Quero aproveitar para de público agradecer ao meu querido amigo Flavio Assub.

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Que em muito boa hora mandou-me este importante documento iconográfico, testemunha do tempo, do nosso tempo.
Já conhecia todas estas fotos, mas nunca pude apreciá-las ao mesmo tempo.
É bem verdade que sinto falta de algumas bastante importantes como a do brutal assassinato daquele jornalista americano na Nicarágua, a de Armstrong pulando na lua e algumas outras fotografias memoráveis e inesquecíveis.
São tantas que se começar a lembrar, não iremos parar.
Espero que gostem.

Fotos mais famosas e suas histórias

A imagem de Che

A famosa foto de Che Guevara, conhecida formalmente como “Guerrilheiro Heróico”, onde aparece seu rosto com a boina negra olhando ao longe, foi tirada por Alberto Korda em cinco de março de 1960 quando Guevara tinha 31 anos num enterro de vítimas de uma explosão.
Somente foi publicada sete anos depois.
O Instituto de Arte de Maryland – EUA denominou-a “A mais famosa fotografia e maior ícone gráfico do mundo do século XX”. É, sem sombra de dúvidas, a imagem mais reproduzida de toda a história expressa um símbolo universal de rebeldia, em todas suas interpretações, (segue sendo um ícone para a juventude não filiada às tendências políticas principais).

A agonia de Omayra

Omayra Sanchez foi uma menina vítima do vulcão Nevado do Ruiz durante a erupção que arrasou o povoado de Armero, Colômbia em 1985.
Omayra ficou três dias jogada sobre o lodo, água e restos de sua própria casa e presa aos corpos dos próprios pais. Quando os paramédicos de parcos recursos tentaram ajudá-la, comprovaram que era impossível, já que para tirá-la precisavam amputar-lhe as pernas, e a falta de um especialista para tal cirurgia resultaria na morte da menina. Omayra mostrou-se forte até o último momento de sua vida, segundo os paramédicos e jornalistas que a rodeavam.
Durante os três dias, manteve-se pensando somente em voltar ao colégio e a seus exames e a convivência com seus amigos.
O fotógrafo Frank Fournier, fez uma foto de Omayra que deu a volta ao mundo e originou uma controvérsia a respeito da indiferença do Governo Colombiano com respeito às vítimas de catástrofes. A fotografia foi publicada meses após o falecimento da garota.
Muitos vêem nesta imagem de 1985 o começo do que hoje chamamos Globalização, pois sua agonia foi vivenciada em tempo real pelas câmaras de televisão de todo o mundo.

A menina do Vietnã

Em oito de junho de 1972, um avião norte-americano bombardeou a população de Trang Bang com napalm. Ali se encontrava Kim Phuc e sua família. Com sua roupa em chamas, a menina de nove anos corria em meio ao povo desesperado e no momento, que suas roupas tinham sido consumidas, o fotógrafo Nic Ut registou a famosa imagem.
Depois, Nic levou-a para um hospital onde ela permaneceu por durante 14 meses sendo submetida a 17 operações de enxerto de pele.
Qualquer um que vê essa fotografia, mesmo que menos sensível, poderá ver a profundidade do sofrimento, a desesperança, a dor humana na guerra, especialmente para as crianças.
Hoje em dia Pham Thi Kim Phuc está casada, com dois filhos e reside no Canadá onde preside a “Fundação Kim Phuc”, dedicada a ajudar as crianças vítimas da guerra e é embaixadora da UNESCO.

Execução em Saigon

“O coronel assassinou o preso; mas e eu… assassinei o coronel com minha câmara? – Palavras de Eddie Adams, fotógrafo de guerra, autor desta foto que mostra o assassinato, em um de fevereiro de 1968, por parte do chefe de polícia de Saigon, a sangue frio, de um guerrilheiro do Vietcong.
Adams, correspondente em 13 guerras, obteve por esta fotografia um prêmio Pulitzer; mas ficou tão emocionalmente tocado com ela que se converteu em fotógrafo paisagístico.

A menina Afegã

Sharbat Gula foi fotografada quando tinha 12 anos pelo fotógrafo Steve McCurry, em junho de 1984. Foi no acampamento de refugiados Nasir Bagh do Paquistão durante a guerra contra a invasão soviética.
Sua foto foi publicada na capa da National Geographic em junho de 1985 e, devido a seu expressivo rosto de olhos verdes, a capa converteu-se numa das mais famosas da revista e do mundo.
No entanto, naquele tempo ninguém sabia o nome da garota. O mesmo homem que a fotografou realizou uma busca à jovem que durou exatos 17 anos. Em janeiro de 2002, encontrou a menina, já uma mulher de 30 anos e pôde saber seu nome. Sharbat Gula vive numa aldeia remota do Afeganistão, é uma mulher tradicional pastún, casada e mãe de três filhos.
Ela regressou ao Afeganistão em 1992.

O beijo do Hotel de Ville

Esta bela foto, que data de 1950, é considerada como a mais vendida da história. Isto devido à intrigante história com a que foi descrita durante muitos anos: segundo contava-se, esta foto foi tirada fortuitamente por Robert Doisneau enquanto encontrava-se sentado tomando um café. O fotógrafo acionava regularmente sua câmara entre as pessoas que passavam e captou esta imagem de amantes beijando-se com paixão enquanto caminhavam no meio da multidão.
Esta foi a história que se conheceu durante muitos anos até 1992, quando dois impostores se fizessem passar pelo casal protagonista desta foto. No entanto o Sr. Doisneau indignado pela falsa declaração, revelaria a história original declarando assim aquela lenda: a fotografia não tinha sido tirada a esmo, senão que se tratava de dois transeuntes que pediu que posassem para sua lente, lhes enviando uma cópia da foto como agradecimento.
55 anos depois Françoise Bornet (a mulher do beijo) reclamou os
direitos de imagem das cópias desta foto e recebeu 200 mil dólares.

O beijo da Time Square

O Beijo de despedida a Guerra foi feita por Victor Jorgensen na Times Square em 14 de Agosto de 1945, onde um soldado da marinha norte-americana beija apaixonadamente uma enfermeira. O que é fora do comum para aquela época é que os dois personagens não eram um casal, eram perfeitos estranhos que haviam acabado de encontrar-se.
A fotografia, grande ícone, é considerada uma analogia da excitação e paixão que significa regressar a casa depois de passar uma longa temporada fora, como também a alegria experimentada ao término de uma guerra.

O homem do tanque de Tiananmen

Também conhecido como o “Rebelde Desconhecido”, esta foi a alcunha que foi atribuído a um jovem anônimo que se tornou internacionalmente famoso ao ser gravado e fotografado em pé em frente a uma linha de vários
tanques durante a revolta da Praça de Tiananmen de 1989 na República Popular Chinesa.
A foto foi tirada por Jeff Widener, e na mesma noite foi capa de
centenas de jornais, noticiários e revistas de todo mundo. O jovem estudante (certamente morto horas depois) interpôs se a duas linhas de tanques que tentavam avançar. No ocidente as imagens do rebelde foram apresentadas como um símbolo do movimento democrático Chinês: um jovem arriscando a vida para opor-se a um esquadrão militar.
Na China, a imagem foi usada pelo governo como símbolo do cuidado dos soldados do Exército Popular de Libertação para proteger o povo chinês: apesar das ordens de avançar, o condutor do tanque recusou fazê-lo se isso implicava causar algum dano a um cidadão (hã hã).

Protesto silencioso

Thich Quang Duc, nascido em 1897, foi um monge budista vietnamita que se sacrificou até a morte numa rua movimentada de Saigon em 11 de junho de 1963. Seu ato foi repetido por outros monges.
Enquanto seu corpo ardia sob as chamas, o monge manteve-se completamente imóvel. Não gritou, nem sequer fez um pequeno ruído.
Thich Quang Duc protestava contra a maneira que a sociedade oprimia a religião Budista em seu país. Após sua morte, seu corpo foi cremado conforme à tradição budista. Durante a cremação seu coração manteve-se intacto, pelo que foi considerado como quase santo e seu coração foi transladado aos cuidados do Banco de Reserva do Vietnã como relíquia.

Espreitando a morte

Em 1994, o fotógrafo Sudanês Kevin Carter ganhou o prêmio Pulitzer de foto jornalismo com uma fotografia tomada na região de Ayod (uma pequena aldeia em Suam), que percorreu o mundo inteiro.
A figura esquelética de uma pequena menina, totalmente desnutrida, recostando-se sobre a terra, esgotada pela fome, e a ponto de morrer, enquanto num segundo plano, a figura negra expectante de um abutre se encontra espreitando e esperando o momento preciso da morte da garota.
Quatro meses depois, abrumado pela culpa e conduzido por uma forte dependência às drogas, Kevin Carter suicidou-se.

The Falling Man

The Falling Man é o título de uma fotografia tirada por Richard Drew durante os atentados do 11 de setembro de 2001 contra as torres gêmeas do WTC. Na imagem pode-se ver um homem atirando-se de uma das torres.
A publicação do documento pouco depois dos atentados irritou a certos setores da opinião pública norte-americana. Ato seguido, a maioria dos meios de comunicação se auto-censurou, preferindo mostrar unicamente fotografias de atos de heroísmo e sacrifício. Ah sim… Mas eles passaram exaustivamente na TV a morte de Saddam…

Triunfo dos Aliados

Esta fotografia do triunfo dos aliados na segunda guerra, onde um soldado Russo agita a bandeira soviética no alto de um prédio, demorou a
ser publicada, pois as autoridades Russas quiseram modificá-la. A bandeira era na verdade uma toalha de mesa vermelha e o soldado aparecia com dois relógios no pulso, possivelmente produto de saque.
Sendo assim foi modificada para que não ficase feio
para os soviéticos.

Protegendo a cria

Uma mãe cruza o rio com os filhos durante a guerra do Vietnã em 1965 fugindo da chuva de bombas americanas.

Necessidade

Soldados e aldeãos cavam sepulturas para as vítimas de um grande terremoto acontecido em 2002 no Irã enquanto um menino segura as calças do pai antes dele ser enterrado.

12 comentários para "Quero aproveitar para de público agradecer ao meu querido amigo Flavio Assub."


  1. Pérola

    Hoje é DIA DE BLOG!!!! Alegre, divertido e cultural!
    Às vezes triste, realista e soberbo! Tbm pode ser poético,sonhador e até “picante”, mas sempre transpondo a alma e os pensamentos do nosso escritor!! Ah Joaquim….., o que seria de nós sem esse seu blog, sem seus rompantes, seus sonhos, sua imaginação e sua força ( de urso! rsrs…); sem seus ímpetos exagerados, suas idéias e sua coragem; sem suas características mágicas, onde tudo se tranforma….Ah Joaquim……..
    Mas, o que seria de vc sem nós? Sem nossos comentários, nossas avaliações e nossas críticas? Afinal, fazemos parte desse conjunto de informações, com a mesma intensidade e domínio, ao qual formamos uma troca constante de energias e prazeres!
    Ah Joaquim, o que seria de nós, o que seria de vc e o que seria de mim……..
    Bjosssss

    Resposta: Nem sei o que faço! Acho que “seu” Monteiro tem razão… rsrsrsrsrs

  2. Anônimo

    Gostei da sua iniciativa de publicar mensagens de outras pessoas, Ainda mais sendo essa fotos tão representativas do tempo em que vivemos.

  3. Pérola

    Bem…não quero ser responsável pelos seus quilinhos a mais…….Mas, se realmente resolver fazer dieta, não posto mais, pois minha admiração é permanente e vai muito além de suas sobremesas calóricas! rsrsrsrsrs…..

    Resposta: Dieta!!!??? Eu!!!??? Reduzi o estomago pra não fazer dieta.

  4. Anônimo

    Hoje estou achando meu nome feio, mas sempre coloco o nome verdadeiro. Bom Joaquim, eu continuo admirando sua poesia muitíssimo, contudo nosso grupo de teatro se dissolveu por falta de atores interessados na mímica e consequentemente tivemos que desocupar a sala do Odylo. Sobre as fotos realmente tocaram meu coração, ao ver quão egoísta somos enquanto seres humanos, como somos imperfeitos colocados em situações limites. Tenho a impressão de estarmos vivendo uma Grande Tribulação nunca antes ocorrida que aos poucos consome nossa sanidade mental. Meu trabalho, minha vida é lidar com Pessoas (Sou Secretária Bilingue e trabalho com Assistente de Pessoal) e reflito como tenho que atender e lidar com cada mundo, cada universo, cada ego…Além de tudo sou Humanista, mas isso é assunto de muitas linhas. És um ser muito especial! Envio-lhe uma gama de carinho e admiração!

    Resposta: Muito obrigado!

  5. Anônimo

    tive uma percepcao muito maior sobre vc, as fotos, maior do que tudo que se escreveu… mas estou 🙁 demais com vc entao nada direi

    Resposta: ????

  6. Anônimo

    Joaquim, como prevendo os acontecimentos ao dialogar com você ontem neste blog sobre a maldade humana, fui surpreendida por uma imensa trairagem aqui no meu trabalho, por parte dos mesmos trabalhadores que protejo e lutos pelos seus direitos. Estou muito triste, pois a trairagem não tem nome e foi potencialmente descendente e horizontal.

  7. Anônimo

    Deputado, gostaria de saber sua opinião, sobre este ato cruel do SEU PRESIDENTE, pq afinal de contas não foi seu salario que foi reduzido, foi o meu que infelizmente nao posso nem me identificar. por favor cobre, faça por nos que não podemos nem aparecer, afinal voce sempre disse que João era o melhor candidato.

    Resposta: Continuo dizendo, João era o melhor candidato, e ainda acho que o seja. E mais, mesmo discordando do fato dele ter cortado as gratificações de alguns funcionários da ALM, vou primeiro querer saber o que o levou a fazer isso. Espero sinceramente que a justificativa dele seja torpe e absurda, pois se for assim às gratificações vão voltar imediatamente, se forem procedentes e justas vai ser mais difícil que tudo volte logo ao normal.
    Esse negocio de não se identificar, já é desculpa de quem não tem nada com o assunto.

  8. Raquel Oliveira

    Oi deputado, não lhe conheço pessoalmente mais tenho vontade, pois gosto das coisas que você escreve. Ontem lhe olhei no desfile, acho que você foi para olhar à Ananda. Como ela é bonita e haja malhação para manter aquelas curvas. Posso lhe adicionar no seu orkut?

    Resposta: Claro!

  9. Anônimo

    Realmente essa fotos são marcantes e merecem fazer parte de um acervo, onde as pessoas poderão analisar o quanto os seres humanos precisam melhorar em vários aspectos.

    Prof. Caio

  10. Anônimo

    Joaquim, vc certamente já deve ter visto muitas coisas neste mundo, vivido muitas experiências difíceis, árduas.
    Então é muito bom saber que você, como pessoa e como político ainda se comove diante de acontecimentos como estes registrados aí…
    É triste ver que no mundo de hoje começamos achar normal algumas notícias, fatos registrados nos meios de comunicação como se fosseM coisas distantes de nós e parte de outro mundo. E pior, passamos a acreditar que, por nada podermos modificar, nem nos comover mais somos capazes…
    Enquanto houver no coração de cada um de nós a compaixão, ainda haverá esperança.

    Deus mantenha tua compaixão, ainda que tenhas visto tanta coisa no mundo.
    bom final de semana. Deus te abençoe.
    bjs!

  11. Flávio Assub

    Ao grande amigo Joaquim, gostaria de agradecer a deferência a mim feita aqui, porém, mais ainda, pela bela inciativa de postar tais fotos em seu blog. Sem grandes intenções, acabei por causar uma grande aclamação a várias pessoas pelo envio deste documento. Sem perceber, num simples “clic”, toquei seus corações. Melhor seria que, além disso, pudessémos nos emocionar mas também efetivamente agir. Você, como sempre, toca o coração e age de forma grandiosa.
    Forte abraço!

  12. Anônimo

    Prezado Joaquim, sobre o postado anteriormente sobre o jornalismo, conto-lhe que já trabalhei no jornal concorrente ao grupo Mirante, desde já informo que não sou jornalista, sou profissional de RH e posso lhe assegurar que os jornalistas não tem opção a não ser escrever o que lhe pedem. São pessoas super tristes e decepcionados pela sua impotência. Uma vez um amigo me disse que dentre o que lhe mandam escrever, ele sempre dá um jeito de colocar uns “veneninhos” na matéria. Parece engraçado, mas a maioria dos jornalistas que ganham muito mal, são levados á pressão a décima potência, são colocados uns contra os outros em um Assédio Moral tremendo e por não sei que tipo de vaidade, adoram aparecer perto de gente influente, em fotos, colunas, desfilam um lindo discurso, mas o Sistema não o deixam ser coerente. Por questão de sobrevivência e por achar que sair de um determinado Jornal vai deixa-los fora de evidência, continuam.

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