É preciso aprender!

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Vou tentar explicar como penso e como me comporto em quase tudo na vida, para que vocês tenham a mínima capacidade de entender os motivos de alguns de meus posicionamentos políticos.


Entre todas as pessoas do mundo, a minha mãe é aquela que eu mais amo. Ela se dedica a nós com a maior das devoções e nos prepara pelo menos duas vezes por semana almoços fantásticos, cujo mais saboroso ingrediente é o amor. Ocorre que minha mãe quer nos surpreender o tempo todo, enquanto nós queremos apenas estar com ela e comer as comidinhas caseiras que ela sempre fez para nós, e não pratos sofisticados. Eu e meu irmão Nagib temos atitudes diferentes quanto a isso. Ele come bem quietinho as novidades que mamãe prepara com todo amor, enquanto eu digo que preferiria que fosse aquele seu maravilhoso arroz de toucinho com salada de camarão seco, ou aquela carne de grelha acompanhada do suculento feijão mulata gorda, e não o peixe a dorê com legumes gratinados…


É exatamente assim que eu penso e ajo em tudo em minha vida, principalmente na política. Nós precisamos de coisas simples, eficientes, eficazes e efetivas, sem muita sofisticação, arroz com feijão mesmo. Algo que surta o efeito pretendido e esteja em nosso cardápio de desejos e necessidades.


Não é porque minha mãe seja a pessoa que eu mais amo que eu não vou dizer a ela o que eu quero comer, ou o que eu penso do almoço. Imagine se vou ter esse pudor com o prefeito, o governador ou o presidente da república, apenas para citar os membros do poder executivo!


Votei e apoiei Roseana Sarney todas as vezes em que ela se candidatou e nem por isso deixei de dizer tudo que eu pensava a respeito de suas ações ou omissões, tanto administrativas como políticas, e não será agora que vou poupar alguém na mesma condição que ela, muito menos o presidente da república que elegemos na tentativa de nos livrarmos de políticos aparelhadores do estado, que resolveram se apoderar das instituições públicas e sociais através de táticas e ações de domínio e controle filosófico e midiático, tentando incutir em todos seu padrão como sendo o único aceitável e impedindo, de forma subliminarmente autoritária, a diversidade e o antagonismo das ideias.


O fato de eu ter votado em Jair Bolsonaro não significa que eu apoie incondicionalmente a ele, a seu governo ou a seus ministros. Votei nele em primeiro lugar para eliminar do poder, o PT e seus asseclas da esquerda, e em segundo lugar para que tivéssemos no comando alguém capaz de nos colocar nos trilhos da ordem e do progresso, palavras que definem o nosso destino como povo e nação, sendo a sinopse do filme de nossa existência como pátria.


Bolsonaro logo mais vai completar 100 dias de governo, seu destempero pessoal e seu despreparo para o exercício do poder precisam ser superados a qualquer custo. Tenho certeza que ele consegue se tornar uma pessoa mais sensível, um homem mais sútil, um político maior… Deputados podem ser toscos, evangélicos ou comunistas, podem ser dos mais variados tipos, pois existem 513 deles e são escolhidos para representar DIRETAMENTE o povo, e como ele, o povo, podem ter suas características, virtuosas ou defeituosas.


O presidente da república pode até ter sido um deputado e ter tido todas essas características, mas quando ele se torna presidente da república, precisa se transformar. Ele não pode mais ser desajeitado, ou colocar sua religião acima das demais, ou mesmo impor sua ideologia à sociedade.


Eu votei no candidato Jair Bolsonaro, que foi deputado durante vinte e oito anos, mas ao se eleger presidente, ele deixou de ser deputado para assumir um outro papel, para o qual sabíamos que ele não estava preparado, no entanto, não tínhamos escolha, era ele ou continuarmos no caos que começou a se instalar em nosso país fazia vinte e quatro anos, nos governos de esquerda, sendo que os últimos dezesseis foram desastrosos.
Precisamos que Bolsonaro e sua turma aprendam rápido essas lições para se transformarem em nossos líderes. Bons líderes!


Quando Lula se elegeu presidente, pouco ou nada sabia sobre a liturgia do cargo. Não sabia comer com talheres para peixe, nem conhecia vinhos. Oito anos depois além de afogar nossas esperanças e quebrar nosso país, ele aprendeu a apreciar e saborear os melhores e mais caros vinhos, e comia com talheres de peixe, como se tivesse nascido em Buckingham ou Balmoral.


Vamos dar mais um tempinho para ver se Bolsonaro aprende!…

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