DJ Zod na Festa Santa Levada em São Luís

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São 58 anos de uma vida intensa tendo como referências a publicidade e a discotecagem. Esse é o Luiz de França (para os íntimos), maranhense, nascido e criado no Bairro do Monte Castelo, convivendo com o auto do bumba meu boi de zabumba, em São Luís, mas que resolveu pegar a estrada e criar raiz no Rio de Janeiro. Por lá, ele virou o DJ Zod, uma marca tirada das histórias em quadrinhos (gibi) e se tornou conhecido nas baladas alternativas do Rio de Janeiro, e pelo seu engajamento em defesa das causas sociais de Santa Tereza, bairro boêmio carioca, cravado na região do Corcovado. Indagado da saída de São Luís para morar na “Cidade Maravilhosa”, Zod disse que o responsável foi o Grupo Cazumbá, dirigido por Américo Azevedo Neto, lá pelos anos de 1976, na capital maranhense. Ele traz para São Luís a festa Santa Levada. A quinta edição da balada ocorre nesta quinta-feira (17/4), no Boteco Seu Guma, Renascença II (atrás do Office Tower). Os ‘deejays’ Franklin (MA) e Pedro Sobrinho (MA) dividem à noite com o anfitrião, Zod.

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– Eu era muito envolvido com o teatro amador. Eu só vivia na rua. Era teatro pra lá, teatro pra cá. Minha falava assim: “meu filho é um artista” (rs). Aí, que fazia teatro amador, dançava muito na rua. Um dia perguntaram se eu não queria fazer um teste no Cazumbá. Então, eu comecei a participar. Ensaiávamos bastante, todo dia. O diretor do grupo, Américo Azevedo, dizia para mim: “aqui, não é teatro amador. Esse grupo é sério, tem contrato”. Só um cara imbecil larga uma proposta dessa! Eu encarei o trabalho profissionalmente. Aí, começamos a viajar pelo Rio de Janeiro e interior de São Paulo. Quando voltei, estava com cabecinha virada e a fim de dar uma vazada da ilha. A minha mãe me incentivou, e eu caí na estrada. Escolhi o Rio de Janeiro, onde vivo até hoje, no Largo das Neves, no bairro de Santa Tereza – explicou.

Multimídia

Mesmo bailarino. Eis a pergunta que não quer calar. Quem veio primeiro a discotecagem ou a publicidade? Zod responde que foi influenciado, inicialmente, pela publicidade. E tudo começou quando morava em São Luís. Trabalhou como estagiário exercendo a função de desenhista na Agência de Propaganda “Promov”, do radialista Leonor Filho, em 1974. Como todo jovem inquieto em busca de alçar voo e tendo o Rio de Janeiro como o seu novo lar, Zod conseguiu o seu primeiro emprego como office boy na agência Armando Amorim.

– Era um trabalho bacana para eu conhecer a cidade. Isso foi bem estratégico e serviu como primeira experência profissional. Só depois eu fui parar numa agência de publicidade. Eu já tinha experiência como desenhista numa agência, ainda, em São Luís. Naquela época, era na prancheta, mas tinha o nome de arte-finalista. Eu fazia layout, era tudo na mão. Depois de alguns anos, nessa agência do Rio, fui parar numa empresa maior. Foi em 1980, na Almap, como arte-finalista e depois como chefe de Estúdio. A partir de 1987, já era diretor de arte. Em 1992, fui para agência Mental Mark, mudando, em 1994, para a oficina de Marketing e Comunicação – enfatiza.

Premiação

No decorrer da carreira, fez vários cursos ligados à área em que atua, tais como: “A nova Linguagem da Propaganda”, promovido pela Escola Superior de Propaganda e Marketing, “Produção Gráfica” e “Computação”, promovidos pela Gráfica Burti. Foi premiado no Colunistas-Rio, no ano de 1993 e pela ABP em 1994. Sendo premiado, novamente, em 1995, no “Colunistas” com medalhas de ouro, prata e bronze.

Em 1996, foi para a Foote, Cone & Belding (FCB), onde atendeu clientes como Ceras Johnson, Nabisco e Fleischmann Royal. Em 98, transferiu-se para a Z+G Grey Rio e trabalhou para a Stafford Miller, Allied Domecqe USA NetWork. Foi premiado no Colunistas-Rio Promoção com medalhas de ouro e prata em 1999 quando atuou como diretor de Arte pela Rebouças & Associados.

No início do ano de 2000, Luiz de França foi para a Arteplan prestando serviços a clientes como: American On-line, Bradesco Seguros, CEG, Rock in Rio e governo do Rio de Janeiro, entre outros. Também conquistou vários prêmios na Arteplan: medalha de ouro no Colunistas Promoção, com o cliente American On-line e medalha de prata com Rock in Rio Promoção. Prêmio o Globo, com campanha Árvore de Natal, na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Discotecagem

Ao perceber que a música também estava na veia, Luiz de França resolveu atuar como DJ, atividade que já desempenhava quando morava em São Luís, e passou a encarar a atividade definitivamente no Rio.

– Na minha casa, sempre fui prioridade. Eu me criei ouvindo rádio em São Luís, e os programas que tocavam músicas do Caribe. Sempre que rolavam os bailes em casas de amigos, eu gravava fitas e lá estava eu animando a festa como discotecário. Sempre estou ligado com som, bons equipamentos. Aqui no Rio, quando eu comecei a discotecar ainda trabalhava em agência. Mas, logo, logo, eu fui saindo e comecei a fazer “frila”. Aí, nesse início, a vida começou a mudar também. Eu comecei a ficar sem a “granona” da publicidade para ficar com a “graninha” do discotecário” – brinca.

Na pista

E, quando o assunto é divertir as pessoas, o DJ Zod usa a irreverência e aposta em seu setem 90% de música brasileira.

– Eu sacava a força da música americana na década de 70. Nada contra até porque eu toco em festa a sonzeira gringa que serve como fonte de inspiração musical. Mas, a música brasileira é muito representativa e dançante. Tenho um trabalho de pesquisa muito forte do samba, do folclore maranhense, paraense, e da música que encanta o Brasil e jogo isso na pista. As pessoas se divertem, outros matam a curiosidade perguntando o que estou tocando, em especial a “gringalhada” ávida por novidades produzidas no Brasil. – frisa.

Rótulo (?)

Um eterno brincalhão, Zod diz, ainda, que não gosta de rótulos: “os únicos rótulos que eu gosto são de caixas de fósforo e garrafa de cerveja” (rs).

Santa Levada

Além de tocar para uns e outros, bares, praças, ou em qualquer lugar em que for acionado, o DJ Zod tem como residência o restaurante Espírito Santa, no Largo dos Guimarães, no bairro da Santa Tereza. E nessa cumplicidade com a casa nasceu a Santa Levada. O espírito da festa baixou em São Luís, cuja primeira edição aconteceu em 2007, sob a produção de Márcia Torres, em dueto com o DJ Pedro Sobrinho.

Na segunda versão, em 2008, entra o DJ Franklin para formar a “trinca”, que, consecutivamente, em 2009 e 2010, não deixaram a peteca cair e fizeram o baile. Depois de um hiato de quatro anos, a Santa Levada, versão itinerante e que ocorre, sempre no período da Semana Santa, em São Luís, será retomada. Os fãs da iniciativa dançante já têm data marcada: dia 17 de junho (quinta-feira), a partir das 21h, no Seu Guma, no Renascença II (atrás do edifício Planta Tower), assinada pela Satchmo Produções. Leia o Blog de Pedro Sobrinho.

SERVIÇO:

O que:

Santa Levada

Quem:

DJ Zod (RJ), Franklin (MA) e Pedro Sobrinho (MA)

Quando:

Dia 17/4/2014 (Quinta-Feira Santa)

Onde:

Boteco Seu Guma – Rua dos Periquitos, Nº 20 – Renascença II – Atrás do Edifício Office Tower

Ingresso:

R$ 20,00

Produção:

Satchmo Produções

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