Núbia Rodrigues: promessa e uma verdade musical

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Aproveitamos a data para parabenizar São Luís pelos 404 anos e dizer que moramos em uma cidade literalmente musical. E que está sempre nos presenteando com artistas talentosos. E uma das gratas surpresas da cena local chama-se Núbia Rodrigues.

Núbia Rodrigues. Foto: Divulgação
Núbia Rodrigues. Foto: Divulgação

Uma jovem cantora de 21 anos que busca se tornar uma “DIVA”, uma “LADY” da música produzida no Maranhão. Núbia surge cheia de personalidade, originalidade musical, um  vocal grave, firme e com muito ‘GROOVE”, além de um discurso afiado e desafiando o tempo de hoje, de tantas informações, tantos compromissos, tantos desejos e tantas pessoas pra se conversar no WhatsApp, Instagram, Facebook, entre outras ferramentas do universo virtual.

Foi um privilégio tê-la como atração da 9ª edição do “RÁDIO POCKET SHOW” itinerante, realizado no último dia 2, no PUB Cidade Velha e no L´Apero Bar e Restaurante, na noite dessa terça-feira, dia 6 de setembro, véspera do feriado, com direito a discotecagem de Pedro Sobrinho e a produção da SATCHMO PRODUÇÕES.

Se mostrando para dois públicos distintos, mas que tinham em comum: a música, Núbia Rodrigues chega chegando e marcando território. Ela hipnotiza com a alma, os olhos,  os gestos, a malemolência corporal e um ‘setlist’ cheio de “NAYAMBING”, em que cada música interpretada por ela ecoa como um “MANTRA”. Não importa se o reggae é autoral ou vem se vem com uma textura de releitura. O marcante é saber que Núbia encanta, emociona com uma verdade que é singela e própria, acompanhada de uma banda formada, também de jovens músicos, entre os quais, Carlos Silva (bateria), Rodrigo Nascimento (baixo e backing vocal), Filipe Lisboa (guitarra), Gustavo Bastos (teclado), Erivan (flauta) e Nathália Rodrigues (Backing Vocal). Bastante familiarizados no palco, a moçada entra em “TRANSE” embarca, se permite viajar no universo feminino e engajado de “NÚBIA”.

Como tudo na vida é uma aprendizagem, aprimorar o trabalho é necessidade vital. Agora, pra quem a carreira musical que teve início em outubro de 2015, Núbia deixa bem claro que não está para brincadeira. Ela veio a serviço, disposta a cantar em qualquer palco dialogando com o reggae em sua essência e outros gêneros quando for preciso.

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Lamina: a nova experiência sonora de Assis Medeiros

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“Lamina” é o nome do seu terceiro disco solo do músico nascido em Pernambuco, mas com passagens pela Paraíba, Maranhão e atualmente morando em Brasília. O CD está disponível para streaming no Soundcloud e e chegará às lojas em formato físico no mês de fevereiro. A distribuição será intermediada pela Tratore.

Cantor e compositor Assis Medeiros. Foto: Divulgação
Cantor e compositor Assis Medeiros. Foto: Divulgação

O disco foi produzido no estúdio Ponto Sem Nó, em Brasília, na casa do próprio artista. Laminatraz quartoze canções. Todas elas compostas por Assis Medeiros, exceto o blues “Aviso”, feita pelo poeta maranhense Celso Borges, e “Sombra Seca”, por Fernando Rodrigues e Marcos Guedes, integrantes da banda base do CD. O trabalho tem a participação da cantora Flora Lago, filha de Assis, nas canções “Agora”, “Um Pouco de Sol”, e “Sombra Seca”, fotos da esposa Adriana Lago e o projeto gráfico assinado pelo fotógrafo Gustavo Gracindo.

Com três discos lançados, “Burrodecarga”, “Baiãozinho Nuar” e “Lamina”, Assis Medeiros deixa explícito, que embora tenha o jornalismo como uma profissão bem sucedida, a música é a sua grande paixão. E tem ela como uma arte abrangente e de muitas referências, o maior exemplo é o respeito que tem pelos diversos sotaques da Cultura Popular do Nordeste. Porém, existem outras linguagens e temas que remetem à cena contemporânea do mundo. E neste contexto, Assis Medeiros afirma estar inserido. E Lamina surge como um divisor de águas nessa nova fase do artista, que não buscou no novo CD um conceito específico, preferiu beber na fonte do rock´n´roll, do Pop e das mil e uma experiências que a música proporciona, não só apenas como uma arte, mas, também, como uma ciência.

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Beatles: finalmente em “Streaming” no Natal

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Beatles; quarteto mais famoso de Liverpool, na Inglaterra. Foto: Divulgação
Beatles; quarteto mais famoso de Liverpool, na Inglaterra. Foto: Divulgação

O catálogo dos Beatles estará disponível pela primeira vez em streaming a partir de meia-noite e um minuto, desta quinta-feira, 24 de dezembro, noite de Natal, como confirma a própria conta oficial da banda no Twitter.

O quarteto de Liverpool poderá ser ouvido no Spotify, Apple Music, Google Play, TIDAL, Deezer, Groove, Slacker, Rhapsody e Amazon Prime Music.

Era uma das grandes falhas da música em streaming. Talvez até a mais grave. Por mais que portais como Spotify e Apple Music contem com milhões de músicas e artistas disponíveis, nenhum deles permitia escutar as canções do grupo mais famoso da História.

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Cadê o Circo da Cidade ? nosso patrimônio cultural

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O que aconteceu com o Circo da Cidade, oficialmente conhecido como Circo Cultural Nelson Brito ? Não só eu, como outros frequentadores e a classe artística sentimos a falta desse picadeiro imponente. Esse espaço público e cultural estratégico, que ficava situado ao lado do Terminal da Praia Grande, no Centro Histórico de São Luís, em que artistas locais, de fora e de diversos segmentos pintaram o sete com diversão.

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Infelizmente, o Circo foi desmontado em setembro de 2012, quando foi iniciada a obra do Veículo Leve sobre os Trilhos (VLT). Tudo não passou de pura ilusão. Os artistas, ainda, fizeram um ato público apartidário, chamado “Abraço Coletivo ao Circo da Cidade”, visando mobilizar a classe artística e a população ludovicense para reafirmar o compromisso da permanência deste espaço público. Até o momento, nenhuma autoridade competente se manifestou sobre o assunto.

Fica aqui o apelo de quem ama arte nessa ilha pelo retorno do Circo da Cidade. E que o nosso pedido seja atendido e não demore muito.

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Em defesa da Liberdade que Liberta !

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“Liberdade de expressão sim!!! Liberdade que edifica, que une, e não uma liberdade de expressão segregadora e preconceituosa… Não somos donos da verdade e a única liberdade que conheço é a liberdade que Liberta!!!”

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Brasil: a pátria de utopias !

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Início de um novo ano, as palavras de ordem são esperança, desejos, realizações, entre outras palavras otimistas típicas de uma Virada de Ano. E que assim seja. No discurso de posse da presidente Dilma Rousseff (PT), indicou a educação como a prioridade das prioridades do seu segundo mandato. Ela lançou o lema: “Brasil, pátria educadora”, e lembrou que educação inclui formação de cidadania e ética.

E assistindo a edição desta sexta-feira, (2/1), do Bom Dia Brasil, achei interessante o comentário do jornalista Alexandre Garcia, ao lembrar que ao setor público, cabe o ensino. Mas, formação e educação são responsabilidade do pai e da mãe. Ensinar princípios de ética, cidadania e vida em coletividade, valôres esses que se perderam com o passar do tempo, pois o que vivenciamos na atual conjuntura, é uma sociedade de {esclarecidos e não esclarecidos, pobres e ricos, negros e brancos], ensadecida por um individualismo, uma arrogância sem precedentes, em que o lema é: o meu “pirão” primeiro.

– É fácil de entender que o lema não promete que o Estado vá substituir os pais, porque, afinal, as palavras de ordem são: Brasil, pátria educadora. E pátria é a nação, não apenas o Estado. Pátria começa em casa e chega bem o estímulo do Estado para lembrar a família de suas responsabilidades. A família fazendo a sua parte, exigirá que o Estado cumpra o seu papel, preparando professores de qualidade e oferecendo escolas acolhedoras, como templos do ensino – argumenta Garcia.

Enfim, não gostaria de ser tão pessimista, mas no “mundo cão” em que estamos inseridos, onde uma legião significativa da família brasileira passa por um processo de desajuste social, a palavra educação de verdade parece uma missão quase impossível. Mas, já que a esperança é a última morre, o que nos resta é viver para esperá-la.

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Céu: sinônimo de elegância, talento e personalidade

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Um presente de fim do ano, foi o show da cantora paulistana Céu, na noite dessa quinta-feira (18/12), no Teatro Artur Azevedo, em São Luís, numa iniciativa louvável Festival BR-135, idealizado pelo Coletivo Criolina [leia-se Alê Muniz e Luciana Simões], na versão 2014. O evento mobiliza durante quatro dias, a cadeia produtiva autoral da nova cena musical maranhense com arte (shows, palestras) e cidadania (ocupação com gente da Praia Grande, Centro Histórico da Capital Maranhense).

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A festa começou com pé direito. Na abertura, representando a música local o folk de Acsa Serafim e Otília Ribeiro, acompanhadas do guitarrista Márcio Glam e do grupo Maratuque Upaon-Açu recepcionaram a plateia com clássicos rock (Oh, Darling, dos Beatles, Will We Rock, do Queen e Mercedes Benz, de Janis Joplin), com direito a fusão dos tambores da moçada do Maratuque e e os riffs de guitarra de Márcio Glam.

Na sequência veio a anfitriã da noite: Céu. Em sua primeira aparição na ilha, ela entra em cena vestida informalmente, esnobando elegância, charme e uma psicodelia sonora no palco, me remetendo aos bons tempos dos “Doces Bárbaros”, com o seu show “Caravana Sereia Bloom”, título do seu terceiro e mais recente CD. Logo de entrada a canção “Sereia” e na sequência, “Falta de Ar”, música do Gui [Amabis, marido e parceiro musical de Céu.” Enfim, um rock que remete à Rita Lee da fase Tutti Frutti.

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Densidade

A cada faixa dos seus três discos mostrados no palco do TAA, tais como, “Amor de Antigos”, “Vagarosa”, em ritmo de carimbó, “Malemolência, com direito a incidental do clássico “Mora na Filosofia”, de Monsueto; “Lenda”, do primeiro disco, ““Retrovisor”, música de desilusão amorosa,numa pegada meio rala-coxa, num conceito bluesy, além da reverência feita a Pepeu Gomes, na releitura de “Mil e Uma Noites de Amor”, que vai estar no primeiro DVD da artista. Ao revisitar “Visgo de Jaca”, canção feita em 1974, por Martinho da Vila, Céu afirma ser dona de uma voz suave, afinada, musicalidade densa e diversa. Embora com uma proposta sonora inovadora, é uma artista cuja a ligação com a música está sempre “linkada” na raiz [afroamericanabrasileira].

Pedras de Responsa

Aproveitando que estava na ilha de São Luís, a capital brasileira que melhor cultua o reggae jamaicano, Céu deu uma caprichada legal e mexeu no “set” interpretando três canções do álbum “Catch a Fire” (1973), um dos discos mais significativos de Bob Marley e do reggae mundial. Ela castigou com “Concrete Jungle”, “Catch a Fire” e “Kinky Reggae”, acompanhado pelo quarteto: Dustan Gallas (teclados e guitarra), Lucas Martins (baixo), Bruno Buarque (bateria) e DJ Marco.

Personalidade

Toda essa audição constata que a música sempre fluiu naturalmente na vida de Céu e os contatos com nomes fundamentais do samba, do choro, do reggae, som regional, jazz, entre outros estilos. O mais fundamental para quem se legitima músico “Indie” ,”é ser honesto com a sua arte o possível. Ser mais autêntico, mais focado no que acredita e não dar ouvido para aquilo que o mundo externo acaba pressionando. É muito importante para os artistas novos seguirem o seu extinto e passarem através da música a sua verdade”. Tarefa nada fácil …

A Caravana de Céu passou por aqui e tivemos o privilégio de ouvir o canto da sereia.

Fotos: Jonas Sakamoto/Imirante.com

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A violência urbana que assusta !

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Assistindo a TV e presenciando o elevado índice de criminalidade na Região Metropolitana de São Luís, somente, no mês de novembro, com mais de 400 assassinatos, e o que ocorre no restante do País, fiquei assustado e reflexivo. Os estudiosos apontam que os números de homicídio, latrocínio (roubo seguido de morte), têm como causa a banalização e a impunidade.

Se o amor existe, porque a sociedade é tão violenta, indiferente e cruel ? Como diria Nietszche: “o homem é uma corda atada entre o divino e o animal. Uma corda sobre um abismo”.

Já sei, carinha bonita não significa bondade de alma e feiura nao significa maldade. Até o desenho Schreck nos ensina isso.

Até Hitler fez algo de bom pela humanidade, encomendou a invenção do Fusquinha, esse carro tão amado pelos brasileiros até uns tempos atrás. E Gandhi era advogado… (o que, para algumas pessoas, já é motivo suficiente para queimá-lo no fogo do inferno, hehehe… just kidding!).

Tem um texto indígena que diz que dentro de cada um de nós tem dois cães: um feroz e mau, outro manso e afetuoso; qual deles vai crescer depende de qual você alimentar.

Prefiro acreditar em uma luz no fim do túnel. Do jeito que o mundo anda tão complicado, é preciso uma revolução cultural e mental, por meio de uma ativa educação à convivência, pois a intolerância, em todos os níveis sociais, é um estimulante a essa violência banal legitimada pela impunidade.

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Para o verdadeiro DJ sempre haverá público

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Com todo o respeito o talento e a opinião do DJ MARKY, mas não vejo como “IDIOTA”, “DESESRESPEITOSO” e deixa de ser “DJ” aquela pessoa que não toca no “VINYL”, não “MIXA”, ou toca com “PEN-DRIVE”, que não é “CONCEITUAL”, faz “FREESTYLE”, que toca “SETS PRÉ-MIXADOS” e os “DJS CELEBRIDADES” — famosos que “ATACAM DE DJ”. Eu sei que isso tira o sono, a moral e (sobretudo) os cachês dos DJs profissionais.

Eu também comungo com o DJ superstar canadense Deadmou5, que publicou em seu BLOG um post com o título “TODOS NÓS APERTAMOS O “PLAY”.

Não acho que DJs-celebridades ou “FAKE” tomem lugar de profissionais. O que existe é uma nova geração que não está muito interessada no conceito musical de um ou outro DJ. Os tempos mudaram. Têm casas e festas em que só tocam DJ´s profissionais. Há espaço para todos.

Nessa eterna polêmica entre o que é ser DJ profissional ou amador, eu prefiro a definição discotecário ou nenhum rótulo. Afinal, o que eu gosto é de música e “apertar o play” “mixando” ou “não”, tocando em “VYNIL” ou “não”. O resto é bobagem. Enfim, o verdadeiro DJ sempre terá público. Quanto ao comentário infeliz do DJ Marky de chamar de “IDIOTA” quem não toca em “VYNIL” defino como “pura vaidade cega”.

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“Nada mais deficiente que o preconceito…”

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O “Treze de Maio” significa “liberdade sem asas e fome sem pão”. Essa definição do poeta gaúcho Oliveira Silveira, sobre o Dia da Abolição da escravatura em um de seus poemas, reflete que a lei que libertou os escravos no Brasil, não lhe deu condições de trabalhar e viver com dignidade. E o problema se vivencia nos dias atuais.

E nada melhor que o 20 de Novembro, considerado o Dia Nacional da Consciência Negra, em referência ao escravo e quilombola Zumbi dos Palmares, como um data criada para potencializar a importância da questão racial no Brasil, pensar sobre a cultura do povo africano na formação da sociedade brasileira e também aumentar a reflexão sobre a discriminação da população negra. E nada mais justo que aliar tudo isso com reflexão e festa.

Têm pessoas, estudiosos, que avaliam que enquanto houver a necessidade uma data para que exista conscientização sobre a desigualdade racial, não há o que comemorar, eu prefiro ser otimista e acreditar que já tivemos algumas conquistas e que elas precisam ser festejadas.

Agora, o mais complexo nessa questão é que o preconceito racial, infelizmente, está enraizado na sociedade. A própria História do Brasil e do papel do negro ao longo da história do País é desconhecida e esquecida por muitos. É lamentável acreditar em estatísticas que constatam, ainda, que os salários de negros são menores que os dos brancos no Brasil, da dificuldade ao acesso da educação e que 60% da população carcerária brasileira é negra, além do número de homicídios no país envolvendo à juventude negra, num autêntico genocídio, ou seja, extermínio de um povo.

Os indicadores estão aí para mostrar a desigualdade social que a população negra sofre. As expressões de preconceitos continuam nos tempos atuais, e se expressam das mais variadas formas. E nós que acreditamos em uma mudança de mentalidade, combatemos todas as formas de racismo e discriminação, compromissados com a liberdade e justiça social.

” Enfim, nada é mais deficiente que o preconceito e nada mais eficiente que o amor”.

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