Festival de Jazz e Blues chegou chegando em SLZ

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Depois de Barreirinhas onde a sexta edição do “Lençóis Jazz e Blues Festival” colocou os moradores e turistas para respirar música no, último fim de semana, o evento chegou a São Luís, na sexta-feira (8) e sábado (9). Em seu primeiro dia, o festival só comprovou o sucesso, colocando milhares de pessoas para fazer uma viagem musical ao som do jazz e blues. Na primeira noite de programação, o evento levou mais de 2.000 pessoas à Praça Maria Aragão, no Centro de São Luís, uma realização da Tutuca Produções.

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A programação musical foi aberta por Augusto Pellegrine, um dos músicos a trazer o jazz e o blues ao cenário artístico de São Luís, há mais de três décadas. Em uma apresentação envolvente e recheada de referências internacionais, o ilustre músico embarcou em um setlist que privilegiava grandes momentos do jazz norte-americano no show denominado “Augusto Pelegrinne in Jazz”. Em sua parte solo, o cantor conquistou todo o público e foi aplaudido de pé em um momento de emocionante reconhecimento a trajetória musical de Pellegrine em São Luís. “É fantástico, pois ver essa plateia toda só para ver você cantar é um reconhecimento do que eu tenho feito pelo jazz durante estes 35 anos”, vibrou o intérprete.

Acompanhado, não foi diferente. “É uma exposição muito gratificante se apresentar ao lado de músicos que já percorreram muita estrada”, disse Augusto sobre os convidados especiais Fernando de Carvalho e Camila Boueri. Ambos garantiram momentos ímpares aos presentes com apresentações inesquecíveis que mostraram a beleza, a força e a afinação de suas vozes. Fernando de Carvalho falou do prazer de se apresentar no festival.

“Eu acompanho o festival desde o início como músico e também na plateias e me senti muito honrado em ser convidado por Augusto que acatou a sugestão de Tutuca para que a gente se apresentasse junto com a Camila. Foi maravilhoso”, comemorou Fernando de Carvalho. Camila Bouere se emocionou ao falar do projeto. “Esse projeto é tudo de bom por vários motivos: pela qualidade musical, por ser na praça, por ser de graça, por democratizar a música e possibilitar a integração entre os músicos. É maravilhoso”, comentou a cantora.

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Em seguida, foi a vez das exuberantes e empolgadas Clusters Sisters. A repercussão do programa “Superstar”, da TV Globo, pelo qual elas passaram, mostrou que as cantoras garantiram um público fiel em São Luís. Cheias de ritmo, carisma e uma excelente banda de apoio, as cantoras captaram a essência musical dos anos 30, fizeram referência à Motown, à era disco e, também, a hits nacionais, como “Tico Tico”.

“É uma oportunidade que vamos levar para sempre. Ser convidado para tocar aqui é um prazer imenso”, comentaram as cantoras. No repertório, hits como “Hit The Road Jack”, de Ray Charles, ganhou uma nova roupagem e trouxeram um momento teatral e dançante ao público do festival. Elas também lembraram que São Luís é a “Ilha do Amor”, terra de muita música e de reggae, que também fez um breve passeio no repertório das meninas.

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Para fechar o primeiro dia do festival em São Luís, o gaitista carioca Jefferson Gonçalves proporcionou uma apresentação regada por bastante blues. Fazendo uma grande mistura musical de ritmos, com momentos de evidente referência aos clássicos da música nacional e, também, ao gênero rock. Jefferson Gonçalves também presenteou a plateia trazendo em sua banda o ilustre e premiado percussionista Laudir de Oliveira que já ganhou o prêmio Grammy com a banda Chicago e tocou com muitos ídolos do cenário internacional como Michael Jackson e Santana. Juntos brilharam, encantaram o público e fecharam em grande estilo a primeira noite do evento.

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No período da manhã, o mesmo músico iniciou a programação do festival, com uma oficina de gaita realizada na Escola de Música Lilah Lisboa, no Centro Histórico de São Luís. Várias crianças e adolescentes da Escola Liceu Maranhense puderam conhecer um pouco mais sobre o instrumento, sobre técnicas de respiração e da importância delas para o aprimoramento musical. Vanessa Drummond, de 14 anos, adorou. “Achei o máximo. É muito educativa e ajuda muito as pessoas que querem seguir uma carreira musical e estão em dúvida do que querem fazer. Me chamou à atenção o modo como ele toca. É muito diferente. A gaita também é muito educativo. E ele falou se sonhos. Da gente acreditar em nossos sonhos. Eu sonho em ser cantora e foi bom ouvir a história de vida dele”, ressaltou.

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SÁBADO – O público, realmente, comprou a ideia do festival e embarcou em uma viagem musical com muito jazz, blues e, também, outros estilos bem distintos como o pop, a MPB e o rock, no sábado (9). A diversão foi iniciada com a talentosa cantora carioca Joyce Moreno.

Com um setlist arrebatador, que contava com “Essa Mulher”, “Medo de Amar” e “O Morro Não Tem Vez”, a cantora soube conquistar os milhares de ludovicenses fosse com a banda, ou em seus momentos solos, como na interpretação marcante de “Águas de Março”, ou na belíssima homenagem ao cantor maranhense João do Vale em “Carcará”. “Já vinha cantando essa música, com a banda Casuarina. Vindo ao Maranhão, nada melhor do que cantar João Vale, esse grande compositor”, afirmou. “Foi uma delícia me apresentar em São Luís. Foi lindo”, acrescentou Joyce.

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Em seguida, foi a vez da atração internacional da noite: a estonteante e carismática cantora cubana Yilian Canizares. “Estou muito feliz em estar aqui”, disse a artista logo nos segundos iniciais de sua apresentação. Com um repertório animado e empolgante, foram poucos os que não se renderam ao talento da cantora. Muitos aplaudiram, seguiram em coro e vibraram, principalmente, com a entrada da artista maranhense Rosa Reis e as caixeiras, que fizeram uma participação especial no show. Uma homenagem à cultura popular e a integração de povos proporcionada pela música. O público aplaudiu de pé e se emocionou sentindo-se homenageado pela artista que mora na Suíça.

“O público foi muito receptivo. O festival é muito precioso e espero que continue, com bastante êxito”, revelou Yilian Canizares. Já para a cantora Rosa Reis, fazer o intercâmbio entre Brasil e Cuba foi um momento ímpar. “Fomos pegos de surpresa e foi um momento muito importante pra gente. E a música atinge todas as pessoas, de qualquer lugar e qualquer região”, comentou.

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Para encerrar a noite e a sexta versão do Lençóis Jazz e Blues Festival, foi a vez do eclético Artur Menezes, que não poupou nos estilos musicais em sua apresentação “blueseira” e fez uma verdadeira salada musical: teve pitadas de forró, uma mistura de rock com jazz e um temperozinho com gosto de country e soul. Totalmente empolgado, o artista não conteve a alegria em participar do festival e se entregou ao público: foi para a plateia “tocar juntinho” canções do seu repertório.

“Estou muito feliz por fazer parte do festival desde o começo. Fiz um show bem pra cima, com muito carisma, pra interagir muito com o público”, revelou o músico. No setlist, a pegada rock falou mais alto, mas canções como “Early To Mary” deram o tom baião ao show, que ainda contou com uma homenagem a Luiz Gonzaga.

O festival é um projeto social que tem como objetivos contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e cultural dos dois municípios por meio da música e oferecer entretenimento de boa qualidade a moradores e turistas.

Neste ano, o 6º Lençóis Jazz e Blues Festival, com entrada gratuita, teve o louvável patrocínio da COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO (CEMAR), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, os apoios culturais das Prefeituras Municipais de Barreirinhas e de São Luís (FUNC e SETUR), Tam Linhas Aéreas, FIEMA/SESI, SESC, Tory Brindes, Clara Comunicação, Taguatur, Quebrantar Music e Tv Mirante e as parcerias das Pousada Murici, Pousada Lins, Pousada Paraíso dos Lençóis, Pousada do Riacho, Pousada Paraíso dos Guarás, Pousada Lins, Porto Preguiças Resort, do Hotel Grand São Luís, do restaurante Deck Bistrô, do Rock & Ribs Lounge Steakhouse São Luís, do Rossetti Buffet e do Sens Beauty Lounge.

Fotos: Taciano Brito

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Ylian Cañizares: “evocando os orixás em SLZ”

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Na tarde desta sexta-feira (8/9) tive o prazer de conversar com a violinista e cantora cubana Ylian Cañizares, uma das atrações da noite de sábado (9) e da última noite da 6ª edição do Lençóis Jazz e Blues Festival, na Praça Maria Aragão, na avenida Beira-Mar, no Centro Histórico de São Luís, realização da Tutuca Produções.

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Simpática e cheia de charme, Ylian me presenteou com o primeiro CD, composto de onze faixas. Depois começamos a conversar. Ela disse estar dividida entre Havana, capital de Cuba, sua terra natal, e a Suíça. É uma artista que pode tocar sonatas de Bach, swing de New Orleans e ao mesmo tempo despertar divindades iorubás.

– Sou uma artista que divido o meu tempo morando em Cuba e na Suíça. Essa ponte-áerea é tem sido significativa para minha vida musical. Sou uma artista de influência clássica, que reativo o poder híbrido do jazz latino, comungando com as divindades iorubás. Ao saber da ligação com os cultos africanos, me faz apreciar o Brasil. É legal tocar aqui e me sentir próxima dessa matriz africana aqui existente e que faz do meu repertório jazzístico.

Ylian disse, ainda, não esquecer suas raízes, mas que sempre procura dar uma percepção inovadora e com uma característica peculiar e particular ao mostrar essa música para o mundo.

Aos poucos, a artista vem conquistando o mercado brasileiro. Em março deste ano, ela foi uma das atrações do Festival de Jazz de Guaramiranga, no Ceará. Indagada sobre a receptividade do público, Ylian afirmou ter vivenciado uma experiência maravilhosa.

– O público brasileiro me encanta, me emociona. É caloroso, generoso e entusiasta. Costumo dizer que o sucesso de show é 50% da performance do artista e outros 50% são da participação da plateia. Quando isto acontece, eu me inspiro e me entrego no palco. E foi o que aconteceu no meu show no Festival de Jazz de Guaramiranga – ressaltou.

E se o assunto é a música e o músico brasileiro, Ylian cita Caetano Veloso, Gal Costa, João Bosco, como alguns artistas de cabeceira. Ela adiantou que vai gravar o segundo disco, a partir de novembro. O disco é produzido por Alê Siqueira. “Pretendo revisitar a raiz da música brasileira e a partir daí colocar o meu tempero”, assegurou.

Ylian Cañizares será a segunda atração da noite de sábado. Ela será acompanhada pelo trio Ochumare (Oxumaré). Abel Marcel (piano), David Brito (contrabaixo) e Cyril Megamey (bateria e percussão). E quanto ao repertório do show em São Luís, a violinista e cantora promete um momento especial para o público.

– Eu irei apresentar uma oração chamada “Beroni Abebe Osun (Oxum). É um mantra dedicado aos deuses, orixás, que serão evocados com um toque do folclore maranhense. Essa será a primeira vez apresento esse tema ao vivo”, frisou.

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Augusto Pellegrini abre Festival de Jazz em SLZ

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Augusto Pellegrini: cantor de jazz e blues, escritor, articulista sobre futebol do jornal O Imparcial, radialista e economista. Autor de um dos mais importantes livros sobre jazz em língua portuguesa – Jazz: Das Raízes ao Pós-bop lançado pela editora Códex. Também é contista com quatro livros publicados, sendo o mais recente O Bruxo de Concepción, pela Clara Editora.

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Pellegrini é apresentador há mais de 32 anos de programa de jazz no rádio do Maranhão. A história dele começou com o Mirante Jazz, em 1982, onde ficou no ar até 2004. Um mês depois de ter deixado a emissora, assumiu o Sexta Jazz, que vai ar pela FM Universidade até hoje.

Como cantor e divulgador do jazz, já atuou nas principais casas noturnas, bares e teatros na cidade de São Luís, além de ter sido o apresentador oficial do 1º Lençóis Jazz e Blues Festival, realizado na cidade de Barreirinhas. Recentemente, em outubro de 2013, apresentou o show Swingin’ Lovers – Bennett and Sinatra que foi muito bem recebido pelo público. Augusto Pellegrini, esse cara, realmente, nota jazz, conversou um pouco da história com a música e São Luís, além de falar do show de abertura da 6ª edição do Lençóis Jazz e Blues Festival, que ocorre nesta sexta-feira (8) e sábado (9), na Praça Maria Aragão, na avenida Beira-Mar, Centro Histórico de São Luís. A programação completa do Festival confira Aqui…

PEDRO SOBRINHO – Quantos anos no Mirante Jazz na Mirante FM ?

AUGUSTO PELLEGRINI – O Mirante Jazz começou na Radio Mirante FM em outubro de 1982 e foi levado ao ar ininterruptamente por 22 anos, até junho de 2004. Um mês depois de ter deixado a Radio Mirante FM eu comecei na mesma linha o programa Sexta Jazz na Radio Universidade FM, onde já estou há 10 anos, totalizando 32 anos de jazz no radio maranhense.

PEDRO SOBRINHO – Como nasceu o teu envolvimento com o jazz ?

AUGUSTO PELLEGRINI – O jazz fez parte da minha vida desde os tempos de criança, mas o meu envolvimento profissional nasceu quase que acidentalmente, pois com o início do Mirante Jazz, além de apreciar o jazz como ouvinte, eu tive que começar a estudar e me aprofundar na matéria. Como uma coisa puxa outra, logo me vi transformado de cantor de bossa-nova e samba-canção para cantor de jazz e de standards da música norte-americana.

Eu tenho, porém, a impressão definitiva de, quer seja como produtor e apresentador de programas de jazz, quer seja como escritor de livros e artigos sobre jazz, quer seja como cantor de jazz, quanto mais eu me aprofundo no assunto, mais me falta o conhecimento sobre jazz.

PEDRO SOBRINHO – Além de música, você respira literatura. És mais música ou literatura ?

AUGUSTO PELLEGRINI – A minha vida é composta de fases. Já tive a fase de compositor, quando a facilidade de produzir letra e música era muito farta. Hoje tenho dificuldade em compor. A minha fase de cantor é relativamente recente, pois comecei em 2000, mas de certa forma ela supre o meu lado músico, o que exige uma habilidade diferente, que foge da poesia e da musicalidade para cair no campo da alma interpretativa. Hoje eu curto mais a literatura, quer escrevendo artigos sobre esporte, música e literatura, quer continuando a produção de contos e livros sobre jazz, porque se trata de uma atividade que eu posso exercer 24 horas por dia, tendo como companhia apenas um computador e a cabeça cheia de idéias.

PEDRO SOBRINHO – O teu gosto por jazz influencia na literatura ?

AUGUSTO PELLEGRINI – Com toda a certeza. Minha literatura tem um pouco de jazz nas entrelinhas, no estilo, na sutileza, no approach. Eu considero o jazz algo que vai além da música. Além de ser uma filosofia, jazz é também um estado de espírito. E dentro deste prisma fica óbvio que a minha literatura sofre uma profunda influência não só do jazz como também da música lírica e erudita quando eu enveredo por textos mais dramáticos.

PEDRO SOBRINHO – Fale da tua relação com o esporte.

AUGUSTO PELLEGRINI – Eu me interesso profundamente pelo esporte, embora pessoalmente nunca tenha tido habilidade e talento para praticar nenhum deles. Tal interesse me levou muito cedo aos estádios para assistir às partidas e acompanhar a qualquer tipo de literatura de referência – jornais, revistas, livros, e agora, sites – culminando por em 1994 começar a escrever um artigo sobre a matéria (Bola Alta) no jornal O Estado do Maranhão, onde fiquei até 2013, quando ingressei no O Imparcial e assino o artigo Gol de Placa.

Minha relação com o esporte chegou até os clubes na década de 1980 quando assumi no Maranhão a presidência do Esporte Clube Tupan, trabalhando no desenvolvimento de diversas atividades além do futebol profissional, como o futebol de base, o handebol, o futsal e a ginástica. Infelizmente o Tupan foi descontinuado oito anos depois da minha gestão.

PEDRO SOBRINHO – Você já conhecia o Lençóis Jazz & Blues Festival na condição de mestre de cerimônia, em Barreirinhas. E, mais uma vez, foi convidado para apresentar o festival na versão 2014, em São Luís. Agora, como você recebeu o convite para cantar no festival ?

AUGUSTO PELLEGRINI – Tenho orgulho de fazer parte da primeira turma que desbravou o festival na sua primeira edição. Eu me lembro de detalhes da organização e da luta de todos – produtores, assessores de imprensa, auxiliares, técnicos – para que tudo funcionasse da melhor maneira possível. Acredito que todos aprendemos muito com o pioneirismo. Lá em Barreirinhas tive oportunidade de cantar uma música de improviso na última apresentação do último dia, com a banda de Edson Travassos. Fiquei muito satisfeito em ser chamado para apresentar o festival. novamente, agora em São Luís, e mais feliz ainda por fazer parte do grupo de cantores que abrilhantarão a festa. Tenho trabalhado bastante em shows de jazz e assemelhados em São Luís nos últimos quinze anos, e considero este convite para me apresentar ao lado de verdadeiros ícones da música como um prêmio à minha persistência.

PEDRO SOBRINHO – Você está acostumado a shows em formato pequeno, intimista. A responsabilidade aumenta ao cantar para uma platéia maior e diversa, tendo em vista um festival com acesso liberado que visa democratizar a música ?

AUGUSTO PELLEGRINI – Eu não tenho preocupação em cantar para muitas ou poucas pessoas. Dependendo do tamanho e do comportamento do público eu costumo imprimir uma dinâmica diferente que melhore a aceitação dos ouvintes e a minha concentração como cantor.Acho excelente poder apresentar meu trabalho para uma platéia que não está habituada com o jazz, e para tanto tomei algumas providências para manter o público empolgado, tais como apresentar um repertório versátil que varia entre o jazz puro, o swing, a soul-music, o jazz tradicional e alguns standards relativamente comerciais, e convidei dois cantores para participar (Camila Bueri e Fernando de Carvalho) cujos timbres e estilos ajudarão na diversificação do espetáculo.

PEDRO SOBRINHO – Você falou em Camila Bueri e Fernando de Carvalho, que serão os os seus convidados no palco. O que eles representam musicalmente para você ? Quem são os músicos que vão acompanhá-lo ?

AUGUSTO PELLEGRINI – Depois de imaginar diversos tipos de formação acabei optando pelo trio – piano, baixo e bateria – que representa a essência do jazz convencional, e para tanto convidei três músicos que tem a capacidade de transmitir esse espírito com muita qualidade: o tecladista será Marcelo Rebelo, que fará uso dos diferentes timbres dos seus teclados para diversificar a sonoridade dos arranjos; Sergio Mariano fará uso do contrabaixo acústico e do baixo elétrico dependendo da mensagem musical a ser enviada; e Fleming Bastos, talvez o nosso mais eclético baterista, transmitirá toda a sensibilidade do seu beat com a sua classe e categoria habituais. Quanto aos cantores convidados, busquei dois intérpretes que têm afinidade com a malícia interpretativa da língua inglesa, em termos de pronúncia e divisão. Trata-se do jovem veterano dos palcos Fernando de Carvalho, que apresentará duas versões como as mostradas no seu show “Cantando Hollywood e a Broadway” e da jovem debutante Camila Bueri que começa a mostrar um trabalho voltado ao pop e soul-music com bastante consistencia.

PEDRO SOBRINHO – O jazz está no teu DNA. E o show é significativo e marcante nesse seu envolvimento, especificamente com esse gênero musical. Tem como você adiantar o que está reservando para esta noite tão especial ?

AUGUSTO PELLEGRINI – Nós estamos projetando uma espécie de pocket-show com onze músicas em pouco menos de uma hora de duração, isto é, o show será muito dinâmico e composto por músicas de curta duração. Eu acho que se apresentar em um festival é diferente do que se apresentar em um show regular pelo tipo de público que estará presente. Então eu, meus músicos e meus convidados resolvemos colocar no mesmo pacote músicas com mais brilho, como ‘Lullaby of Broadway’, ‘I’ve Got You Under My Skin’ e ‘Hello Dolly’, coisas mais modernas como ‘What a Difference a Day Made’ e ‘For Once in My Life’, pegadas de blues e soul como ‘Miss Celie’s Blues’ e ‘Georgia on My Mind’, e músicas mais populares que vão de ‘Natural Woman’ e ‘New York New York’, buscando atingir as diferentes fatias de espectadores. Evitamos solos longos e demasiados eruditos que seriam apreciados apenas pelo verdadeiro jazzófilo, mas que
poderiam ficar monótonos para o público alternativo.

PEDRO SOBRINHO – Você sempre foi o divulgador do jazz e seus derivados no radio. Tudo começou no Mirante Jazz, na Mirante FM. E hoje apresenta Sexta Jazz, na radio Universidade FM. De lá pra cá você sente que contribuiu na formação de platéia para o consumo deste tipo de música, e para que produtores de eventos acreditassem que o jazz também é viável em São Luís ?

AUGUSTO PELLEGRINI – Historicamente, não há como evitar a evolução cultural de um povo. Alguma coisa teria acontecido mesmo sem a existência de programas específicos de jazz, mas com certeza a exposição que o ouvinte maranhense está tendo desde 30 anos atrás colaborou muito para a aceitação do jazz nas camadas mais jovens. Antes da minha chegada em São Luís o jazz era cultuado por uma minoria de pessoas de meia idade que ouvia seus discos no recesso das suas casas e não tinham oportunidade de ir a shows ou eventos onde pudesse ouvir jazz, mesmo se mais moderno e com uma sonoridade diferente daquela dos velhos discos LP. A partir do Mirante Jazz houve uma abertura gradual que deu origem não são a produtores de mente aberta como a diversos músicos que começaram a incorporar a linguagem jazzística nas suas interpretações e a formar grupos específicos de jazz e blues. Um exemplo da abrangência que o jazz está tendo é o próprio Lençóis Jazz & Blues Festival, que há seis anos vem apostando nessa fórmula mágica que tem o jazz e o blues como essência e como mote.

PEDRO SOBRINHO – Você nasceu em São Paulo, mas adotou São Luís para viver. Você criou raiz na cidade. Se estabeleceu com a família, profissionalmente e conquistou espaço para trabalhar com uma coisa que você gosta muito: a música, a literatura. Ainda está faltando alguma coisa para legitimar a sua afinidade com São Luís e a vida, numa espécie de missão cumprida ?

AUGUSTO PELLEGRINI – A gente nunca acaba de cumprir a nossa missão. Cada dia que passa me vejo mais motivado a cantar, a me apresentar e a escrever. Cada nova manhã significa a perspectiva de novos trabalhos e de novos desafios.

Hoje, a minha preocupação é fazer um papel bonito na minha apresentação no Lençóis Jazz 7 Blues Festival; daqui a alguns dias será um evento que tenho agendado com a marca de Sinatra & Bennett; a cada quinze dias uma apresentação no Manu Restaurante, casa onde estou cantando atualmente; todas as semanas pesquisas para criar polêmicas e discussões sobre esporte nas páginas de O Imparcial; diariamente a atualização do meu blog e o meu dia-a-dia dentro da área acadêmica; e até o final do ano a expectativa de ver meu novo livro sobre jazz – As Cores do Swing – ser lançado pala Editora Resistência Cultural.

Minha afinidade com São Luís vai além do clima, da praia, do mar e da arquitetura da cidade. É como se eu tivesse nascido aqui, terra de poetas.

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Barreirinhas respirando Jazz e Blues

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A sexta edição do Lençóis Jazz & Blues Festival superou todas as expectativas e levou mais de cinco mil pessoas para curtir o evento durante o último o fim de semana. Mais de dez atrações fizeram parte da programação realizada na cidade que é porta de entrada do Lençóis Maranhenses, a cerca de 267 Km da capital maranhense, São Luís.

Se nos dias anteriores, o público pode embarcar na conexão do jazz e do blues com estilos bem distintos como o pop, a MPB e o rock, nesse domingo, um tom mais clássico predominou entre os artistas. Começando pela banda maranhense Bossa Nossa, que fez uma apresentação com um sabor especial: o primeiro show para um grande público ocorreu no palco do Lençóis Jazz & Blues Festival.

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O quarteto não se intimidou e cativou as pessoas com um repertório baseado em clássicos e elementos pop. “Não esperávamos esse calor todo. Quando vimos todo aquele público, cantando e dançando, ficamos sem palavras”, revelou o flautista e saxofonista Lee Sousa.

A noite continuou com o maranhense Henrique Duailibe e toda a sua verve jazzística. Logo no início, com a faixa “Encontro Musical”, já dava para imaginar um pouco do que viria: muitas misturas de gêneros e elementos da música brasileira.

Dos solos de guitarra aos passos de bateria, Henrique Duailibe colocou bastante “balanço” em seu repertório, com uma sonoridade bem roqueira que, aos poucos, foi correspondida pelo público em aplausos e coros. “Foi uma honra pra quem faz música instrumental ter essa vitrine no festival. E poder ver essas turmas de outras cidades. Eu renasci musicalmente”, brincou o artista.

Enquanto uns renascem, outros retornam: a cantora Taryn Szpilman se apresentou pela segunda vez em uma edição do Lençóis Jazz & Blues Festival. Com exuberância e elegância, a cantora não fez surpresa e revelou ao público o que viria: versões de standards dos anos 30 ao 60. Taryn foi ovacionada ao cantar clássicos de Howlin’ Wolf, Tina Turner, Ray Charles e na extonteante versão de “Oh Darling”, dos britânicos dos Beatles.

Sedutora, atraente e emocionante, a voz da cantora arrebatou o público do festival, que ainda ganhou outro presente: uma versão, ou melhor, uma “brincadeira muito doida”, como disse Taryn, da canção “Fly Me To The Moon”, que ganhou arranjos do reggae, sem perder a essência jazzística. O jazz ainda encontrou lugar na releitura de canções de Billie Holiday (que estarão em uma turnê especial no ano que vem) e no bis, como a versão nacional da canção vencedora do Oscar “Let It Go”, que estrelou o longa de animação “Frozen”. Um presente para as crisnças que estão aqui e para cada criança que existe dentro de cada um de nós falo disse Taryn ao presentear o público com a premiada canção.

A última atração do festival em Barreirinhas não poderia ter sido melhor: uma dobradinha do músico, compositor, instrumentista e produtor cearense Manassés de Sousa e o percussionista maranhense Carlos Pial. Juntos, os músicos apresentaram um show refinado e repleto de virtuosismo. Dois momentos marcaram especialmente a apresentação. Um deles foi quando Carlos Pial (ao pandeiro) e Manassés (ao violão) tocaram em dueto o “Boléro”, do francês Maurice Ravel. Um show irrepreensível que deixou o público maravilhado.

O outro momento inesquecível do show foi quando Pial fez sua apresentação solo. O maranhense abusou da sonoridade de vários instrumentos africanos inusitados misturando-a aos sons da natureza, como o canto dos pássaros. Nessa hora a plateia foi dividida em duas. Cada uma delas cantou em coro sons diferentes que juntaram-se aos produzidos pelo percussionista fazendo com que essa interação se transformasse em um divertido e inesquecível espetáculo.

Depois desceu e passeou entre o público tocando um instrumento semelhante a um tambor surpreendendo novamente os espectadores. “Eu gostei de brincar. Gosto de usar sons da natureza. Hoje poucos percussionistas fazem isso e eu estou resgatando isso no meu trabalho. Fiquei pensando se surpreendia o público. Se ele iria gostar. Arrisquei e deu tudo certo. As pessoas estavam numa energia ótima e foi perfeito. Aliás, tocar nesse festival era uma vontade antiga e eu estou muito feliz de mostrar o meu trabalho aqui”, comemorou.

Manassés agradeceu o público que ficou até o início da madrugada para ouvi-lo tocar e elogiou o evento. “O Brasil tem que ter mais festivais como este. Em Barreirinhas, com certeza, eu vou voltar”, revelou o cearense Manassés, sobre a emoção de subir ao palco.

Manhã- A programação do último dia do festival que contou com mais de 20 atrações e 40 músicos foi aberta pela manhã, no coreto da Praça da Igreja Matriz, com a animada performance do ator, mímico, palhaço e arte educador, Gilson César, no espetáculo “Um dia de clown”.

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Sábado – Na segunda noite do festival, cerca de duas mil e quinhentas pessoas compareceram ao evento. As apresentações começaram pelo grupo MB Trio, que realizou a sua segunda participação no Festival. A banda do Espírito Santo com raízes barreirienses misturou canções da própria carreira, com versões de consagrados artistas. Em seguida, foi a vez da dupla paulistana Duofel, que não poupou na excelência artística e mostrou um show recheado de grandes momentos. Como a homenagem do duo ao músico Zé Menezes, falecido na última sexta-feira.

A mais aguardada atração do sábado fez um show que vai ficar para a história do festival. O gaiteiro Renato Borghetti, ao lado do flautista Pedrinho Figueiredo, do violinista Daniel Sá e do tecladista Vítor Peixoto garantiram momentos gloriosos para a plateia, tanto tocando juntos, quanto em apresentações solos inesquecíveis. A noite foi encerrada com o baile retrô da banda maranhense Tequila Blues. A banda fez um setlist que contemplou o rock, o jazz, o blues e o R&B, com canções de veteranos como Stevie Wonder e Ray Charles, além do próprio repertório.

A programação vespertina contou com o show do músico maranhense João Pedro Borges, no coreto da Praça da Igreja Matriz. Com mais de 40 anos de carreira, o artista comentou suas experiências musicais em várias partes do mundo no “Papo de Músico”. No período da manhã, no mesmo local, a programação foi aberta pelo ator Gilson César na primeira exibição do espetáculo “Um dia de clown”. A manhã teve, ainda, um momento de aprendizagem sobre percussão com o músico e professor Eric Carvalho, da MB Trio, no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Conceição.

Sexta – O festival iniciou a sua viagem musical na sexta-feira (1º), indo da música instrumental à MPB, passando, claro, pelo jazz e blues. Logo no início da noite, o jornalista Helton Ribeiro, da Revista Jazz In Blues, anunciou as atrações mostrando uma breve biografia e discografia de todo o line-up e dando o start para o cartunista Nuna Neto ilustrar cenas e pessoas por todo o evento. Vale destacar que ao longo da programação o artista fez mais de cem caricaturas de pessoas do público. Os desenhos divertidos foram um presente do festival para quem prestigiou o projeto. E como democratizar a arte é uma das propostas do festival, todas as caricaturas foram fotografadas e depois exibidas em um telão montado ao lado do palco.

O paulistano André Mhemari e Trio abriram a primeira noite e trouxeram brilho e encanto ao festival. Em seguida, foi a vez da elegância de Paula Santoro, acompanhada do seu trio musical. A artista, emocionada com o público, fez um show cheio de homenagens, indo de Milton Nascimento a Carlos Lira, passando por Vinícius de Moraes, Chico Buarque e Ivan Lins.

A noite foi encerrada com a performática e cheia de energia apresentação do grupo maranhense Loopicínico. Eles fizeram uma salada musical que misturou ritmos do Pará e do Maranhão como carimbó, bumba meu boi de Pindaré sotaque Zabumba com pitadas de afoxé e rock.

A animação musical já tinha tomado toda a cidade desde o começo do dia, com a apresentação da banda MB Trio que inaugurou o circuito do coreto da Praça da Igreja Matriz. No período da manhã, os alunos da Escola de Música de Barreirinhas presentearam moradores e visitantes com uma brilhante e empolgada apresentação, abrindo a sexta edição do Lençóis Jazz & Blues Festival. Depois, a cantora Paula Santoro ministrou uma oficina de canto para cerca de duzentas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino e estudantes de música.

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São Luís – No fim de semana, mais precisamente, sexta (8) e sábado (9) a festa tem outro endereço: a Praça Maria Aragão, no Centro de São Luís. A apresentação do festival ficará sob o comando do músico Augusto Pellegrine. Na sexta-feira, a programação inicia logo pela manhã com a oficina de gaita com Jefferson Gonçalves na Escola de Música Lilah Lisboa. Augusto Pellegrine in Jazz, as Clusters Sisters e o carioca Jefferson Gonçalves integram os shows. No sábado, último dia do evento, a carioca Joyce Moreno, a cubana Yilian Canizares e o cearense Artur Menezes encerram o festival.

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Um Dia de Clown em Barreirinhas

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A sexta edição do Lençóis Jazz e Blues Festival já começou na cidade de Barreirinhas, a cerca de 267 Km da capital, São Luís. Vários barreirienses e turistas embarcaram nesta viagem musical que ocorrerá durante todo o fim de semana. Musical, mas também teatral, artística e humorística. Como foi visto durante toda a programação matutina deste sábado (2/8).

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BARREIRINHAS – A programação do segundo dia de festival foi aberta com a divertida e empolgante performance do ator, mímico, palhaço e arte educador, Gilson César. O artista, que já passou pela Itália, França, Argentina, entre outros países, apresentou o espetáculo “Um dia de clown”, no Coreto da Praça da Igreja da Matriz, em Barreirinhas a cerca de 267 km da capital maranhense. Na peça ele narra a vida de um cidadão que sonha em viver da profissão de ser palhaço. E a luta desse homem para vencer as dificuldades cotidianas robóticas. Com a peça, ele chamou à atenção de várias crianças, ganhando sorrisos e aplausos.

A plateia participou do espetáculo e interagiu com o palhaço o tempo todo. Engana-se quem pensa que o lado teatral foi o único destaque da peça. Como um grande ator, Gilson César, explorou várias expressões artísticas , principalmente, a música, fazendo o casamento perfeito entre o teatro e a proposta do VI Lençóis Jazz e Blues Festival. “O espetáculo, por ter a base na mímica, é todo musical. Tem chorinho de Noel Rosa, tem música de Charles Chaplin, música de Dominguinhos. É bem lúdico”, acrescentou.

Para o dentista Gustavo Gomes, que levou os filhos, Enzo, de 4 anos, e Luka, de nove anos, para o evento, a presença de um espaço voltado para os menores só favorece o crescimento do festival. “Agora está sendo ótimo, porque tem a programação para os pais e para as crianças também. Assim, agrada a toda família”, disse. Luana Gerude, de 9 anos, adorou a peça e achou divertida a abordagem do cotidiano. “Achei legal, por que as crianças se divertem e os adultos também”, falou.

Depois da oficina de canto com a cantora Paula Santoro no primeiro dia de festival, moradores e visitantes puderam aprender muito sobre percussão com o músico e professor Eric Carvalho, da MB Trio. O baterista do grupo, que tem raízes barreirienses, ministrou a oficina de percussão no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Conceição. Veterano de oficinas no Espírito Santo, onde mora, Eric mostrou vários ritmos do Nordeste. Uniu o samba ao maracatu mostrando para o público que se podem fazer estilos diversos como o congo e o baião. “O na oficina é isso: fazer uma troca de conhecimentos”, afirmou Eric.

Com instrumentos simples, como chocalhos e objetos reciclados, o músico Eric Carvalho permitiu que crianças e adultos vibrassem com a oficina e saíssem experimentando o que aprenderam. Como foi o caso do professor Diego Reis, que pode aprimorar seu conhecimento no festival. “A oficina me passou um conteúdo que eu não tinha conhecimento e só enriqueceu e somou pra minha vida”, agradeceu.

E a programação continua agora à tarde. Neste sábado (02/08), a partir das 17h, será realizada a apresentação de João Pedro Borges, no Coreto da Praça da Igreja da Matriz. Em seguida, às 18h, no mesmo local, o solista participará do “Papo de Músico”. A partir das 20h30, iniciam as apresentações no palco da Av. Beira-Rio, começando com MB Trio, seguindo com Duofel, Renato Borghetti e Quarteto, fechando com a banda Tequila Blues.

Neste ano, o Lençóis Jazz e Blues Festival chega a 6ª edição com o patrocínio da COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO (CEMAR), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, os apoios culturais das Prefeituras Municipais de Barreirinhas e de São Luís (FUNC e SETUR), Tam Linhas Aéreas, FIEMA/SESI, SESC, Tory Brindes, Clara Comunicação, Taguatur, Quebrantar Music e Tv Mirante e as parcerias das Pousada Murici, Pousada Lins, Pousada Paraíso dos Lençóis, Pousada do Riacho, Pousada Paraíso dos Guarás, Pousada Lins, Porto Preguiças Resort, do Hotel Grand São Luís, do restaurante Deck Bistrô, do Rock & Ribs Lounge Steakhouse São Luís, do Rossetti Buffet e do Sens Beauty Lounge.

O evento é um projeto social que tem como objetivos contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e cultural dos dois municípios por meio da música e oferecer entretenimento de boa qualidade a moradores e turistas.

Confira a programação completa do evento em Barreirinhas e São Luís no site:www.lencoisjazzeblues.com

Fonte: Assessoria Festival

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Noite de abertura de Festival em Barreirinhas

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A sexta edição do “Lençóis Jazz e Blues Festival” colocou os moradores e turistas do município de Barreirinhas, a cerca de 267 Km da capital, São Luís, para respirar música. E foi ao ritmo de uma agitada mistura musical que incluiu da música instrumental à MPB, passando pelo groove do jazz e blues. Na primeira noite de programação o evento levou cerca de 1.500 pessoas à Avenida Beira Rio onde o palco principal foi montado ao lado do belo Rio Preguiças.

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A beleza da cidade, somada à exuberância rítmica que o festival tem fizeram com que vários barreirienses e turistas embarcassem no ritmo grooveado dos grupos musicais. Logo no início da noite, o jornalista Helton Ribeiro, da Revista Jazz In Blues, anunciou as atrações da noite, enquanto o cartunista Nuna Neto ilustrava momentos e pessoas por todo o evento. Um presente do VI Lençóis Jazz e Blues aos novos e antigos admiradores do festival.

As apresentações começaram pelo grupo paulistano André Mhemari e Trio, que trouxe brilho e encanto para um festival que está apenas começando. Recheados de referências nacionais, os três músicos, seguiram por um repertório que, ao mesmo tempo, mostrava canções de vários discos da banda, assim como versões de grandes clássicos, como “Suíte Clube Da Esquina”, “Canoa, Canoa” e “Carta a um Jovem Poeta”.

Em canções como “Choro da Contínua Amizade”, o público se emocionou com o talento da banda, principalmente, com a excelência musical mostrada pelo pianista, arranjador, compositor e multi-instrumentista, André Mhemari. “Eu acredito que a música tem uma capacidade de comunicar uma mensagem independente do que for. A plateia estando aberta vai existir uma sinergia, uma troca muito boa de energia”, afirmou André sobre a recepção calorosa que ele sentiu das pessoas, fosse no coro em algumas canções, fosse nas palmas ao encerramento de cada uma delas.

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Em seguida, foi a vez da exuberante e empolgante Paula Santoro, acompanhada do seu trio musical. A artista, emocionada com o convite para apresentar-se no festival e, também, para estar mais uma vez em solo barreiriense, fez um show recheado de homenagens indo de Milton Nascimento a Carlos Lira, passando por Vinícius de Moraes, Chico Buarque e Ivan Lins. Um dos momentos mais marcantes da apresentação foi quando a cantora de Belo Horizonte dedicou o show ao pai, Paulo Souza Lima, de 79 anos, que a acompanha pelos Lençóis Maranhenses. “Uma energia linda. Um público super carinhoso e educado. Amei a experiência. A coisa mais incrível foi poder democratizar a cultura, pra quem quiser e puder ver o show”, afirmou Paula Santoro.

Depois de música instrumental e da delicada MPB, o público conferiu a performática, carismática e cheia de energia apresentação do grupo maranhense Loopicínico. Eles passaram por referências de São Paulo e fizeram uma salada musical que misturou ritmos do Pará e do Maranhão como carimbó, bumba meu boi de Pindaré sotaque Zabumba com pitadas de afoxé, e rock. E deu tão certo que o público pediu bis, o primeiro do festival.

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Canções como “Toadas de Boi de Pindaré do Lobo”, “Divino”, “Maracáboibaião”, entre outras, contagiaram o público, que se dividiu entre a dança e o coro das canções. “A gente veio para fazer uma diferença. Sabíamos que seria uma coisa muito diferente. E a gente conseguiu”, comemorou o percursionista da banda, Luiz Claudio.

A emoção já podia ser sentida desde o período da tarde, com a apresentação da banda do Espírito Santo, MB Trio que inaugurou o circuito do coreto da Praça da Igreja Matriz. Com um repertório que abrigou desde Hermeto Pascoal a Milton Nascimento, a banda conquistou o público formado por moradores e turistas nacionais e internacionais. Como foi o caso dos turistas franceses Thierry Trouillot, Timothée Trouillot e Tiovajni Samir, que vieram curtir as belezas naturais dos Lençóis Maranhenses e a riqueza artística do festival. “Gostamos muito de música. Meu pai [Thierry] é músico e gosta muito de tocar instrumentos. Eu toco baixo e guitarra, além de ter uma relação muito próxima com o jazz e o blues”, revelou Timothée.

No período da manhã, os alunos da Escola de Música de Barreirinhas presentearam moradores e visitantes com uma brilhante e empolgada apresentação, abrindo a sexta edição do Lençóis Jazz e Blues Festival. Depois, a cantora Paula Santoro ministrou uma oficina de canto para cerca de duzentas crianças e adolescentes da rede municipal de ensino e estudantes de música. Na ocasião, apresentou diversas técnicas vocais, falou da importância da voz como instrumento e colocou crianças, adolescentes e adultos para cantar.

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Sábado- E a programação continua neste sábado (2). No período da manhã, serão ofertadas duas atividades: um show de mímica e mágica, com o ator Gilson César que apresentará o espetáculo “Um dia de Clown”; E uma oficina de percussão com o músico Eric Carvalho, no Salão Paroquial da Igreja Nossa Senhora da Conceição. No período vespertino, o show fica por conta do maranhense João Pedro Borges no coreto da Praça da Igreja da matriz. À noite, o sábado terá um show a mais do que nas edições anteriores. Será o único dia em que o festival contará com quatro atrações. São elas: a banda MB Trio; a dupla Duofel; o grupo Renato Borghetti e Quarteto; e, para finalizar, Manassés e Carlos Pial.

Neste ano, o Lençóis Jazz e Blues Festival chega a 6ª edição com o patrocínio da COMPANHIA ENERGÉTICA DO MARANHÃO (CEMAR), por meio da Lei Estadual de Incentivo à Cultura, os apoios culturais das Prefeituras Municipais de Barreirinhas e de São Luís (FUNC e SETUR), Tam Linhas Aéreas, FIEMA/SESI, SESC, Tory Brindes, Clara Comunicação, Taguatur, Quebrantar Music e Tv Mirante e as parcerias das Pousada Murici, Pousada Lins, Pousada Paraíso dos Lençóis, Pousada do Riacho, Pousada Paraíso dos Guarás, Pousada Lins, Porto Preguiças Resort, do Hotel Grand São Luís, do restaurante Deck Bistrô, do Rock & Ribs Lounge Steakhouse São Luís, do Rossetti Buffet e do Sens Beauty Lounge.

O evento é um projeto social que tem como objetivos contribuir para o desenvolvimento socioeconômico e cultural dos dois municípios por meio da música e oferecer entretenimento de boa qualidade a moradores e turistas.

Fonte: Assessoria/Festival

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Lançado Festival de Jazz e Blues no Maranhão

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A 6ª edição do Lençóis Jazz e Blues Festival foi lançada na noite dessa terça-feira (15/7), no Rock & Ribers Lounge, na Ponta do Farol.

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Jornalistas, músicos e simpatizantes dos dois gêneros musicais marcaram presença no evento, que foi aberto pelo pai da criança,  Raimundo Viana, conhecido no meio artístico como Tutuca Viana. Em seguida a jornalista Patrícia Santiago falou da importância e anunciou um vídeo apresentando as atrações do festival este ano.

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A 6ª edição do evento ocorrerá entre os dias 1º e 3 de agosto, na Avenida Beira-Rio (porta de entrada do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses), no município de Barreirinhas, e nos dias 8 e 9, na Praça Maria Aragão, em São Luís.

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O principal objetivo do Lençóis Jazz e Blues Festival é unir música, ecoturismo e responsabilidade social. Foto: Gustavo Sampaio e Paulo de Tarso Jr./portal Imirante.com

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MA será palco dos Lençóis Jazz e Blues Festival

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O principal objetivo do Lençóis Jazz e Blues Festival é unir música, ecoturismo e responsabilidade social. A 6ª edição do evento ocorrerá entre os dias 1º e 3 de agosto, na Avenida Beira-Rio (porta de entrada do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses), no município de Barreirinhas, e nos dias 8 e 9, na Praça Maria Aragão, em São Luís.

 No line up do evento estão o pianista Andre Mhemari, o gaiteiro Renato Borgheti e quarteto, o violonista Manassés, Carlos Pial, o gaitista Jefferson Gonçalves, o guitarrista e cantor Artur Menezes, o duo Duofel, o trio MB Trio, as bandas Cluters Sisters, Tequila Blues e Loopcínico, Augusto Pelegrine, Fernando de Carvalho e Camila Bouere, as cantoras Paula Santoro, Taryn Szpilman, Joyce Moreno, João Pedro Borges, a banda Bossa Nossa e a cubana Yilian Canizares (grave bem este último nome)

Além dos shows gratuitos, serão realizadas oficinas de canto e percussão para estudantes da rede pública de ensino, com sorteios de instrumentos musicais, shows instrumentais e bate-papo com músicos, além de uma programação infantil composta por shows de mímica e mágica. O festival é uma armação de Tutuca Produções.

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Júnior Mouriz realiza oficina e toca em Festival

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O 5º festival Lençóis Jazz e Blues aberto, nesta quinta-feira (8), na capital maranhense com oficinas gratuitas de gaita e violino ministradas por Júnior Mouriz, músico maranhense que toca com o Seu Jorge, e confecção de instrumentos musicais com materiais alternativos, ministrada por Ricardo Passos para 90 alunos de 10 a 16 anos, do Centro de Ensino Professor Ignácio Rangel, da Cidade Operária, na Escola de Música Lilah Lisboa (Rua da Estrela, 363, no Centro Histórico, em São Luís).

Também participaram da oficina, alunos do Curso de Música da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), alunos, professores e o diretor da Escola de Música Lilah Lisboa, Raimundo Luís e o regente da Orquestra Sinfônica Edilson Baldez de Bacabal, Victor Emanuel, além dos músicos Fernando de Carvalho e Mila Camões.

“A Escola de Música Lilah Lisboa estará sempre de portas abertas para iniciativas como o V Lençóis Jazz e Blues. A música tem uma linguagem universal e poder proporcionar outras possibilidades musicais para nossos alunos e também para a comunidade por meio da troca de experiências com artistas daqui e de fora é sempre muito enriquecedor e importante”, disse Fernando de Carvalho, músico e coordenador artístico da Escola de Música Lilah Lisboa.

Oficinas

Durante as oficinas, os participantes conhecer curiosidades sobre os instrumentos musicais, detalhes sobre formas inusitadas e diferentes de extrair sons de diversos instrumentos tradicionais e artesanais feitos com baldes, canos de PVC, vidros e garrafas pet, entre outros. Também assistiram diversas performances musicais dos participantes das oficinas.

Os momentos mais emocionantes das oficinas foram aqueles em que houve a interação entre os músicos e a plateia. Júnior Mouriz e Ricardo Passos convidaram os alunos para subir ao palco e tocarem com eles diversas canções improvisadas. “Isso fez bem a minha alma, ao meu coração, adorei. Nunca poderia imaginar que poderia tirar sons de coisas que normalmente vão para o lixo”, elogiou Fernanda, de 16 anos, estudante do Centro de Ensino Professor Ignácio Rangel.

Victor Emanuel, regente da Orquestra Filarmônica Edilson Baldez, de Bacabal, composta por vinte e cinco crianças e adolescentes, também aprovou as oficinas. “Essas experiências são muito ricas e importantes. Gostei muito. Vou levar esse aprendizado para os meus alunos”, disse o regente.

As oficinas de gaita, violino e construção de instrumentos musicais com materiais alternativos nesta sexta-feira (9), no auditório da Escola de Música Lilah Liboa, com Júnior Mouriz e Ricardo Passos.

Programação

O maranhense JÚNIOR MOURÍZ & EDY TROMBONE EM “BEAT BRASUCA” abrem o Lençóis Jazz e Blues Festival, nesta sexta-feira (9), às 21h, na praça Maria Aragão. Às 22h, será a vez do GRUPO DELICATESSEN subir ao palco. Às 23h, LEO GANDELMAN, um dos mais conceituados saxofonista brasileiro dentro e fora do país, com a participação especial de SERGINHO TROMBONE, encerrará a primeira noite do festival em São Luís.

“Estamos nos preparando para o 5° Lençóis Jazz & Blues Festival, em São Luís. É muito importante para nós irmos tão longe na conquista de novos apreciadores de boa música e a nossa expectativa é de tocar para um público muito quente”, avisam os integrantes do Delicatessen.

No sábado (10/8), segunda e última noite do evento em São Luís, as atrações musicais serão iniciadas às 20h por CECÍLIA LEITE E BANDA que apresentarão o show “Paris, Bossa”n Jazz. Às 21h será a vez de ARI BORGER E QUARTETO. Às 22h subirá ao palco Ellen Oléria (vencedora do programa The Voice Brasil- 2012/TV Globo) e encerrando o festival, às 23h, na capital maranhense, se apresentarão a RIO JAZZ ORQUESTRA E TARYN SZPILMAN.

O Lençóis Jazz e Blues Festival tem o patrocínio da Companhia Energética do Maranhão (Cemar), por meio daLei Estadual de Incentivo à Cultura do Maranhão. Tem ainda os apoios das Prefeituras Municipais de Barreirinhas e de São Luís, Sistema Mirante, Fiema, Sebrae, Sesc, Potiguar,Centro Elétrico e Tory Brindes. A realização é de Tutuca Viana Produções.

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Leo Gandelman em Festival de Jazz e Blues

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Depois do sucesso de público e crítica em Barreirinhas no último fim de semana, a 5ª edição do Lençóis Jazz e Blues chega a São Luís. Ela será aberta nesta sexta-feira (9/8) e vai até sábado (10/8), na Praça Maria Aragão. Na capital maranhense o evento também será totalmente gratuito e possuirá uma programação paralela composta de oficinas, além dos shows musicais. Para essa quinta edição estima-se que o evento tenha um público de cerca de 10 mil pessoas, em São Luís. Em Barreirinhas cerca de 5 mil pessoas participaram do festival. O evento é gratuito.

Em São Luís, a programação musical do festival será aberta na sexta-feira, dia 09 de agosto, na Praça Maria Aragão, às 21h por JR. MOURÍZ & EDY TROMBONE EM “BEAT BRASUCA”. Às 22h, será a vez do GRUPO DELICATESSEN subir ao palco. Às 23h, LEO GANDELMAN, um dos mais conceituados saxofonista brasileiro dentro e fora do país, com a participação especial de SERGINHO TROMBONE, encerrará a primeira noite do festival em São Luís.

No sábado (10/8), segunda e última noite do evento em São Luís, as atrações musicais serão iniciadas às 20h por CECÍLIA LEITE E BANDA que apresentarão o show “Paris, Bossa”n Jazz. Às 21h será a vez de ARI BORGER E QUARTETO. Às 22h subirá ao palco Ellen Oléria (vencedora do programa The Voice Brasil- 2012/TV Globo) e encerrando o festival, às 23h, na capital maranhense, se apresentarão a RIO JAZZ ORQUESTRA E TARYN SZPILMAN.

 

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