voltar responderei os seus comentahrios. Bom carnaval para todos.

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