João para prefeito.

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Calma pessoal! Não estou falando sobre uma candidatura para prefeito de São Luis, e o João de quem falo não é o Castelo nem o Alberto.

Deixem-me explicar:

Na segunda-feira dia 19, o jornalista Décio Sá postou em seu blog uma notícia que informava que eu, Joaquim Haickel, poderia vir a ser a opção do meu grupo político para disputar a prefeitura municipal de Santa Inês.

Gostaria, no entanto, de esclarecer os fatos. Fui procurado por um grande amigo meu, o empresário João Rolim, pessoa muito bem relacionada nos meios políticos e empresariais de nosso estado, que me disse que gostaria muito de me ver na prefeitura de Santa Inês, que eu tinha as qualidades necessárias para dar continuidade ao excelente trabalho que, primeiro Valdivino Cabral, e depois Robert Bringel, implementaram naquele município e mais ainda, que eu com o meu grande número de amigos espalhados pelo Maranhão e pelo Brasil, poderia alavancar novos projetos para Santa Inês e para toda a região do Pindaré.

“Seu” João me disse que procuraria tanto Bringel quanto Cabral para sugerir meu nome como candidato capaz de unir todos os anseios do nosso grupo, que com o passar dos anos, por melhor e mais uníssono que fosse, veio sofrendo os desgastes naturais do tempo e das circunstâncias políticas.

É claro que fiquei muito honrado com a lembrança de meu nome para exercer cargo tão importante, principalmente por vir de quem veio. Nunca escondi de ninguém que almejava um dia alcançar o cargo de prefeito da mais importante cidade da região do Pindaré, mas meu destino me levou a percorrer outros caminhos, sempre e cada vez mais me distanciando desse objetivo.

Fiquei honrado e até um tanto orgulhoso, mas de pronto disse a “seu” João que eu tinha consciência de ter muito pouco, quase nenhum peso eleitoral em Santa Inês. Veja, eu disse peso eleitoral, não político ou moral.

Ao contrário do que pensam alguns importantes jornalistas do Maranhão e do sul do país, entre eles o senhor Luis Carlos Azenha, nunca usei minhas emissoras de rádio e televisão, funcionando há mais de 20 anos em Santa Inês, como meio para conseguir poder eleitoral. Desde a morte de meu pai não sou votado sistematicamente na região. Fiz essa opção na intenção de construir minha própria trajetória, atingir meus objetivos, sendo que a partir da morte dele, usando seus exemplos de trabalho, dedicação e lealdade, construí um patrimônio moral e político capaz de me fazer ser lembrado com respeito e consideração em ocasiões como essa. Fiquei honrado sim.

Disse isso a “seu” João e complementei dizendo que quem deveria ser o prefeito de nossa cidade era ele. Disse isso naquela ocasião e reafirmo agora, mesmo que sua mulher e suas filhas fiquem zangadas comigo, mas acredito piamente que João Rolim seria um magnífico prefeito, por ser um homem sensível, um empresário competente, um cidadão honesto, um trabalhador incansável.

Acredito que se João fosse candidato a prefeito de Santa Inês, ele seria capaz de propor e conseguir um grande acordo com as diversas facções políticas do município, no sentido de todos em comum acordo, sem disputa, esquecendo as diferenças partidárias, esquecendo as paixões, lutarem por dias melhores para nossa gente.

Mas me parece que “seu” João não aceitará mesmo ser candidato e que o nosso grupo está em vias de se dividir, coisa que seria muito ruim.

Enquanto isso, já existem vários candidatos postos e alguns até lançados, todos desejosos de trabalhar em prol de Santa Inês. Tenho certeza que todos tenham tanta ou mais legitimidade que eu de pleitear o cargo de prefeito, pois para isso basta que o cidadão tenha domicílio eleitoral no município e que um partido político apresente o seu nome a julgamento público.

Quanto a mim, eu jamais me candidataria a prefeito de lugar algum se não tivesse o respaldo de meu grupo. Essa lição eu aprendi muito cedo, com meu tio Zé Antonio que por duas vezes foi prefeito de Pindaré-Mirim, município do qual Santa Inês foi desmembrado.

“Política se faz com grupo”, dizia ele, e eu não sou líder de nenhum grupo em Santa Inês. Faço parte de um grupo forte, que tem líderes importantes e consolidados como Bringel, Cabral, e o próprio João, além do Nono, do Nicolau, do Cirino, do Sousa Neto, dentre tantos outros, e não posso, de maneira alguma imaginar que haja alguma possibilidade, de alguém de nosso grupo ser candidato a prefeito de Santa Inês, com sucesso, a menos que esses líderes resolvam que seja.

Finalizando, gostaria de reafirmar que ao contrário da grande maioria das pessoas, que tem suas razões para pensar como pensam, vejo a política como uma coisa nobre, um ofício como outro qualquer, como o do padeiro, o da cozinheira, o do artesão… Só que bem mais delicado, porque trata com o destino das pessoas, com o nosso presente e o futuro que poderemos ter. Para mim política é coisa muito séria e também por isso fiquei honrado com a lembrança de meu nome para uma possível candidatura a prefeito de Santa Inês.

PS: nos últimos dias recebi inúmeras ligações de pessoas de Santa Inês e de vários lugares, entre elas duas que gostaria de citar: uma foi Dim da folha, ex-prefeito de São Domingos do Maranhão, município no qual fui votado majoritariamente em minhas três últimas eleições de deputado. Dim me disse que se eu aceitasse ser candidato a prefeito de Santa Inês, estaria sendo ingrato para com São Domingos, pois ele e seus amigos gostariam que eu concorresse para prefeito de seu município. A outra ligação foi de uma senhora de Pindaré que disse que soube de uma pesquisa mandada fazer pelo prefeito de lá, onde aparece o meu nome, amplamente citado, espontaneamente pelos entrevistados, como possível candidato a prefeito. Mais motivos de honra, pois por opção sou eleitor de Santa Inês.

3 comentários para "João para prefeito."


  1. Marcos

    Olá Dr Joaquim. Tenho uma curiosidade. Você se aliaria ao grupo político liderado por Dr Ribamar Alves? O que acha do grupo dele? Como amigo pessoal dele como sabemos, estará torcendo para o amigo ou para o seu grupo nas eleições ano que vem?

    Resposta: Marcos você é muito curioso! Mas tudo bem, vou matar algumas de suas curiosidades.
    1) É claro que não é bom que um grupo se mantenha por muito tempo no poder, isso causa efeitos colaterais graves, mas se a eleição é justa e honesta, isso passa a ser opção do eleitor. Só o voto pode mudar isso. Lula perdeu três eleições antes de vencer…

    2) Acredito que o grupo de Ribamar em pouco se diferencia de qualquer outro grupo da política do Maranhão. Assim como no nosso grupo, o de Ribamar deve ter gente muito boa, e posso de pronto citar aqui a Dra. Luana e o Batista… Mas deve ter também gente não tão boa, como tenho certeza e você deve saber, que há gente assim também em nosso grupo.

    3) Sou amigo de e Aderson Lago e de Flávio Dino, mas politicamente não nos alinhamos! Sou realmente amigo de Ribamar, acho que ele é um bom deputado, conheço muitos de seus aliados e eles dizem que ele é um correligionário correto, mas isso não quer dizer que eu o apóie contra o meu grupo. Ele não faria diferente. Nossa amizade está acima das eleições. São coisas que não se misturam.

  2. Marcos

    Olá Joaquim, tenho uma curiosidade. O que você acha do grupo político liderado por Dr Ribamar? Como eleitor votaria no seu amigo ou no seu grupo político?

    Resposta no comentário abaixo.

  3. Marcos

    Qual sua opinião sobre os anos que seu grupo político está no comando de Santa Inês, e pouco avanço social. Atualmente o prefeito da cidade está encrencado com o ministério público por denúncias contra crimes contra a previdência. Seu hospital, o único da cidade, está arrendado pro município.
    O que achas disso tudo? Quais foram os pontos positivos da oligarquia do seu grupo político? A população está revoltada e esperançosa pela mudança política na região
    Abraços,
    Marcos

    Resposta no comentário abaixo.

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