Carta-Poema 3: Correspondência PB

(era o que ela diria se pudesse) 

Ombros largos,
peito aconchegante,
braços fortes,
cabeça no lugar…
Mas sem lá muito juízo.
Vê se pode!
Morre de medo de mim.
Não posso nem me aproximar.
Olhos expressivos,
marcantes…
Penetrantes.
Nariz impostado,
de personalidade
grande,
saliente…
Não só ele.
Voz grave,
barba macia,
clara,
pensamentos também,
translucidos.
Envolvente,
mas sem envolvimento.
O casual lhe cai melhor,
combina mais com a idéia que faço dele.
O vejo assim,
enquanto ele permitir
enquanto a vida permitir
vou estar por perto.

Sobre eleição da mesa da ALM

Vamos fazer hoje um rápido retrospecto das últimas cinco eleições internas no Poder Legislativo.

Em 1999 seria o quarto mandato consecutivo do deputado Manuel Ribeiro, coisa que já achávamos demasiado, porém como era o início de outra legislatura, resolvemos dar-lhe o benefício da analogia em relação ao Congresso Nacional e votamos todos nele. Até a oposição da época votou sem muitas restrições.

Em 2001 já havia outro ânimo. Os deputados Arnaldo Melo, João Evangelista e eu, encabeçamos uma discordância aberta e clara e lideramos um movimento contra o que acreditávamos que era uma grave inconstitucionalidade. Tanto que eu entrei com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal para impedir que um presidente de Assembléia Legislativa estadual pudesse se eleger ad eternum para aquele cargo, já que o mesmo não era possível em relação às duas casas do Poder Legislativo federal. Não consegui meu intento. A liminar que pedi não foi concedida e até hoje o mérito da ação não foi apreciado por nossa corte constitucional.

Resolvemos marcar posição e candidatarmos alguém que sabíamos que iria sofrer uma derrota fragorosa. Eu fui o escalado para perder e obtive apenas sete preciosos votos dos 42 deputados com direito para tal naquele pleito. Se não me falha a memória, Manuel teve 33 e dois deputados não compareceram à sessão.

Continuaria havendo até hoje reeleições em nosso Legislativo se em 2003 os mesmos rebeldes mais uma vez liderados por Arnaldo, João e por este humilde escrevinhador que vos fala não se manifestassem. Acrescidos então de um excelente grupo de deputados recentemente eleitos como César Pires, Chico Gomes, Carlos Filho e Max Barros e por um grupo de velhas raposas, entre elas, Tatá Milhomem, Aderson Lago, Julião Amim, Luis Pedro e o eterno Mauro Bezerra, que ajudaram a começar a mudar a face de nosso Legislativo.

Uma coisa pela qual sempre lutei foi pela independência do Poder Legislativo. Não que fôssemos ser tão independentes que nos afastaríamos dos demais poderes. Isso nunca, nem do Judiciário e muito menos do Executivo. Isso seria impossível. Queríamos ouvir as orientações de nossos grupos, mas que não gostaríamos de obedecê-las cegamente, caso elas fossem visivelmente prejudiciais ao equilíbrio e à harmonia que deve sempre haver entre os poderes.

Em 2003 elegemos Milhomem em uma eleição difícil, mas que acabou sendo quase consensual e a partir daí começamos a utilizar um processo eletivo quase normal, sofrendo sim, dentro dos limites normais, a influência não só do Executivo, mas também de todas as forças da sociedade.

Em 2005, com a ruptura do então governador Zé Reinaldo com o grupo político que o gerou, preferi apoiar a candidatura de Mauro Bezerra ao invés de me curvar às exigências de leões tão mal governados. Fiz isso, mesmo que o candidato apoiado pelo palácio fosse meu querido amigo João Evangelista, por quem sempre tive o maior respeito e consideração, mas não poderia ir contra tudo aquilo que sempre defendi. Perdi com Mauro, mas João fez uma administração tão boa, democrática e igualitária que logo estávamos todos juntos na defesa do Poder Legislativo, ainda que em campos opostos, política e eleitoralmente falando.

Em 2007, depois de outra grande renovação na composição da casa, houve uma pequena tentativa de sublevação que logo foi sufocada, pois seus motivos não eram libertários nem de interesse comum, visavam unicamente posições personalísticas e individuais e movimentos assim se desintegram por si só.

Para mim pouco importa quem esteja tentando puxar os cordões, não sou marionete nem fantoche. Sou títere de mim mesmo e se puder sou também de outros, foi para isso que sempre procurei estudar os bonecos, os mamulengos e suas idiossincrasias.

Agora, para a próxima eleição, que deve ser casuisticamente antecipada, temos um quadro extremamente complexo, sujeito a uma infinidade de variáveis. O governo amealhou uma confortável maioria no plenário da ALM, mas mesmo assim tinha, até muito recentemente, dois candidatos à presidência da casa, os deputados Marcelo Tavares e Edivaldo Holanda. Todos dois meus amigos, parlamentares honrados, homens confiáveis, pessoas de boa índole. Seria muito difícil escolher entre um deles em CNTP.

Era preciso buscar critérios fortes e rígidos para nos posicionarmos, e só havia um diferencial que visivelmente distinguia Marcelo de Edivaldo. A proximidade inevitável de Marcelo ao ex-governador Zé Reinaldo, seu tio, fato que poderia fazer com que nossa bancada não acompanhasse sua candidatura. Isso eu sempre disse, tanto para Marcelo, como para todas as pessoas que me perguntaram sobre a situação da eleição. Foi aí que o líder de nossa bancada, deputado Ricardo Murad, em boa hora, nos repassou uma orientação no sentido de que deveríamos esperar a decisão do bloco governista. Deveríamos esperar que eles indicassem e apoiassem efetivamente alguém. Este seria também o nosso candidato, desde que o acordo de proporcionalidade dos cargos da Mesa Diretora fosse mantido.

Quanto à escolha dos nomes para cada cargo, isso é de competência interna das respectivas bancadas, que deverão se reunir e escolher democraticamente quem lhes representarão na Mesa Diretora.

Carta-Poema 2: Correspondência em PB

(era o que ela diria se fosse outra) 

Não se nasce mulher,
torna-se.
Torna-se mulher
quando as bonecas
são esquecidas.
Torna-se mulher
no momento em que os gibis
dão lugar aos romances.
Torna-se mulher quando
sair de casa
vira um ritual de beleza,
quando o sorriso jovial,
transforma-se em fonte de desejo,
quando o cheiro de nosso homem
não sai
nem do nariz nem da alma.
Torna-se mulher quando a idade não rotula
mas confunde.
Torna-se mulher quando
mais do que amar
se deixa ser amada,
livremente,
sem barreiras.
Mulher não tem idade para se tornar,
não precisa de aniversários para ser completa,
só precisa ser segura,
saber o que quer
mas principalmente
o que não quer.

A águia e o rato

Passei boa parte de 2008 querendo escrever algo sobre a eleição para presidente dos Estados Unidos e só agora faltando apenas um dia para o momento decisivo, consigo comentar sobre essa escolha tão importante para o mundo, para toda a humanidade, que acredito até que deveríamos todos nós também poder escolher aquele que governará os Estados Unidos, e que de quebra será nosso roteirista e muitas vezes diretor, pois de certa forma o ocupante desse cargo acaba invariavelmente influindo de forma decisiva nas vidas de todos nós.

Em que pese eu ser político, vivendo no meio de leis e procedimentos eleitorais, mesmo assim as eleições presidenciais dos Estados Unidos da América me parecem bem confusas. Na verdade elas são além de muito confusas, bastante diferentes das nossas. Entre eleger um presidente no Brasil onde o voto direto do povo é que manda, nos EUA, o voto popular não conta tanto assim. Parece absurdo, mas é verdade, veja só: Para se candidatar à Presidência nos Estados Unidos é preciso ter no mínimo 35 anos de idade, ser nascido no país e viver lá por pelo menos 14 anos. Além disso, o voto nos Estados Unidos é feito por meio de cartões perfurados, e o principal, não é obrigatório. Para se ter uma idéia da participação política e eleitoral dos norte-americanos, na última eleição para Presidente, dos cerca de 300 milhões de americanos, apenas algo em torno de 142 milhões de eleitores se registraram para votar.

Como em muitos lugares, primeiramente os norte-americanos escolhem seus candidatos à candidato à Presidência de dentro de cada partido. Existem vários partidos nos EUA, porém, apenas os dois maiores, o Democrata e o Republicano, têm chance de eleger o Presidente.

Para decidir quem representará o partido nas eleições, são feitas eleições primárias (ou prévias) em todos os Estados, para que o povo escolha quem será o candidato de cada partido. Quem escolhe os candidatos à indicação do partido são os delegados partidários. Cada Estado, então, decide como serão as primárias, abertas, fechadas, livres ou do tipo “cáucus”. Dessa forma, decidem se os votantes devem ser filiados aos partidos, se podem participar das prévias dos dois partidos, e etc.

As prévias começam bem antes das eleições à Presidência e o candidato escolhido é confirmado nas Convenções Partidárias. O candidato nomeado como candidato à Presidente escolhe quem será o seu vice.

É aqui que as coisas começam a se complicar, no quesito entendimento. Como disse anteriormente, nos EUA o povo não vota diretamente em seu candidato à Presidência da República. A população escolhe quem vai escolher o seu líder governamental, os chamados de delegados. Cada estado tem um número de delegados, que é relativo ao número de habitantes. Quanto mais populoso o Estado, maior o número de delegados. Assim, é constituído o Colégio Eleitoral estadual, que deve ter, no mínimo, 03 delegados. Como a Constituição, em 1787, instituiu a autonomia dos Estados, cada um dos 50 existentes nos EUA decide como escolherá seus delegados.

Ao todo, há um número de 540 delegados que fazem parte do Colégio Eleitoral nos Estados Unidos. Para ser eleito, o candidato deve ter o voto de 50% mais um dos delegados (271). Por mais votos populares que o candidato tenha, o mais importante é ter votos do Colégio Eleitoral, pois é ele que escolhe o novo Presidente.

Na maioria das vezes, o Colégio Eleitoral segue a tendência dos votos populares, elegendo o mesmo candidato votado pelo povo. Porém, por quatro vezes os delegados escolheram um candidato não escolhido pelo voto popular. Em 2000, por exemplo, o candidato democrata Al Gore teve mais votos populares que o republicano George W. Bush, um total de 51.003.926, contra 50.460.110. Porém, Bush teve mais votos no Colégio Eleitoral (271 a 266) e acabou elegendo-se Presidente dos Estados Unidos.

Bem, a minha intenção era falar da parte teórica e filosófica da política e acabei por falar da parte eleitoral dela, mas sem esse entendimento, acredito que é impossível se ter uma visão real de como agem e pensam os gringos.

No mais, fica a certeza de que o Obama vencerá as eleições, que terá muito trabalho para liderar um povo conservador, que vive em uma sociedade hipócrita, mas que em compensação terá a seu favor as solidas instituições democráticas, capazes de transformar cenários negativos em panorama favorável.

Rezo para que Obama não se torne rapidamente um herói, um mártir e que consiga guiar de maneira satisfatória, não só os americanos, mas também ao mundo, nessa grave crise na qual nos encontramos.

PS: 1) Bush é tão ruim que McCain me parece até bom!

        2) Não creio que Obama seja assim tão bom, mas o acho indispensável para o momento, e o fato dele ser negro e filho de imigrante, ao invés de ser um ponto negativo, para o mundo, isso é o fato primordial.

Carta-Poema 1: Correspondência em Preto e Branco

(era o que eu diria se fosse ela)

Sua respiração estava ali,
bem aos meus ouvidos.
Podia senti-la no corpo inteiro,
ele me fazia imaginar
passando por cada pedaço de meu corpo 
ainda não tocado.
Eu não precisava fazer nada,
ele sabia exatamente onde deveria estar
e o que deveria fazer.
Era tudo muito interessante,
isso nunca me acontecera antes.
Eu precisava de uma pessoa assim,
com a mente diferente
com esse olhar meio turvo sobre o mundo
com um mundo cristalino dentro de si,
em suas mãos.
Talvez nem ele saiba
o quanto interessante e enigmático ele se torna,
quando brinca com minha mente.
Ele sabe exatamente o que fazer
para que eu tenha vontade
de conhecer
tudo,
mais e mais.
É como se ao deixar de ouvi-lo por um único segundo
estivesse perdendo anos de conhecimento
e de prazer.
Parece que ele sempre existiu.
Na verdade
é como se ele estivesse guardado
em algum lugar dentro de mim,
da minha mente,
esperando o momento certo
para emergir.
Eu juro,
não o criei,
ele existe,
mas eu ainda o desconheço.
E o pior…
ou melhor
o desconhecido nele
me atrai muito mais…
Pior ainda
ele foge de mim…
Desesperadamente…

A colecionadora

Ela começou muito cedo. Primeiro foram Barbies. Tinha de todos os tipos. Depois foram as figurinhas dessas de álbuns. Coisa chata!

Depois ela resolveu colecionar latinhas de refrigerantes, cervejas e energéticos. As caixinhas de fósforos foi o passo seguinte, um pulo para os maços vazios de cigarros, de todos os países do mundo.

Autógrafos de seus ídolos, borboletas. Ela colecionava de tudo. À proporção que o tempo passava e ela crescia, suas coleções se diversificavam e se sofisticavam. Selos, imãs de geladeira, chaveiros, bichinhos de pelúcia, caixas, moedas, dedais, relógios de pulso, gibis, carrinhos, soldadinhos de massa, livros autografados, canetas. Bebidas eram várias: Whisky, vinho, vodka, cachaça… Um dia ela acordou e olhou em volta e descobriu que a sua vida era uma grande estante, uma grande caixa, um imenso depósito. Resolveu se desfazer de todas as suas coleções. Deu ou vendeu. Pouco importava, estava decidida a iniciar uma nova e definitiva coleção. Dali em diante colecionaria pessoas. Não precisaria levá-las para casa, espetar-lhes alfinetes, pregá-las em um papel, plastificá-las, nem mesmo classificá-las. Colecionar pessoas para ela seria mais que um passatempo, seria antes de tudo uma forma dela se deixar levar, ser espetada, classificada. Seria uma forma direta e eficiente dela se deixar colecionar. Anos depois alguém diria a ela que o que ela havia feito de melhor na vida era colecionar, ao que ela respondeu terna e suavemente: “Jamais fui uma colecionadora. O que na verdade eu fazia era a me envolver com todas aquelas coisa e pessoas”.

Depois de um instante em silêncio, ela completou: “Com as coisas eu me envolvia, com as pessoas me desenvolvia”.

PS: Gostaria muito de ter publicado hoje algo sobre a eleição municipal neste segundo turno, mas devido ao fato de estar viajando e não ter tido tempo de fechar o meu texto, coloco aqui esse micro-conto da vida real, nesse lugar onde deveria estar outra história, menos real.

Pelo Ouvido ganha prêmio de melhor filme na Filadélfia.

Caro Joaquim,
 
Estou tentando falar com você desde ontem pra saber o que postar em seu blog nesta quarta, como é de costume, mas não consegui. Soube que você está em Brasília recebendo uma medalha alusiva aos 20 anos da constituição de 1988, então resolvi seguir o conselho de uma de suas leitoras e comentarista de seu blog, a Euterpe, e postar a matéria que fala do prêmio que seu filme acaba de ganhar e que está publicada no site
www.peloouvido.com.
Espero que você não se incomode.
Um grande abraço e parabéns por tudo, pelo filme, pela condecoração!

Adriana Marão.
 
 
O filme do diretor maranhense Joaquim Haickel acaba de alcançar mais uma marca histórica em sua curta existência até aqui. Ele que ganhou o prêmio de melhor direção no Boston Internacional Film Festival em junho passado, agora acaba de ganhar o prêmio de melhor filme internacional no 11º FirstGlance Film Festival of Philadelphia.

Nesses quatro meses “Pelo Ouvido” ganhou também os prêmios de melhor filme do júri popular no 31º Festival Guarnicê de São Luis e o prêmio especial do júri no 2º Curta Cabo Frio, os mesmos festivais onde sua protagonista, Amanda Acosta, ganhou os prêmios de melhor atriz.

Além desses seis importantes prêmios, o filme foi selecionado para as mostras paralelas dos festivais de Cannes e Gramado e para as competições oficiais do 14th Palm Springs International Short Film Festival, do 12º Los Angeles Latino International Film Festival, do 17º Annual St. Louis International Film Festival e do 7º Miami Short Film Festival (Estados Unidos), do On & Off 4 Festival Creativo de Curtas en Ribadeo (Espanha), do Festival des Films du Mond (Canadá), do 25º Festival de Cine de Bogotá (Colômbia), do 4º Festival Internacional de Curtas de Detmold e do 6º Radar Hamburg International Independent Film Festival (Alemanha), do 2º Festival de Cinema com Farinha da Paraíba, do 8ª Goiânia Mostra Curtas, da 35ª Jornada Internacional de Cinema da Bahia, 3º Mostra Curta Audiovisual de Campinas, do 7º Festival Curta Natal, do 5º Amazonas Film Festival, do Vídeo Festival São Carlos 2008, do 15º Vitória Cine Vídeo, do 3º Curta Três Rios e do 2º Festival de Cinema e Vídeo de Muriaé (Brasil).

A penúltima grande façanha desse curta metragem baseado no conto homônimo de Joaquim Haickel, que além de produzir e dirigir, escreveu o roteiro, havia sido sua escolha para o 30º Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano que acontece em Havana, Cuba, na primeira quinzena de dezembro deste ano.
 
Veja a seguir a relação dos Ganhadores do festival de cinema da Filadélfia.

FIRSTGLANCE FILM FEST PHILADELPHIA 11
Award Winners
We would like to thank all the 2008 FirstGlance Film Fest 11 Philadelphia Official Selections.
Here are the awards presented to the filmmakers by the screening comittee.
We will post the BEST OF THE FEST WINNERS and the Top Audience voted films in each category soon!

Features
 
The Cake Eaters – Mary Stuart Masterson
BEST DIRECTOR

Hank & Mike- Matthiew Klinck
BEST INTERNATIONAL FEATURE

The Unidentified- Kevan Tucker
BEST FIRST FEATURE

Hindsight – Paul Holahan
BEST ACTRESS- MIRANDA BAILEY

Remarkable Power- Brandon Beckner
BEST ACTOR – KEVIN NEALON

Feature Documentaries
Ballou- Micheal Patrei
BEST EDUCTIONAL DOCUMENTARY

Unraveling Michelle- Dan Shaffer
BEST BIOGRAPHICAL DOCUMENTARY

Shorts

Through the Ear Pelo Ouvido- Joaquim Haickel
BEST INTERNATIONAL SHORT

The Death of Milo Freedman- Anthony L Fletcher
BEST LOCAL SHORT

H5N1- Roberto De Feo
BEST DIRECTOR

Jeffrey- Russell Costanzo
BEST EDITING

The Perfect Dress- Gino Cabanas
BEST SCREENPLAY

Beyond the Pretty Doors- Bobby Boermans
BEST ENSEMBLE CAST

Bubble-Rama- Kevin Smith
BEST COMEDIC SHORT

Let Go- Jameel Saleem
BEST DRAMATIC SHORT

By the Watercooler- Forrest Harding
BEST ROMANTIC COMEDY
Cargo- Jennifer Harrington
BEST THRILLER

Pic Six-David Breckman
BEST COMEDIC PERFORMANCE – ADAM BUSCH

Fool Moon- Terry Lewis
BEST DRAMATIC PERFORMANCE – TERRY LEWIS

Shorts Too
Incident at the Truck Stop Diner- Jeff Cassidy
BEST DIRECTOR

The Gift Wrapper- Daniela De Carlo
BEST ROMANCE

Bed Head- Anthony L Fisher
BEST COMEDY

Mini-Documentary
Dreamyard Project- Rick Knief
BEST EDUCATIONAL DOCUMENTARY

Philadelphia:Hopes and Fears- Phil Bradshaw
BEST LOCAL SUBJECT DOCUMENTARY

Bally Master- Gary Beeber
BEST BIOGRAPHICAL DOCUMENTARY

A Little Bit Of Love: The Making of a Message – Scott Hatfield
BEST SOCIAL AWARENESS DOCUMENTARY

This is my Cheesesteak- Benjamin Daniels
BEST DIRECTOR

Student Shorts
Keys- Christopher Babers
BEST DRAMA

Calendar Girl- Jason Hall
BEST THRILLER

The Umbrella- Aashni Shah
BEST DIRECTOR

Animation
Papiroflexia- Joaquin Baldwin
BEST DIRECTOR
 
Berni’s Doll- Yann Jouette
BEST ANIMATION

L’amie de Zoe- Danny Robashkin
BEST STORY

Music Video
Long Night Drone- Neil Forman
BEST MUSIC VIDEO

Velhos ditados adaptados à nova realidade.

Tenho um bom amigo que me manda pelo menos 50 mensagens eletrônicas por dia, então resolvi compartilhar com vocês, sempre que for possível, algumas delas (apenas algumas…rsrsrsrs). Espero que apreciem. 

1. A pressa é inimiga da conexão.

2. Amigos, amigos, senhas à parte.

3. Antes só, do que em chats aborrecidos.

4. A arquivo dado não se olha o formato.

5. Diga-me que chat freqüentas e te direi quem és.

6. Para bom provedor uma senha basta.

7. Não adianta chorar sobre arquivo deletado.

8. Em briga de namorados virtuais não se mete o mouse.

9. Em terra off-line, quem tem um 486 é rei.

10. Hacker que ladra, não morde.

11. Mais vale um arquivo no HD do que dois baixando.

12. Mouse sujo se limpa em casa.

13. Melhor prevenir do que formatar.

14. O barato sai caro. E lento.

15. Quando a esmola é demais, o santo desconfia que tem vírus anexado.

16. Quando um não quer, dois não teclam.

17. Quem ama um 486, Pentium 5 lhe parece.

18. Quem clica seus males multiplica.

19. Quem com vírus infecta, com vírus será infectado.

20. Quem envia o que quer, recebe o que não quer.

21. Quem não tem banda larga, caça com modem.

22. Quem nunca errou, que aperte a primeira tecla.

23. Quem semeia e-mails, colhe spams.

24. Quem tem dedo vai a Roma.com

25. Um é pouco, dois é bom, três é chat ou lista virtual.

26. Vão-se os arquivos, ficam os back-ups.

27. Diga-me que computador tens e direi quem és.

28. Há dois tipos de pessoas na informática. Os que perderam o HD e os que ainda vão perder…

29. Uma impressora disse para outra: Essa folha é sua ou é impressão minha.

30. Aluno de informática não cola, faz backup.

31. O problema do computador é o USB (Usuário Super Burro).

32. Na informática nada se perde, nada se cria. Tudo se copia… e depois se cola.

Exupéry + Maquiavel = Compromisso.

Muita gente estranha ao saber que meu maior reduto eleitoral não é Pindaré-Mirim, terra de meu pai, onde meu tio Zé Antonio foi Prefeito por 10 anos e onde minha família foi hegemônica durante mais de vinte; Nem Santa Inês, onde possuo emissoras de rádio e televisão; Nem Zé Doca, município onde meu pai foi o primeiro administrador; Muito menos o Bom Jardim de Adroaldo, a Monção de João Gusmão ou a Santa Luzia de Otavio Rodrigues.

Meu pai sempre foi votado nestes municípios, sempre se elegeu neles e nunca ficou mudando de reduto. Construiu toda sua vida pública ajudando a construir aquela região. Pode-se dizer que ele era o mais legitimo representante daquela gente. Tanto isso é verdade que depois de sua morte nove deputados ocupam o lugar que antes era só dele: Pedro Paruru e João Silva em Pindaré e Monção; Marconi Farias e Valdivino Cabral em Santa Inês; Janice Braide, Oseías Rodrigues e Fufuca Mendes em Santa Luzia; Chico Caíca em Zé Doca; Maurinete Gralhada em Bom Jardim.

Alguns amigos perguntam por que eu nunca ocupei o espaço geopolítico que antes era de meu pai. É que meu pai fazia uma espécie de política muito pessoal. Era como se na verdade fosse um vereador estadual, e confesso que eu não seria capaz disso.

Analisando cada um dos deputados que ocuparam o seu espaço eleitoral, vejo que todos são ex-prefeitos ou esposa e filho de ex-prefeito ou então grandes lideranças locais.

Mas há uma coisa que me deixa triste. O fato de eu ser tão querido, admirado e respeitado em lugares como São Domingos, Primeira Cruz, Pio XII, Satubinha, Altamira, Brejo de Areia, Vitorino Freire, Olho D’Água das Cunhães, São Bernardo, São João Batista, Sucupira do Riachão, Humberto de Campos ou Buriti Bravo e não poder sentir na região em que meu pai atuou politicamente, essa mesma sensação.

Acredito que se há um culpado nisso, sou eu. Quando meu pai morreu em 93, eu não quis substituí-lo logo nas eleições de 1994. É que eu precisava arrumar a casa depois de sua morte. Pagar as contas e dar para minha família a segurança que parecia ter se esvaído com ele.

Em 1998, quando resolvi me candidatar novamente, notei que meu maior adversário, por mais incrível que pudesse parecer, seria exatamente o homem que me deu tudo na vida, inclusive na política: meu pai.

Todos me comparavam a ele. Todos queriam que eu fosse como ele. Que jogasse bombons para as crianças, que irradiasse jogos de futebol nos palanques, que pulasse e levantasse as calças, que providenciasse água, luz, estradas, postos de saúde, sempre respaldado na sua imutável posição governista. Nessas condições eu não seria capaz de competir com a imagem do Nagibão.

Hoje, analisando esse quadro, acho curiosamente incrível que alguém que havia me dado tudo enquanto vivo, depois de morto, me dificultava a vida, me obrigando a construir o meu próprio caminho. Até nisso meu pai foi bom para mim.

Muita gente ainda pensa que eu herdei os votos de meu pai e que me elejo graças ao trabalho maravilhoso que ele fez na região do Vale do Pindaré. Não, eu não sou votado naquela região. Ainda não!

Esse mesmo pensamento equivocado teve o jornalista Luis Carlos Azenha, que em uma matéria em seu blog cogitava que meus votos seriam provenientes do prestigio que eu auferia com meus canais de radio e televisão na cidade de Santa Inês. Ledo engano. Dos quase 33000 votos que tive em todo o estado em 2006, apenas pouco mais de 400 foram em Santa Inês, contra quase 7000 em São Domingos, aonde nem os sinais de minhas emissoras, nem a popularidade de meu pai, jamais chegaram.

Em alguns momentos já pensei em deixar a política, mas devido a imensa demonstração de confiança, respeito e carinho que eu tenho recebido do povo de municípios como São Domingos, reacendeu em mim o animo, a vontade e a convicção de que devo continuar, pois não posso decepcionar essa gente, muitos deles que, mesmo tendo acabado de perder uma eleição, continuam firme ao nosso lado, demonstrando a mesma confiança, mesmo respeito e o mesmo amor.

Nessas horas me vem a lembrança duas frases de escritores que, ao seu modo, retrataram príncipes: “Você é eternamente responsável por tudo aquilo que cativa” e “… se é melhor ser amado ou temido.”

Tentarei firmemente ser responsável. E amado, honrarei esse amor com lealdade.

Sedução

Caro(a) leitor(a),
Venho brigando com o texto abaixo há alguns dias e não consigo me decidir em qual das duas versões ele fica melhor. Então resolvi submeter ao seu julgamento as duas versões e deixar que você decida por mim.
Muito grato,
Joaquim Haickel.

Poesia

A primeira vez que a vi,
ela passou por mim
veloz,
rasante
como o primeiro raio dourado de sol,
ao amanhecer,
pela fresta da janela.
Na segunda vez que a vi,
seu inquietante perfume
me roubou
trajeto,
atenção
e pensamento.
Na terceira vez que a vi,
o que mais me chamou atenção
não foi seu lindo rosto,
nem seu sorriso,
mix enfant et fatale,
nem tão pouco o seu profundo e hipnótico olhar.
Não foi nem mesmo o seu proporcional e divino corpo,
foi seu jeito único e inconfundível de usá-lo.
Em verdade vos digo: Aquilo não era uma dança!
Era uma declaração expressa e contagiante de felicidade.
A forma sutil que ela encontrou para dizer ao mundo:
“Dentro dessas roupas
há uma mulher completa,
perfeita…”
Se é que esse bem tão precioso é permitido a nós,
simples e pobres mortais.
Na quarta vez que a vi,
vi que além e apesar de tudo,
ela não passava de uma miragem,
uma visagem,
um sonho,
e eu não queria acordar.
Criei coragem,
me aproximei e perguntei:
“Qual dentre todas, é a coisa que você mais gosta?”
Sorrindo
doce,
suavemente,
ela disse:
“Dançar!”
Depois de horas pensando em tudo aquilo,
descobri que o que ela mais gostava
não era de dançar,
o que na verdade Terpsícore mais gosta
é de seduzir.
A quinta vez que a vi?…
Ela continuava a seduzir…
Dançar!

Prosa

A primeira vez que a vi, ela passou por mim veloz e rasante como o primeiro raio dourado de sol, pela fresta da janela, ao amanhecer.
Na segunda vez que a vi, seu inquietante perfume me roubou o trajeto, a atenção 
e o pensamento.
Na terceira vez que a vi, o que mais me chamou atenção não foi seu lindo rosto,
nem seu sorriso, mix enfant et fatale, nem tão pouco o seu profundo e hipnótico olhar.
Não foi nem mesmo o seu proporcional e divino corpo, foi seu jeito único e inconfundível de usá-lo.
Em verdade vos digo: Aquilo não era uma dança! Era uma declaração expressa e contagiante de felicidade. A forma sutil que ela encontrou para dizer ao mundo: “Dentro dessas roupas há uma mulher completa e perfeita…” Se é que esse bem tão precioso é permitido a nós, simples e pobres mortais.
Na quarta vez que a vi, vi que além e apesar de tudo, ela não passava de uma miragem, uma visagem, um sonho, e eu não queria acordar.
Criei coragem, me aproximei e perguntei: “Qual dentre todas, é a coisa que você mais gosta?”
Sorrindo doce e suavemente, ela disse: “Dançar!”
Depois de horas pensando em tudo aquilo, descobri que o que ela mais gostava
não era de dançar, o que na verdade Terpsícore mais gosta é de seduzir.
A quinta vez que a vi?… Ela continuava a seduzir… Dançar!

Perfil

“Poeta, contista e cronista, que, quando sobra tempo, também é deputado”. Era essa a maneira como Joaquim Elias Nagib Pinto Haickel aparecia no expediente da revista cultural Guarnicê, da qual foi o principal artífice. Mais de três décadas depois disso, o não mais, porem eterno parlamentar, ainda sem as sobras do tempo, permanece cronista, contista e poeta, além de cineasta.

Advogado, Joaquim Haickel foi eleito para o parlamento estadual pela primeira vez de 1982, quando foi o mais jovem parlamentar do Brasil. Em seguida, foi eleito deputado federal constituinte e depois voltou a ser deputado estadual até 2011. Entre 2011 e 2014 exerceu o cargo de secretario de esportes do Estado do Maranhão.

Cinema, esportes, culinária, literatura e artes de um modo geral estão entre as predileções de Joaquim Haickel, quando não está na arena política, de onde não se afasta, mesmo que tenha optado por não mais disputar mandato eletivo.

Cinéfilo inveterado, é autor do filme “Pelo Ouvido”, grande sucesso de 2008. Sua paixão pelo cinema fez com desenvolvesse juntamente com um grupo de colaboradores um projeto que visa resgatar e preservar a memória maranhense através do audiovisual.

Enquanto produz e dirigi filmes, Joaquim continua a escrever um livro sobre cinema e psicanálise, que, segundo ele, “se conseguir concluí-lo”, será sua obra definitiva.

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