Internacionalização

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A cantora e compositora Céu fez recentemente uma turnê bem-sucedida nos Estados Unidos, onde fez 13 shows com casa cheia em cidades como Nova York, Seattle, Chicago e Washington.

Nos EUA, a paulistana chegou ao topo da parada World da revista Billboard com seu primeiro CD, Céu, que está sendo vendido nas cafeterias Starbucks em todo o território norte-americano.

Céu é a primeira artista a cantar em outra língua que não o inglês a ser distribuída pelo selo da Starbucks, que conta com artistas como o ex-Beatle Paul McCartney. Segundo a gravadora Six Degrees, a cantora vendeu em duas semanas quase 20.000 unidades de seu álbum, lançado no Brasil há dois anos, pela Urban Records.

Céu foi indicada a um Grammy Latino no ano passado, na categoria artista revelação, e excursionou no Canadá e na França. Agora, a cantora de 27 anos só quer saber de voltar para casa e fazer mais shows no Brasil.

Ela pretende tocar no Nordeste, no Sul e no estado de Minas Gerais.

Céu, uma das minhas cantoras preferidas na atualidade, se inspira na selva urbana de São Paulo e no rap das ruas para criar seu som, que gosta de misturar com sambas das antigas. Devido à influência musical na família, a artista aproxima ritmos modernos dos sambas tradicionais que cresceu ouvindo em casa.

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Marco Zero

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Nathália Ferro é uma das boas surpresas surgidas na Música Pop produzida no Maranhão. A música na vida da artista começou cedo. Aos 9 anos teve contato com os primeiros acordes da música clássica. Nathália se define como uma criatura eclética musicalmente.”Sou adepta de todas as vertentes e procuro extrair o que há de bom em cada uma delas”, acrescentou. A maior prova é que já fez participações em show de Fernando de Carvalho, participou de festivais do Dom Bosco, do Quintal Cultural do BASA e do Carnaval da Maranhensidade.

Atualmente o que tem caracterizado carreira de Nathália é o reggae. Ela é a mais nova vocalista da banda Filhos de Jah. Os primeiros contatos vieram em 2004, quando o líder da banda, Fabinho, a ouviu cantando em casa, em novembro de 2004. A experiência com o som jamaicano já existia através da banda Vibe, na qual fez parte.

A trajetória da banda foi curta e veio em 2006 com inclusão definitiva na Filhos de Jah. Cidade Negra, O Rappa, Makavo, Mistical, Nego Bantu, Tribo de Jah, Filosofia Reggae, Mato Seco, Adão Negro, Natiruts, The Mighty Diamonds, Dezarie, Midnite, Jimmy Cliff, The Gladiators, Gregory Isaacs, Alfha Blondie, Ziggy Marley, Ijaman, Bob Marley. Nathália é a convidada do Plugado, na Mirante FM, amanhã, 29, às 19h.

Oficina de Sotaques

Os cariocas vão ter acesso a fusão do tambor de crioula e bumba-meu-boi. A festa acontecen na rua Joaquim Silva, 17, Recordatário Arte e Educação, na Lapa, Rio de Janeiro.

O DJ Zod faz a discotecagem no projeto coordenado pelo percussionista maranhense Cacau Amaral. O evento é grátis e na rua !!!

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Cê: uma transa legal

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Existem ouvintes e ouvintes. Têm pessoas que viram o show Cê de Caetano Veloso, no último dia 26, no Ginásio Castelinho, com o olhar inusitado, empírico. Alguns bocejavam, dormiam, sonhavam, outras abandonaram pela metade o espetáculo alegando não ter compreendido o novo CD do músico baiano. Do lado de fora um cidadão revoltado dizia para um grupo de amigos: “Caetano passou quase 10 anos sem pisar os pés em São Luís e quando veio fez um show monótono e chato”. Só que o amigo esqueceu que Caetano é conceitual, idealista, surpreendente e atemporal. Mas, compreendo o desabafo do cidadão e acrescento que ao ouvir o disco “Cê” tive a sensação de frustração, mas a audição no palco é funcional

Para quem estava a fim de curtir aquelas “babetas”, por sinal algumas boas, que embalavam os casais em décadas passadas veio a decepção e teve que se contentar com o artista cujo o tempo é o hoje e que gosta mesmo é da inovação. Caetano fez um show basicamente com o repertório do álbum “Ce”. Em alguns momentos incursionou em velhas e boas canções, tais como: “O Homem Velho”, “Nine Out Of Ten” “Desde Que o Samba é Samba”, “Sampa”, “Como 2 e 2” e “Fora da Ordem”, interpretadas dentro de uma construção exigida pelo novo trabalho, pelos três jovens músicos e talentosos que também participaram do disco. Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e piano Rhodes) e Marcelo Callado (bateria) uma formação visivelmente rock´n´roll, onde Caetano compreendeu e aderiu a essa nova textura sonora sem perder o jeito baiano e brasileiro de ser. As guitarras sujas e distorcidas, o baixo cheio de groove e bateria seca proporcionaram baladas-rock para sambas, ambientação etérea e minimalista numa reverência total ao antológico CD “Transa” (1972), que teve um papel marcante na concepção do “Cê”, ou seja, na formação desse “power trio” impecável.

O lado especial do show foi quando Caetano revisitou o frevo “Chão da Praça”, de Moraes Moreira, e ensaiou passos da dança de forma cênica que lhe é peculiar quando está no palco. O outro foi quando uma geração roqueira do terceiro milênio com seus celulares congelando aquele momento único de Caetano Veloso cantando “Rocks”, o single do “Cê”. Os adolescentes interagiram com a música e o artista, que respondeu deitando e oferecendo a sua mão ao público e mais bis com “You Don´t Know Me” e “O Outro”, do “Cê”, que encerra definitivamente o show.

Enquanto uns comemoravam esse encontro, uma cidadã ao meu lado esperava que em algum momento aquele velho Caetano surgisse com aquelas músicas que a inspirava. A sua opinião é comungada com a grande maioria, mas prefiro o pensamento da grande minoria. Caetano é a transgressão em pessoa.

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Responsabilidade Social

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Depois de passar por Belém, Manaus e Teresina, o projeto “Eu Faço Cultura” chega a São Luís. O projeto foi idealizado pelo Movimento Cultural do Pessoal da Caixa este ano viabilizando a realização de 30 semanas culturais por todo o país. A capital maranhense será a quarta cidade a receber o projeto entre os dias 3 e 5 de maio, das 18h às 21h, no auditório São Marcos sala Pindaré (Avenida Jerônimo de Albuquerque – Altos do Calhau).

“Eu Faço Cultura em São Luís” traz como abordagem uma Oficina de Música, que será ministrada pelo grupo brasiliense SomCatado, que trabalha a fundamentação teórica de percussão em música instrumental e MPB.

Ao todo são 60 vagas. Os inscritos participarão das aulas e, no final do curso, três deles subirão ao palco e farão uma apresentação artística antes do show “Sim e Não” do cantor e compositor Nando Reis e os Infernais, no próximo dia 5, no Ginásio do Dom Bosco, acompanhando o SomCatado em uma música, que será gravada ao vivo em CD. O restante da turma fará, na pista, uma apresentação conjunta de ritmo regional.

Para se inscrever na oficina não é preciso ter o instrumento, apenas se cadastrar no site www.eufacocultura.com.br, até o dia 2 de maio.

SomCatado

Em 1999, os percussionistas Cezar Borgatto e Fred Magalhães resolveram iniciar um trabalho de pesquisa e criação musical. Começaram a compor inspirados pela imensa riqueza rítmica presente na cultura brasileira e instigados à ruptura com o tradicionalismo musical. As composições fundiam som e movimento, tendo como “instrumentos” musicais objetos nada convencionais como: escapamento, tonéis de óleo, tambores de plástico, chapas de zinco, panelas, tampas de panelas, molas de carro, tanque de combustível, latinha de refrigerante, bolas de basquete, bacias, baldes, máquinas de escrever, peças de automóveis, sacos de papel, o corpo, entre outras fontes sonoras.

As apresentações do “SomCatado” são formadas por esquetes performáticas que abordam diversos ritmos como: samba, dance, funk, frevo, tango, salsa, olodum, afoxé, maracatu, afro, catira, reggae, drumandbass, daiko, baião, tribal, xaxado, embolada, maculelê, tambor de criuola, dentre outros. Toda a cena é reforçada pelo figurino harmoniosamente elaborado para cada momento do show. A música e as artes cênicas completam o espetáculo de ritmos e imagens marcantes.

O Grupo “SomCatado” completou em 2006, sete anos de trabalho. Durante este período já se apresentou em diversos eventos, tais como, Na Europa:
– Szczecin / Polônia;
– Goleniow / Polônia;
– Kolobrzeg / Polônia.

Criatividade e Multiplicidade de Ritmos

“O som é feito do lixo. É um festival de ritmos reusados e sinfonias recicladas: baião de bolas de basquete, hip-hop de panelas, funk de lataria, frevo de bacia, embolada datilografada. Eles são uma mistura de músicos performáticos, cientistas malucos e doutores de geringonça. No final, tudo se resume a uma fantástica criação associada a uma outra importante missão que é a de preservar a natureza. A água com os tambores de plástico, movidos à luz e energia indicam a continuidade, o sentido da vida. A música não pára e o pulso, pulsa. Tudo isso é o SOMCATADO, palavras do Maestro Lincoln Andrade – Doutor em Regência.

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Super Moska…

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uper Carioca… essa é a melhor tradução para definir o performático e comunicativo ex-Paulinho, ex-Inimigos do Rei. Ele fez um show impecável na noite de sexta-feira (20), no Circo Cultural da Cidade.

Nem mesmo a chuva que caiu antes do show amenizou o forte calor que fazia no circo, assim como não tirou o brilho do músico carioca no palco e da platéia descolada e calorosa interagiu intensamente. Moska fez um show intimista, apenas com voz e violão, porém contagiante.

A The Mads abriu à noite com um toque acústico baseado num repertório de covers e canções autorais.

Moska se despediu agradecendo pela audição e anunciando um retorno breve. O músico deixou o palco e viajou para o Chile onde tem encontro marcado com o cantor e compositor uruguaio Jorge Drexler, o queridinho do cineasta espanhol Pedro Almodóvar e do músico baiano Caetano Veloso.

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MPB/Radiografia

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Anunciados nesta quarta-feira, 18, a lista dos indicados para a quinta edição do Prêmio TIM de Música. De um total de 668 CDs e 119 DVDs inscritos, foram selecionados 102 indicados, em 16 categorias, na mais ampla radiografia da produção fonográfica brasileira de 2006.

Para a organização do evento, o mercado se democratizou. O número de lançamentos independentes cresceu muito. Grandes artistas já não vendem um milhão, mas muitos têm agora a oportunidade de lançar seus trabalhos, porque os custos de produção de um disco ficaram mais acessíveis.

O Maranhão tem quatro indicações este ano. Alcione está indicada a Melhor Cantora Samba e Melhor Cantora Voto Popular. Zeca Baleiro disputa nas categorias Melhor Cantor Pop/Rock e Melhor Cantor Voto Popular.

A cerimônia de entrega do Prêmio, que este ano homenageia o falecido compositor Zé Ketti , será no dia 16 de maio, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Salve Zod

Depois de visitar a família, os amigos e mostrar porque é o mais requisitado nas noites cariocas, o DJ Zod retornou na última segunda-feira, 16, para o Rio de Janeiro.

Durante a curta temporada em São Luís, o DJ Zod fez a moçada dançar nas pick ups. Ele agitou no Dom Francisco (Praia Grande), a festa Santa Levada, idealizada por Márcia Torres, e teve a participação do DJ Pedro Sobrinho.

O DJ Zod comemora o retorno ao habitat natural agitando no dia de São Jorge e as festas em Santa Teresa, juntamente com o DJ Cyro. A dupla vai unir mais para soar os tambores da MPB, Soul, Sambalanço na festa Salve Jorge, neste domingo, 22, às 21h30, no Espírito Santa, reduto dos boêmios e de todos que vão celebrar a virada do grande dia.

Pela Internet

Na contramão da maré de gravação de CDs, a Radioteca tem uma proposta diferenciada que pretende distribuir músicas próprias via internet. A idéia é distribuir as músicas gratuitamente pela internet e até mesmo em apresentações da banda.

O single Saúde foi distribuído para o público durante o show nesta quarta-feira (17) no bar Caso Sério (Turu).

Eles querem lançar a cada três meses um novo single para tocar nas rádios. No final desse ano vão reunir esses singles em um CD que não será comercializado, será distribuído para os veículos de comunicação para divulgação do trabalho.

Atualmente, a banda possui sete canais de comunicação via internet onde o público pode conhecer mais sobre a banda e ter acesso às músicas Saúde, Tortura e Areias. Entre eles estão os endereço www.radioteca.palcomp3.com.br e http://tramavirtual.uol.com.br/artista.jsp?id=60997

Formada por Nivandro Vale (vocalista), Fernandim Soares (guitarrista), Miguel Ahid (baixista) e Oliveira Neto (baterista), a banda Radioteca surgiu no primeiro semestre de 2003 com o objetivo de prestar um tributo à Bob Marley.

No começo a banda se chamava Groove e só em 2006 adotou o nome Radioteca. Devido ao sucesso de receptividade do público, o projeto passou a receber um grande número de convites para apresentações.

Nos anos de 2005 e 2006, a banda formou público próprio e passou a defender trabalho autoral, obtendo grande êxito, culminando na vitória do Festival Pras Bandas De K em 2006, onde receberam além da premiação de primeiro lugar, os prêmios: destaque melhor intérprete, destaque baixista e destaque guitarrista.

O grupo Radioteca é um dos convidados do Plugado, neste domingo, 22, a partir das 19h, na Mirante FM.

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O Verbo é Caetenear

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No dia 18 de novembro do ano passado, em uma rápida passagem por Brasília, as filipetas, outodoors, blogs, orkut, o rádio e a TV anunciavam que o cantor e compositor Caetano Veloso estaria estreando sua nova turnê do seu mais novo disco “Cê”. O encontro com os fãs candangos aconteceria na Academia Music Hall, um lugar acima da média nacional.

Logo veio o questionamento. Será que devo pagar um ingresso fora da minha realidade econômica e assistir ao show ? Pensei, pensei, e cheguei a conclusão de que seria uma necessidade, pois não prestigiava o artista no palco há um bom tempo e também achava que seria difícil vê-lo cantando em São Luís.

Aproveitei a noite saudável de sábado, na capital federal, e me presenteei comprando o ingresso para ver Caetano em cena. Chegando lá, me posicionei entre as 3,6 mil pessoas que lotaram a Academia. Foi uma estréia auspiciosa. A impressão de “Cê” no palco, após as 22 cançôes do roteiro, mais os dois números do bis, misturando 11 das 12 canções do disco lançado há pouco mais de dois meses com clássicos de sua carreira, foi similar à deixada pela audição do CD.

A ambientação e a abordagem foram roqueiras, mas o que se ouviu foi música no seu sentido mais amplo, e caetânica. Coube, em quase 1h50m espetáculo, também samba, frevo, balada, canção, num show que ecoou realmente auspicioso.

Cercado dos mesmos jovens e ótimos músicos que gravaram o recente disco – Pedro Sá (guitarra), Ricardo Dias Gomes (baixo e piano Rhodes) e Marcelo Callado (bateria). Com um pano de fundo que variava entre o roxo e o vermelho, e tocos de madeira pendurados no alto, funcionando como móbiles, mudando de cor conforme a ituminação, Caetano abriu a noite com as duas primeiras cançôes de “Cê”, “Outro” e “Minhas lágrimas”. Para depois recriar um frevo de Moraes Moreira, “Chão da praça”, e voltar ao disco “Transa”, de 1972, com “Nine out of ten”.

Ele dedicou a canção, com letra em inglês (e algumas frases em português), aos músicos que participaram do disco – Jards Macalé (que estava rompido com Caetano desde aquela época, alegando não ter recebido então o crédito como produtor), Tutty Moreno, Aureo de Souza e Moacir Albuquerque – justificando que “Transa” teve o mesmo formato de um grupo básico agora retornado em “Cê”. Antes de iniciar a canção seguinte, “Um Tom”, lançada no disco “Noites do Norte”, Caetano homenageou o violoncelista e arranjador Jaques Moretenbaum, dizendo que devia a ele a seguranca com que trabalhava com os mùsicos de “Cê”.

Depois da gestação no estúdio de “Cê” e de mais de três meses de ensaios, Caetano e banda estavam entrosados e o show fluiu bem, mesmo que a acústica da Academia Music Hall tenha jogado contra, com um eco nos momentos mais pesados da bateria e do baixo.

Em “Um tom”, a guitarra de Pedro Sá (que consegue ao mesmo tempo uma ambientação etérea e rock ao repertório, com os timbres de seu instrumento) demorou a entrar, e foi preciso a intervenção de um técnico para ajustes. Detalhes que não atrapalharam o todo, num roteiro que alternou antigas e novas canções – como “Um homem velho” antes da recente “Homem” – e uma inédita, escrita nos ensaios para a turnê: “Amor mais que discreto”, precedida pela música que o inspirou,”Ilusão à toa”, de Johnny AIf.

Para o habitual momento de voz e violão do meio de seus shows, foi reservada apenas a antiga “A voz do violão”, de Francisco Alves e Horácio Campos. Ela teve direito à uma longa preleção de Caetano, que lembrou dos comentários irados de leitores do blog do colunista do GLOBO Jorge Bastos Moreno (presente na platéia) no Globo Online a uma entrevista entre o primeiro e o segundo turnos da disputa presidencial, na qual ele disse ter votado em Alckmin no primeiro turno, mas ressalvou que poderia mudar para Lula. Para Caetano, o melhor deles foi : “O pior é agüentar ele tocando violão! “.

A maioria do público ficou em pé, em frente ao palco, onde se misturavam jovens, maduros e velhos, e lá estava eu, entre os muitos cantando junto até as canções do novo disco em alternância com os sucessos. “Como 2 e 2” (que ele escreveu para Roberto Carlos) ganhou vigor em sua roupagem balada-rock; sambas como “Sampa” e “Desde que o samba é samba” ficaram bem em tratamento elétrico, ou híbrido, como o samba “Musa híbrida”, um dos destaques do novo disco, com seu andamento quebrado. Ele apresentou “O herói”, de quilométrica letra, mais falada que cantada, abordando a questão racial no Brasil..

Para o bis, mais um clássico do disco “Transa”, “You don’t know me”, e uma segunda dose de “Outro”. Depois da capital federal, a turnê seguiu para Belo Horizonte (dia 25), Florianópotis (dia 30), Porto Alegre (2 de dezembro), São Paulo (6 de dezembro), e chegou ao Rio dias 19 e 20 de dezembro, no Circo Voador, entre outras cidades brasileiras e gringas.

Pois bem, tudo não passa apenas uma criação da minha mente fértil, ou seja, uma mera coincidência que se transformará em realidade no próximo dia 26, no Ginásio Castelinho, quando irei assistir de verdade ao encontro com esse “Homem Velho e Moleque”, que deixa a vida e a morte para trás/ Cabeça a prumo segue o rumo feito um camaleão, polêmico e contextualizado feito uma antena Parabólica.

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“Maranhense Zé de Riba destila inventividade sonora”

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A jornalista, produtora de vídeo e internauta, Cássia Melo, interagiu com o Blog para falar e disponibilizar-me o site do multimídia (cantor, compositor, produtor de rádio, ator, ex-palhaço profissional e marinheiro) maranhense Zé de Riba. Ávido por informação resolvi acessar o endereço virtual do artista, natural de Dom Pedro (MA), que já tinha ouvido falar à distância. Ah! ia esquecendo, ele participou do Festival Internacional de Música, realizado em São Luís, em 2002, indicado pelo Coordenador do Evento, o músico e escritor Josias Sobrinho. Mas é bom que se diga a sua passagem pela ilha passou despercebida. Agora, fiquei deslumbrado ao ter acesso à proposta do artista definido por mim como um liquidificador sonoro com sabor de poesia urbana.

Na edição deste domingo, (15), na coluna do jornalista Pergentino Holanda, (ele) fala de que em sua rápida passagem por São Paulo teve o privilégio de curtir ao show de lançamento do CD Reprocesso de Zé de Riba, no Grazie a Dio !, na Vila Madalena, em São Paulo.

O jornalista conta ainda que o show foi bastante concorrido e o artista foi acompanhado pela mesma banda e as participações que estão presentes no CD “Reprocesso”, entre os quais, André Abujamra e os rappers paulistas do Z´África Brasil.

Além de tomar conhecimento do “Reprocesso”, primeiro projeto discográfico de Zé de Riba, tive o privilégio de conhecer um selo chamado “Urban Jungle Records”, responsável pela produção de um cast de artistas recomendáveis. No meio de tanta gente boa como Céu, Sambasonics e Bina & Ehud, lá estava Zé de Riba, o maranhense autêntico, que traz na identidade o nome de José. Uma figura rodada, um poeta de rua, rural e urbano, que descobre a sua inspiração na miscigenação cultural, nas crendices e na cultura urbana brasileira, Cultivando uma poesia selvagem e crua, ele faz nascer nos seus textos personagens do nosso cotidiano.

Vários rostos, várias peles, vários hábitos juntos no mesmo país, na mesma cidade. Excluídos da nossa sociedade de consumo, convivendo no dia-a-dia das ruas de uma sociedade compulsiva e efêmera são matéria-prima para a criação de uma obra de arte que expõe a vida e seus mistérios a partir de uma ótica simples, mas de uma grande urgência. Ele procurou mostrar essas nuances em julho de 2001, projeto Prata da Casa, no Sesc Pompéia, em São Paulo, com o show “Cara dum Cara do Outro”. Em janeiro de 2002, lançou seu segundo show “Pancada Seca” e participou da gravação do CD e do show “Seda Pura”, da cantora Simone, onde gravou duas de suas composições (“www.sem” e “Fuga nº1”).

Entre 2003 e 2005, enquando gravava seu primeiro CD, participou como convidado especial dos shows da banda paulista de jazz eletrônico Alta Fidelidade e fez uma temporada de shows na França, em novembro 2006, no Favela Chic de Paris.

Reprocesso

Aos 45 anos, Zé de Riba se junta com uma banda de músicos brilhantes e com a ajuda do produtor musical e multi-instrumentista Mano Bap (Central Srutinizer, Karnak) finalmente nos presenteia com seu primeiro disco, “Reprocesso”, transformando a cultura de rua brasileira num grande banquete musical.

Cada uma das 13 faixas do CD são crônicas da vida nas ruas, das grandes metrópoles brasileiras e funcionam como pequenos curtas-metragens. Um mundo de sambas tortos (samba punk?) onde a cultura regional é reprocessada ao cotidiano. Lembranças dos seus passeios pelos bastidores da vida onde convivem camelôs, bêbados, marginais, trabalhadores e poetas, todos esses protagonistas da nossa cultura de rua e do caos urbano.

O CD começa com “Moça da Rua”, um Zé de Riba com instrumentos amplificados de forma artesanal que mostram de entrada o tom de um artista autêntico passando pela experiência da primeira gravação.

Logo na segunda faixa “Valente Tupi”, uma história sobre a honra dos Tupis – “primeiros guerreiros brasileiros” – influenciada pelo poema do século 19 “I Juca-Pirama”, do poeta maranhense Gonçalves Dias. Constrate com o personagem da música seguinte “Samba da Dalgiza” aonde “melhor um covarde vivo que um herói morto”. Uma música sobre como sobreviver numa feijoada na casa da Dalgiza. A resposta não parece ser tão simples…

“Juvenal” lembra que São Luís do Maranhão não fica tão longe da Jamaica. Um Dub libertador. Em “Oito Pilha Hum real”, Zé nos projeta para dentro de uma história de vendedores ambulantes nos trens. A loucura urbana com a participação de repentistas modernos: os rappers Funk Buia e Gaspar da banda Z’África Brasil.

Na música seguinte “Banto” mergulha nas raízes africanas da música brasileira criando uma roda de capoeira psicodélica, “é 100% negro que Angola deixou”. Em “Samba para o Bocato” é uma homenagem ao grande músico paulista, que participa da gravação. O disco encerra com “R$1,99”, um samba na tradição de Noel Rosa e Adorinan Barbosa e com “Desempregado” tendo como convidado especial André Abujamra, também produtor da faixa.

Enfim, as letras de Zé de Riba fazem viagens temáticas, irônicas, cosmopolitas e globalizadas economicamente, que quase sempre extrapolam as lembranças de sua Dom Pedro (MA) ou mesmo de São Paulo, onde ele vive há 20 anos.

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Guarnicê

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A superstição e o misticismo são as palavras de ordem quando a Sexta-Feira é 13. Pois bem, hoje é dia de exorcizar o baixo astral, o pessimismo e todos os males que tentam incomodar o nosso dia-a-dia. E já que estamos na Sexta 13 o momento é de fazer uma promessa para os santos protetores do bumba-meu-boi e do tambor de crioula para que consigam o título de Patrimônio Cultural do Brasil.
Seria fazer justiça a essas manifestações afro-brasileiras símbolos da riqueza, peculiaridade, preservação e costumes do autêntico povo brasileiro.

A idéia de transformar o bumba-meu-boi em patrimônio nacional começa a mostrar avanços significativos nesta sexta-feira, com a assinatura do Protocolo de Intenções numa ação conjunta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Secretaria do Estado da Cultura e Fundação Municipal de Cultura.

A primeira etapa do projeto terá início ainda este ano com a realização de pesquisas e estudos sobre os diferentes sotaques da brincadeira que serão reunidos no Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC) do Complexo Cultural do Bumba-meu-boi do Maranhão, realizado pelo Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular entre os anos de 2001 e 2002, tendo como pesquisadores os antropólogos Luciana Carvalho e Gustavo Pacheco.

Os resultados serão encaminhados ao Iphan de Brasília, que é responsável pela fundamentação do pedido de registro como bem imaterial.

Como parte do dossiê, a superintendência do Iphan no Maranhão também está responsável pelo registro fotográfico e a produção de um documentário sobre o bumba-meu-boi, cujas filmagens serão concluídas até o segundo semestre deste ano.

As pesquisas serão realizadas por professores e estudantes que integram o grupo de pesquisa de religião e folclore da UFMA, técnicos do Iphan e pesquisadores da Comissão Maranhense de Folclore.

Antes da assinatura do protocolo, a comissão realizou, no mês de março, quatro reuniões que contou com a presença de representantes de grupos de bumba-meu-boi dos sotaques de matraca, zabumba, orquestra, pandeirão e costa de mão. O objetivo foi apresentar a proposta aos representantes que indicaram apenas um representante de cada sotaque para compor a comissão responsável pelo encaminhamento do pedido.

Durante as reuniões foram coletadas assinaturas num Livro de Adesão, no qual os assinantes solicitam o registro ao Iphan.

Tambor de Crioula

Antes do bumba-meu-boi, a comissão solicitou outro pedido de patrimônio imaterial o do tambor de crioula. O trabalho de pesquisa durou três anos e a previsão é que o resultado seja divulgado em julho deste ano.

O registro de bens culturais como patrimônio imaterial do país foi instituído a partir do decreto número 355, de 4 de agosto de 2000 que prevê o registro de bens culturais de natureza imaterial como patrimônio cultural brasileiro. Até agora 12 manifestações culturais brasileiras foram registradas, a exemplo do Círio de Nazaré (PA), Jongo (RJ), Acarajé (BA) e, mais recentemente, o frevo pernambucano. (Jornal O Estado do Maranhão – 13/04/2006)

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Vitrine

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Infelizmente não pude estar presente na solenidade de apresentação do projeto da Feira de Música de Fortaleza em São Luís. O evento aconteceu na última segunda-feira (9), no Laborarte, na Rua Jansen Müller.

Fiquei sabendo que foi muito proveitoso o encontro. Os artistas marcaram presença e ficaram atentos as explicações da coordenadora de programação da Feira em Fortaleza, Thaís Andrade. Ela disse que o objetivo da Feira é incentivar a participação de músicos, produtores e empresários locais do ramo, na 6ª edição da feira, que acontece de 15 a 18 de agosto, na capital cearense. Na última segunda-feira uma reunião foi realizada, na sede do Laborarte (Rua Jansen Muller – Centro).

A Feira não é somente uma vitrine para os artistas da música, do Nordeste e de outras regiões do país, mas é também um espaço para a realização de negócios na área. Tive a o oportunidade de participar da Feira de Música de Brasília, em abril do ano passado. O objetivo não é alterado de um lugar para outro. São realizadas palestras, workshops, conferências, exposições e shows. A feira tem como principal objetivo fomentar estratégias para o desenvolvimento do mercado da música.

Em Fortaleza, as inscrições para a 6ª Feira da Música devem ser realizadas até o dia 31 de maio e podem ser feitas através do site www.feiramusica.com.br. Formulários de inscrições podem ser encontrados também na Secretaria de Estado da Cultura (Rua Portugal – Praia Grande). A organização oferecerá aos artistas selecionados, hospedagem, alimentação e transporte local gratuitos.

Os interessados devem enviar para a produção do evento a ficha de inscrição, CD demo com no mínimo três músicas, ficha técnica, release e fotografia em alta resolução. A divulgação do resultado está prevista para o dia 6 de junho.

A maior parte da programação do evento é realizada no Sebrae, da capital cearense, onde acontecem palestras, seminários e negócios. Na praça do Poço da Draga, na Praia de Iracema, são realizados os shows gratuitos. Já no Centro Dragão do Mar acontecem as apresentações de música instrumental.

Do Maranhão, já participaram da feira, o Tambor-de-Crioula do Mestre Felipe, Cacuriá de Dona Teté, Boi Pirilampo, Big Show Band, Chiquinho França, LL3, Roberto Ricci, a dupla Carol e Ana Teresa, Flávia Bittencourt e o grupo T.A. Calibre 1.

Realizado pela Associação dos Produtores de Discos do Ceará (Prodisc), o evento conquistou uma dimensão internacional, em 2004, quando passou a homenagear um país diferente a cada ano. Já foram realizados a Feira na Alemanha, França e Cabo Verde.

Um dos eventos realizados na programação da feira é o Encontro Nacional da Música, que reúne coordenadores dos fóruns de música de vários estados do Brasil. A idéia é elaborar ações que possam ser aplicadas nas políticas culturais de cada estado. O cantor e compositor Josias Sobrinho (foto) poderá ser o representante maranhense no encontro.

Diante de grupos e artistas que já participaram da Feira e pelo potencial cultural existente no Maranhão, já é possível se pensar na realização de um evento dessa natureza pra bandas de cá…

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