MAD: Para que serve o Castelão?

4comentários

Gostaria de agradecer imensamente ao meu amigo Marco Aurélio D’Eça a oportunidade que ele me propiciou para que eu pudesse voltar a escrever. É que as funções nas quais me envolvi nas últimas semanas me deixaram totalmente desligado de minha atividade literária. Primeiro me dei uma semana de merecidas férias e fui literalmente para os mares do sul. Quando voltei, recebi uma missão que a princípio não desejava assumir, mas acabei aceitando a incumbência, cedendo aos pedidos de muitos amigos que não só acreditaram que eu poderia fazer um bom trabalho, como se comprometeram comigo em me ajudar a planejá-lo e desenvolvê-lo. Falo do trabalho de dirigir a Secretaria de Esportes e Lazer do Estado do Maranhão.
Como já disse, nas últimas semanas não tive como conciliar o meu tempo. As vinte e quatro horas de um dia têm sido poucas para o trabalho que temos desenvolvido, eu e os companheiros que convoquei para esse campeonato. É isso mesmo, pois já que sou agora secretário de Esportes e Lazer, vou incorporar novas metáforas ao meu texto, coisa que pode deixá-lo um tanto… Diferente… Mas, vá lá.

Convoquei um time de peso pra nos ajudar a ganhar esse campeonato. Primeiramente fiz o reconhecimento do campo, medida indispensável para um bom planejamento. Depois fui buscar a prata da casa e com ela trouxe um pouco de flanela e “silvo” (acho que era esse o nome do produto que minha mãe usava para limpar a prataria de nossa casa quando ia oferecer algum jantar pra pessoas importantes). Tratei de lustrar a excelente prataria que nós temos em nossa Secretaria, na verdade temos uma mina, por vezes muito mal explorada, verdadeiras pepitas de ouro, diamantes brutos pedindo para serem lapidados… Bem, mas essas metáforas são inerentes à pasta de Minas e Energia…

Como reforço trouxe apenas quatro pessoas: Waldimir Filho que trabalha comigo há 20 anos; Clineu Coelho, desportista e administrador amplamente conhecido; Ronald Almeida, que além de arquiteto é dirigente esportivo, que será responsável pela consolidação de nossos planos; e a médica e desportista Silvana Teixeira. Todos os demais funcionários já estavam trabalhando na Sedel quando lá cheguei, com destaque muito especial para Mônica Gobel, Alim Neto, Cristiana Vilas Boas, Léa Menezes, José Ribamar Fróes e Ana Amélia Braga… Não posso aqui citar todos, mas saibam que todos que estão lá e estão realmente trabalhando, mesmo não tendo sido citados aqui, são importantes, estão sendo observados e terão o reconhecimento devido.

Mas eu comecei esse texto agradecendo ao meu caríssimo amigo, jornalista e blogueiro Marco Aurélio D’Eça, que adora ser polêmico, gosta de estar no olho do furacão, lugar que nunca lhe é incômodo. Como sou seu amigo verdadeiro e sei que ele também é meu, posso responder seu post intitulado “Para que serve o Castelão???” daqui mesmo, de meu espaço literário, pois a partir de agora esporte, lazer, melhor qualidade de vida e inserção social serão temas rotineiros por aqui.

Marquinho pergunta para que serve o Castelão e eu poderia responder essa pergunta de diversas formas. Poderia dizer-lhe que o valor do Estádio Castelão incrustado no Complexo Esportivo do Outeiro da Cruz é infinitamente maior que o recurso financeiro que será utilizado em sua recuperação. Deverão ser investidos R$ 50 milhões para valorizar os dois bilhões que se avalia aquela área. Só isso já bastaria. Se quisesse polemizar, compararia a reforma do Castelão a outras atividades sazonais, temporários, com a vantagem do Estádio ser um patrimônio imobiliário e permanente.
A argumentação defendida por Marco é inteligente e deve ser levada em consideração. Ele diz que o Castelão é maior que o futebol maranhense, que o nosso futebol não é rentável nem em público nem em renda, e ele tem razão no que diz respeito aos frios números da contabilidade, mas há muito mais em jogo, além do imenso patrimônio público imobiliário já citado, envolvido nessa questão. Há o intangível, a paixão, o amor. Há o trabalho e não falo dos empregos que nem são tantos assim, falo do trabalho social que o esporte, e o futebol é o maior deles, pode fazer no que diz respeito à inserção social dos menos favorecidos.

Nem vou argumentar que é melhor investir esse recurso na reforma do Castelão do que possibilitar o que já aconteceu pouco tempo atrás quando da construção de estradas e pontes fantasmas.

Por fim me permito um último argumento, não muito elegante, mas agora não tenho mais que me preocupar com a falta de decoro parlamentar, vale pela “gozação”: Imaginemos que o Castelão fosse um homem bem apessoado, bonito, elegante, rico, de uns quarenta e poucos anos e que sendo diabético, tornou-se impotente. Deveria ele, tão jovem, não se permitir a possibilidade de ser feliz com uma boa e bela mulher, sendo que para isso só precisasse implantar uma prótese peniana?

PS: Confesso que usei força excessiva no exemplo acima. Poderia ter usado simplesmente um banguela e um implante dentário. Mas o fiz por um bom motivo, para dizer que se tem alguma coisa que tem que melhorar em nosso estado é o Futebol, os Clubes e principalmente a Federação. Para que isso aconteça a Sedel estará tal qual a Meruoca, sempre de portas abertas para ajudar no que for possível. No que não for possível, buscaremos soluções fora. (MAD não é louco em inglês, é Marco Aurélio D’Eça).

4 comentários para "MAD: Para que serve o Castelão?"


  1. aninha

    Já estava com saudade de suas crônicas. Que bom que você está de volta!

  2. Diogo Adriano

    Não vou nem transcrever alguns comentários postados na ocasião para defender nossa opinião (minha e sua) em relação a reforma, o povo maranhense merece a alegria do futebol de volta. Contento-me em dizer que começastes muito bem e que o futebol é um dos mais valiosos elementos de nossa cultura brasileira, só isso já argumenta a importância de sua decisão em relação ao nosso estádio.
    Digo ainda que me recordo quando criança indo ao Castelão com meu pai assistir a jogos lotados de torcedores, entre eles muitos amigos de escolas e seus respectivos pais, e isso, como diz o anúncio do mastercard: NÃO TEM PREÇO.
    Abraço
    Diogo Adriano

  3. Wilber

    concordo plenamente com vc caro dep.Joaquim, quanto ao resto do estado, quais os seus planos?nós interioranos tb precisamos das ações da SEDEL, um abraço.

  4. janilton

    Como se já não fosse um delírio literário poder ler os seus textos, ainda esbaldo-me com um profundo conhecimento de causa que expressas a respeito do nosso castelão, tal como você e muitos outros, também vivi belíssimos momentos naquela praça esportiva e tenho neste local uma das mais ricas fontes de lembranças do meu saudoso pai, que mesmo vitimado pela amputação de uma perna fazia a mais absoluta questão de ir ao castelão acompanhar aos jogos Sampaio correia, e apesar de dizer ser um anti rubro negro nunca deixou de apoiar o moto clube em jogos contra as equipes de fora do estado, principalmente as do eixo Rio- São Paulo. Faço esse registro para corroborar com todos os desportistas do nosso estado sobre as necessidades de termos o nosso castelão de volta à ativa.
    Com relação a sua administração como secretário de estado, não tenho a menor sombra de duvidas que será uma das mais competentes e brilhantes desse governo, torço pelo pleno êxito de toda a administração, com uma especial atenção a sua pasta, rogando a DEUS pelo sucesso de sua equipe e a vitória de todos.

deixe seu comentário

Twitter Facebook RSS