Circoluz Brincante

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Circoluz Brincante, da Cia Tapete Criações Cênicas, do Maranhão, foi um dos nove selecionados para compor a Mostra Nordeste do XVIII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga, que ocorre de 3 a 10 de setembro na cidade serrana do Ceará.

O espetáculo de Raquel Franco Almeida explora o círculo como local do teatro, do ritual, do circense e do encontro, onde são exploradas as várias possibilidades de jogo e diálogo entre comicidade, cultura popular maranhense e habilidades circenses.

A mostra contará também com dois espetáculos do Ceará, dois de Pernambuco e um da Bahia, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte.

Participaram da seleção 72 trabalhos inscritos de 67 companhias da região, voltados para espaços não-convencionais, teatro de rua, performances, contação de história, circo-teatro, teatro popular e palco italiano.

O critério utilizado pela comissão de seleção foi da qualidade do trabalho teatral, diversidade estética e como estes investigam o teatro de rua e o teatro na rua.
 
Realizado pela Associação dos Amigos da Arte de Guaramiranga – AGUA, o FNT terá, em oito dias de programação, espetáculos teatrais e de cultura popular, shows, cortejos e lançamentos, além do Programa de Formação com ciclo de debates, oficinas e fórum, que este ano será focado no tema. Até o dia 5 de agosto devem ser anunciados os espetáculos cearenses selecionados para a mostra paralela.

Selecionados para a Mostra Nordeste
 
Qualquer Coisa a Gente Inventa (Celeiro Cultural – BA). Autora, diretora e atriz: Meran Vargens. 45min

Meran Vargens traz à cena sua contadora de histórias. Um desafio à imaginação. Uma sessão de histórias inventadas na hora a partir de estratégias de narrativas cênicas, onde o público, se quiser, inventa. A atmosfera é de encontro, intimidade e troca de experiências de vida que habitam nossas memórias, sonhos e nosso rico universo imaginário. 
 
Charivari (Grupo Ninho de Teatro – CE). Texto: Lourdes Ramalho. Direção: Duílio Cunha

É o terceiro espetáculo adulto do grupo e o seu primeiro de rua. Estreou em setembro de 2009. O espetáculo Charivari é uma encenação para o premiado texto homônimo da dramaturga Lourdes Ramalho com direção de Duílio Cunha. Utilizando uma arena em plena praça pública para o desfile de personagens de cunho farsesco, o espetáculo se propõe a rememorar as tradições carnavalescas medievais em diálogo com elementos do teatro contemporâneo e da cultura popular para fazer rir e, ao mesmo tempo, constituir um charivari de nossos tempos no qual o riso zombeteiro é a arma para correção dos males praticados. 
 
Flor de Macambira (Grupo Ser Tão Teatro – PB)

Baseado na obra “O Coronel de Macambira” de Joaquim Cardozo. Adaptação: Rosyane Trotta. Direção: Christina Streva. 58min.

“Flor de Macambira” é uma festa popular com música, comicidade, cor e teatralidade que conta a história da jovem Catirina, a mais bela flor da Fazenda Macambira, que sucumbe aos vícios e tentações mundanas e, para salvar a si e a seu amado, mergulha nas profundezas de sua alma.

Tipos do cotidiano brasileiro como o coronel sanguinário, o padre mercantilista, o bicheiro corrupto, e o triunvirato do capitalismo: o economista ilusionista, o banqueiro especulador e o marqueteiro enganador vão sendo apresentados, quadro a quadro, no espetáculo. A peça é uma leitura contemporânea do texto da década de 60.

Abajur Lilás (Grupo Imagens de Teatro – CE). Texto: Plínio Marcos. Direção: Edson Cândido. 1h

Texto de 1969. Foi proibido em abril de 1970 e permaneceu na gaveta da censura por uma década, sob a alegação de que atentava contra a moral e os bons costumes. Liberado em abril de 1980, provocou profundo impacto em sua estreia nacional e teve inúmeras versões regionais durante 20 anos. Três mulheres sobrevivem como prostitutas à beira da marginalidade.

Apesar das incontestáveis dificuldades este cotidiano, tudo está como deveria. Até que um dia, tomada por um subido acesso de raiva e o árduo desejo de provocr o proprietário do covil, uma delas quebra um abajur. Este evento é o suficiente para desencadear a vingança do dono do prostíbulo.
 
Canto de Gregório (Grupo Magiluth – PE). Dramaturgia: Paulo Santoro. Direção: Pedro Vilela

Gregório é um personagem inquieto com o sentido de suas próprias ações. Sozinho em seu canto ele busca uma ética conversando com mitos da religião e da filosofia e armando um cenário para ser julgado pelo crime de não ser um bom homem.
 
Circoluz Brincante (Cia Tapete Criações Cênicas – MA). De Raquel Franco Almeida

O espetáculo explora o círculo como local do teatro, do ritual, do circense e do encontro. Nele, a palhaça Keke divide com o público elementos de sua genealogia, as partículas de brincadeira, riso e absurdo que a compõe. São exploradas as várias possibilidades de jogo e diálogo entre comicidade, cultura popular maranhense e habilidades circenses.

Flúvio e o Mar (Atores à Deriva Coletivo Artístico – RN). Texto e Direção: Henrique Fontes. 50minUm menino com um destino de onda, um desejo de Mar. Assim é Flúvio, o herói deste espetáculo infanto-juvenil do Coletivo Atores à Deriva. A peça conta a história de Flúvio, um menino de nome aquático que mora na pequena cidade de Elmo das Pedras e que um dia decide partir em uma aventura em busca do mar, porque segundo ele. É do mar que nasce toda a vida. No caminho encontra alguns personagens curiosos. Eles aparecem em seu caminho, alertando-o sobre suas escolhas.
 
O Auto da Folia de Reis (Grupo Corpos Teatro Independente – PI). Texto,  Direção e Produção: Adalmir Miranda

É um espetáculo teatral de cunho popular que traz como tema principal o Reisado do Piauí. Possui a carcterística principal de espetáculo de teatro de rua resgatando a expressão popular do nosso povo nas mais diversas áreas da cultura nordestina, trabalhando o teatro infanto-juvenil. Dentro de uma concepção bastante simples, o texto traz no seu bojo um levantamento realizado por trabalho de pesquisa sobre as expressões populares nas mais diversas áreas da cultura nordestina, tendo como foco principal o reisado e costumes do folclore piauiense.

Pólo Marginal – Opereta de Rua (Grupo de Teatro de Rua Loucos e Oprimidos da Maciel / IDS – Instituto de Desenvolvimento Social – PE). Texto: Marco Pólo Guimarães. Direção: Carlos Salles. 60min

Conta a história de um grupo de artistas saltimbancos que decidem aportar no centro do Recife, trazendo a força da poesia e da música como forma de provocar as pessoas com relação à sensibilidade e a emoção presente em cada um de nós. Com poemas fortes e lancinantes, o espetáculo propõe uma radiografia dos problemas comumente observados nos grandes centros urbanos.
 
Espetáculos Suplentes para a Mostra Nordeste

Além dos nove selecionados, a comissão indicou seis espetáculos suplentes. São eles:
Sim Salabim (Cia O Mínimo – SE)
Versos de Um Lambe Sola (Associação Teatral Joana Gajuru – AL)
Remendo Remendó (A Outra Companhia de Teatro – BA)
A Carroça é Nossa (Grupo Xama Teatro – MA)
Conversa de Lavadeiras (Trupe `Caba de Chegar – CE)
Sebastião (Território Sirius Teatro / Cooperativa Baiana de Teatro – BA)
 
Serviço

XVIII Festival Nordestino de Teatro de Guaramiranga (FNT) – De 03 a 10 de setembro em Guaramiranga/CE. Informações: (85)3321.1405, (85)8722.2677, [email protected] e [email protected]. Site: www.agua.art.br.

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