Música & Ecologia

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A vila de pescadores de Jericoacoara ou Jeri, assim alcunhada por seus moradores e fiéis frequentadores, terá cinco dias de shows, workshops e “canjas”, com atrações imperdíveis, de graça.

O local, que fica no ponto mais setentrional da costa cearense, a 300 km de Fortaleza é uma APA (Área de Proteção Ambiental) situada no entorno do Parque Nacional de Jericoacoara. Seu acesso, por terra, só é possível utilizando-se veículos com tração nas quatro rodas, dada às condições da indefinida e mutante estrada de 20 km, entre dunas.

Com a expectativa de receber mais de 500 pessoas para o evento, medidas foram adotadas para garantir que o local não sofra impacto ambiental ou traga risco à população e aos seus muitos visitantes –na maioria estrangeiros.

“Haverá recipientes coletores para o lixo, banheiros químicos, ambulância e segurança suficiente para atender a todos”, garantiu José Osmar Fonteles, secretário de Turismo e Meio Ambiente da Prefeitura de Jijoca de Jericoacoara, em entrevista à Folha, por telefone.

Idealizador e produtor do festival, o gaúcho Antonio Ivan Santos da Silva, 47, conhecido como “Capucho”, disse à Folha, que “não tem sentido cobrar da população por isso”. – A música deve ser servida de graça, em Jeri, já que estão nos emprestando sua beleza natural como palco. –

Por isso, não cobrará ingresso para nenhuma das atividades do evento orçado em R$ 448 mil para a sua realização.

O primeiro show será de Giuliano Eriston, 13, guitarrista, morador de Jeri, que despontou no evento passado ao participar de “canjas” que aconteceram nos bares, depois dos shows, ao lado de mestres como Arismar do Espírito Santo, Toninho Horta e o baixista Sisão Machado.

– Ele foi convidado a participar desta edição, como atração, por ser extremamente musical e ter atitude -, explicou o produtor.

No time de craques e com muito mais experiência, está o polivalente acordeonista e compositor francês Richard Galliano, 59, apaixonado pela música brasileira, jazz, Bach (1685- 1750) e Sivuca (1930-2006) de quem foi amigo. Galliano pede a quem for escutá-lo que faça silêncio.

– Meu show é solo. Preciso disso”, explicou, em entrevista à Folha, por telefone, de Ierevan, capital da Armênia, onde passou com sua turnê mundial. O músico prometeu interpretar algumas de suas composições como “Tango Pour Claude”, “New York Tango”, além de “Odeon”, de Ernesto Nazareth (1863-1934), “Libertango”, de Astor Piazzolla (1921-1992) e alguns standards de jazz escolhidos na hora.

“Canjas” musicais, nos bares e restaurantes da beira da praia, onde músicos se reúnem e tocam a vontade, estão garantidas no término dos shows.

Com um time de músicos virtuoses improvisando como este, impossível será recolher todas as notas musicais executadas, que devem ficar espalhadas pelas areias e arredores de Jeri, durante milênios. Estas jamais irão se decompor.

PROGRAMAÇÃO

Dia 30/11

Giuliano Eriston (CE) – 20h
Moderna Tradição (SP) – 21h.
Banda Mantiqueira (SP) – 23h

Dia 1/12

Trio Curupira (SP) – 21h
Manasses (CE) – 23h

Dia 2/12

Richard Galliano (França) – 21h
Rudy y Nini Flores com participação de Luiz Carlos Borges (Argentina/RS) – 23h

Dia 3/12

Dory Caymmi e Renato Braz (RJ/SP) – 21h
Joyce Moreno participação especial de Theo de Barros – 23h

Dia 4/12

Yamandú Costa (RS) – 21h
Hermeto Pascoal (AL) – 23h

OFICINAS/WORKSHOPS

Prática de Conjunto e Guitarra – Oficina com Arismar do Espírito Santo

Violão – Oficina com Maurício Carrilho

Violão – Oficina com Alessandro Penezzi

Piano – Oficina com André Marques

Composição – Oficina com Celso Viáfora

Sax – Oficina com Marcelo Bernardes

Panorama da MPB – Oficina com Pedro Aragão

Flauta – Oficina com Toninho Carrasqueira

Percussão – Oficina com Cleber Almeida

Bateria – Oficina com Márcio Bahia

Deu no Uol

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O que assistir

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Confira a programação da V Mostra de Cinema e Direitos Humanos.

29/11 – SEGUNDA-FEIRA
19h30 – Sessão de Abertura
VIDAS DESLOCADAS – João Marcelo Gomes (Brasil, 13 min, 2009, doc)
PERDÃO, MISTER FIEL – Jorge Oliveira (Brasil, 95 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

30/11 – TERÇA-FEIRA
13h30
A VERDADE SOTERRADA – Miguel Vassy (Uruguai/ Brasil, 56 min, 2009, doc)
ROSITA NÃO SE DESLOCA – Alessandro Acito, Leonardo Valderrama (Colômbia/ Itália, 52 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos
 
15h30
ENSAIO DE CINEMA – Allan Ribeiro (Brasil, 15 min, 2009, fic)
108 – Renate Costa (Paraguai/ Espanha, 91 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos
 
17h30
A BATALHA DO CHILE II – O GOLPE DE ESTADO – Patricio Guzmán (Chile/ Cuba/ Venezuela/ França, 90 min, 1975, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

19h30
ABUTRES – Pablo Trapero (Argentina/ Chile/ França/ Coréia do Sul, 107 min, 2010, fic)
Classificação indicativa: 16 anos
 
1/12 – QUARTA-FEIRA
13h30 – Audiodescrição
AVÓS – Michael Wahrmann (Brasil, 12 min, 2009, fic)
ALOHA – Paula Luana Maia, Nildo Ferreira (Brasil, 15 min, 2010, doc)
CARRETO – Marília Hughes, Claudio Marques (Brasil, 12 min, 2009, fic)
EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO – Daniel Ribeiro (Brasil, 17 min, 2010, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual.
Classificação indicativa: 12 anos

15h30
HÉRCULES 56 – Silvio Da-Rin(Brasil, 94 min, 2006, doc)
Classificação indicativa: 12 anos
 
17h30
DIAS DE GREVE – Adirley Queirós (Brasil, 24 min, 2009, doc)
PARAÍSO – Héctor Gálvez (Peru/ Alemanha/ Espanha, 91 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

19h30
CARNAVAL DOS DEUSES – Tata Amaral (Brasil, 9 min, 2010, fic)
MEU COMPANHEIRO – Juan Darío Almagro (Argentina, 25 min, 2010, doc)
LEITE E FERRO – Claudia Priscilla (Brasil, 72 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 16 anos
 
2/12 – QUINTA-FEIRA
13h30– Audiodescrição
PRA FRENTE BRASIL – Roberto Farias (Brasil, 105 min, 1982, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual.
Classificação indicativa: 14 anos

15h30
A CASA DOS MORTOS – Debora Diniz(Brasil, 24 min, 2009, doc)
CLAUDIA – Marcel Gonnet Wainmayer(Argentina, 76 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

17h30
ALOHA – Paula Luana Maia / Nildo Ferreira (Brasil, 15 min, 2010, doc)
AVÓS – Michael Wahrmann (Brasil, 12 min, 2009, fic)
CINEMA DE GUERRILHA – Evaldo Mocarzel (Brasil, 72 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

19h30
KAMCHATKA – Marcelo Piñeyro (Argentina/ Espanha/ Itália, 103 min, 2002, fic)
Classificação indicativa: livre
 
3/12 – SEXTA-FEIRA
13h30
DOIS MUNDOS – Thereza Jessouroun (Brasil, 15 min, 2009, doc)
AMÉRICA TEM ALMA – Carlos Azpurua(Bolívia/ Venezuela, 70 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

15h30
VLADO, 30 ANOS DEPOIS – João Batista de Andrade (Brasil, 85 min, 2005, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

17h30
A HISTÓRIA OFICIAL – Luis Puenzo (Argentina, 114 min, 1985, fic)
Classificação indicativa: 12 anos
 
19h30
XXY – Lúcia Puenzo (Argentina/ França/ Espanha, 86 min, 2006, fic)
Classificação indicativa: 16 anos
 
4/12 – SÁBADO
13h30
MÃOS DE OUTUBRO – Vitor Souza Lima (Brasil, 20 min, 2009, doc)
JURUNA, O ESPÍRITO DA FLORESTA – Armando Lacerda (Brasil, 86 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

15h30
HALO – Martín Klein (Uruguai, 4 min, 2009, fic)
ANDRÉS NÃO QUER DORMIR A SESTA – Daniel Bustamante (Argentina, 108 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

17h30
MARIBEL – Yerko Ravlic (Chile, 18 min, 2009, fic)
O QUARTO DE LEO – Enrique Buchichio (Uruguai/ Argentina, 95 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 14 anos

19h30
O FILHO DA NOIVA – Juan José Campanella (Argentina/ Espanha, 124 min, 2001, fic)
Classificação indicativa: livre

5/12 – DOMINGO
13h30
GROELÂNDIA – Rafael Figueiredo (Brasil, 17 min, 2009, fic)
MUNDO ALAS – León Gieco, Fernando Molnar, Sebastián Schindel (Argentina, 89 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos
 
15h30
CARRETO – Marília Hughes, Claudio Marques (Brasil, 12 min, 2009, fic)
BAILÃO – Marcelo Caetano (Brasil, 17 min, 2009, doc)
DEFENSA 1464 – David Rubio (Equador/ Argentina, 68 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

17h30
O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS – Cao Hamburger (Brasil, 110 min, 2006, fic)
Classificação indicativa: 10 anos
 
19h30
EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO – Daniel Ribeiro (Brasil, 17 min, 2010, fic)
IMAGEM FINAL – Andrés Habegger (Argentina, 94 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

www.cinedireitoshumanos.org.br
* O formato de exibição dos filmes é DVCAM.

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Tributo

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Zeca Baleiro, que lança o CD Concerto, nesta sexta-feira, (25), no Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília (DF), assina a produção do CD “Praça Tiradentes”, disco de Odair Jo (foto) que deve chegar às lojas logo depois do Carnaval de 2011.

O disco traz canções inéditas assinadas por Odair José e por artistas como Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes e Chico César. Odair ficou conhecido pela música “Pare de Tomar a Pílula”, virou nos últimos dez anos celebridade no circuito musical alternativo e é cultuado por grandes nomes da nova geração da MPB.

Odair José, que se apresenta nesta sexta-feira, (25), em São Luís, teve sua obra revisitada em 2006 com o lançamento do CD Tributo “Eu Vou Tirar Você Desse Lugar”, com músicas interpretadas por nomes como Paulo Miklos, Mundo Livre S/A, Pato Fu e Mombojó, que faz show neste sábado (27), no Circo Cultural da Cidade, no I Mulambo Festival.

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Praia Grande

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São Luis recebe pela primeira vez a 5ª edição da Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul que em 2010 chega a 20 capitais, quatro a mais que na edição anterior. A programação acontece entre os dias 29 de novembro a 5 de dezembro no Cine Praia Grande com entrada gratuita.

 No evento de abertura, marcada para às 19h30, haverá a exibição de um curta-metragem e do longa “Perdão Mister Fiel”, de Jorge Oliveira. Pela primeira vez, um documentário mostra como morreram alguns jovens que se rebelaram contra o terror da ditadura. Entrevistas com trinta personalidades brasileiras, entre presidentes de estados, historiadores, escritores, ex-presos e exilados, contando suas experiências pessoais e analisando o contexto político nacional e internacional que motivou a barbárie da ditadura militar.

Com entrada gratuita em todas as sessões, a 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul exibe, a partir de 8 de novembro, 41 títulos em 20 capitais brasileiras: Aracaju (10-16/12), Belém (25-28/11 e 2-5/12), Belo Horizonte (13-19/12), Brasília (16-23/11), Cuiabá (10-18/11), Curitiba (17-23/11), Fortaleza (8-14/11), Goiânia (3-9/12), João Pessoa (11-18/11), Maceió (29/11-9/12), Manaus (29/11-5/12), Natal (18-25/11), Porto Alegre (23-28/11), Recife (6-12/12), Rio Branco (6-12/12), Rio de Janeiro (30/11-5/12), Salvador (3-9/12), São Luís (29/11-5/12), São Paulo (19-25/11) e Teresina (11-17/11).

No total, estão representados nesta quinta edição da Mostra dez países da América do Sul: Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela.

Realizado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira e patrocínio da Petrobras através da Lei Rouanet, o evento é dedicado a obras que abordam questões referentes aos Direitos Humanos, produzidas recentemente nos países sul-americanos. Entre outros, estão presentes na programação temas como o direito à terra, ao trabalho, à inclusão social, à diversidade étnica, à diversidade religiosa, à solidariedade intergeracional da cidadania LGBT, o direito à memória e à verdade, direitos dos povos indígenas, das pessoas com deficiência, da pessoa idosa, da criança e do adolescente, da população carcerária, da população afrodescendente e dos refugiados.
 
Em todas as cidades acontecem sessões com audiodescrição e closed caption, garantindo o acesso a pessoas com deficiência visual e ou auditiva.

A 5ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul conta com apoio do Ministério das Relações Exteriores, da TV Brasil e da Sociedade Amigos da Cinemateca. As obras mais votadas pelo público são contempladas com o Prêmio Aquisição TV Brasil nas categorias longa, média e curta-metragem. A programação tem curadoria do cineasta e curador Francisco Cesar Filho. Mais informações podem ser acessadas no site www.cinedireitoshumanos.org.br.

Homenageado

Entre os destaques desta 5ª edição da Mostra, está a homenagem ao ator Ricardo Darín (foto), um dos mais populares atores da televisão e do cinema argentino, consagrado com o sucesso popular do longa-metragem “O Filho da Noiva” (de Juan José Campanella, 2001). Incluída na programação, a obra, sobre um homem em crise que tenta reconstruir seu passado, foi indicada ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

Ricardo Darín comparece ao evento e apresenta a sessão em São Paulo do longa inédito comercialmente no Brasil “Abutres”, obra lançada no Festival de Cannes de 2010 e dirigida pelo cineasta argentino Pablo Trapero. No filme, Darín vive um advogado em busca de vítimas de acidentes de trânsito para tirar a maior indenização possível das seguradoras e ficar com uma gorda comissão.

Co-estrelado por Cecília Roth e também indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro, “Kamchatka” é dirigido por Marcelo Piñeyro (2002) e aborda as lembranças de uma criança durante a ditadura argentina da década de 1970, na qual sua família é obrigada a esconder-se para não ser presa.
 
Completa a homenagem o vencedor da Semana da Crítica do Festival de Cannes “XXY” (2006), de Lúcia Puenzo (filha de Luís Puenzo, diretor de “A História Oficial”, título presente na Retrospectiva Histórica da Mostra). O enredo conta a história de um adolescente intersexual que, devido a uma doença genética, apresenta características de ambos os sexos.

Fonte: Assessoria

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Paz & Amor

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“Quem não vai à Nova York vai de Madureira“. Se eu não pude ir a Broadway vim ao Teatro Oi Casa Grande, no Leblon,  assisti a remontagem, a adaptação e versão à brasileira de Hair. Logo no início fiquei assustado, pois achava que não conseguiria entrar nas sessões de sábado, pois a lotação da casa estava esgotada. E ai, o que restava era o outro fim de semana, quando não estaria mais no Rio de Janeiro. O que me restou foi correr atrás do lucro, pois um dos objetivos nesse passeio de férias seria curtir o espetáculo, tendo em vista a curiosidade e o burburinho via imprensa. No apagar das luzes surgiu uma vaga para um jornalista ávido por informação e da eterna busca pelo conhecimento, pois entende como a tatuagem da alma.

 Não comungo com o ser intectual ou intelectualóide, dono da verdade absoluta. Também não concordo em ser uma topeira. Tenho como ideologia para viver: comida, diversão e arte. E já que pensar não traz infelicidade e tampouco dói, ir ao teatro é uma terapia saudável e perfeita para que gosta de refletir sobre comportamento, costumes, entre outros temas do cotidiano de uma civilização cuja história é camaleonica por natureza.

 

Hair, na versão de Charles Moeller e Cláudio Botelho, é um programa obrigatório para quem estiver no Rio de Janeiro. Um peça, que desde que entrou em cartaz, têm levado muita gente famosa para prestigiá-la. Na sessão deste de fim de semana, os atores Reinaldo Gianechinni,  Carmo De La Vecchia, entre outras celebridades televisivos, interagiram como plateia. A princípio, o temor de que o musical envelhecera  e perdera a validade, ainda que com suas canções clássicas, mas ao perceber a primeira cena, a primeira canção, foram quebrados os paradigmas.

Aquarius é o cartão de visita de Hair, apresentando alguns aspectos que serão explorados em seguida. A canção, poderosa, é interpretada de forma vibrante pelo elenco de 30 atores, todos caracterizados como hippies dos anos 60. A apresentação também anuncia o que o espectador pode esperar: um elenco afiado, afinado, motivado. E, para aproveitar tamanha energia, Charles e Claudio empenharam-se no que pode ser seu melhor trabalho.

Fiquei maravilhado com os todos os protagonistas do musical, mas fiquei vidrado nas performances de Hugo Bonemer, como Claude. Ele reproduz a instabilidade emocional de seu personagem, dividido entre a tribo de hippies e as exigências paternas para se alistar na guerra. Igor Rickli faz Berger, o chefe da tribo, encarregado de manter firme a convicção de lutar contra a absurda guerra com o Vietnã. Ele equilibra bem o sex-appeal (bem utilizado por Berger) com a emoção exigida por um final trágico. Entre as cenas do musical, um outro momento marcante é a nudez dos personagens. Em “Hair”, ela não é erotizada. Ao contrário, é politizada, como forma de protesto  e de desapego.

O nível é mantido pelos demais atores, como Marcel Octavio como Woolf e especialmente Letícia Colin, excepcional como Jeanie, personagem que beiraria a caricatura não fossem seus belos dotes de humor. É uma figura que não se esquece facilmente.

O ativismo pela paz é importante e sempre atual. Hair, repaginado por Charles e Cláudio, soube acrescentar particularidades brasileiras. É emocionante o final do espetáculo, quando os atores convidam a plateia para subir ao palco, derrubando a quarta parede e convocando a todos para uma rara comunhão e reflexão. Enfim, ninguém sai ileso depois de assistir a Hair. E se o musical da era de Aquarius não veio para mudar o mundo, pelo menos convida você a abrir a janela de suas mentes e deixar o sol entrar sempre. (Let The Sun Shine In  Original Version).

Fotos: Divulgação

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Audição & Outono

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Uma tarde nublada típica para se curtir uma música instrumental, jazz, não com aquele gostinho de “Musak” {aquela musiquinha para se ouvir em elevador ou consultório médico).  O “Música no Jardim Botânico 2010“, no Rio de Janero, é um projeto de audição cheio de harmonia, improvisos, fusion, entre outros ingredientes dignas de um instrumentista 100% jazzista. Ah, senti saudades do “Free Jazz Festival”, que tanto curti no Hotel Nacional, na Cidade Maravilhosa, nos anos de 90 e início de 2000, diante da audição de Gilson Peranzzeta & Mauro Senise, além da participação do guitarrista uruguaio Leonardo Amuedo.

O trio tocou standards da música brasileira, entre os quas, tinham canções de João Bosco, Nelson Cavaquinho, Pixinguinha, Dorival Caymmi, Edu Lobo, Garoto, Ary Barroso, Waldir Azevedo. E, não faltaram canções de Peranzetta e do álbum duplo dele e Senise, gravado em 2008. São eles, “Êxtase” e “Caixa de Música”, que contou com a guitarra de Amuedo.

Foram momentos prazerosos, uma celebração de A a Z, em que as fotos falam por si. Flagrantes:

                                         Audição, Improviso e Harmonia

                                             Plateia não se intimidou diante de uma garoa em fim de tarde de outono

                                     Renovação de plateia com geração Pingo de Gente

                                      Pérolas de Tom Jobim guardadas em acervo particular    

Tom & Vinicius em momento de inspiração             

Fotos: Manoela Cutrim

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Premiação

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O Maranhão marcou presença no Tremplin Recife Jazz Festival 2010, representado pelo Quarteto Cazumbá. O evento aconteceu entre os dias 22 e 29 de outubro, 5 e 12 de novembro, no Pátio São Pedro, no projeto Pátio Sonoro, da Prefeitura do Recife.

Composto pelos músicos Wendell Cosme, Mauro Sérgio, Nataniel Assunção e Wesley Sousa, o grupo foi selecionado pela organização do festival e recebeu o apoio da Fundação Municipal de Cultura (Func) para participar do evento.
 
Na noite do domingo (14) foi divulgado o nome do “Quarteto Cazumbá” como grande vencedor do Tremplin Recife Jazz/ Pátio Sonoro. Em segundo lugar no Tremplin ficou o grupo Oxent Groove, da Paraíba; e o terceiro colocado foi Luciano Emerson e Banda Síncope, de Pernambuco.
 
O Cazumbá ganhará gravação, mixagem e masterização de mil cópias de CD em SMD – Semi Metalic Disc (mídia que demanda menos custos e ótima peça de distribuição para os artistas). A gravação será feita no Recife e a mixagem e masterização na Argentina, em um estúdio especializado em jazz.
 
“Nós já estávamos buscando a gravação do cd, o registro do trabalho, e foi uma oportunidade absurda estar no Tremplin e ganhar essa premiação. Foi uma oportunidade única, que muitos grupos de música instrumental buscam e a gente conseguiu graças ao Recife Jazz”, afirma o tecladista da Cazumbá Wesley Sousa, ressaltando a importância do Festival para a banda de jovens músicos.
 
No total, oito grupos foram selecionados para participar do Tremplin, além dos finalistas, participaram do concurso: Dom Angelo Jazz Combo; Mojav Duo; Ska Maria Pastora; Marcos Lira; e Sebastián Pitré. Eles se inscreveram gratuitamente por e-mail, enviando release e música de trabalho.

Significado

Quarteto Cazumbá é um projeto instrumental que visa trabalhar composições próprias e grandes clássicos da música popular brasileira mesclados com uma roupagem contemporânea e valorizando a  riqueza rítmica regional do Nordeste e em especial do Maranhão. Composto por músicos jovens, mas já renomados no cenário maranhense, surge com a proposta inovadora e sem preconceitos a fim de contribuir para propagação da música instrumental de forma geral. Está em fase de produção do seu primeiro cd inteiramente com composições próprias.

Fonte; Assessoria

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Deu no Globo (2)

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Nasce uma Festa em Olinda. Trata-se do Fliporto – evento literário que há seis anos acontecia em Porto de Galinhas, em Pernambuco. Oficialmente chamada de a Festa Literária Internacional de Pernambuco recebeu 43 autores de vários países, que se dividiram em 23 mesas, de sexta-feira (12) até ontem (14).

Nas contas do organizador do encontro, o escritor Antônio Campos, da Academia Pernambucana de Letras, cerca de 50 mil pessoas entraran na dança. A homeageada foi Clarice Lispector, criada nas ruas do Recife. E o tema central a nfluência da presença judaica na literatura ibero-americana.

Entre as mesas, uma das mais concorridas foi a da americana Camille Paglia (foto). Falando a mil por hora, e de pé, como se estivesse discursando, atacou Lady Gaga e a cultura da celebridade.

– Nos anos 60 as celebridades emergiram do entretenimento para se tornarem realeza. Tinhamos celebridades reais, poderosas, talentosas. Eu adorava os escândalos, os casamentos, os divórcios. Agora olho e falo: quem são essas pessoas ? O problema não é a cultura da celebridade, mas a dimensão das celebridades: elas encolheram – disse Cammile.

Cammile dispara dizendo que tentou ignorar miss Lady Gaga por dois anos. “Até que escrevi um artigo para o “Sunday Times”, de Londres, onde cito que ela é uma imitação barata de um passado incrível, como David Bowie. A fama del nos mostra o terrível empobrecimento da cultura pop”.

E você comunga do pensamento da escritora americana Camille Paglia….

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Deu no Globo

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O cineasta maranhense Frederico Machado é destaque em matéria publicada neste domingo (14), no Segundo Caderno, do Jornal O Globo, escrita pelo jornalista Rodrigo Fonseca. Em título “Jazida Maranhense Repleta de Pérolas do Cinema”, é citada que ‘De Costa-Gravas a Sganzerla, a distribuidora Lume, de Frederico Machado, resgata em DVD filmes autorais que andavam sumidos.Ainda, no texto, Frederico anuncia o Festival Lume de Cinema. Já, em produção, o evento será uma Mostra Competitiva, incluindo concorrentes internacionais, previstas para o fim de maio de 2011.

Quanto aos DVDs, o cineasta maranhense tem uma meta: alacançar o padrão da The Criterion Collection, distribuidora criada nos Estados Unidos, nos anos 80, e famosa por suas edições luxuosas, com libretos e documentários informativos.

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Celebração

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Para comemorar o Dia Mundial do Hip Hop, um palco montado em frente ao Teatro Municipal do Rio de Janeiro (RJ), na Cinelândia, região central da capital fluminense, ofereceu atrações gratuitas desde as 15h desta sexta-feira (12).

O evento, chamado de Hip Hop Celebra, teve, durante 12 horas de apresentações, intervenções de grafite, shows e performances de DJs e MCs com rimas, poesias e improvisos sobre diversos temas, entre os quais, o ENEM. E por falar no provão nacional, para inclusão de alunos no ensino de terceiro grau, houve uma manifestação de estudantes durante o evento contra o ENEM e que ganhou uma dimensão muito bacana. Achei “manero” o manifesto de uma juventude que mostra que não está aí de bobeira e deve ser levada a sério por quem detém o Poder nesse País.

Esta é a segunda edição do Hip Hop Celebra.  Além de celebrar a cultura do hip hop, o evento também teve representantes do reggae, do funk, do samba-rock, do soul e do drum n’ bass. O objetivo é fazer uma integração entre as tribos musicais.

Além dos eventos desta sexta, o Hip Hop Celebra acontecerá ainda em mais quatro dias: 16, 17, 18 e 19 de novembro. Esta segunda etapa do projeto terá palestras, debates, exibições de filmes e show no espaço Oi Futuro, em Ipanema, zona sul da cidade. A iniciativa tem o apoio institucional (que beleza e êta visão contemporânea arretada) da Secretaria Estadual da Educação,  Prefeitura do Rio de Janeiro, do Grupo Cultural Afro Reggae e da marca Red Bull.

Fotos: Manoela Cutrim

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