Impressionismo: Paris e a Modernidade

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Na minha última parada no Rio de Janeiro, prestigiei a exposição “Impressionante: Paris e a Modernidade”, no Centro Cultural do Banco do Brasil (CNBB), numa gentileza do Ministério da Cultura (Minc) e do Banco do Brasil.

A exposição, que aporta pela primeira vez ao Brasil, apresenta mais de 80 obras-primas do Museu D´Orsay de Paris, um dos mais visitados museus do mundo, dedicado à arte do século XIX e, sobretudo, ao impressionismo, movimento ligado ao início da Arte Moderna.

A exposição, que fica em cartaz até janeiro de 2013, já recebeu mais ede 250 mil pessoas.

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Mil e Uma Músicas Para Se Ouvir Numa Sexta Básica

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Os Talking Heads foram uma banda surgida em Nova Iorque, EUA, no dia 8 de setembroo de 19744, entre os movimentos punk e new wave. Formada pelo guitarrista e vocalista David Byrne, e por Chris Frantz, Tina Weymouth e Jerry Harrisonn, a banda ganhou notoriedade por fundir o rock e o new wave com a world music, principalmente ritmos africanos. O grupo existiu até 1991 e deixou na história da música “Psycho Killer”, uma das preferidas no ‘set’ do parceiro, o ‘deejay’ Franklin e do também amigo Ernani Garrido. Eis a nossa audição desta sexta-feira, (30), a última do mês de novembro de 2012.

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O Baile de Todos os Tempos

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Haja egoísmo

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Mobilidade urbana é um problema geral. Em todo canto todo desse País é muito carro na rua. E o que assusta é cada carro com uma pessoa dentro. Estamos na época em que ‘cada um por si e si por cada um’. A Terra é que exploda. Haja egoísmo….

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André Lucap & Nosotros

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Sim, André Lucap & Nosotros no Chico Discos! Para fechar a série de apresentações do ano de 2012. Estão todos convidados.
Sexta, 7 de dezembro. Boa pedida !
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Joãozinho Ribeiro grava DVD no TAA

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João Batista Ribeiro Filho, ou simplesmente Joãozinho Ribeiro, viveu e cresceu em São Luís, entre os casarões da cidade histórica, grava cd ao vivo, nesta terça (27) e quarta (28), no show”Milhões de Uns”, no Teatro Artur Azevedo. Artista de múltiplas vertentes no campo da música popular,  o compositor divide o palco com vários convidados. Entre eles, Alê Muniz, Milla Camões, Josias Sobrinho, Rosa Reis, Chico Saldanha, Lena Machado, Célia Maria, Cesar Teixeira, Coral São João, Zeca Baleiro e o paraibano Chico César. Ele será acompanhado no show por: George Gomes na bateria; percussão Arlindo Carvalho e Wanderson Silva; no contrabaixo Serginho Carvalho; trompete Hugo Carafunin; além do saxofonista, Danilo Santos.
 
A iniciativa partiu do cantor Zeca Baleiro, que escreveu um texto distribuído aos artistas, poetas, produtores e amigos de Joãozinho sobre a importância do registro das cançõs do compositor, ressaltando: “Joãozinho Ribeiro é um poeta e compositor maiúsculo. Mas sempre foi mais que isso. João é uma espécie de ‘Guru da Galera’, o cara que aponta caminhos, que lança luz sobre as trevas culturais da cidade de São Luís – incansável, obstinado, convicto”. A gravação do primeiro disco de Joãozinho Ribeiro traz a expectativa de ser um registro clássico, comparado a outros grandes discos importantes da música popular brasileira. Em entrevista ao Blog do jornalista Pedro Sobrinho, Joáozinho Ribeiro relata a cada pergunta porque é um artista multifacetado e sempre em movimento.
 
Pedro Sobrinho  – Você tem uma história de miltância com a música. O seu legado abrange diversos gêneros musicais, desde o choro, samba e afins.. São mais de oitenta composições gravadas por artistas maranhenses. Zeca Baleiro o cita em texto que você é o ‘Guru da Galera’. Porque só agora a gravação de um disco ?

Joãozinho Ribeiro – Acho que uma das características que sempre mantive foi a de um cidadão do mundo multifacetado, fazendo muitas coisas ao mesmo tempo, sem a dosimetria (está na moda, né…rsss) do equilíbrio, do foco, ou coisa parecida. Produzi muito nestas últimas quatro décadas e o processo criativo sempre esteve ligado a construção coletiva de novas pontes humanas, defendendo um entendimento da Cultura pra lá das manifestações artísticas e dos eventos. Cultura como direito, economia, cidadania, alegria e dignidade das pessoas. O agora, talvez, tenha muito a ver com o meu atual estado de espírito – sou um guerrilheiro inveterado sonhando com a paz.

Pedro Sobrinho – Para Joãozinho Ribeiro, o que significa esse projeto “Milhões de Uns” ?

Joãozinho Ribeiro – Significa compartilhar com outros artistas, parceiros, perspectivas de transformar esse encontro em festa. Esse encontro é o resultado, a soma, de toda a contribuição que tenho procurado dar a música maranhense, definida também como brasileira.

Pedro Sobrinho – Fale da estratégia de dividir o show em duas etapas, ou seja, nos dias 27 e 28 deste mês, tendo como cenário o Teatro Artur Azevedo ?
 
Joãozinho Ribeiro – A estratégia se deve ao tamanho do repertório e das pessoas participantes que não caberiam em um só dia, além do risco que toda descoberta oferece. Essa  gravação ao vivo não é coisa para principiantes como eu…(risos). Todo cuidado é mínimo e devemos render além da conta tudo aquilo que faz bem a alma e ao corpo. A música me faz um bem danado. Talvez uma semana fosse a dose mais ou menos indicada para esse bem. São tantas almas envolvidas nesta construção coletiva que dá vontade de não desligar os aparelhos…
 
Pedro Sobrinho – Zeca Baleiro e Chico César virão a São Luís, especialmente, para celebrar com você esse seu momento. Bom, com Zeca você já tem uma afinidade geográfica e musical. Como você explica a participação do paraibano, do Catolé do Rocha, Chico César ?

Joãozinho Ribeiro – A idéia do registro sempre foi fazer algo que tivesse a cara da diversidade maranhense, brasileira, Àfrica, Caribe…e afinidade com o meu processo criativo. Conheci e me aproximei do Chico quando estava trabalhando no Ministério da Cultura e ele era Secretário de Cultura de João Pessoa. Sempre estava em Brasília, discutindo propostas de avanços da política cultural, e inúmeras vezes nos encontramos no Congresso Nacional, nas Comissões de Educação e Cultura, apresentando propostas e prestando informações sobre projetos de interesse do Governo Federal e dos Municípios. Começou uma amizade que até hoje permanece, fortalecida pela admiração mútua, pelo respeito que tenho pela sua produção musical e suas idéias. Não poderia fica fora do CD e aceitou o convite para a participação na primeira pegada, apesar dos inúmeros compromissos que possui atualmente com cantor e compositor e Secretário de Cultura da Paraíba. Uma pessoa fundamental neste Milhões de Uns.
 
Pedro Sobrinho  – Os shows têm várias participações. Célia Maria, Rosa Reis, Lena Machado, Mila Camões, Alê Muniz, Josias Sobrinho, Chico Saldanha, César Teixeira, além do Coral de São João. O que representa cada convidado em sua trajetória musical ?
 
Joãozinho Ribeiro – São parceiros antes de tudo, de copo, de alma, de militância cultural, de afinidade criativa. A maioria já compartilha comigo de longas datas, o ato de criar e produzir coletivamente. Individualmente, cada um tem uma história específica, porém no conjunto cada um é uma pessoa fundamental na formação dos Milhões… de música, de canto, de encantamento e cumplicidade cultural e artística. 
 
Pedro Sobrinho –  Você sempre enxergou a arte, especialmente a música, como um agente transformador. Você ainda acredita que ela tem o poder de influenciar as pessoas para lutar por uma causa ? Ou tem se tornado uma ferramenta obsoleta para a mudança ?

Joãozinho Ribeiro – Acho que a música pode ser traduzida em milhões de coisas, mas nunca pode deixar de ser música. Quanto a sua possibilidade de transformação vai depender muito da honestidade do criador com a sua arte musical. Assim entendida, faz muito sentido lutar pelas coisas que acreditamos. Por isso, acredito nelas e faço 
 
Pedro Sobrinho –  Além de músico, existe um Joãozinho que atuou no cinema e no teatro. Fez passeatas em defesa da meia-passagem para estudantes. Chegou a ocupar a Secretaria de Estadual de Cultura. Enfim, você é um artista sempre em movimento. Como você vê o cenário artístico do Maranhão, principalmente o da música ?

Joãozinho Ribeiro – Gostei do artista em movimento, você é a primeira pessoa que me traz esta imagem. Fiz muito de tudo e de tudo um pouco nesta paisagem feita de tempo, que sempre foi a minha vida. Da experiência colhida do ofício de viver e outros vícios, trago comigo a insuportável esperança de que o Maranhão ainda vai dar certo e a contribuição da Cultura será primordial. Acho que novamente ela está se colocando na mesa de debate, como fator essencial e estratégico de desenvolvimento humano. Acho que a criatividade é a grande ferramenta para enfrentarmos este fosso cruel das desigualdades que, ainda, atormenta em nosso Estado. Já passamos por vários ciclos: da cana-de-açúcar, da soja, dos minérios…por que não da criatividade?
 
Pedro Sobrinho – Onde você acertou, onde você pecou como secretário de Cultura do Estado ?
 
Joãozinho Ribeiro –  Não tenho nenhum instrumento perfeito de aferição, mas acho que a maior contribuição foi propor um Plano de Cultura para o Estado, pensando a cultura a curto, médio e longo prazo, com a implantação de instrumentos legislativos necessários – Fundo, Lei de Incentivo, Conselho, Plano, que até hoje serve de referência em todo território nacional. O pecado, se assim pode ser chamado, foi não ter conseguido superar a “cultura de Evento” e um entendimento bastante enraizado, que reduz as grandes possibilidades de uma gestão cultural aos festejos juninos e carnavalescos. Também não conseguimos avançar na questão do Patrimônio Histórico como desejávamos.

Pedro Sobrinho – Pra finalizar, a gravação desse disco já é um marco na sua carreira. Com ele você encerra um ciclo ou, ainda tem muitas cartas na manga pela frente ? Afinal, nunca é tarde para a poesia.

Joãozinho Ribeiro – Acho que ele escancara as janelas da vida para novas e imensas possibilidades, juntando pedaços do passado e do presente, apontando firme para o futuro, e provocando nas pessoas o sentimento de que a Cultura continua sendo o grande cimento da humanidade, ligando partes fragmentadas de um corpo que quer ser feito de solidariedade e carinho. “Sou cantador do tempo. E o tempo tenho cantado. Tempo que falta é futuro. Tempo que sobra é passado. Cantador que canta só, canta mal acompanhado”.
 
Serviço
 
Show “Milhões de Uns”, gravação do primeiro CD de Joãozinho Ribeiro
Quando: 27 e 28 de novembro, 21h
Local: Teatro Arthur Azevedo
Entrada: R$ 50,00 (meia para estudante)
Produção: Ópera Night Produções
Contato: 8137.7452 / 8786.6766

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Afonso Romano de Sant´Anna na Feira do Livro

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26.11 (segunda-feira)
 
Auditório Quartocentenário

14h às 15h – Mesa Redonda: a História do Livro no Maranhão – Samuel Velásquez (Ufma)/ Fátima Braga (Uema)
15h às 16h – Mediação de Leitura: Hora do Conto – Rede Leitora Ler Pra Valer.
17h às 19h – Mesa Redonda: A Biblioteca Pública no Maranhão, sua história e perspectivas futuras – Prof. Cesar Castro/ Profa. Diana Rocha/ Profa. Rosinha
19h às 20h – Palestra: Portal Biblon- rede social de leitores infantis – Profa. Dra. Cássia Furtado
20h30 às 21h30 – Escritor Convidado – Afonso Romano de Sant’Anna
 
Café Literário

15h às 16h – Palestra: Educação Fiscal: O que tem na Jujuba além do Açúcar e da Goma de Mascar? – Prof. Pedro de Alcântara Lima Filho
16h às 17h – Palestra: Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva Inclusiva: que desafio é este? – Prof. Rosane da Silva Ferreira/ Prof. Suziane da S. Muniz          
17h às 18h – A Educação Fiscal no Contexto dos Programas e Projetos na àrea de Leitura, financiados por Recursos Públicos – Prof. Áurea Regina dos Prazeres Machado/ Prof. Joseana Lisboa do Rosário/ Prof. Luis José Câmara.
18h30 às 19h30 – Escolas Sustentáveis em Tempo Integral – Prof. Gaudino Marcos/ Prof. Themis Viviane O. Matos
20h às 21h – Texto de Divulgação Cientifica como Recurso no Ensino de Ciências – Prof. Severina  Coelho Cantanhede   
Casa do Escritor
15h às 16h – Maravilhosa Viagem de Emília a São Luís / Comidas Cantadas – Escola Elpídio Hermes de Carvalho/ Pastor Estêvão Angelo de Sousa      
16h30 às 17h30 – Apresentação de Ballet – UEB Tancredo Neves 
18h30 às 19h30 – Arrumador de Palavras – Luís Lima        
20h às 21h – Fachada da Inserção: a Saga da Civilidade em São Luís do Maranhão  – Júlia Constança Pereira Camelo    

Espaço Infantil (Semed)

14h – Contação de história
Recepção com grupo de animação
Pintura artística
Oficinas de: Ilustração, Conto, Poesia e Tangran
Espaço Sesc (Programação adulto e infantil)
15h – Parlendas de São Luís – UEB Darcy Ribeiro
16h – Hora do Conto: “Baú de Histórias” – Grupo: Xama Teatro
17h20 – Leitura Dramática “Cais da Sagração” – Grupo: Miramundo
18h30 – Espetáculo Teatral Adulto “Um dedo por um dente” – Grupo: Petite Mort
19h50 – Performance Poética – César Boaes

Teatro da Cidade de São Luís (Rua do Egito, Centro)7ª Mostra Cinema e Direitos Humanos

13h – Olho de Boi (Diego Lisboa – Brasil, 19 min., 2011, fic.)
Funeral à Cigana (Fernando Honesko – Brasil, 15 min, 2012, fic.)
Carne e Osso (Caio Cavechini, Carlos Juliano Barros – Brasil, 65 min., 2011, doc.)

15h- O Fio da Memória (Eduardo Coutinho – Brasil, 115 min., 1991, doc.)

17h – Elvis & Madona (Marcelo Laffitte – Brasil, 105 min., 2010, fic.)

19h – Marighella (Isa Grinspum Ferraz – Brasil, 100 min., 2012, doc.)

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Plateia canta com Gal no Back2Black

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A rapper americana Missy Elliott foi o grande destaque deste sábado (24), segunda noite do festival Back2Black, no Rio de Janeiro . Uma chuva leve mas persistente caiu sobre a cidade no fim da tarde e acabou afastando o público da Estação Leopoldina – ao contrário da noite anterior, que atingiu lotação máxima do local. Mas o mau tempo não impediu Naná Vasconcelos de abrir a noite esquentando o público.
O hip hop se afirmou como dominante, na mão de nomes como o brasileiro Emicida e a americana Missy Elliott. No dia do rap, porém, se destacaram também artistas que trafegaram por fora do gênero. O percussionista Naná Vasconcelos abriu os serviços às 21h50m no palco principal, mostrando na estação maracatu, sob a regência dos tambores do Rio Maracatu – o grupo foi um dos convidados do show. Jorge Du Peixe, outra participação especial, incursionou com “Meu maracatu pesa uma tonelada” e “Macô” – os metais, em diálogo com os tambores, deram frescor e vigor ao repertório, num registro diferente mas tão poderoso quanto a usina de groove da Nação Zumbi.
A mesma potência se mostrou na ancestralidade buliçosa de “Os quindins de Iaiá” e “Urubu malandro”, numa festa que teve ainda a presença da caboverdiana Lura, que temperou a batucada brasileira com a malícia de ritmos como o funaná. O trompetista e compositor Hugh Masekela, segunda atração do palco, é um os símbolos do combate ao sistema segregacionista na África do Sul e amigo de Nelson Mandela nessa batalha pela igualdade racial. O jazzista deu continuidade à noite com elegância e simpatia – dirigiu-se à plateia com expressões em português como “barra limpa?” e afirmou que nunca esteve num país onde as pessoas se gostassem tanto como no Brasil. Seu jazz apoiado em chão africano manteve alta a temperatura (a ótima banda ajudou), permitindo-se momentos mais cool, como sua leitura de “Mas que nada”, de Jorge Ben(jor).
Com atraso, devido a chuva, a noite de hip hop aconteceu no segundo palco com o mineiro Flávio Renegado, que passeia por referências como o reggae e samba, além do rapper paulistano Emicida, que se apresentou com o mesmo swingue de Renegado, porém com mais contundência nas rimas e poesias
No palco principal, a grande atração da noite, Missy Elliott apresentou um espetáculo que valorizou mais a visualidade que a música – mesmo levando-se em conta a força de hits como “Lose control”, “The rain (Supa dupa fly)” e “Get ur freak on”. Um grupo de 16 bailarinos – que trocava incansavelmente de figurino, como a própria – mantinha a ação frenética no palco, sustentando a atenção da plateia, que respondeu bem ao show, Durante a apresentação, a artista reverenciou nomes da música negra, entre eles, Tupac, Michael Jackson e Whitney Houston. Ao fim, ela retribuiu lançando um par de tênis (!) para o público.
O kuduro angolano encerrou a noite, no segundo palco, com Os Pilukas, Noite Dia e Francis Boy. A participação de uma mulher da plateia que dançou ao lado dos artistas encarnou – com graça, calor e de forma incontestável – o elo Brasil-África marca registrada do festival.
Último Dia
A quarta edição do Festival Back2Black chegou ao fim no domingo (25). A abertura do terceiro e último dia do festival ficou por conta da cantora e compositora paraense Dona Onete, 73 anos, que apresentou as músicas de seu álbum de estreia, “Feitiço Caboclo”. Acompanhada de músicos liderados pelo respeitado guitarrista Pio Lobato – responsável pela reinvenção da guitarrada em Belém – Dona Onete pôs o público presente para balançar ao som de carimbós, boleros e sucessos como “Amor Brejeiro” e “Tambor do Norte”.
Diva

Na sequência, foi a vez de Gal Costa abrir o palco principal. A musa baiana reuniu o maior público do dia, que cantou em coro sucessos como “Divino Maravilhoso”, “Barato Total”, “Baby” e “Vapor Barato”. Músicas de seu último álbum “Recanto” – o trigésimo da cantora, lançado no final de 2011. O trio formado por Domenico Lancellotti (bateria e MPC), Pedro Baby (guitarra e violão) e Bruno Di Lullo (baixo) misturou sonoridades experimentais, rock e programações eletrônicas. Destaque para a versão de Gal para a música “Um Dia De Domingo”, em que diverte o público imitando a voz grave e inconfundível de Tim Maia.

A cantora Daúde subiu ao palco enquanto Gal ainda se apresentava no principal e contou com uma parcela menor de público, pelo menos até a metade de seu show. A baiana apresentou músicas de seus quatro discos – incluindo sua versão de “Pata Pata”, [da cantora sul-africana, Miriam Makeba, que foi casada com o trompetista Hugha Masakela], celebrada pelo público presente – e também experimentou canções de seu próximo álbum, que será lançado no primeiro semestre do ano que vem.

Enquanto isso, no palco principal, a compositora, cantora e guitarrista do Mali Fatoumata Diawara – mais conhecida como “Fatou” – apresentou músicas de seus dois discos lançados. A sonoridade leve de seu violão acústico e sua voz afinada encantaram parte do público, que já era visivelmente menor em relação ao show anterior (da Gal). Mesmo assim, alguns fãs fiéis cantavam junto suas canções e, ao final do show, a aguardavam para autografar seus discos.

Tributo

O DJ Sany Pitbull prestou homenagem aos 70 anos de vida e 50 de carreira do rei brasileiro da Black Music Gerson King Combo. Sany apresentou o show Black & White Sound System, onde reuniu o próprio Gerson e a banda AfroReggae em formação especial com 10 músicos – sendo seis percussionistas e quatro violinistas. “Rational Culture”, do mestre Tim Maia, foi uma das músicas preferidas pelo público.

Interação

Mas a grande atração da noite foi a compositora, produtora e cantora Santi White, mais conhecida pelo nome artístico Santigold. A americana voltou a encher o palco principal com fãs que dançavam, vibravam e cantavam praticamente todas as músicas. O repertório foi baseado em seus dois discos lançados: “Santogold”, de 2008 e “Master of My Make-Believe”, que saiu em abril desse ano. Com ótimas bases, boa coreografia e voz hipnotizante, Santigold encantou o público presente e fechou a noite muito bem acompanhada: no meio do show, convidou cerca de 20 pessoas do público a subir no palco e dançar a seu lado.

Ao final dos shows, o público, extasiado, balançou ao ritmo charme do DJ Corello, encerrando o Back2Black Rio 2012 do jeito que foi criado pra ser, no mais alto astral.

Celebração

Foram três noites de pura celebração e diversidade cultural. Segundo o escritor angolano José Eduardo Aqualusa, o B2B veio para contribuir para o reencontro entre o Basil e a África. Uma África moderna, contemporânea, produtora de cultura e pensamento. Para ele, “esse processo é importante, também, para afirmação internacional  do Brasil, enquanto grande potência, e muito mais importante ainda para a autoestima dos brasileiros de ascendência africana”.

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Zeca Baleiro grava DVD no Vivo Rio

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Foto: Yala Sena/Cidadeverde.com

É impossível ficar inume as provocações de Zeca Baleiro quando ele está no palco. Na gravação do novo DVD – o sétimo da carreira – o cantor e compositor maranhense revive sucessos consagrados, faz homenagem a Luiz Gonzaga, canta em inglês uma canção da britânica Jessie J e ironiza as  “dancinhas” e “passinhos”, que virou febre no mercado da música.

Foram duas horas de gravação no espaço Vivo Rio, no Aterro do Flamengo, na capital carioca, com o artista e banda. O novo DVD não contou com nenhuma participação especial no palco, mas têm regravações com Martinho da Vila (Disritmia), Frejat (Nada Além), Adriana Calcanhoto (Marinheiro), Raul Seixas (A maçã) e André Abujamra (Alma não tem cor). O trabalho é do show “Calma Aí, Coração”, nome de uma das músicas do seu último álbum, “Disco do Ano”.
 
A maioria das músicas é do novo CD “Disco do ano” com temática ao amor e análise do cotidiano, uma marca de Zeca Baleiro. Ele deu início a gravação do DVD com a música “O desejo”, um rap provocativo que gravou no novo álbum com Chorão, do Charlie Brown. Na plateia estava a atriz Letícia Sabatella, além da cantora Zélia Duncan e a jornalista Leilane Neubarth.
 
Vestido de terno e gravada em tons de branco e preto psicodélico, Baleiro vai tirando as peças durante o show. Ele canta na sequência “Disritmia”, “Nada Além”, “Versos pedidos (as frases são minhas, as verdades são tuas) e canções novas como “Nu” e “o amor viajou”. 

Foto: Yala Sena/Cidadeverde.com

 Ele brinca com o público: “Eu não aguento mais fazer DVD. Eu fico preocupado, não me divirto, mas eterniza o trabalho”. Uma fã grita bem alto. “relaxa Zeca” e ele responde rindo: “não se pode relaxar e nem gozar aqui”. Neste instante, começa a cantarolar só no violão a música “Muito estranho”( Mas se um dia eu chegar muito estranho, deixa essa água no corpo e lembrar nosso banho…hum!!) e não termina a música e disse que é “gaiatice sua”.

Logo depois, regrava a canção de Adriana Calcanhoto “Marinheiro”, segue com “Comigo” (você vai comigo aonde eu for) e canta “Prince Tag” consagrada na voz de Jessie J. Zeca passeia ainda por “Quase Nada”, canção que gravou em 2008, “Bandeira”(eu não quero ver você fumando ópio pra sarar a dor) e Zás (Nem olhei pra trás quando eu sair) do novo trabalho como “Ela não se parece com ninguém”.
 
Crítica
 
Ao gravar a música “Funk na lama”, que não está no novo álbum, Zeca Baleiro se justifica: “Como existe no Brasil uma onda de danças coreografadas e a gente não queria ficar de fora, fizemos essa dancinha coreografada para vocês”. Neste instante, os músicos deixam os instrumentos, ficam em frente ao palco e, ao lado do cantor, reproduzem passinhos com a canção em ritmo de axé e funk: “Tanto faz se é Ivete ou Shakira, tanto faz se Sá, Rodrix ou Guanabira, Cê vai ter que responder pelo que faz, Cê vai ter que responder pelo que diz” e dançam ao som do refrão: “Vem cachorra, nem precisa de cama, o mundo tá atoladinho na lama”.
 
Erro na gravação
 
 
No final do show, o músico veio avisar que teria que gravar uma parte do show, pois houve problema técnico no vídeo. Uma senhora no público grita: “repete de novo o show, tá lindo, não tem problema”. Com cara de quem não gostou pelo erro técnico, Zeca Baleiro diz: “Tá vendo, por isso eu não gosto de DVD, enche o saco” e brinca ajeitando as mangas da camisa. “as mangas antes estavam arregaçadas ou dobradas?”, pergunta para o publico. Outra fã provoca? “É DVD pornô?” e ele responde rindo: “apesar de tudo, isso aqui é sério, nada de pornô”.
 
O público grita, canta com o cantor ao regravar “Babylon”, “Telegrama”, “Respeita Januário” e “Mamãe Oxum”. Além da banda, Zeca usa um telão gigante com cenas de mulheres nuas, da lua cheia, imagens aéreas de cidades como São Paulo e Rio de Janeiro e desenho de árvores brotando em plena selva de pedra dos prédios urbanos. Zeca encerra a turnê “Disco do ano” com a gravação do DVD que pretende lançar no próximo ano. 
 
Fonte: Cidade Verde.com
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Back2Black: uma Kizomba

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A primeira noite da quarta edição do Festival Back2Black foi marcada por muita ‘Kizomba”. E lá estava [eu] conferindo todos os detalhes da festa/movimento. Mais de 6 mil pessoas, entre gente da televisão e da música. Luana Piovani, Natália Lage, Elza Soares, o casseta Cláudio Manoel, a cantora maranhense Rita Benneditto, Caetano Veloso, Maria Gadú, Ana Carolina e Marcelo D2, e outros desencanados, presentes na Estação Leolpodina, zona portuária do Rio de Janeiro, para degustar Black Music em vários tons.

Samba, Semba, Kuduro, Hip Hop, Soul, R&B, Ciranda, Coco, Frevo, Maracatu, Afrobeat. O Back2Black explora as influências africanas fazendo a ponte do passado e presente, legitimando a linguagem universal da música. O que se viu é que a plateia comprou ingresso priorizando o soul e hip hop das cantoras Nneka e Lauryn Hill e acabou descobrindo uma negadinha bacana que faz som no continente africano.

É maravilhoso ver as raízes africanas representadas por um hibridismo tão grande de artistas, de países tão diferentes. Martinho da Vila abriu à noite e constatou que essa celebração é possível. Como um autêntico mestre de cerimônia soube misturar samba com semba e chamar para o palco os baianosVirginia Rodrigues, Riachão e os africanos Manecas Costa ´(Guiné-Bissau) e Tito Paris (Cabo Verde), além da flha Martn´ália. Apenas a configuração do som no momento da apresentação dele deixou a desejar.

O festão não pára por aí, além do que rolava em um palco B, com shows do grupo carioca Novíssimos, o pernambucano Siba e o animado grupo congolês Jupiter & Okwess International, que esteve presente na versão londrina, realizada entre os dias 29 e 1 de julho deste ano, a cantora nigeriana Nneka fez a festa com a casa já lotada.

A artista que já foi chamada de a ‘Lauryn Hill da África” fez um show em que valorizou a crítica social em músicas inseridas em três discos. Acompanhada de uma banda com cinco músicos, fez o público dançar.

A principal atração da noite, Miss Lauryn Hill entrou por volta de 2h da manhã. Antes o público delirou com o ‘freestyle’ dançante do ‘deejay’ integrante a banda de Hill. O cara fez um passeio pelo raggamuffin de Damian Marley, Dee-Lite e até o ‘single’ do Gotye rolou em seu ‘set’.

Um aperitivo que deixou todo mundo pilhado para receber a dama da noite. Laury Hill cantou as conhecidas do grande público que foi ao delírio.
Um aperitivo que deixou todo mundo pilhado para receber a dama da noite. Laury Hill cantou as conhecidas do grande público que foi ao delírio.
A cantora também lembrou o Dia da Consciência Negra, e chamou ao palco Gabriel O Pensador para traduzir sua canção/poema intitulada “Black Rage” (“Fúria Negra”, em português), um grito contra a opressão dos negros no mundo inteiro. “Fúria negra é fundada naqueles que nos serviram autoflagelo. Mentiras, abuso… traição espiritual”, enumerou. “Quando o bicho pega, me lembro de todas estas coisas e não temo”, completou o Pensador.

Mais ‘groove’

Um vagão da antiga estação de trem da Leopoldina também chamava a atenção do público. Batizado de Vagão da Petrobras, o espaço era reservado para quem quisesse se inscrever e cantar com uma banda do evento. Em um outro vagão funcionava a Rádio África cheia de ‘groove’ para animar a galera. A festa continua neste sábado (24) e domingo (25).

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