“Eu e a Brisa”

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O autor de “Eu e a Brisa” e um dos precursores da Bossa Nova, Johnny Alf já não está mais entre nós. Ele morreu na tarde desta quinta-feira, 4, em Santo André no ABC paulista. O músico estava internado no Hospital Estadual Mário Covas, onde passava por um tratamento contra um câncer na próstata. A doença foi diagnosticada havia 10 anos.

Mesmo doente ele não parou de fazer algumas pequenas apresentações. Em maio do ano passado, Johnny Alf comemorou os 80 anos com uma série de shows no Sesc Pinheiros, em São Paulo, ao lado de Alaíde Costa e Emílio Santiago.

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Biografia – (1929/2010)

Alfredo José da Silva nasceu em 19 de maio de 1929, no Rio de Janeiro, e iniciou os estudos de piano ainda criança. Na adolescência, se interessou pelo jazz, pelo cinema e pelas músicas de Cole Porter e George Gershwin. Seu apelido foi dado por uma amiga americana.

Duetos virtuais

Uma das últimas aparições de destaque do pianista aconteceu na exposição “Bossa na Oca”, em São Paulo, em 2008. Na mostra que homenageava os 50 anos do estilo musical que projetou o Brasil mundialmente, Alf teve um encontro virtual com nomes como Tom Jobim, Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz. O artista tocava piano com as projeções dos colegas, já mortos, para um filme que foi exibido ao longo do evento.

Johnny Alf morreu sem deixar parentes e vivendo em um asilo na Grande São Paulo. Para o curador da exposição, Marcelo Dantas,  ele foi desvalorizado pela memória do país. “É o caso clássico do artista que não teve o reconhecimento a altura de seu talento.. E Alf foi um gênio, teve participação na história da nossa música”. Enfim, é o Brasil e algumas injustiças. Esquecendo as mágoas, o bom é imortalizar a frase de Tom Jobim: “Alf é genial…”

Fonte: G1

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