Festa no Céu para os 50 anos de Chico Science

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Se não tivesse sofrido um acidente fatal de carro na cidade natal de Olinda (PE), em 2 de fevereiro de 1997, Chico Science completaria 50 anos neste domingo (13). E provavelmente permaneceria antenado, como uma parabólica fincada no mangue, ao que há de mais contemporâneo no mundo da música e da cibernética. Essa é uma opinião comum ao vocalista da banda Nação Zumbi, Jorge du Peixe, ao documentarista José Eduardo Miglioli e ao escritor Bráulio Tavares, três pessoas muito ligadas ao cantor e compositor pernambucano.

chicoscience

Mas o que Chico Science estaria fazendo em 2016? Música, com certeza. Em um exercício de suposição, Jorge du Peixe acredita que ele estaria flertando com música eletrônica. “A gente ouvia muito drum and bass e jungle. Durante o dia, ele ouvia de Vicente Celestino a Kraftwerk. Mas ele estaria mexendo com coisas diferentes dos dois discos que fez com a Nação Zumbi, que eram bem a frente de sua época e continuam atuais”, analisa.

Miglioli, diretor do documentário “Caranguejo Elétrico” sobre a vida e obra de Chico, defende que a temática dos primeiros discos de sua carreira estaria presente na obra de Chico como está na da Nação Zumbi até hoje, a conexão com o mundo e o desejo de trazer o discurso da periferia para o centro. “O Chico olhava o mundo a partir da província. Só que ele foi ampliando as cercas dele. Então, provavelmente, ele estaria, em 70% do tempo dele, tocando na Europa, Estados Unidos e Japão. Inclusive, na própria trajetória dele, numa curta carreira, a música dele foi mais impactante e deu mais retorno fora do Brasil”, avalia.

Deu no UOL

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Gilmar Bola Oito está fora da Nação Zumbi

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Texto: José Teles

Publicado em 20/12/2015, às 6h

O show do Nação Zumbi em 15 de agosto, no Clube Português, lançando o último disco e celebrando os 20 anos do álbum da Afrocibederlia, pode ter sido o último com o percussionista Gilmar “Bola Oito” Correa, um dos fundadores do grupo. Os fãs da Nação Zumbi estranharam a sua ausência no Rock In Rio 2015, na participação que o grupo fez no show de Lenine, no palco Sunset. Ele costumava receber as passagens com dois dias de antecipação. “Na hora de dormir, a viagem seria na manhã seguinte, liguei para empresária, que me falou: Você não tá sabendo não? Houve uma reunião e lhe tiraram da banda. Ficou de alguém lhe falar, mas ninguém quis, eu estou lhe falando agora”.

Gilmar Bola Oito de fora da Nação Zumbi (PE). Foto: Divulgação
Gilmar Bola Oito de fora da Nação Zumbi (PE). Foto: Divulgação

A confirmação de uma saída anunciada. No início de agosto passado, Gilmar revelou, em entrevista a Marcelo Pereira, editor do Caderno C, que era o último a saber o que acontecia na banda e não estava sendo convidado para shows e gravações do grupo. O desabafo foi feito às vésperas de viajar para Nova Iorque, para a apresentação no festival Summer Stage, Nova York, onde, com Chico Science, a Nação Zumbi fez sua estreia internacional, 20 anos atrás. A repercussão entre os fãs foi grande e, como era de se esperar, explodiu forte dentro das hostes do Nação Zumbi:

“Ana Almeida, a empresária da banda, pagou dez minutos de esporros em mim. Eu falei que ali estava acontecendo uma inversão de valores: Você trabalhava pra mim, sou um dos donos da banda. Ela disse que eu lavei roupa suja em público, porque fui falar que a banda estava rachada. Disse que no grupo as coisas aconteciam sem eu saber, ninguém me procurava pra dizer nada, que parecia uma estratégia. E ela aos gritos comigo em uma calçada em Nova Iorque, não dava para acreditar. Uma das primeiras coisas que fez, logo depois, foi me tirar do WhatsApp da banda”, conta o percussionista.

Roupa Suja

Ela disse que eu lavei roupa suja em público, porque fui falar que a banda estava rachada.
Gilmar sempre se considerou um dos sócios da banda. No começo dos anos 1990, conheceu Chico Science, seu colega de trabalho, na Emprel, empresa de processamento de dados municipal. Contou ao colega que tocava com um grupo de samba reggae, o Lamento Negro, de Peixinhos, em Olinda: “Chico perguntou o que era samba reggae, expliquei: o dumdudum era o baixo, e aquelas batidas, thcatchatcha, era a guitarra. Ele disse que queria ver”, lembra o percussionista. Chico Science foi ao ensaio do Lamento Negro, no Daruê Malungo, uma ONG, dirigida por Mestre Lua, em Chão de Estrelas: “Quando viu, ele pirou. É isso que eu quero fazer, me disse”, continua Gilmar. Passaram a fazer shows juntos, o Lamento Negro fundiu­se com a Loustal (formada por Chico Science, Lúcio Maia e Dengue) e daí surgiu o Nação Zumbi, banda que em lugar de bateria empregava inusitadas alfaias, tambores de maracatu.

Dois Pesos e Duas Medidas

No entanto, pelo que revela Gilmar, não chegou a ser uma fusão, mas coexistência, com dois pesos e duas medidas: “Os quatro (Jorge du Peixe, Lúcio Maia, Pupillo e Dengue) ganham 20 por cento e eu ganho 10 dez por cento. O tratamento comigo é outro. Tenho que dividir o quarto com fulaninho ou sicraninho, enquanto eles, cada um tem um quarto”, queixa­-se. Ele decidiu procurar o JC e tornar pública sua situação na Nação Zumbi, e contratou um advogado para resolver a separação nada.

Justificativa ?

Os músicos da Nação Zumbi, foram procurados pelo Caderno C, mas nenhum se pronunciou sobre a exclusão de um dos seus fundadores. “É um assunto ainda não resolvido e muito particular para se dar entrevista”, desculpou­-se Ana Almeida, empresária da banda, contactada pelo Facebook.

Leia mais no Jornal do Comércio de Pernambuco

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Nação Zumbi para por tempo indeterminado

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Nação Zumbi anunciouu por meio de um comunicado  oficial que ficará sem fazer shows por tempo indeterminado.

No informe  a banda explica que “vai parar de fazer shows por um tempo    para se concentrar nos projetos pessoais e finalizar o novo CD, ainda sem data    de lançamento”. Há anos em produção, este será (ou seria) o oitavo disco da banda.

O último lançamento do conjunto foi o DVD Ao Vivo no Recife, registro da turnê de Fome de Tudo, de 2007.

 

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Reverberação

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A “Ocupação Chico Science’, organizada pelo Itaú Cultural, no centro paulistano, é um misto de exposição, mostra de cinema e conversação. Na semana passada, mais precisamente na quinta-feira, a Mostra ganhou um cinclo de longas, médias e curtas-metragens – e ainda videoclipes mostrando o trabalho dos principais personagens do mangue beat nos anos 90 e início dos 2000.

As exibições seguiram até ontem, quando aconteceu também o Conversa de Mangue, um encontro entre o público, especialistas musicais e protagonistas do movimento que debateram sobre a reverberação dessa cena no Brasil e no mundo. O debate contou com a participação de Beco Dranoff, Borkowski Akbar, Fred Zeroquatro, Bill Bragin, Paulo André Pires e Carlos Eduardo Miranda.

A ‘Ocupação Chico Science’ está prestes a desocupar o Itaú Cultural, destacando um dos mais expressivos nomes do movimento mangue beat. Science teve sua vida estupidamente interrompida por um acidente de carro em Olinda, há treze anos.

MANGUE NO CINEMA

SÁBADO
18h
“Maracatu, Maracatus”
(Marcelo Gomes, PE, 1995, 14 min.)

“O Rap do Pequeno Príncipe contra as Almas Sebosas”
(Paulo Caldas e Marcelo Luna, PE, 2000, 75 min.)
Não recomendado para menores de 14 anos.

20h
“Cachaça”
(Adelina Pontual, PE, 1995, 13 min.)
Não recomendado para menores de 14 anos.

“Se Liga na Parada… Ou um Abraço”
(Michelle Assumpção, PE, 1997, 22 min.)
Classificação etária: livre.

“Josué de Castro – Cidadão do Mundo”
(Silvio Tendler, RJ, 1995, 52 min.)
Classificação etária: livre.

DOMINGO

15h
Videoclipe “Maracatu de Tiro Certeiro”, de Chico Science & Nação Zumbi
(Dolores & Morales, PE, 1993, 4 min.)

Videoclipe “Samba Esquema Noise”, de Mundo Livre S/A
(Dolores & Morales, PE, 1995, 5 min.)

Videoclipe “A Cidade”, de Chico Science & Nação Zumbi
(TV Viva, PE, 1993, 4 min.)

Videoclipe “Maracatu Atômico”, de Chico Science & Nação Zumbi
(Raul Machado, RJ, 1996)

Videoclipe “Manguetown”, de Chico Science & Nação Zumbi
(Gringo Cárdia, RJ, 1996)

“Samydarsh – Os Artistas da Rua”
(Adelina Pontual, Claudio Assis e Marcelo Gomes, PE, 1993, 12 min.)
Classificação etária: livre.

“Punk Rock Hard Core – Alto José do Pinho – É do Caralho!”
(Marcelo Gomes, Adelina Pontual e Cláudio Assis, PE, 1995, 13 min.)
Classificação etária: livre.

“De Malungo pra Malungo”
(Alexandre Alencar, PE, 1999, 42 min.)
Classificação etária: livre.

17h
“Amarelo Manga”
(Cláudio Assis, PE, 2003, 100 min.)
Não recomendado para menores de 18 anos.

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