O começo do futuro

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Participo ativamente de campanhas políticas há quase 40 anos. Excetuando-se as duas primeiras, quando eu ainda era muito jovem, foi esta, a de 2012, a que eu me envolvi menos.

O fato de eu não mais querer ser candidato a mandato eletivo me dá uma imensa liberdade, uma sensação que na verdade nunca havia experimentado antes. Posso dizer o que penso e fazer o que quero sem me preocupar em ferir alguma suscetibilidade, sem me preocupar em desagradar esse chefe político ou aquele cabo eleitoral.

Mas apesar de bastante afastado, é impossível não participar de alguma forma, ajudando de alguma maneira, pessoas com quem durante toda a vida dividi os palanques e me ombreei nas batalhas eleitorais.

Nasci em São Luís e era eleitor da primeira zona da capital até transferir meu domicílio eleitoral para Santa Inês, lugar que pretendi um dia administrar, cidade na qual instalei algumas de minhas emissoras de rádio e televisão. O plano passou a ser sonho que de tanto ser adiado, virou apenas uma fugaz quimera. Hoje isso é impensável.

Nessa eleição não estive em Santa Inês, cidade administrada pelo competente Robert Bringel que durante oito anos a manteve entre as mais bem dirigidas do Maranhão.

Dividido eleitoralmente, o grupo de Bringel e Cabral, ex-prefeito e igualmente bom administrador, abriu a possibilidade de crescimento e de vitória ao grupo liderado pelo deputado Ribamar Alves, que tenta há muitos anos comandar a cidade. A disputa está acirrada.

Localizada a 8 Km de Santa Inês, Pindaré-Mirim é a cidade em que meu pai nasceu e meu tio Zé Antonio Haickel foi prefeito duas vezes. Lá também não fui, mas estive presente de várias formas, inclusive através dos amigos que apoiam o dr. Valber, que pelo que indicam as pesquisas deverá ser o próximo prefeito.

Pessoalmente estive apenas em Buriti Bravo, com o futuro prefeito Cid Costa e em São Domingos, com meus queridos amigos do grupo Folha: Zé, Dim, Nogueira e tantos outros.

São Domingos é um capitulo à parte em minha trajetória política. Lá sinto claramente o carinho e o amor que as pessoas de meu grupo político dedicam a mim. Mesmo não sendo mais o seu representante no Legislativo eles mantém comigo vínculos que chegam a me emocionar. Lá também acontece um fenômeno curioso. Nossos adversários, tanto os chefes quanto as pessoas do povo mesmo, tem por mim grande respeito, sentimento que me faz ainda crer na boa política.

Em Buriti Bravo eu e o ministro Gastão Vieira fizemos História. Conseguimos unir dois grupos adversários em torno de uma candidatura que certamente sairá vitoriosa das urnas.

A política quando é feita dessa maneira me fascina e me faz acreditar que ela é mesmo fator positivo de transformação da sociedade. Mas por sentir que ela muito mais frequentemente tem sido praticada de forma incoerente e irresponsável, é que resolvi distanciar-me um pouco dela. Pelo menos de sua vertente eleitoral.

Outros amigos meus continuam na lide política. Sérgio Albuquerque deve se reeleger prefeito de Primeira Cruz, onde faz uma excelente administração. O mesmo ocorre com Surama Soares em São João Batista. Já na pequenina Satubinha, dr. Flávio tenta eleger-se, enquanto três amigos meus, Rodrigo, Alex e Lucinho disputam em Olho D’água das Cunhãs.

Zuca Viana luta contra forças enormes em Buriti de Inácia Vaz e Queiroz deve vencer sem maiores dificuldades em Monção.

Zeca Brás, um de meus amigos mais antigos e leais juntou-se com o prefeito de Altamira, coisa com a qual não concordei, mas uma das regras básicas da política municipal é o deputado não se meter nas decisões internas dos grupos. Cada um sabe onde mais lhe aperta o sapato.

Há ainda Afonso que tenta se eleger em Presidente Juscelino e outros, inclusive alguns que eram “Esperança”, mas se transformaram em decepção por meio da traição.

Tenho ainda amigos que são candidatos a prefeitos e vereadores pelos quais torço, apoio e ajudo de diversas maneiras.

Em São Luís muitos destes disputam uma vaga na Câmara de Vereadores, inclusive meu primo Marco Aurélio.

Para prefeito da capital apoio e trabalho para Washington Oliveira, amigo que tem me ajudado bastante, acompanhando-me a Brasília na tentativa de liberar os recursos federais destinados ao setor esportivo de nosso Estado. Homem correto e leal.

Bem, amigos!!!… Hoje é domingo… Do pé de cachimbo… Mas é também dia de eleição! Hora dessas deve todo mundo está indo votar! Não sei se usando o direito de escolher quem vai dirigir os destinos de nossas cidades, e por isso indiretamente os nossos, ou se agindo pelo dever de optar por uma ou por outra proposta, por um ou por outro candidato, que nos próximos quatro anos vai ser o responsável por gerir nossas cidades.

Tenhamos muita responsabilidade nessa hora. Seu voto deve durar 30 segundos, mas as consequências dele serão sentidas nos próximos quatro anos.

 

PS: Este texto já estava pronto e eu já havia criado laços afetivos com ele, se não fosse por isso eu iria comentar sobre o debate entre os candidatos a prefeito de São Luís que acabo de assistir na televisão. Meeeeu Deeeus!

 

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