Por causa de Gaza

Recebi de um cidadão que se diz chamar Theodoro, um comentário ao meu texto do ultimo domingo (“Um Absurdo!”, também postado no meu blog). O mesmo havia antes sido comentado por uma jovem inteligentíssima chamada Paoula. Achei por bem repercutir aqui no JEM, pois é o maior veículo de informação escrita de nossa terra e acredito que coisas como essas devam ficar registradas.
 
Paoula : “(…) eu estou completamente triste com toda essa situação, não vou nem mentir que já estou até criando um certo ódio de Israel. Esse “país” não tem noção de suas atitudes e nem da brutalidade com que está agindo (…) E mesmo assim sou consciente que não é um país tão idiota assim, afinal, é o unico democrata do Oriente Médio (…)”
 
Theodoro: (…) O ESTADO DE ISRAEL TEM O DIREITO DE DEFENDER-SE CONTRA OS MISSEIS ASSASSINOS A SERVIÇO DE GRUPOS TERRORISTAS PALESTINOS (…) AQUELA GUERRA JÁ COMEÇOU HÁ ALGUMAS DÉCADAS, QUANDO ALGUNS PAÍSES ÁRABES, DE FORMA SORRATEIRA E IMORAL, TENTARAM TOMAR AS TERRAS DE ISRAEL, NA CHAMADA GUERRA DO SEIS DIAS. SR. PAOLO BRAIDE ANTES DE FAZER ESTE TIPO DE COMETÁRIO ANTI-SEMITA, PROCURE CONHECER A VERDADEIRA HISTÓRIA QUE VEM OCORRENDO NAQUELA REGIÃO, DAS DIVERSAS INJUSTIÇAS CONTRA O POVO JUDEU. PROCURA ESTUDAR A HISTÓRIA DAQUELE POVO ANTES DE DISTORCER A REALIDADE DOS FATOS. O HAMAS, O REZBOLAR E O DIABO A QUATRO TEM QUE ENTEDER QUE ISRAEL EXISTE E CONTINUARÁ EXISTINDO, QUER O POVO PALESTINO QUEIRO OU NÃO (…)”

Joaquim: “Desculpe-me senhor Theodoro, mas o senhor esta um pouco equivocado, o que é bastante compreensivo, pois muito pouca gente consegue entender essa situação minimamente (…)

As terras onde hoje fica o estado de Israel são as mesmas que milênios atrás eram conhecidas pelo nome de Canaã. Antes dos judeus, filhos e sobrinhos de Judá, primogênito de Jacó (que mudou seu nome para Israel), filho de Isaac, que por sua vez era filho de Abraão, chegasse por aquelas bandas, guiados por Moises, que os havia libertado do cativeiro no Egito, para onde foram séculos antes fugindo da fome da Caldeia, aquelas terras já eram habitadas há muitos e muitos anos por descendentes de Ismael, o outro filho do mesmo Abraão com a escrava egípcia, Agar. (…)

Quando os judeus voltaram para Canaã, depois do segundo êxodo, já em 1948, quando foi criado o estado de Israel, os descendentes de Abraão, de Isaac, de Jacó (Israel), das dez tribos que formaram o povo de Israelita há mais de 3000 anos, encontraram em Canaã, na Palestina de hoje, os descendentes de Abraão, de Ismael e até alguns de Isaac, não os de Jacó, mas alguns de Esaú, seu irmão, que teve a primogenitura roubada por ele.

Nesse conflito não há quem esteja com a razão ao seu lado. Para ele só vejo um encaminhamento de solução, ou um começo, a criação de um estado palestino, da mesma maneira que foi criado o estado israelense. (…)
 
Quanto à guerra dos seis dias ela foi vencida e muito bem vencida por Israel. Uma coisa é enfrentar exércitos, tanques, aviões, e quanto a isso defenderei o direito de qualquer estado em se defender e até em atacar. Mas isso não é o mesmo que atacar civis, com o intuito de desalojar milicianos. Isso é que é um absurdo! O melhor exercito do mundo matando criancinhas, enquanto poderia ir atrás de Osama!? Enquanto poderia neutralizar os chefes do Hamas e do Hezbollah!?

Veja mais uma coisa, a Paola que só tem 18 anos, ressalta uma coisa importantíssima. Israel é a única democracia existente no oriente médio e por isso mesmo deveria ter uma maior capacidade de discernimento da situação. São os fortes que tem a maior responsabilidade quanto à solução dos conflitos.

O povo Judeu já sofreu muito e continua sofrendo, mas os palestinos são nesse momento os maiores sofredores nessa historia. Israel pode e até acho que deve caçar e destruir os terroristas, mas a morte de inocentes não deve acontecer sobre nenhum pretexto.
 
A integra dos textos acima você pode encontrar no endereço: https://www.blogsoestado.com/joaquimhaickel/2009/01/10/um-absurdo/

Niver desse Blog

Alguém mandou um vírus para esse texto que foi postado em 16 de outubro de 2008 e a única saída foi deletá-lo para depois recolocá-lo e assim me ver livre de milhares de desagradáveis spans.
 
Folheando esse meu Blog, descobri que ele completa dois anos nesse mês de outubro. Durante esse tempo, foram mais de 120 mil acessos. Ele ocupa o 6º lugar entre os mais de 20 Blogs do portal imirante. Foram 273 textos postados e 1863 comentários feitos a esses textos, totalizando mais de 6 comentários por post.
Em comemoração a essa data resolvi republicar uma das crônicas mais comentadas nele postada.
Obrigado por sua companhia nessa nossa jornada.
 

Os dez mandamentos de Maquiavel *

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Sou um dos mais novos adeptos do orkut. Na verdade nem sei bem como definir o que seja essa geringonça. Acho que sua melhor definição é que ele é um site de relacionamento onde você encontra pessoas que se agrupam em comunidades temáticas, e conversam, trocam idéias e opiniões sobre os mais diversos e variados temas.
Lá existem grupos pra tudo: dos que odeiam filmes legendados aos que adoram as coisas simples da vida. Dos que acreditam em príncipe encantado aos que são viciados em comida japonesa.
O orkut serve também para se reencontrar pessoas que não vemos há muito tempo, que não sabemos por onde andam. Por lá encontrei muita gente que há séculos não via, como foi o caso de um amigo de infância e colega do Colégio Batista, Antônio José Ritter Martins, que anda mergulhando mundo afora.
Tem gente que chega a ter mais de duas centenas de comunidades em seu cadastro. Eu só participo de umas duas dezenas delas. Todas giram em torno dos meus interesses: Literatura, cinema, história, cultura, lazer, política…
Outro dia entrei numa comunidade denominada Maquiavel e deparei com uma questão que já tinha visto antes, mas que nunca quis abordar. Naquela oportunidade resolvi tocar no assunto por lá, e hoje quero abordar o mesmo assunto por aqui. É o caso de uns tais dez mandamentos que teriam sido estabelecidos por Maquiavel. Puro mito.
Em seu livro O Príncipe, Maquiavel traça o perfil que deveria ter, e diz como deveria agir um governante na transição da idade média para o renascimento. O perfil que ele traçou para um poderoso Príncipe daquela época, sempre se mostrou atual todas às vezes em que foi, desde então, confrontado com a realidade.
Não me lembro de ter lido em nenhum lugar sobre estes tais dez mandamentos de Maquiavel, em todo caso, para um melhor entendimento, vou tentar desentortar e analisar estes dez mandamentos que encontrei no orkut como sendo dele.
Procurarei fazer uma analise segundo o que acredito que fosse a ótica de Maquiavel. Procurarei ser fiel à ótica que ele relata em sua obra, em que aconselhava, e continua aconselhando, aos detentores ou pretensos detentores do poder.
1- Zele apenas por seus interesses.
O apenas aqui na verdade quer dizer em primeiro lugar. Zele em primeiro lugar pelos seus interesses. Somente zele pelos interesses dos outros se eles vierem a coincidir com os seus interesses, ai eles passam a ser seus também. Quando você tiver que abrir mão de um interesse seu em beneficio do interesse de outros, que isso fique muito claro, e que se sobressaia a sua grandeza por ser capaz de tal feito.
2- Não honre a ninguém além de você mesmo.
Não se submeta, não se diminua, não se agache, não seja subserviente. Se faça útil, indispensável, tenha orgulho do que faz e o faça com competência e honra.
3- Faça o mal, mas finja fazer o bem.
Quando por acaso você vier a fazer o mal, quando for obrigado a prejudicar alguém, ou um determinado grupo, o faça. Mas procure minorar ou esconder tal feito, tal atitude, e principalmente seus efeitos.
4- Cobice e procure obter o que puder.
Busque, lute para que sua voz tenha força e suas ações tenham peso, importância e conseqüência e para que consiga atingir todos os seus objetivos.
5- Seja miserável.
Seja obstinado, não tenha medo do que vão falar de você, faça o que tem de ser feito. Se seu cavalo mais amado quebrar a perna, sacrifiquei-o. Se seu amigo mais querido lhe trair, esqueça-o.
6- Seja brutal.
Seja firme. Seja duro. Não tenha pena do enfermo pelo gosto amargo do remédio eficiente que tem que lhe ministrar, pela dor que a injeção irá causar, lembre-se da cura que provirá desse gosto amargo e dessa dor.
7- Engane o próximo toda vez que puder.
Engane apenas quando for indispensável e quando for possível, de tal forma e de preferência que esse próximo, e os distantes também, não descubram que foi enganado. Melhor ainda, que pense que foi na verdade ajudado.
8- Mate seus inimigos, e se for preciso mate seus amigos também.
Imobilize seus inimigos, tire-os de combate, faça com que eles não possam lhe causar nenhum dano ou problema. Coopte seus amigos, consiga seu apoio irrestrito, caso contrario, terá que agir com estes como se fossem inimigos. Melhor seria que seus amigos entendessem isso por si só.
9- Use a força em vez da bondade ao tratar com o próximo.
Use a justiça, a sabedoria, a inteligência, o poder. Quem detém tudo isso detém a força.
10- Pense exclusivamente na guerra.
Pense em primeiro lugar em suas estratégias, em sua logística, em seus movimentos, em suas ações e nas possíveis reações de seus parceiros e de seus adversários. A guerra é o jogo da vida. As mortes que acontecem nos campos de batalha são as conseqüências de um jogo da vida mal jogado, ou como preferem pensar alguns, são os efeitos colaterais de um jogo da vida bem jogado demais.
Vejam só como é possível distorcer ou mal interpretar as palavras e as idéias das pessoas. Se fazem isso com Maquiavel, imaginem com qualquer um de nós, pobres mortais. 
 
* Estes tais dez mandamentos de Maquiavel é invenção de algum sujeito muito desocupado, analisado aqui por outro sujeito, este nem tão desocupado, mas que é fã até das lendas em torno da vida e dos pensamentos do mestre florentino.

Um absurdo!

 São abomináveis e deploráveis as bárbaras e desumanas ações que o Exército de Israel empreende contra o povo da Palestina. Não há como sequer tolerar, nem como aceitar qualquer argumentação sobre essa brutal ofensiva militar na Faixa de Gaza. Estes ataques são um exemplo particularmente cruel da política de terrorismo de Estado que Israel pratica há várias décadas contra o povo palestino, boicotando o direito daquela gente de se congregar em um estado soberano.

Israel fazer guerra aos seus inimigos institucionais, paises ou mesmo grupos para-militares, é legitimo e ninguém jamais irá se opor a isso, mas o que está acontecendo agora e já aconteceu algumas outras vezes anteriormente, é simplesmente terrorismo de Estado.

Estamos num desses trágicos momentos da historia em que se assiste a destruição de tudo o quanto é lógico e racional. Os israelenses deixam o mundo inteiro alarmado diante de tanta violência e irracionalidade, aliás, de tamanha estupidez, absurda falta de racionalidade e bom senso.

Há quem se pergunte onde estão os grandes luminares do povo judeu. Onde estão seus historiadores, seus filósofos, seus estadistas. Será que esse povo tão antigo não aprendeu nada em todos esses anos. Será que eles já se esqueceram da historia recente, onde eram eles quem estava na alça de mira das armas fascistas. Que foram eles que sofreram a opressão, e que agora são eles quem oprimem. Será que até hoje eles não aprenderam qual é o destino do opressor?

Os ataques israelenses ao território palestino deixam como saldo centenas de mortos de um único lado, milhares de feridos deste mesmo lado e infindáveis promessas de vingança de ambos os lados. O absurdo maior é um país forte e poderoso fazer uma guerra brutal, com ataques contra uma facção adversária que criminosamente se esconde em meio a uma população indefesa, que sem possibilidade de escolha, opta por apoiar os “seus” criminosos que lutam contra “vizinhos” mais criminosos ainda. 

O estado de Israel, o país Israel, e infelizmente o povo de Israel, porque permite que seus governantes cometam tamanha atrocidade, serão responsabilizados pela historia por toda essa absurda carnificina, da mesma forma que o povo alemão, que ainda hoje paga pelas insanidades de Hitler.

Não se pode aceitar a “justificativa” apresentada pelo governo israelense, de que estaria agindo em defesa própria e reagindo a ataques. Atentados não podem ser respondidos através de ações contra civis. A retaliação contra civis é uma prática típica dos exércitos fascistas e nazista: Lídice e Güernica são dois grandes exemplos disso, mas não nos esqueçamos de Sabre e Chatilla, campos de refugiados palestinos dizimados pelo exercito Israelense nos anos 80.

O governo de Israel ocupa territórios palestinos, ao arrepio de seguidas resoluções da ONU, e nisso até agora, conta com apoio do governo dos Estados Unidos, que se realmente quiser tem os meios para deter os ataques. Esse é outro estado que tem usado de seu poder e de sua força para subjugar quem se opõe aos seus interesses ou ameaça sua hegemonia, como se viu e continua-se vendo no Afeganistão e no Iraque.

Feitos sob pretexto de “combater o terrorismo”, os ataques de Israel terão como resultado apenas a alimentação do ódio e o fortalecimento das fileiras de todas as organizações que lutam contra Israel, os EUA e seus aliados no Oriente Médio, aumentando a tensão mundial.

As últimas notícias vindas da região em conflito são extremamente alarmantes. As tropas israelenses estão destruindo maciçamente o território palestino, bombardeando alvos civis e aterrorizando a população. A destruição é cruel para as vítimas, especialmente às crianças.

Causa grande apreensão os contínuos crimes contra a Humanidade promovidos pelo terrorismo, tanto o fomentado por milícias, quanto o patrocinado por estados e suas forças de ocupação como é o caso da israelense, contra o povo palestino na Faixa de Gaza e na Margem Ocidental do Rio Jordão. A destruição das infra-estruturas civis e edifícios públicos, o aprisionamento de líderes e representantes palestinos, refletem uma escalada perigosa, com uma agressividade surpreendente por parte de Israel, o que certamente e infelizmente acarretará represálias.

O que complica toda esta situação é o problema ocasionado por um acúmulo de animosidades e ressentimentos históricos. Isto resulta no dilema de se saber que, quando o assunto é Israel e palestinos, ambos os lados conseguem a incrível façanha de sempre, os dois, não terem nenhuma razão, a de ambos estarem sempre errados.

O Cagão

Na falta de coisa melhor para postar hoje, vou deixar que vocês leiam, em primeira mão, um tipo de “coisa” que eu escrevo já faz muito, muito tempo, mas que nunca publiquei antes. São frases, ou como dizia quando eu era bem, bem mais jovem, “pensamentos”!

Sempre temi que parecessem piegas e muitas vezes o são mesmo, mas depois de certo tempo até o que é piegas, desde que verdadeiro, tornasse aceitável.

São idéias centrais, pensamentos que podem dar origem a grandes conclusões. Se estivéssemos falando sobre roteiro de cinema, seriam os argumentos, a raiz para que se desenvolva a arvore da obra, a célula inicial. Desse pensamento, você verá depois de lê-lo, que poderia sair um poema, uma crônica, um conto, um ensaio… Ou simplesmente um bom bate-papo.

Espero que gostem!  

“Como é que alguém que não consegue entender os sinais que lhe enviam os seus próprios intestinos pode se candidatar a entender os sinais que o mundo, a vida e as outras pessoas incessantemente nos enviam!?”

PS (Sugestão de interatividade): Refaça esse texto como você achar melhor e envie pra mim em forma de comentário, no fim acredito que teremos chegado a um aprimoramento dessa idéia ou a outras visões, outros enfoques sobre ela.

Sobre aquela noite

Eu poderia começar falando de sua boca e de seus beijos…

Poderia continuar falando de suas coxas e de seus seios…

E só poderia terminar falando de seu sexo e de seus jeitos…

Mas de tudo naquela noite, o que houve de melhor,

foi que depois de tudo, depois do banho,

ela tirou a toalha na qual estava enrolada

e com ela secou meu rosto, meus ombros, meu peito e minhas costas.

Depois se ajoelhou, e com olhos e reverencia de uma gueixa

enxugou minhas coxas, minhas pernas e meus pés.

Pelo Ouvido, um Curta-Metragem que fala sobre o mais feminino Sentidos:A audição

Recebi de um amigo cubano, o artigo abaixo que foi escrito por Yeniela Cedeño. Curioso como eu sou, fui atrás de saber de quem se tratava e descobri que a Yeniela é a psicóloga que me procurou para conversar na saída do Cine Chaplin, logo após meu encontro com Alberto Granado.
Ela namora o simpático gaúcho chamado Alex que estuda cinema na escola de San Antonio de los Baños.
Na foto abaixo, que inclusive está no site
www.peloouvido.com, aparecem os dois, ela está de blusa azul clarinha, à frente dele que está de camiseta amarela e casaco azul, fazendo o “V” da vitória, na fila de saída daquela tumultuada e concorrida sessão de cinema.  

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blog_joaquim2.jpgYeniela Cedeño  
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Algumas semanas atrás, o escritor brasileiro Joaquim Haickel, que também é roteirista, produtor e diretor, apresentou no cinema Charles Chaplin’s em Havana, seu curta-metragem “Pelo Ouvido”.

O filme discorre sobre o universo feminino e a sua manifestação amorosa em meio a circunstâncias extremas.

O trabalho recebeu vários prêmios em festivais no Brasil e no exterior, tanto na direção quanto na performance do elenco. Em apenas 17 minutos e 18 segundos, Pelo Ouvido descreve a vida de uma mulher que tenta manter a paixão e o desejo por seu parceiro, um homem que sofre as seqüelas de um grave acidente de carro. Ela procura superar os problemas e restabelecer a comunicação quebrada por uma torção do destino que, como o diretor mesmo disse na apresentação do filme, pode muito bem ser solucionada.

O que vemos na tela é a percepção das mulheres a partir de uma perspectiva diferente, lançando uma luz sobre essa questão tão amplamente discutida, mas ainda em aberto, que é a feminilidade e suas expressões, no corpo de uma mulher ou na sua interação com os outros.

A atriz Amanda Acosta tem um desempenho digno de nota. Ela é capaz de transmitir a angústia e o desejo, a paixão e a solidão através de seu gesto pequeno, mas forte, despertando a curiosidade do espectador para saber mais sobre essa mulher e compreender a situação pela qual ela está passando.

Pelo Ouvido é uma louvação feita por um perito do mundo feminino, é uma aula para todo aquele que, como Freud, tenta descobrir sobre as necessidades das mulheres.
* O autor é colaborador do Cubanow.
* Traduzido por Dayamí Interian Garcia.

19 de dezembro de 2008, 10:39

http://www.cubanow.net/pages/loader.php?sec=19&t=2&item=6059

 

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Pelo Ouvido, a Short Fiction Film about the Most Feminine Sense: Hearing

blog_joaquim2.jpgYeniela Cedeño  
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Some weeks ago, the short fiction film Pelo Ouvido (Through the Ear) was presented by Brazilian filmmaker, scriptwriter, and writer Joaquin Haickel at Havana’s Charles Chaplin Movie.

The film reflects on femininity, and its expressions in love affairs amid extreme circumstances.

It has received several prizes and recognitions in film festivals in Brazil and abroad, in the direction and performance categories. In only 17 minutes and 18 seconds, Pelo Ouvido narrates and describes a woman’s attempts to retain the passion and desire of her partner, a man suffering the aftereffects of a severe car accident, seeking a communication broken up by a twist of fate which, as the director has confessed, can be overcome.

The point is to perceive women from a different perspective, casting light over such a widely discussed and still open issue as femininity, and its expressions, be it though the body of a woman or in her interactions with the other.

Amanda Acosta’s performance is noteworthy. She is able to transmit her anguish and desire, her passion and loneliness through small but strong gestures, arousing the spectator’s curiosity to know more about that woman and understand the situation she is going through.

Pelo Ouvido is a gratification to experts in the feminine world, and a school for all those who, like Freud, wonder about women’s needs.

*The author is collaborator of Cubanow.
*Translated by Dayamí Interián García.

December 19, 2008, 10:39 am
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Pelo Ouvido, un corto acerca de la Película de Ficción mayoría Femenino Sentido: Audiencia

blog_joaquim2.jpgYeniela Cedeño  
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Hace algunas semanas, la película de ficción Pelo corto Ouvido (A través del oído) fue presentado por el cineasta brasileño, guionista y escritor Joaquín Haickel en La Habana la película de Charles Chaplin.

La película reflexiona sobre la feminidad y sus expresiones en la historia de amor en medio de circunstancias extremas.

Ha recibido varios premios y reconocimientos en festivales de cine en Brasil y en el extranjero, en la dirección y categorías de rendimiento. En sólo 17 minutos y 18 segundos, Pelo Ouvido narra y describe los intentos de una mujer para mantener la pasión y el deseo de su pareja, un hombre sufre las secuelas de un grave accidente de coche, la búsqueda de una comunicación interrumpida por un giro del destino que , como el director ha confesado, se puede superar.

El punto es que perciben las mujeres desde una perspectiva diferente, la fundición de luz en tan ampliamente discutido y sigue abierta la feminidad como tema, y sus expresiones, ya sea cuando el cuerpo de una mujer o en sus interacciones con los demás.

Amanda Acosta, el rendimiento es notable. Ella es capaz de transmitir su angustia y el deseo, su pasión y la soledad a través de pequeños gestos, pero fuerte, despertando la curiosidad del espectador a conocer más acerca de esa mujer y comprender la situación que está atravesando.

Pelo Ouvido es una gratificación a los expertos en el mundo femenino, y una escuela para todos aquellos que, como Freud, se preguntan acerca de las necesidades de la mujer.

* El autor es colaborador de Cubanow.
* Traducido por Dayamí García Interián.

19 de diciembre de 2008, 10:39 am

http://www.cubanow.net/pages/loader.php?sec=19&t=2&item=6059

Carta não enviada para Papai Noel

 Caro Papai Noel,

Sabe que houve um tempo em que eu até acreditei que você existia! Tempo bom aquele! Meu mundo era pequenino e seguro. Minha cidade era o meu bairro. Meu estado era o resto da cidade. O país era o meu estado e meu mundo, onde todos falavam português, era do tamanho do Brasil. Criança pensa cada coisa! Até acredita em Papai Noel!

Aos 8 anos, as fronteiras de meu mundo iam um pouco além do parquinho de diversões do SESC, da Avenida Silva Maia, em frente da casa de vovô Pinto.

Pouco tempo depois a capital de meu mundo passou a ser o campinho de futebol que havia no quintal de nossa casa. Nós mesmos o fizemos, à mão, com facão, picareta e enxada, com a ajuda dos amigos do bairro que toda tarde, depois das aulas particulares com dona Terezinha, apareciam pra bater uma pelada conosco. Nossos primos sempre vinham aos sábados. Jogávamos e fazíamos acampamentos, “expedições” para explorar as margens do rio Bacanga. Um dia, nós fomos ao Sitio do Físico, sob o comando do “tio” Stenio Magalhães Barros, o mesmo que nos levava ao cinema no velho fusquinha verde/63. Era Stenio quem organizava os torneios de botões, damas, xadrez, ping-pong… Ele era um híbrido entre tutor e baba.

Não tínhamos nem piscina em casa, tomávamos banho de “mangueira” ou de tanque. Às vezes era preciso que usássemos bucha pra tirar o sujo de um dia todo de brincadeiras. Nós não, dona Rosário, a lavadeira, que batia na roupa com um pedaço cabo de vassoura. Nunca entendi porque ela fazia aquilo, até ler recentemente um rótulo de um produto numa gôndola de supermercado, onde estava escrito amaciante e só aí caiu a ficha. Dona Rosário amaciava as roupas mais pesadas e grossas à base de pauladas.

Sabe Noel, minha vida sempre foi salva por mulheres. Acho que é por isso que sou tão fascinado por esse maravilhoso gênero humano. A primeira vez que eu me lembre, foi por duas delas. Minha mãe e dona Terezinha. Minha mãe viu que não conseguiria me ajudar com os estudos e contratou dona Terezinha, filha de uma vizinha que se formara professora, para tomar conta dos estudos do “irrequieto Jotinha”. Graças a Deus! Sem saber que eu sofria de uma espécie de dislexia, uma pequena dificuldade de aprendizagem através da leitura, dona Terezinha observou que eu aprendia muito mais quando ela estudava comigo, quando lia para mim. O que parecia uma simples preguiça poderia ter me custado caro se as mulheres certas não estivessem em meu caminho desde sempre. Foi a preocupação de dona Clarice e o carinho de Têca que me salvaram do estigma da preguiça e da desatenção que resultaria no desastre de não aprender.

É dessa época meu primeiro amor, ou pelo menos o que eu imaginava que fosse. É também desse tempo o Basket. Lembra do campinho de futebol? Nós o trocamos por uma quadra de basket. Nesse esporte aprendi o valor da disputa, da dedicação, tive os primeiros ensinamentos sobre companheirismo, sobre esforço coletivo, sobre honra e respeito aos que se opõem a nós, que pensam diferentes, que usam uniformes de outras cores.

Um pouco mais à frente me tornaria definitivamente um viciado, um dependente quase que químico em cinema e em política.

Estes são vícios dos quais eu não quero me libertar jamais. O cinema me faz viajar sem sair do lugar. Me leva para frente e para trás no tempo. Ele me mostrou as várias faces da vida, a comédia, o drama, as guerras, as vidas de grandes figuras da história. Me deu acesso aos clássicos da literatura que havia lido com tanto sacrifício.

Se o cinema ou a política fossem doenças, não me importaria de morrer acometido delas.

Na política aprendi a conhecer o ser humano em outra esfera, com o auxílio de lentes próprias para focalizar e filtrar as qualidades e os defeitos das pessoas. Nela, pude pôr em prática muito do que vivenciei e aprendi nas quadras de basket, nas salas de projeção, entretido e submerso em exaustivas e prazerosas sessões de leitura. Na arte de Nicolau, tive professores ausentes e aulas presenciais que me ensinaram como conviver com algo que para tanta gente parece tão repugnante, sem que isso me embrulhasse o estômago, pelo contrário, saboreando como um delicioso manar recheado de poder, sedução e mel.

Olhando para trás e projetando o futuro, chego à conclusão de que não tenho nada para lhe pedir Papai Noel. Mesmo que o senhor existisse, a única coisa que está me faltando, ninguém pode me dar, é algo que só eu posso resolver. Só tenho que ter consciência, sabedoria e humildade para reconhecer que possuo tudo que preciso e que antes de mais nada devo agradecer por ter uma vida tão maravilhosa.

Muito obrigado e feliz ano novo.

Presente de Papai Noel

Estava escrevendo um texto que falasse sobre o natal e esse sentimento que nos invade nessa época de festas de fim de ano. Queria postá-lo hoje, aqui, nesse espaço que, em que pese eu ser homem de radio e de televisão, tem sido um dos meus maiores e mais eficientes canais de comunicação.

Havia acabado de fazer meu texto quando deparei com um comentário no post “Notícias de Havana 4” que me fez mudar de idéia.

Não vou postar minha carta para Papai Noel hoje, vou refazê-la e vou posta-la no domingo, mais como literatura que como mensagem, pois depois desse comentário que li e reli dezenas de vezes, descobri que não tenho nada para pedir. Posso me considerar um homem aquinhoado, que já tem o suficiente para ser feliz, como realmente sou, que já tem quase tudo que alguém poderia sonhar em ter em pelo menos umas três ou quatro vidas, que já tem muito mais do que merece e às vezes tenho até medo por isso.

Eu só tenho é que agradecer. Muito obrigado! Mesmo! Do fundo de meu coração, de minha mente e de minha alma, Muito obrigado. 
 
 
 
Comentário extraído do post “Notícias de Havana 4”.
 
Deputado Nagib, poucos eleitores, sejam do Maranhão, do Brasil ou mesmo do mundo, podem se sentir privilegiados assim como nós os Folhas, de São Domingos do Maranhão, que podemos nos orgulhar de ter um representante como nós temos o senhor (e é claro seus outros quase 40 mil eleitores por todo esse Maranhão).
O senhor é um grande motivo de orgulho para nós. Primeiramente por sabermos que sempre que precisamos de sua ajuda, de sua orientação, de seu apoio, o senhor está aqui presente ao nosso lado, seja nas datas festivas, seja nas de dificuldade. Depois, qual eleitor pode dizer em alto e bom som que o seu representante é um homem que cumpre a palavra empenhada, que honra os compromissos, que é um homem sensível, culto, inteligente, que nos representa, tanto aqui em nossa terra, quanto em São Luis, quanto em Brasília, quanto em qualquer lugar do mundo? Quem é que tem um representante que diz o numero de seu telefone celular em pleno palanque e que sempre atende todas as ligações que lhe fazem. Nunca vi ninguém daqui dizer que tenha ligado pro seu celular que o senhor não tenha atendido ou retornado a ligação.
Por isso tudo deputado Nagib, e por saber que o senhor também é um jornalista, um escritor, um poeta, um cineasta respeitado em todo o mundo é que nos sentimos orgulhosos do senhor.
Aproveito a oportunidade para desejar ao senhor e a sua família um feliz natal e um ano de 2009 cheio de saúde, alegria e sucesso.

Notícias de Havana 4

foto02.jpgCheguei a Havana no amanhecer do dia 6 de dezembro, depois de quase 48 horas sem dormir. Mesmo cansado fui logo conhecer o Hotel Nacional onde ficaria hospedado e depois de um bom banho, fui me credenciar para participar do 30º Festival do Novo Cinema Latino-Americano com o curta-metragem “Pelo Ouvido”, um dos selecionados para a sessão oficial da competição. Em seguida, depois de um rápido café da manhã, fui para a piscina, em companhia de alguns amigos brasileiros. Os atores Selton Mello e seu pai, senhor Danton Mello; o casal Daniel e Vanessa Oliveira que por onde passavam eram reconhecidos como a Zuca e o Luís de “Cabocla”; a linda e simpática atriz Fernanda Machado; Jal Guerreiro, diretora da Link Digital, uma das empresas patrocinadoras do festival; a produtora de dois dos filmes em competição de ópera prima, Vânia Catanni; e a diretora Lucia Murat, entre outros, como o grande cineasta Orlando Senna, Paula Gaitán, documentarista e ex-esposa de Glauber Rocha, a também documentarista Maia Da Rin, Claudia Buschel, produtora de “Ensaio sobre a Cegueira” e o ator Rodrigo Santoro, que também participavam do festival.

foto07.jpgSeis da tarde aconteceria o mais importante evento do festival até então: a primeira apresentação do filme “Che”, de Steven Soderbergh, com Benicio Del Toro, como produtor e encarnando o revolucionário argentino, que, junto com Fidel Castro e outros revolucionários tomaram Cuba de Fulgêncio Baptista, na madrugada de 31 dezembro para 1º de janeiro de 1959.

A recente história de Cuba, da guerrilha na Sierra Maestra, às lutas abertas e heróicas em plenas cidades onde meia dúzia de obstinados barbudos buscava resgatar a dignidade de seu povo, já eram conhecidas de quase todos os presentes. O local era o Cine Yara, um dos maiores em que já estive, capaz de acolher, sentados, algo em torno de duas mil pessoas, ou seja, quatro mil pares de olhos e ouvidos sedentos por ver o comandante e seus camaradas. E lá estavam duas mil pessoas, boa parte delas havia pagado 2 pesos para estar ali, mas não quero falar de política nem de economia, o papo aqui é cinema e o turbilhão de sentimentos que vem junto com essa arte tão essencial.

foto06.jpgEstávamos mais ou menos o mesmo time de brasileiros que de manhã fora à piscina e mais Manoel Rangel, presidente da Ancine, e Bernardo Pericás Neto, embaixador do Brasil em Cuba. Todos sentados num lugar honroso, reservado para autoridades e convidados especiais, quando chegaram dois senhores, um deles fardado e o outro com uma elegante guayabera branca e sentam-se bem atrás de nós. De repente, um montão de fotógrafos veio em nossa direção e apontaram suas câmeras acima de nossas cabeças, para onde estavam os tais senhores que depois vim a saber que era Urbano e Pombo, ex-combatentes da revolução cubana, que estiveram com Chê na Sierra Maestra, no Congo e na Bolívia. Eram sobreviventes de uma época heróica. Dinossauros vivos, bem ali, pertinho de nós. A sensação era incrível.

foto01.jpgAté aí tudo bem, mais ou menos tudo certo, isso até entrarem os atores para apresentarem a película. Todos muitos aplaudidos, principalmente Benicio Del Toro, mais nenhum como o brasileiro Rodrigo Santoro que no filme interpreta o atual presidente cubano, Raul Castro, irmão de Fidel. Quando se anunciou o Rodrigo a platéia delirou. É que ele é um ídolo em Cuba. Ele e todos os atores brasileiros, graças às nossas novelas que não param de passar por lá. Agora mesmo são três.

As primeiras três horas do filme são épicas. Cenas de batalha, fatos históricos e heróicos já cantados em verso e prosa, conhecidos pelo povo cubano, que cada vez que podia manifestava-se de forma contundente, sempre reagindo às colocações geniais de seu líder Fidel, com as brincadeiras de seu herói prematuramente morto, Camilo Cienfuegos, ou com extrema devoção a seu camarada, Chê.

foto04.jpgComo um filme-documento, penso que a primeira parte é irretocável. Em muitos momentos vimos as cores sumirem para presenciarmos fatos possíveis de serem comprovados documentalmente, como no caso da ida de Chê às Nações Unidas. É uma elegia ao heroísmo e à glória. Não é um filme de propaganda, mas serve magnificamente como tal. É um documento dramático.

Essa parte é um soco na boca do estômago. Não há diálogo nos primeiros cinco minutos. Acredito que a segunda parte do filme não possa ser vista separada da primeira, sob pena de dificultar o entendimento daquilo que foi a vida de Chê em seus últimos dias.

A vida de Ernesto Guevara, graças ao cinema, é vista em três de seus cinco momentos. Diários de Motocicleta que conta a segunda fase de sua vida, e esse filme em suas duas partes que fala do Chê revolucionário em Cuba e do guerrilheiro que quer ser veículo de liberdade e justiça, na Bolívia.

foto05.jpgA primeira parte de sua vida, sua infância, nos é desconhecida, mas fazendo as contas, descobri que se vivo fosse, estaria com a idade de minha mãe. Faria 80 anos no ano que vem. Quanto à última parte de sua vida, ou seja, a sua morte, essa será eterna.

É incrível o que acontece. A forma de contar é outra, o enquadramento é outro, há outra luz. Os personagens são outros. Parece até que é outro diretor e outro fotógrafo. Tudo é diferente, principalmente o público que se na primeira parte se manifestava, reagia, sorria, aplaudia, falava, nessa mantinha-se em um silêncio sepulcral. Menos Pombo e Urbano, sentados atrás de nós. Deles se ouvia algumas palavras, dos demais só se ouvia a respiração.

O que poderia se chamar de Calvário, de Gólgota de Chê, é na verdade um poema de angústia, dor e impotência. Uma metáfora doída à espera de uma morte anunciada.

foto08.jpgCena que bem exemplifica esse trecho do filme é quando ele, Chê, aparece montado em um burro branco e o animal empaca, não quer sair do lugar. Chê tenta fazê-lo andar e nada consegue. Cai do animal na tentativa de demovê-lo da burrice, e começa a espancá-lo, matá-lo, quando é impedido pelos companheiros.

Ao final de cinco horas. Três de êxtase e duas de agonia fica clara a importância deste homem para a história contemporânea da latinidade e de toda a humanidade.

Ao sairmos do cinema, nós e mais dois mil cubanos, eu que trazia em minhas mãos cartazes e postais de meu filme, cai na besteira de dar um para uma moça que ouvi falar português – depois soube que era esposa do 1º secretário da embaixada espanhola – então as pessoas em volta passaram a me pedir tanto os cartazes quanto os postais. Era tamanho seu interesse e a simpatia com que me tratavam que me senti como se estivesse em casa, em São Luís, saindo do Cine Praia Grande.

Depois fomos todos para um cabaré bem cubano, tomar “margueritas”, comer “mariquitas” e falar sobre o filme.

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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