Visões jornalísticas de um discurso

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Abaixo reproduzo dois textos extraídos do site da Assembleia Legislativa do Maranhão.

Os textos dizem respeito ao mesmo fato, um discurso do Deputado Marcelo Tavares onde ele tenta se defender das contra do Deputado Carlos Alberto Milhomem, que por sua vez respondia ao Deputado Edivaldo Holanda.

Marcelo evoca o artigo escrito por mim e publicado no JEM e aqui neste Blog no último domingo, e finalmente a minha fala ao final da sessão, tentando colocar as coisas em seus devidos lugares- coisa difícil.

Vejam como o fato é abordado de formas tão diferentes pelos jornalistas que relatam o referido fato e suas conseqüências e tire suas conclusões.

Marcelo Tavares comenta artigo de Haickel endereçado a Roseana Sarney

Lenno Edroaldo
Agência Assembleia 

O presidente Marcelo Tavares (PSB) fez uma análise sobre o artigo “Minha caríssima amiga Roseana”, escrito pelo deputado Joaquim Nagib Haickel (PMDB) e publicado no último domingo pelo jornal “O Estado do Maranhão”, onde o parlamentar alerta a governadora sobre o clima político existente em vários municípios.

Tavares destacou a suposta iniciativa de seu colega de plenário em fazer uma crítica saudável ao governo e sobre a atuação de alguns secretários de estado. “O deputado Joaquim escreveu que ‘nunca tinha perdido aliados, mas que agora está perdendo’, e esses aliados não devem ter sido trocados por causa de samba e futebol, deve ter sido pelas mutretas, deputado Carlos Alberto Milhomem, e mutreta deve ser farra de convênio”.

Mais adiante, Marcelo Tavares citou o trecho do artigo em que Haickel disse estar perdendo aliados. “O decisivo motivo que fez com que ele escrevesse essa carta foi o absurdo de ele ter perdido uma amiga de Orkut. Diz ele que ‘essa amiga, pelo simples fato de eu ter ligado para a mãe que vota comigo há 12 anos e ter comentado que haviam me dito que estaria pedindo votos para outro deputado, candidato, e ela me respondeu que estava fazendo isso, porque este havia lhe dado um cargo comissionado no governo, fiquei atônito’. Estão trocando cargo por voto; no governo”, criticou o presidente.

Marcelo Tavares encerrou seu pronunciamento reforçando as críticas e deixando uma indagação para as duas bancadas existentes na Assembleia. “Diz o Deputado Joaquim, que no governo de vossa excelência tem muita mutreta e gente dando pirueta. E aí, eu posso dizer indignado: qual é o discurso que resta para a oposição se até nosso discurso nos roubam. Qual é o discurso que nos resta?”

Joaquim Haickel explica artigo de autoria dele sobre o governo Roseana

Waldirene Oliveira
Agência Assembleia 

O deputado Joaquim Haickel (PMDB) ressaltou na sessão desta segunda-feira (7) ter a certeza de que vale muito mais ser um parlamentar do governo, com críticas, com a consciência do que deve ser feito, do que um oposicionista que simplesmente joga pedras. “Apenas alertei à governadora Roseana Sarney que a coisa está preta, mas não como na época de José Reinaldo ou Jackson Lago. Os líderes da oposição procuram atacar o atual governo se esquecendo dos sete anos de vacas gordíssimas que no governo anterior eles puderam experimentar”, enfatizou ele, ao referir-se ao artigo de sua autoria, publicado domingo em um jornal local.

“O deputado Marcelo (Tavares) foca no que vê para tentar acertar no que não vê. O que ele leu foi a letra de uma música do grande Chico Buarque de Holanda, mas não precisa ouvir Chico para saber que a coisa aqui está preta já fazem sete anos”, acrescentou.

Ainda referindo-se ao artigo, Joaquim Haickel disse que “o assédio e o assalto eleitoral registrados nos últimos seis anos no Maranhão inverteram a lógica, e que perdeu o apoio de prefeitos aliados seus na última campanha que disputou porque o governo de então lhes ofereceu vantagens que não poderiam recusar, sob pena de prejudicar seus munícipes”.

“Isso é o que faz um político que tem consciência do que está acontecendo, e não tem medo de dizer o que acredita. Apenas alertei a governadora de que a coisa está preta porque o nosso grupo político, as pessoas que ora ocupam algumas secretarias estão atuando de maneira indevida. Estamos num tempo de falar as verdades, mas não as verdades cômodas ditas pela oposição, pelo deputado Edivaldo Holanda, que sobe à tribuna com uma facilidade incrível de manipular as palavras e não vê o próprio umbigo”, enfatizou.

Joaquim Haickel acrescentou que Edivaldo Holanda não observa que era líder de um governo completamente corrupto e que o deputado Marcelo Tavares, um pouco mais focado, procura atacar o atual governo se esquecendo dos sete anos dos ex-governadores José Reinaldo e Jackson Lago. “É muito mais importante um parlamentar com a minha postura no Governo do que na oposição. O governo precisa muito mais de uma voz como a minha dentro das suas fileiras, porque do outro lado da fronteira bater é muito melhor, muito mais bonito e muito mais popular”, ressaltou o parlamentar.

9 comentários para "Visões jornalísticas de um discurso"


  1. Diogo Adriano

    Joaquim, você sabe o que fala e não tem problema de censura em seu grupo. Nós e Roseana entendemos o que alertou o deputado e por mais que a oposição tente desvirtuar, não irá conseguir.Entretanto, já passou da hora de nossa governadora tomar providências sobre os secretários candidatos.
    Os votos conscientes estão contigo Joaquim, que eles consigam te eleger, apesar das investidas contra seus cabo eleitorais.

  2. SOUSA

    COM CERTEZA DEPUTADO, MESMO NA SITUAÇÃO TEMOS QUE VER ONDE ESTAR OS ERROS, UM DEPUTADO TEM QUE TER VOZ, ONDE ISSO NÃO ACONTECIA NO GOVERNO ANTERIOR.
    VOCES QUE SÃO REPRESENTANTES DO POVO,

  3. Clara

    Joaquim,

    Estou sentindo falta de poesia nova…

    abraço,

    Resposta: Venha amanhã!

  4. Clara

    Joaquim,

    Já cheguei, seu blog é um pouco minha casa também…

    abraço,

  5. Alvaro

    Joaquim, reforço o pedido da leitora: Para não dizer que não falamos de flores, um bom poema seria propício depois de tantos espinhos neste ano difíiiiiiicil.
    Como na letra do Zeca Baleiro “[…]tudo ter, estrela, flor, estilo”

    abraço

  6. Betina

    Deputado Joaquim, esse é o jogo eleitoreiro que você tanto apregoa como legítimo: abuso de poder político e econômico. É o jogo feito por sua governadora, que nos poucos meses à frente do Palácio dos Leões noticia fartamente já contar em suas hostes com a maioria dos prefeitos que foram às ruas pedir votos contra ela sob o argumento da mudança – o que os teria levado a novo entendimento? É o mesmo ardil do Lula. Então, reclamar de que? Você sempre manteve seus currais eleitorais da mesma forma, e o mesmo método está aplicando na conquista de novos. Ou como você poderá explicar votação superior à última, caso você consiga, em Pindaré Mirim? Você não está alertando, você está reclamando sua fatia. Mas essa, com certeza, está garantida… você tem quem garanta, afinal, você não é um simples peão no jogo de xadrez da família Sarney .

    Resposta: Não sei ao certo se você simplesmente não entendeu ou não deseja entender o que eu disse, mas isso não tem importância, o importante é que possamos defender o que pensamos. Só um detalhe, não é verdade que eu apregoe práticas eleitoreiras ou mantenha currais eleitorais, ao contrário disso eu sou apoiado por pessoas que confiam sua representação a mim.

  7. Luiz Henrique

    “Pessoas que confiam sua representação a mim”: taí, é assim que se chama agora cabo eleitoral!

    Resposta: Eu não vejo eleitor como gado, nem cabo eleitoral como vaqueiro, muito menos chefe político como coronel. Isso é coisa de gente como você.
    Quem vota em mim, vota porque confia em mim, acredita em meu trabalho. A eles eu devo consideração, respeito e satisfação.

  8. Luiz Henrique

    “Quem vota em mim, vota porque confia em mim”. Das duas uma: Ou eles não confiam em você, ou você não confia neles. Isso explica o cabo eleitoral e a carta chororô.

    Resposta: Esse seu comentário é tão tolo que a única coisa que eu posso dizer é: “Sem comentários!”

  9. Luiz Henrique

    Deputado,
    Talvez você tenha razão. Eu sou um tolo mesmo, pois estou aqui agora para lhe desejar um Feliz Natal e bom Ano Novo!
    PS: A época é propícia: Que tal refletirmos sobre os comentários e respostas feitos aqui, notadamente aqueles que não foram publicados?

    Resposta: Luiz, desejo a você, a toda sua família e a todos os seus amigos um feliz natal e um ano novo cheio de saúde, paz, amor, felicidade, sucesso e prosperidade… E que tenhamos mais tolerância…

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