Festa para Noel Rosa

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Pela primeira vez em mais de vinte anos de história, o Prêmio da Música Brasileira expande os horizontes e a premiação, realizada no último dia 6, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, ganhando uma linhagem itinerante com o patrocínio da Vale.

Cantor e compositor pernambucano Lenine encanta interpretando Noel Rosa

E São Luís recebeu de presente antecipado aos seus 400 anos, a serem festejados em 8 de setembro de 2012, o Prêmio da Música Brasileira, que ainda percorrerá mais cinco cidades brasileiras escolhidas pela organização do evento. Serão elas, Carajás (PA), dia 18/07, Belém (PA), 21/07, São Paulo (SP), 24/07, Vitória (ES), 24/07 e Belo Horizonte (MG), 27/07.

Na ilha Patrimônio da Humanidade, o tributo a Noel Rosa aconteceu na noite desta quarta-feira (13). Seis artistas, incluindo os maranhenses Flávia Bittencourt e Nosly, emprestaram as suas vozes para interpretar “o poeta da Vila”. Lenine acertou em cheio quando definiu”Noel Rosa: o nosso Cole Porter, pela qualidade de suas canções”. Se o Rio de Janeiro perdeu um médico, o Brasil ganhou um dos maiores sambistas de todos os tempos.

E foi ele [Lenine], quem abriu a série ao grande homenageado da  22ª edição do Prêmio da Música Brasileira, Noel Rosa, interpretando quatro composições do “poeta”, com destaque para “Feitio do Coração”. O cantor e compositor pernambucano cantou com a alma e uma ginga peculiar. Até no momento em que esqueceu trechos da canção por falhas técnicas no teleprompter, não perdeu o rebolado e usando a sagacidade de um artista feito para qualquer palco, o músico pernambucano soube improvisar em grande estilo.

Zélia Duncan fica arrepiada ao interpreta "Ùltimo Desejo" de Noel Rosa.

Zélia Duncan fica arrepiada ao interpreta “Ùltimo Desejo” de Noel Rosa. A segunda atração da noite, a carioca, de Niterói, Zélia Duncan cantou com emoção “Último Desejo” e abriu para a cantora maranhense Flávia Bittencourt, que interpretou “Palpite Infeliz” e passou a bola para outro maranhense, Nosly.

Flávia Bittencourt esbanjando elegância em "Palpite Infeliz" de Noel Rosa.

Flávia Bittencourt esbanjando elegância em “Palpite Infeliz” de Noel Rosa Ele mostrou com firmeza que interpretar clássicos do cancioneiro brasileiro é seu forte, especialmente, quando o momento é para reverenciar o legado atemporal deixado por Noel Rosa.

Sinônimo de brasilidade, Nosly canta com firmeza a obra do poeta da Vila.

Já, para Sandra de Sá a festa estava apenas começando. Flamenguista até à morte e carioca da gema e da farra, subiu ao palco e perguntou para a plateia porque estava tão quieta ? E a resposta de quem estava sentado veio logo abaixo quando a artista com seu jeitão despojado de ser abriu o  ‘setlist’ com “As Pastorinhas” e depois dividiu o palco com outro conterrâneo: Arlindo Cruz.

Sandra de Sá e Arlindo Cruz: dupla carioca do barulho faz plateia dançar ao som de Noel Rosa.

O músico entrou em cena e alertando a todos que a atmosfera [ali] era de samba, futebol e Noel Rosa. E já que a a palavra de ordem no dicionário de Arlindo Cruz era fazer barulho. Assim o fez. Exigiu da plateia que  interagisse batendo palmas, fizesse côro e dançasse ao som da antológica “Com Que Roupa”, que mereceu um bis para encerrar a celebração musical, que teve no ator Murilo Rosa um grande cicerone. O artista foi um show à parte, pois soube teatralizar com naturalidade a história de um compositor, que viveu apenas 26 anos, mas deixou uma musicalidade complexa e colocou na medida exata, o peso da poesia nas composições.

Ator Murilo Rosa deu um brilho especial ao contar com naturalidade e cumplicidade a trajetória de Noel Rosa

Aplausos também para José Mauricio Machline, criador do Prêmio da Música Brasileira, que teve a capacidade, em parceria com a Vale, celebrar a música em movimento por diversas cidades e trazendo na bagagem um prêmio, considerado uma referência da canção brasileira.

Sexteto encerra a festa mostrando “Com Que Roupa” reverenciaram Noel Rosa. A direção do Prêmio da Música Brasileira, tanto na versão que foi apresentada no Theatro Municipal quanto no formato itinerante, é do pianista João Carlos Coutinho que na turnê passa acompanhado pelos músicos Jurim Moreira, Zé Canuto, Rômulo Gomes, Márcio Malard, Marçalzinho e Lula Galvão.

Sexteto encerra a festa mostrando "Com Que Roupa" reverenciou Noel Rosa.

Enfim, uma noite inesquecível feita para Noel Rosa, tendo como  cenário o imponente e emblemático Teatro Artur Azevedo.

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Emocionante, surpreendente e uma vitória

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A dupla Alê Muniz e Luciana Simões ganhou o Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor álbum com “Cine Tropical”, de Criolina, dos produtores Evaldo Luna e Criolina. Eles concorreram com “Cabaret do Rossi”, de Reginaldo Rossi, produtores Antônio Mojica e Victor Kelly e “Roupa Nova 30 anos ao vivo”, de Roupa Nova, produtor Roupa Nova.

Em conversa com o repórter Jorge Aragão, no programa Ponto Final, da rádio Mirante AM, Luciana Simões disse que premiação foi maravilhosa e surpreendente.

– Foi maravilhso. Foi emocianante e surpreendente com um prêmio, onde [lá] estavam todos da música brasileira prestigiando o prêmio. Enfim, é uma premiação par todos que fazem música brasileira –  Luciana.

Alê Muniz disse que a maior felicidade é o fato de participar pela primeira vez e sair vitorioso.

– Eu e Luciana recebemos a premiação como uma conquista importante para o nosso projeto com a música. E percebemos que alguns artistas estão acostumados a ganhar o prêmio, mas mesmo assim ficam felizes ao recebê-lo. E para nós que participamos pela primeira vez foi melhor ainda, pois já saimos vitoriosos – declarou.

A 22ª edição do Prêmio da Música Brasileira está sendo realizada esta noite, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. A cantora Alcione levou o prêmio de melhor cantor na categoria samba com “Acesa – gravado ao vivo em São Luís do Maranhão”.

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Cine Tropical: o vencedor

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A dupla Alê Muniz e Luciana Simões ganhou o Prêmio da Música Brasileira na categoria melhor álbum (Canção Popular) com “Cine Tropical”, de Criolina, dos produtores Evaldo Luna e Criolina. Eles concorreram com “Cabaret do Rossi”, de Reginaldo Rossi, produtores Antônio Mojica e Victor Kelly e “Roupa Nova 30 anos ao vivo”, de Roupa Nova, produtor Roupa Nova. Matéria publicada do Blog de Zeca Soares. 

O álbum “Cine Tropical” reúne 14 faixas inspiradas no universo do cinema: romance, aventura, bangue-bangue, ficção científica e até chanchada compõem as trilhas que conduzem o ouvinte a diversos cenários e paisagens musicais. A dupla também concorreu ao prêmio de “Melhor Dupla”, mas os vencedores foram Zezé Di Camargo e Luciano.

Outra maranhense premiada foi cantora Alcione levou o prêmio de melhor cantora na categoria samba com “Acesa – gravado ao vivo em São Luís do Maranhão”. Alcione teve como concorrentes Mariene de Castro, com “Santo de casa” e Mart´nália, com “Mart´nália em África ao vivo”.

A 22ª edição do Prêmio da Música Brasileira homenageou o compositor Noel Rosa e  foi realizada na noite desta quarta-feira, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro e será reprisada no domingo à noite, pela TV Globo, logo após o Fantástico.

VEJA AS FOTOS DA PREMIAÇÃO

CONFIRA OS VENCEDORES DA 22ª EDIÇÃO DO PRÊMIO DA MÚSICA BRASILEIRO

ARRANJADOR
Cristóvão Bastos 

MELHOR CANÇÃO
Dolores e Suas Desilusões / Monarco e Mauro Diniz / Zeca Pagodinho

PROJETO VISUAL
Paulo César Pinheiro / Capoeira de Besouro / Gringo Cardia

REVELAÇÃO
Luísa Maita

CANÇÃO POPULAR

MELHOR ÁLBUM
Cine Tropical / Criolina (Alê Muniz e Luciana Simões / Evaldo Luna e Criolina

MELHOR DUPLA
Zezé Di Camargo e Luciano / Double Face

MELHOR GRUPO
Roupa Nova / Roupa Nova 30 Anos Ao Vivo

MELHOR CANTOR
Reginaldo Rossi / Cabaret do Rossi

MELHOR CANTORA
Sandra de Sá / África Natividade

INSTRUMENTAL

MELHOR ÁLBUM
Gismonti Pascoal / Hamilton de Holanda e André Mehmari / Hamilton de Holanda, André Mehmari e Marcos Portinari

MELHOR SOLISTA
Hamilton de Holanda / Esperança Ao Vivo na Europa

MELHOR GRUPO
Trio de Câmara Brasileiro / Saudades de Princesa

MPB

MELHOR ÁLBUM
Quando o Canto é Reza / Roberta Sá & Trio Madeira Brasil / Pedro Luis, Marcello Gonçalves e Renato Alscher

MELHOR GRUPO
Os Cariocas / Nossa Alma Canta          

MELHOR CANTOR
Emílio Santiago / Só Danço Samba            

MELHOR CANTORA
Roberta Sá / Quando o Canto é Reza 
     
POP/ ROCK / REGGAE / HIPHOP / FUNK

MELHOR ÁLBUM
Música de Brinquedo / Pato Fu / John Ulhoa

MELHOR GRUPO
Pedro Luís e a Parede / Navilouca Ao Vivo

MELHOR CANTOR
Lulu Santos / Lulu Acústico II

MELHOR CANTORA
Vanessa da Mata / Bicicletas, Bolos e Outras Alegrias

REGIONAL

MELHOR ÁLBUM
Capoeira de Besouro / Paulo César Pinheiro / Luciana Rabello

MELHOR DUPLA
Renato Teixeira & Sérgio Reis / Amizade Sincera

MELHOR GRUPO
Quinteto Violado / Quinteto Violado canta Adoniran Barbosa & Jackson do Pandeiro

MELHOR CANTOR
Vitor Ramil / Délibáb

MELHOR CANTORA
Elba Ramalho / Marco Zero – Ao Vivo

SAMBA

MELHOR ÁLBUM
Pra gente fazer mais um samba / Wilson das Neves /Wilson das Neves, Zé Luiz Maia, João Rebouças e André Tandeta

MELHOR GRUPO
Gafieira São Paulo / Gafieira São Paulo

MELHOR CANTOR
Zeca Pagodinho / Vida da minha vida

MELHOR CANTORA
Alcione / Acesa – Ao vivo em São Luís do Maranhão

ESPECIAIS

DVD
Arnaldo Antunes / Ao Vivo Lá Em Casa / Andrucha Waddington

ÁLBUM LINGUA ESTRANGEIRA
Alma Mía / Leny Andrade

ÁLBUM ERUDITO
Chopin The Nocturnes / Nelson Freire ganhou

ÁLBUM INFANTIL
Quando Eu Crescer / Éramos Três / Éramos Três ganhou

ÁLBUM PROJETO ESPECIAL
Adoniran 100 anos / Vários Artistas / Thiago Marques Luiz ganhou

ÁLBUM ELETRÔNICO
Calavera / Guizado / Guilherme “Guizado” Menezes

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