Sancho.

Discurso proferido pelo Senhor Deputado Joaquim Nagib Haickel no pequeno expediente da sessão plenária da Assembléia Legislativa do Maranhão em 22 de setembro de 2009 

Senhor Presidente, senhoras e senhores deputados, é comum que se venha a esta tribuna lamentar o falecimento de algum grande mandatário, de um ex-governador, senador, deputado federal, de um colega deputado estadual. Isso é comum nos caso de algum empresário de renome, alguma pessoa importante na vida política, empresarial, cultural ou social de nossa terra, mas hoje venho lamentar o falecimento de um simples motorista.

O que para muita gente seria um simples motorista, para mim foi um grande e fiel amigo que durante 27 anos compartilhou comigo os momentos difíceis e as alegrias.

Faleceu na última sexta-feira, dia 18, de infarto agudo do miocárdio, o cidadão José Moraes Neto. Um homem de pouca instrução formal, mas de grande saber humanístico.

Uma pessoa que com o decorrer do tempo apenas em olhar para ele, ele já sabia o que eu queria. Um menino que começou a trabalhar comigo aos 19 e que faleceu aos 46.

Esse grande pesar que sinto, que sentimos, eu, minha família, os filhos e irmãos de Neto, quero dividir com vocês meus colegas, e deixar registrado nos Anais desta Casa, que mesmo não sendo dos maiores vultos, pessoas como José Moraes Neto nos fazem falta de tal maneira, tão profundamente que nos deixa sem chão, sem teto, sem paredes.

Neto foi isso. Trabalhou comigo desde minha primeira campanha política em 1982, quando chegou lá na Gráfica Guarnicê pedindo emprego. Olhei para a cara dele e não levei muita fé. Nunca tinha contratado ninguém antes para trabalhar comigo, ele foi o primeiro empregado que tive e de empregado tornou-se um irmão, desses assim que quando eu precisava de alguma coisa, quando havia uma coisa que só eu poderia fazer, como por exemplo viajar com minha mãe ou se ela precisasse ir ao médico e eu não tinha condição, quem levava era Neto.

Ele era uma pessoa a quem eu entregava minha vida, todas as noites, quando saía em viagem, Deputada Helena. Eu pegava meu travesseirinho, colocava de lado, arriava o banco e dormia na certeza de que Neto trataria a minha como se fosse a vida de um de seus filhos. Cansei de acabar às 2 horas, 3 horas da manhã comícios a 500 km de São Luís e voltava para dormir em casa, na certeza de que tinha uma pessoa de confiança ao meu lado.

Jamais usamos, eu e Neto, qualquer arma de fogo e já enfrentamos muitas dificuldades, e a primeira coisa que ele fazia era se levantar do lugar onde estava dirigindo o carro e se colocar do meu lado como se fosse ele o meu Sancho Pança de um Don Quixote, personagens que talvez ele nem soubesse quem eram… Sinto-me um tanto perdido.

Não consigo imaginar Miguel de Cervantes escrevendo a história do Homem de La Mancha sem seu alter ego, sem alguém que lhe incentivasse os sonhos, que lhe desse uma simples palavra de apoio ou que simplesmente lhe indicasse o caminho.

Quero dividir isso com vocês, porque tenho certeza, que se muitas vezes pude ser melhor, era por causa do contraponto que fazia com aquele homenzinho de pequena estatura, gordinho e negro. Não foi nem uma, nem duas, nem três vezes que me coloquei no lugar dele para poder ver o mundo. E também as vezes que ele estava ao meu lado e eu tinha um problema, eu imaginava duas coisas. Como Neto agiria? Como Neto pensaria? Como Neto se colocaria em relação aquilo? Eu fazia isso também em relação ao meu pai, se meu pai tivesse vivo, como ele pensaria.

Dizer isso a vocês dá a dimensão exata de quem foi esse homem. Um homem que era apenas um motorista para muitos, era um irmão para mim. Muito obrigado Neto.

Luto.

Não sei nem por onde começar, até porque já havia terminado. Falo dessa página em branco em minha frente, neste computador. Meu texto para esse domingo já estava feito e revisado.

Não sei por onde começar, porque nem acredito que seja preciso que eu comece a dizer o que tenho que dizer. Os cinco mil toques que meu amigo Ademir Santos, editor responsável pela pagina de opinião do Jornal O Estado do Maranhão onde uma versão reduzida deste texto será publicada, não seriam capazes de formar todas as palavras que eu precisaria para dizer o que tenho que dizer e já gastei até agora exatamente 599.

Não sei se começo pela tristeza ou pela indignação. Não sei se começo pelo remorso, pela culpa ou se conto apenas as coisas alegres, aquelas que realmente valem a pena serem contadas. Só sei que tenho que dizer algo, porque se não o fizer meu coração vai explodir e minha cabeça vai estourar. Pois bem, lá vai.

Na última sexta–feira, 18, por volta das dez horas da manhã, minha mãe entrou às pressas no escritório improvisado que tenho em sua casa, onde moro desde que me separei. Sua voz estava embargada, vinha chorando e atrás dela, meu motorista Marcelo, com os olhos tão arregalados que só se via o branco deles. Mamãe vinha me dizer que meu motorista, José Moraes Neto, irmão de Marcelo, que trabalha conosco desde 1982, estava tendo um infarto e se encontrava no hospital da Hapvida, na Avenida Kennedy.

Marcelo estava ao telefone com um dos filhos de Neto. Imediatamente peguei o telefone e pedi que ele passasse para o responsável pelo hospital. Ele o fez. Falei com uma senhora que foi logo me dizendo que não tinha certeza se o paciente estava tendo um infarto, somente depois dos exames isso poderia ser afirmado. Uma sanguinária burocrata da saúde privada.

Quis falar com o médico que o atendeu e ela me passou para um moço muito simpático e atencioso que afirmou que pelos sintomas, pelo estado do paciente, tudo indicava que era mesmo um infarto agudo do miocárdio, e em que pesasse estar sentindo dor, ele já estava sendo atendido e medicado.

Pedi que ele voltasse o telefone para a tal senhora, sempre interessada em dificultar o atendimento, e perguntei-lhe como fazer para ter certeza se o que ele estava tendo era realmente um infarto e ela me disse que só depois dos exames e com a presença de um cardiologista, pois o médico que havia falado comigo era apenas um clínico da emergência.

Perguntei-lhe quando o cardiologista poderia vê-lo, ao que ela respondeu-me, “hoje”, aí eu engrossei: “Como assim hoje!? Esperava que a senhora dissesse que ele já havia sido chamado e que estaria chegando em alguns minutos!” Ela respondeu que eles não têm um cardiologista de plantão e que só tem um médico desta especialidade. Pedi a ela então o telefone do médico que eu mesmo ligaria para ele e ela me disse que ela mesma ligaria e providenciaria tudo. Pedi que ela me ligasse de volta assim que falasse com o médico.

Como em quinze minutos ela não retornou a ligação, liguei para ela e quis saber do resultado, ao que ela me disse que o médico só poderia estar no hospital às quatorze horas. Mais uma vez perdi as estribeiras e ao estilo de meu pai – enquanto falava com aquela senhora ao telefone sentia o peso de substituí-lo no comando de minha família pressionando tanto meus ombros, que era como se a mola da cadeira cedesse ao peso – comecei a gritar com a moça, indignado… A princípio imaginei que ela tivesse ficado chocada com as palavras que eu lhe dizia ao telefone, mas agora vejo que ela já está acostumada a ouvir aquele tipo de coisa. Perguntei se ela não podia chamar outro médico ela disse que não. Perguntei-lhe se não havia outro tipo de exame ou de procedimento que ela pudesse fazer para atender o paciente e ela sempre dizia que não e colocava mil empecilhos e obstáculos. Foi aí que eu resolvi falar com Ana Maria Bacelar, do Centro Médico, para que ela atendesse Neto lá, em seu hospital e fizesse o que fosse possível por ele.

Falei com Ana e ficou acertado que ele poderia ser levado para lá. Liguei novamente para o hospital da Hapvida e falei novamente com a tal mulher e ela colocou mil dificuldades, disse que o paciente já estava sendo atendido, que estava estável, que apenas depois dos exames completos poderia se dizer que o caso era mesmo infarto e qual os procedimentos deveriam ser usados. Aceitei porque quis acreditar que ele só havia tido uma indisposição. Não queria que o meu fiel escudeiro estivesse mal.

Por volta das quatorze horas recebi uma ligação do atencioso médico que havia atendido Neto na emergência que me disse que os exames haviam chegado de volta do laboratório e que eram de certa forma, inconclusivos, mas que ele continuava dizendo que se tratava de infarto.

Às dezesseis horas liguei novamente para saber como ele estava e a tal moça me disse que ele estava dormindo, estável. Perguntei pelo cardiologista e ela disse que ele estava em uma cirurgia e que estava chegando. 

Não me conformei e liguei novamente às dezoito horas e a tal me passou para uma médica, também simpática como o que o atendeu pela manhã, e disse que o paciente estava ainda sentindo um pouco de dor mas que estava normal. Nessa altura minha paciência estava quase a zero. Fui ríspido com a médica mesmo ela sendo atenciosa, mas até aquela hora o cardiologista não havia visto o paciente que àquela altura poderia ser tudo menos paciente. 

É em ocasiões como esta que o homem educado, cordato e ponderado, filho de dona Clarice, destrói o sujeito exigente, incompreensivo e grosso, filho de seu Nagib. Não vou me perdoar nunca por ter acreditado naquela primeira pessoa, aquela mulher, que fez de tudo para não prestar o socorro necessário a Neto. Se ela estivesse em minha frente quando, por volta das 19 horas, Marcelo, branco e trêmulo, me disse que Neto havia morrido, eu talvez a tivesse agredido, e confesso, sentiria imenso prazer por isso. Sou humano. Tenho reações como as de qualquer pessoa. Mas de que adiantaria!?

O certo é que a má vontade, a busca voraz pelo lucro, operada por aquela mulher, sob as estritas ordens de seus patrões, culminaria com a morte do paciente.

O fato é que, um de meus mais constantes companheiros nesta jornada que é a vida, meu primeiro funcionário, faleceu.

O fato é que poucas pessoas, talvez nem mesmo os filhos de Neto vão sentir tanto a falta dele quanto eu vou, pois confiança não se transfere e este é um sentimento que leva muito tempo para se construir. Vou dar-lhes um pequeno exemplo: em todos estes anos eu nunca viajei para o interior do estado, de carro, sem que Neto não fosse o motorista. Só confiava nele para dirigir para mim. Com ele não tinha problema algum acabar um comício às 2 horas da madrugada em um lugar quinhentos quilômetros distantes de São Luís, pois viajaria a noite toda dormindo um sono tranqüilo e seguro e quando fosse 5, estaria em casa.

Neto era como se fosse uma espécie de irmão-filho. Nele eu tinha a confiança e a cumplicidade que os bons irmãos devem ter, mas também o sentimento de proteção dos pais por um filho peralta.

Com a morte de Neto, fica mais claro para mim que realmente perde muito mais quem fica do que quem vai.

Dezesseis anos atrás perdemos Nagibão e fiquei atônito, perdido. Agora perdemos Neto. O sentimento não é o mesmo, mas é também um desfalque irreparável.

Sinceramente não consigo imaginar como farei, ou melhor quem fará certas coisas para mim, para minha família a partir de agora.

O mundo não será mais o mesmo.

Estou aqui esmurrando esse teclado e ouvindo a Radio Mirante AM enquanto o radialista Geraldo Castro fala de Neto e coloca duas maravilhosas musicas em sua homenagem: “Amigo é coisa para se guardar debaixo de 7 chaves” de Fernando Brant e Milton Nascimento, cantada por Milton e “Amigo” de Roberto e Erasmo Carlos, cantada pelo primeiro.

Tatuagem

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Chame atenção.
Faça uma pequena pausa. A entonação demonstra sua intenção, seu pensamento.
Depois, uma pausa maior, que puxe uma outra idéia ou relacione duas.
Agora uma pausa ainda maior. Uma parada.
Dê um exemplo:
Faça suspense, insinue
Surpreenda;
Pergunte.
Depois, mude de assunto – isso sempre funciona.
Valorize os coadjuvantes, eles são mais importantes & necessários do que parecem.
Comunique-se.
Não se esqueça dos números, eles são indispensáveis.
Nem das equações. Nada funciona sem elas.
Maior?
É sempre igual
a valor. O contrario nem sempre é verdadeiro.
Não se esqueça. Todo inteiro é feito de partes.
Adicione!
Multiplique!
Fazer a diferença
é mais ou menos
Infinito
 
Republicado a pedidos…

Primeira Cruz, 3 de setembro de 2009.

Gostaria de compartilhar com vocês neste domingo, uma carta que recebi de um querido amigo meu, o prefeito de Primeira Cruz, Sérgio Albuquerque, integrante do PMDB.

Sergio é um jovem político, cheio de idéias, pronto para transformar sua pequena cidade em um modelo administrativo. Ele quer prepará-la para o futuro, dando ênfase a educação, promovendo a saúde, implementando o saneamento básico, a construção de estradas e a implantação da rede elétrica.

A carta de Sergio ecoa em minha menten desde qu a li, por isso quero compartilhar com vocês.

 

Primeira Cruz, 3 de setembro de 2009.

Caro Deputado Joaquim Haickel, (PMDB- MA) 

Dirijo-me ao prezado amigo e correligionário com o propósito de manifestar não só desapontamento, mas uma grande indignação com a maneira de fazer política de alguns dos integrantes do primeiro escalão, gente do grupo de apoio ao atual Governo. Nosso Governo.

 

Tem-se a nítida impressão (eu, pelo menos, a tenho) de que esses senhores perderam a noção do que seja fazer política de governo, política de grupo, e passaram a praticar política puramente pessoal, de interesse meramente individual.  

O mais grave é que eles, para salvaguardar interesses pessoais, colocam em risco e em xeque os interesses políticos e eleitorais de seus correligionários, especialmente os prefeitos que trabalham com a visão da coesão e da aglutinação, prestigiando os seus partidários e até se expondo a certos desconfortos morais e perdas políticas em nome da lealdade devida aos correligionários e ao comando das lideranças maiores.

Para garantir futuras (e duvidosas) vantagens eleitorais, esses políticos cooptam adversários locais dos prefeitos, históricos adversários do grupo ao qual fazemos parte, criando uma situação altamente vexatória e constrangedora não só para estes, mas para outras lideranças aliadas, que passam a ser vítimas e a sofrer os efeitos daquilo que se convencionou chamar de “fogo amigo”.

Ora, o normal seria que os nossos adversários locais fossem procurados e cooptados por nossos adversários tradicionais, para assim travarmos o embate político e eleitoral defendendo com convicção e firmeza as nossas idéias, as nossas posições. Com gente do nosso grupo trabalhando com o apoio dos nossos adversários, que nos atacam e nos ofendem, ficamos em situação realmente desfavorável e sem segurança para defender com legitimidade os nossos ideais políticos e nossas propostas administrativas

Por isso, penso que aqueles que quiserem tirar tal tipo de proveito, deixando em situação difícil um companheiro de legenda ou de facção, devem desligar-se do cargo Executivo que estiverem exercendo no Governo e seguir fazendo sua política individualista, mas sem o apoio e sem os benefícios de que estejam usufruindo para manter-se em evidencia político-eleitoral.

Os prefeitos, ex-prefeitos, deputados, ex deputados e lideranças que praticam uma política de grupo, trabalhando sempre com o objetivo da unidade, estão deveras desapontados, indignados e inconformados com esses tais “aliados” que nada acrescentam aos legítimos interesses dos Governos Municipais e do Governo Estadual e só criam embaraços de toda ordem, notadamente de natureza política, eleitoral e moral para os que querem agir com lealdade ao seu grupo e aos líderes maiores.

Um homem público investido em cargo executivo não deve se preocupar somente com sua própria eleição ou reeleição. Sua presença na equipe do Governo deve ser um instrumento não de fortalecimento pessoal, mas de fortalecimento do grupo político que ele integra, de fortalecimento do próprio Governo e do Estado. Um cargo de secretário de Estado tem dignidade, tem nobreza, representatividade, além da grande responsabilidade institucional. Assim seu exercício tem de ser focado exclusivamente no bem coletivo, nos interesses sociais e econômicos da população e do Estado. Usar-se um cargo dessa importância em proveito político pessoal é uma postura aética e inteiramente condenável.

Faço está espécie de desabafo a você, que é meu amigo e deputado, representante político do nosso município, porque conheço seus métodos corretos de fazer política e por saber que também não concorda, como já demonstrou por meio da imprensa, contra as investidas desagregadoras e divisionistas de políticos de pouco escrúpulo que querem TUDO PARA SI e não estão “nem ai” para os legítimos interesses e objetivos do grupo de que fazem parte e nem um pouco preocupados com o futuro do Governo e do Estado do Maranhão.

Cordialmente,

 

Sérgio Ricardo de Albuquerque Bogéa
Prefeito de Primeira Cruz
(PMDB)

Cinema Brasileiro em Toronto

Já estive em muitas cidades nesse mundão de meu Deus, mas poucas são tão bonitas quanto Toronto. É uma beleza diferente. Não se parece em nada com o Rio de Janeiro, Paris ou Barcelona, nem com Veneza, Budapeste ou Praga, as mais belas entre as cidades que conheço. Fez-me lembrar de Nova York, um pouco mais de Boston, mas realmente não é como nenhuma delas. Toronto é assim, um lugar que há dentro de nossas cabeças, no nosso inconsciente coletivo, um lugar onde qualquer um de nós gostaria de viver. Não sei se é o lugar perfeito, mas me parece o lugar ideal.

Fui a Toronto participar de um dos importantes festivais de cinema brasileiro fora de nosso país. Foram cinco dias de imersão no cinema brasileiro. Assisti aos melhores longas e curtas metragens brasileiros de 2009 e o meu “Pelo Ouvido” estava entre eles. Senti-me orgulhoso, confesso. Não havia naquela seleção filmes mais ou menos, todos eram ótimos, oriundos do sul do Brasil e um maranhense estava entre eles.

Mas o que quero dizer-lhes é outra coisa. Nada sobre Toronto ou sobre meu filme ou mesmo sobre cinema especificamente. Quero lhes falar das histórias que vi através dos filmes. Gostaria de falar de todos, mas não tenho como fazer isso, não há espaço nem tempo, limites que nos perseguem onde quer que estejamos, façamos o que fizermos.

Espaço e tempo não separaram algumas das histórias desses filmes, as uniram. Refiro-me especificamente à sessão do sábado dia cinco de setembro, dia da raça brasileira. Raça, formada por nativos indígenas amarelos avermelhados, por europeus brancos azulados, invasores e conquistadores e por africanos negros acinzentados escravos.

No dia da raça, em Toronto fizemos uma homenagem a um Brasil forte, mostrando que nosso cinema está em condição de igualdade com os cinemas dos países mais importantes nessa arte, nessa indústria.

O espaço escolhido foi um antigo e maravilhoso cinema de rua. Lembrei do nosso Éden. Até cortina havia.

Em três sessões assistimos três curtas e três longas, sendo sempre um curta antecedendo um longa.

“Enfim Dois” de Thiago Vieira é um corte epistemológico na vida idiossincrática de um jovem casal. Um retrato fiel do dia a dia deles. Coisa que acontece com qualquer um e que se não aconteceu ainda com certeza acontecerá um dia. Grande filme. Depois vimos “Loki – Arnaldo Batista”. Um filme que enquanto documentário sobre o criador do Rock brasileiro, demonstra que se pode tranquilamente, com beleza e competência falar de uma coisa sem que ela seja o foco do assunto. Nesse filme eu chorei. Muito. Ele não fala de outra coisa que não seja de amor. Amor em suas infinitas formas e manifestações. Tenho certeza que o diretor e os produtores desse filme jamais pensaram em fazer algo desse tipo. Isso é coisa que não se planeja fazer, simplesmente se faz e quando se vê, se fez algo único. Loki, ou melhor, Arnaldo Batista, nome que para muitos não diz nada, é uma homenagem ao amor. Não percam e chorem sem vergonha.

Depois disso vimos “Blackout” e “Se nada Mais der Certo”. O primeiro, um curta que se poderia chamar de limão em mão de quem sabe fazer uma maravilhosa limonada. Daniel Resende é um craque formado numa dessas escolas de gênios. De uma história simples, um tanto inverossímil, num cenário que é um depósito, ele nos mostra um filme que nos faz não desgrudar da tela. Cinema feito de técnica. Equação cinematográfica, não tem como dar errado.

“Se nada Mais der Certo” do conceituado diretor José Eduardo Belmonte mostra a relação de três sujeitos que se encontram na curva descendente de suas vidas e armam um pequeno golpe que acaba sendo bem sucedido… Mas, “Se nada Mais der Certo”…

Por fim assistimos o meu “Pelo Ouvido”, que é uma elegia às mulheres e ao seu sentido preferido (?), a audição, contando de forma delicada e poética o amor de Keyt por seu marido Charlie, que ficou cego, surdo e o que para ela é pior, mudo.

E para o final da noite estava reservada outra surpresa. Se havia chorado com Arnaldo ao ver na tela o amor retratado, agora com “Simonal – Ninguém Sabe o Duro que Dei” choraria, mas de raiva pela covardia, pela hipocrisia, pela arrogância, pela burrice das pessoas, de todas, inclusive a minha, a nossa, que estamos acostumados a engolir verdades prontas, confortáveis e cômodas.

Simonal é um filme que como Arnaldo, fala de nós, de nosso país, das gerações das décadas de 60, 70 e até de 80, tempos maravilhosos que só agora começamos a entender e desmistificar.

No filme sobre Simonal não há espaço para o amor, o que se vê é o duro que ele teve que dar na vida, sempre. O seu carisma, o sucesso que ele fazia, como controlava o público, e onde ele foi parar por culpa sua, de seu despreparo, de sua arrogância, de sua ingenuidade, da covardia de seus amigos e principalmente da ação de pessoas que se acreditavam defensores do correto, do bem e enquanto sectários, facciosos, maniqueístas e intolerantes eram também parte integrante do mal.

Ausências presentes ou presenças ausentes.

Semana retrasada, em duas ou três ocasiões passei mal durante as sessões da Assembléia Legislativa. Minha pressão bateu em 16 por 10, o que me fez procurar um médico.

O doutor Carlos Gama acredita que ainda não é chegada minha hora, mas como em dezembro vou entrar na casa dos 50, aconselhou-me a começar a fazer algumas concessões: diminuir açúcar e sal, carne vermelha e gorduras saturadas, doces e carboidratos. Em suma, devo começar a ser outra pessoa. Confesso que não será uma tarefa fácil, porque sou viciado em comida, principalmente refrigerante (leia-se Cola Jesus) e pão com alguma coisa dentro, de preferência qualhada e azeitona.

Estou fora de São Luís há uma semana, mas de forma alguma estive ausente. Os meios de comunicação, em que pese o péssimo serviço das operadoras de telefonia, a cada dia nos propiciam viajar e ainda assim estar presente. Estou mais ou menos tão bem informado quanto alguns que não viajaram.

Aproveitaria minha estada em São Paulo para fazer mais alguns exames. Mas aproveitaria principalmente para participar em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Toronto de três festivais de cinema para os quais meu filme “Pelo Ouvido” foi selecionado e nos intervalos aproveitaria para ir aos melhores restaurantes (comer pouco), assistir a ótimas peças de teatro e conviver com alguns dos melhores amigos.

Foram poucos dias, mas parecia uma eternidade. Lembrei-me de meu amigo Paulinho Coelho que nos primeiros dias fora de casa sentia banzo e queria voltar imediatamente. Lembrei-me de outro amigo Paulo, o Nagem, que aprecia mais uma viagem que qualquer coisa nessa vida.

Mas eu não posso dizer que viajei. Como poderia ter feito isso se minha cabeça estava aqui em São Luis: Com minha família; na Assembléia Legislativa, atendendo a todos e resolvendo problemas pelo telefone; na Academia Maranhense de Letras; na Minerva, na confecção de meu livro; em nossas empresas; na Fundação Nagib Haickel; na Mirante; no MAVAM, projeto em parceria com o IPHAN; nos problemas políticos que não se resolvem; na obra de minha casa no Araçagy; nos almoços com os amigos; no basquete das segundas e sextas; nos encontros aos sábados no posto de Dudu e aos domingos na casa de Jomar…

Outra coisa que me dava certeza que poderia até estar fora de São Luís, do Maranhão, mas que continuava em casa. Era o fato de Jacira estar comigo. Isso me faz sentir estar sempre em casa, onde quer que eu esteja.
Nessa viagem reencontrei velhos amigos: Antonio Fagundes e Clarice Abujamra com quem fomos ao teatro e jantamos em deliciosos bistrôs de Higienópolis, onde ela reina e come apenas legumes e verduras. Essa linda mulher, pessoa magnífica a quem eu havia conhecido em Cartagena, no começo do ano, apresentou-me seu pai, João, um paulista de um metro e noventa e um e 91 anos. Homem fascinante.

Reencontrei Lili Coster, assistente de direção em meu filme; Eucir Sousa, o Charlie de “Pelo Ouvido” que está um uma peça engraçadíssima, “Amigas, pero non mucho”, um retrato fiel de um grupo de mulheres de meia idade da maravilhosa São Paulo; Zita Carvalhosa do Kinoforum; Paulo Mendonça, do Canal Brasil; César Cabral, diretor de Dossiê Rebordosa; Francisco Colombo, outro maranhense presente no festival, com o seu “Reverso”; Iza Albuquerque, Darcimeire Coelho, Leda Stopassolli, Surama Castro, meu querido amigo, de quem tanto me orgulho, Allan Kardec Duailibe e principalmente José Louzeiro, a quem eu fiz uma homenagem na apresentação de meu filme no Festival Ibero-Brasil do Rio de Janeiro, onde outro amigo que reencontrei foi o homenageado: Chico Dias, grande ator!

Tive a oportunidade de conhecer muitos curadores de festivais internacionais e a sorte de sentar ao lado da simpática atriz Alice Braga, a quem tratei de dar logo uma cópia de meu filme, na ilusão de que ela o assistindo, goste, e aceite ser a estrela de meu próximo trabalho no cinema.

Mas não, apesar disso tudo, não conseguia me desligar daqui.

Liguei diariamente para saber como iam as coisas e qual não foi a minha surpresa quando soube por minha Ananda que na última quinta, dia 3, o deputado Edivaldo Holanda, justo ele, com quem me alterei antes do mal-estar, três semanas atrás, o mesmo Edivaldo com quem tenho digladiado, ele em ataque incessante ao governo e eu, em defesa. Justamente ele lembrou-se que amanhã, dia 7 de setembro, além de 187 anos da proclamação da Independência do Brasil, fará 16 anos do falecimento de meu pai, o deputado Nagib Haickel, ex-presidente da Assembléia Legislativa do Maranhão, único a morrer no exercício do cargo, representando o Poder Legislativo na festa comemorativa da nossa independência, no município de Coroatá.

Vejam como são as coisas. Apesar de meu adversário, Edivaldo teve o nobre gesto de lembrar e citar meu pai quando faz aniversário a sua morte. Como não respeitar um homem deste?

Vou continuar me opondo aos posicionamentos políticos de Edivaldo, pois não concordo com eles, mas não posso deixar de ver nele um homem de bem.

Gestos nobres como esse me fazem continuar na política. São certezas como essa, de que não importa que discordemos, desde que nos respeitemos, que me fazem não desistir da vida de parlamentar.

REFAZENDO AQUELE SONHO

De mim só me lembro estar elegante.
Terno escuro, camisa clara, gravata de seda…
Dela, não esquecerei de nada,
jamais…
Era um sonho…
Seu vestido longo de cetim,
seus olhos cor de mel,
sua boca carnuda.
Um aroma de sedução no ar…
Vinho,
conversa ao pé do ouvido,
música,
coisas pra beliscar,
inclusive seu braço pela fresta da cadeira.
Dança…
Seu corpo juntinho ao meu
encaixados como perola e ostra
ondulavam.
Seu olhar era denunciador,
seu rosto e seu corpo falavam por ela…
Tudo que aconteceu naquela noite
depois da hora em que a vi…
preferi esquecer…
Agora, distante em tempo e espaço
me imagino,
me quero em seu colo.
Mergulho em seu decote,
nele descortino o mundo e desço…
Encontro montes,
uma vasta pradaria,
vales,
um rio feito de suor…
Precipício…
Mergulho nele.
Quando emergir
quero estar de novo
nas costas dela,
imprensando-a contra a parede,
mordendo sua nuca,
lambendo seu pescoço,
e aos seus ouvidos
quero fechar a cortina de outra noite
e ver outro dia nascer.
Mais tarde,
depois do café,
ler pra ela esse poema
e fazê-la sentir ciúme
imaginando que refiz meu sonho
com outra mulher.
Republico esse poema a pedidos.

Repercutindo

Semana passada o Jornalista Marco D’ Eça publicou a matéria abaixo, para a qual eu fiz o comentário que se segue. Acontece que por algum motivo – não acredito que seja censura – meu comentário não foi publicado. Por isso e porque não consigo falar com Marco ao telefone, é que repercuto aqui, em um blog de muito menor audiência, tanto a matéria quanto o comentário, pois acredito que seja importante dar minha opinião. 
 
Bia Venâncio, José Sarney e Sarney Filho…
Sex, 28/08/09  por Marco D’Eca | categoria Geral 

A prefeita de Paço do Lumiar, Bia Venâncio (PDT), esteve hoje com o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB), em Brasília.

Na capital, solidarizou-se com o senador e pediu emendas para o município de Paço do Lumiar.

A própria Bia reconhece as críticas que recebe pelo apoio que dá à família e a pressão sectária para se manter na “oposição”.

– Tenho sido alvo de muitas críticas, principalmente pelo meu apoio à família Sarney – lamenta.

Mas não recua e mantêm a relação que sempre cultivou.

– Não me preocupo. Sou mulher de coragem, acredito nesta família, sei dos benefícios e do que já fizeram pelo Maranhão – declara.

A prefeita de Paço do Lumiar esteve no gabinete de Sarney acompanhada do deputado Sarney Filho (PV), a quem sempre apoiou.

O parlamentar afirma que sempre confiou em Bia Venâncio.

– Sei do compromisso da Bia com o a população luminense.  Estamos de mãos dadas com ela neste processo e iremos ajudá-la no projeto de desenvolvimento do município – afirmou.

Bia Venâncio assumiu a Prefeitura de Paço do Lumiar em janeiro. De lá para cá, sempre manteve relacionamento amistoso com a família Sarney.

E nunca escondeu seu apoio ao governo Roseana Sarney (PMDB) desde que este foi iniciado, em abril.

Apoio este agora mais claro do que nunca…

Caro Marco, todos sabem que tenho defendido Zé Sarney intransigentemente. Faço isso porque sei de tudo que há por trás dessa manobra sórdida da grande imprensa nacional, que tenta atingi-lo para enfraquecer a posição do presidente Lula e de sua candidata a sucessão, além de aproveitar a oportunidade para enxovalhar mais um pouquinho o já combalido poder legislativo nacional. Há quem diga, e eu acredito, que boa parte dessa crise tem sido fomentada na tentativa de tentar inviabilizar a implantação da refinaria de petróleo que a Petrobras irá instalar em Bacabeira. Não importa, por um ou por outro motivo defendo Sarney com convicção de que isso tudo é uma grande armação.

Tenho orgulho de dizer que faço parte do grupo liderado por Sarney, que aprendi com ele algumas coisas do que sei e algumas das quais pratico na minha vida como parlamentar. Já disse em outras oportunidades que Sarney não é nenhum santo, ninguém o é, principalmente nesse negocio de política. No entanto não escondo de ninguém que me dou o direito de discordar de quem quer que seja quando assim achar necessário. Agora é uma dessas ocasiões: Não vou dizer que é inadmissível que fatos como esse que você narra nessa matéria, diga-se de passagem, muito bem feita e igualmente bem remunerada pela assessoria de imprensa que você claramente presta a Prefeitura Municipal de Paço do Lumiar. Não, isso é plenamente admissível sim, pois ninguém rejeita apoio. Nenhum político rejeita apoio político, principalmente numa hora como essa. Sarney não poderia fazer diferente. Receber a prefeita Bia (Aroso ou Venâncio?) faz parte da liturgia que Sarney tanto presa. Da minha liturgia faz parte o “jus espeniandi”. Reclamar para que não se diga depois que eu não avisei. Quem avisa amigo é. A prefeita Bia é do PDT, votou em Jackson e até outro dia, dizia coisas bem diferentes do que diz hoje, coisas que não vou reproduzir aqui.

São por fatos como esse que o povão, as pessoas não respeitam os políticos. Eles não conseguem entender como hoje somos de um lado e amanhã já somos de outro “desde criancinha” (coloquei o verbo “ser” na primeira pessoa do plural nesta frase, apenas por uma questão de deboche, para homenagear o grande Emanuel dos Santos Aroso).

Bem Marco, fica aqui o meu protesto. Protesto mais legitimo que o de qualquer um feito aqui em seu prestigiado e prestigioso blog, pois é embasado na coerência que eu tanto busco para minha vida, tanto política quanto pessoal.

Observação: Pouco tempo depois de postar aqui esse material, o Jornalista Marco D’ Eça postou o meu comentário em seu Blog e então passamos e conversar por lá.  Se você se interessar por esse assunto veja-o com mais detalhes no http://colunas.imirante.com/platb/marcosdeca/

O tempo, o vento e outras coisinhas mais*

A infância é invenção de adulto esperto e saudoso.

A adolescência foi inventada por algum louco varrido.

A maturidade é invenção de adolescentes ansiosos.

A velhice é coisa da cabeça de crianças velhas ou de velhos que nada aprenderam na vida. 

* Por não ter nada pra dizer sobre outras coisas ou por já estar cansado de dizê-las e repeti-las para quem não deseja ouvi-las, digo apenas isso neste domingo de agosto.

Um Pedaço de Ponte – Parte VI

Dando continuidade ao texto “Um Pedaço de Ponte” leia a seguir: 

A Filó do Malaquias

Numa cidade de beira de estrada, perto de um posto rodoviário. 

– Oi, seu Malaquias O senhor por aqui?  Aconteceu alguma coisa?  Há algo que eu possa fazer pelo senhor?

– É, seu Dotô Delegado, eu vou-me-indo! Mas o problema é cum a Felomena, eu acho qui a véia Felomena indoidou. Puxa, Dotô, o sinhô precisava de ver cuma era a Filó quando nova. Dotô! A Fíló tinha os quadri mais bunito de todo o município, e a pele de Filó era toda macia como seda.  Adorava alisar, ela acariciava, acarinhava, e ela gostava, fícava toda trêmula, suas junta estalava toda.

E os zoío, os zoíô da Fíló, ham! Dotô, os zoíô da Filó eram grande com um negro todo especiá.  Ela nunca foi traiçoeira, não.  Nunca foi arisca.

Dotôl Quando me alembro da língua da Filó, fico todo arrepíadiiimmmm, ela gostava de passar a língua no meu gurgumim traseiro, qui assim, na minha nuca.

Eu num posso me esquecê do rebolado dela in ninhum instante.  Ham! Aquele seu rebolado… Era como se calçasse sandálía alta e um vestido justo.  Seu bailado era prefeito, ham!  Meu Deus!!!

– Mas o que aconteceu com Dona Filomena, seu Malaquias?

– Ela tomô dori, Dotô, sumiu que nem deixô rastro.

– Mas ela foi embora e não dísse nada?  Coísa alguma?

– É… uma coisa eu seí, Dotô, ela deu nos pé onte, antes  aquela chuvarada, pois é a única forma de se explícar…

Eu fíco pensando na Filó e começo a ficar com uma vontade… Montar nela, naquele seu corpo macio e gostoso.

– Não se preocupe, seu Malaquias, nós vamos ajudar a achar D. Filó, o senhor não tem idéia de onde ela possa estar?  Um irmão!? Um parente!?

– Não, não.  Ela não tinha ninguém, todos os parente dela tão morto.

– Mesmo assim, vamos achá-la pro senhor.  O senhor deve estar sentindo muito a falta dela, não?

– Sim! Sim! Estou, sim!

– Eu prometo pro senhor, juro pela bênção de Deus, que antes do anoitecer nós vamos achar sua Filó amada, seu Malaquias.

-Assim espero, pois ela não cumeu, deve de tá com muita fome.

–     Dê-me licença um instante seu Malaquias, vou colocar todos os carros na linha para que o senhor possa dar uma descrição mais detalhada da Dona Filomena.

–     Tá bem, Dotô, mas não vai ser muito fácil.

– Atenção, todos os carros, aqui é o delegado Juca. Atenção, senhora desaparecida, seu marido vai dar a descrição dela. 

Pronto, seu Malaquias, pode falar.

– Bem, pessuá, minha Feló é maiada; branca e marrom. Tem chifre curto, é robusta e gorda. É holandesa.  Tem quase uma tonelada. É meiga, sensive. Tenho pressa de encontrá ela.

Ham, sim, ia me esquecendo, ela precisa de um reforço contra aftosa, e também passar bicarbonato de sódio nas tetas que a Claudete feriu em sua última refeição… Claudete é uma bezerra que a mãe morreu e a Fíló coidou dela.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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