Ariano Suassuna: um artista imortal

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A Literatura Brasileira está de luto. Morreu aos 87 anos, o escritor e dramaturgo paraibano, Ariano Suassuna. Com a sabedoria e a simplicidade de um mestre, produziu verdadeiras obras-primas para retratar a cultura nordestina. E fazia isso, não apenas com seu incontestável talento, mas também com todo o amor que sentia pela sua terra.

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Autor de livros como “O Auto da Compadecida” e “O Santo e a Porca”, Suassuna foi o criador do Movimento Armorial, lançado em 18 de outubro de 1970 na Igreja de São Pedro dos Clérigos, no Recife, que tinha como primeiro plano colocar o universo cultural e lúdico do Sertão em detrimento do universo cultural e lúdico manifestado nas demais regiões do País.

Eleito para a ABL em 1989, Suassuna escreveu mais de 15 peças teatrais e seis romances ficcionais. Ficou conhecido nacionalmente por “O Auto da Comparecida”, de 1955. A história virou minissérie da TV Globo em 1999 com Matheus Nachtergaele e Selton Mello, e foi adaptada para o cinema em 2000.

Pegando carona na frase do escritor Luís Fernando Veríssimo: “Ariano Suassuna era um tesouro nacional”. Mais do que escritor: compositor, um ícone da cultura brasileira.

Suassuna dizia que o homem nasceu para a imortalidade e que a morte era um acidente de percurso. Tenha certeza, Suassuna, sua imortalidade já estava em suas obras, que sempre estarão vivas na memória de todos os brasileiros e, especialmente, na de seu querido povo nordestino.

Suassuna é o terceiro integrante da Academia Brasileira de Letras a morrer em três semanas. No dia 3 de julho foi Ivan Junqueira e no dia 18, João Ubaldo Ribeiro. Apesar de não integrar o órgão, o escritor Rubem Alves morreu no dia 19. E o Brasil fica cada vez mais enfraquecido de cabeças pensantes e de criticidade.

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