Aberta a Aldeia Sesc Guajajara em ‘Saint Louis’

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A Rua Grande, principal via do comércio da capital maranhense, ficou ainda mais quente, movimentada e colorida na tarde de ontem (23). É que por lá passou o cortejo artístico de abertura da 9ª. Aldeia Sesc Guajajara de Artes, que antecipou a letra da canção de Chico Buarque: “cada paralelepípedo da velha cidade esta tarde vai se arrepiar”.

Cuspidores de fogo, pernas de pau, malabares, músicos, atores e “tudo em quanto” é tipo de artistas saíram do Sesc Deodoro para a praça Nauro Machado, onde se concentrava a programação inaugural do evento, definitivamente incorporado no calendário cultural do Maranhão.

“É motivo de orgulho para o Sesc/MA poder proporcionar a comerciários e à população em geral esta grande festa, esses oito dias de programação, que é a Aldeia Sesc Guajajara de Artes. O evento vem crescendo ano após ano, e é cada vez mais bem recebido pelo público”, afirmou Carol Aragão, coordenadora do Núcleo de Artes Cênicas, Música e Técnica do Sesc/MA e produtora executiva da Aldeia.

Por onde o cortejo passava era comum uma breve parada de vendedores e clientes para apreciar alguns instantes de pura magia. O vendedor Israel de Jesus, 26, gostou do que viu no cortejo. “É muito bom! Mostra um pouco de nossa cultura, tem um pouco de tudo, circo, bloco tradicional. Acho que devia acontecer mais vezes”, comentou.

Marluce Santos, 26, vendedora, tem opinião parecida. “É muito bonito, tanta coisa junta”, admirou-se. Indagada sobre o que mais gostou, não hesitou em responder: “a mulher cuspindo fogo”.

Os diversos grupos artísticos que integraram o cortejo foram recepcionados na praça por um público ansioso. A festa estava só começando. Sem atraso, o DJ Franklin botou a galera pra dançar com sua mistura de samba, pop, reggae e manguebeat, anunciando um pouco do que estava por vir.

Logo em seguida era a vez de Madian e o Escarcéu mesclar ao repertório de seu premiado Sinfonia de Baticum, músicas inéditas, na pegada característica da banda, que funde rock a elementos da cultura popular do Maranhão.

Na sequência era a vez da grande atração da noite. Os pernambucanos da mundo livre s/a, uma das bandas fundadoras do movimento Manguebeat fizeram um passeio pelo repertório de seus discos, com destaque para Samba esquema noise, cuja reedição em vinil pode ser adquirida por alguns felizardos interessados.

O disco, que figura entre os mais importantes da música pop produzida no Brasil no século passado, está completando 20 anos de lançado em 2014. Fredzeroquatro não escondeu a alegria em tocar pela primeira vez em São Luís, agradecendo o convite do Sesc/MA e proporcionando alegria e motivos para dançar ao público que lotou a praça Nauro Machado.

Fred Zeroquatro e companhia passearam pelo repertório da banda, em sua pegada característica que inclui samba com guitarra, punk com cavaquinho e muitos elementos da música popular de Pernambuco. No show, músicas mais conhecidas como Meu esquema, e também lembranças dos parceiros de Nação Zumbi. As bandas recentemente dividiram disco, em que uma tocava o repertório da outra, chegando a figurar no top five do itunes. Da Nação Zumbi a mundo livre s/a tocou Meu maracatu pesa uma tonelada.

“Foi um show incrível! O mundo livre é uma banda fantástica, botou pra quebrar, botou todo mundo pra dançar. O Sesc/MA está de parabéns”, afirmou a estudante Jéssica Ribeiro, 23.

A quem não estava satisfeito, a noite ainda estava por terminar. A programação denominada Caia na Rede, promove a inclusão de atividades culturais já estabelecidas na cidade na 9ª. Aldeia Sesc Guajajara de Artes. Ontem foi a vez de A Vida é uma Festa, capitaneada pelo poeta e músico ZéMaria Medeiros, com um sem fim de canjeiros, entre conhecidos e anônimos. Além do anfitrião, acompanhado pela Casca de Banana – “a banda que não escorrega no som” –, passaram pelo palco Omar Cutrim e Costelo, entre outros. Pernambucano radicado em Brasília/DF, a trabalho em São Luís, o advogado Fernando Matos gostou muito do que viu. “Para mim foi uma grata surpresa rever a turma do mundo livre s/a, o som estava perfeito e a interação entre banda e público foi fantástica. E está valendo muito a pena também conhecer manifestações autênticas de São Luís, como essa grande festa informal de que estamos participando”, elogiou, citando o espetáculo A Vida é uma Festa.

Fonte: Assessoria

Cortejo Daniel Sena (17)

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