Sir. Simpatia
Em noite de lua cheia em São Paulo, Sir Paul McCartney esbanjou simpatia, bom humor e emoção com os brasileiros presentes ao primeiro show do ex-beatle no estádio do Morumbi, neste domingo (21).
O bom e velho Macca levou um repertório sem nenhum mistério, ou seja, cantou as clássicas do período dos Beatles aos Wings (Black Bird, Obla Di Obla Da, Let It Be, Band On The Run, etc. Enfim, ele divertiu diversas gerações de beatlemaníacos à fissurados por Black Eyed Peas, Metallica, Rush, on Jovi, Coldplay, Björk, James Brown. McCartney é universal, eterno e de todas as tribos.
Nesta segunda-feira (22) tem mais, com um outro show esgotado de McCartney no mesmo Morumbi – que terá um presente se tiver novamente a bela lua cheia que se manteve atrás do palco na noite da primeira apresentação paulistana.
O show
O inglês consegue fazer com que as três horas de apresentação passem depressa. Antes que as pernas comecem a doer, o primeiro bis já começou. Do início, com a dobradinha “Venus & Mars / Rock show”, até o encerramento ao som de “Sgt. Pepper’s lonely hearts club band”, todos parecem hipnotizados pelo carisma e bom humor de McCartney.
A primeira vez que sentou ao piano foi para tocar “Long and winding Road”, oitava música do repertório. Antes de se levantar, ainda embalou “1985”, “Let em in” e “My Love” – essa última dedicada aos casais de namorados (ele ainda explicou que a compôs para sua “gatinha” Linda)
Sim, ele vai ler o teleprompter, disparar expressões locais (“galera” e “paulistas” dessa vez) e dizer que vai tentar aprender português. E, sim, o ex-beatle irá fingir que o volume de “Live and let die” é muito alto para a sua idade ao final da canção que abusa da pirotecnia. Mas isso não é nada ruim: com um repertório que inclui 20 canções daquela que é a maior banda de todos os tempos e com um charme irresistível, Paul pode se dar ao direito de se repetir.