Rock in Rio: mais vivo do que nunca

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A história do Brasil é feita por fatos políticos marcantes, pelas conquistas internacionais no futebol e pela música. Ao longo de seus 500 anos, a musicalidade brasileira pela sua diversidade sempre foi vista com bons olhos pelo mercado externo. A Bossa Nova, a Tropicália, são dois bons exemplos registrados entre os grandes movimentos musicais existentes no planeta.

Além de produzirmos uma boa música, também estamos entre os maiores consumidores mundiais dessa manifestação artística. E foi dentro de uma visão sensível e empreendedora que o empresário Roberto Medina promoveu em 1985, o Rock in Rio I.

A primeira característica a ressaltar o Rock In Rio é tentar defini-lo apenas como um festival de música. Todos os detalhes da sua concepção e realização ultrapassam em muito essa abordagem simplista.

Muito mais do que apenas de música, o festival foi feito para desenvolver o turismo no Brasil, e de modo especial, para o resgate de uma imagem positiva do Rio de Janeiro, além de informar e integrar os povos através da arte, bem como o primeiro a adotar uma postura de responsabilidade social.

O Rock in Rio tornou-se referência na história do show business brasileiro. Até 1985, o país sediava pouquíssimos festivais grandes e muitos artistas se negavam a viajar ao Brasil, devido à distância e à falta de tradição no mercado de shows. É um empreendimento precursor de muitas outras iniciativas capazes de posicionar o Brasil como uma grandeza junto às demais. A resposta veio com a exportação do festival para o mercado europeu, ou seja, os portugueses tiveram o privilégio e a capacidade de absorver a idéia.

Por aqui resta saudade e a esperança de que um outro Rock In Rio esteja por vir. Enquanto não vem resta dizer que os shows das três edições brasileiras do festival começam a ganhar versões digitais, para serem ouvidos/vistos em casa. O primeiro, de Cássia Eller, acaba de chegar às lojas (o CD; o DVD deve ser lançado até o final deste mês).

O projeto é da produtora MZA Music, de Marco Mazzola, em conjunto com a Artplan, de Roberto Medina, organizador do Rock in Rio.

“Cássia Eller ao Vivo – Rock in Rio” traz o show completo que a cantora apresentou no evento ocorrido em janeiro de 2001 – Cássia Eller morreria em 29 de dezembro daquele ano, no Rio de Janeiro.

No disco, além das 13 canções ao vivo, há um extra com entrevistas com Cássia Eller e com os músicos que participaram do show, como a Nação Zumbi, que, no dia, tocou “Come Together” (Beatles) e “Quando a Maré Encher” com a cantora.

A última música apresentada por Cássia Eller foi o cover “Smells like Teen Spirit”, do Nirvana, a pedido do filho, Chicão, então com sete anos.

O conteúdo do DVD de Cássia Eller poderá ser visto em especial no Multishow, que deve ser exibido em 10 de dezembro.

Barão Vermelho (que tocou na primeira edição do RiR, em 1985) e Paralamas do Sucesso (também em 1985) devem ser os próximos a ter seus shows transformados em disco.

Sem Blitz, Rita Lee…

Além dos brasileiros, a MZA planeja lançar CDs e DVDs de alguns artistas internacionais que passaram pelo Rock in Rio, como Neil Young, Queen e James Taylor. Já Rita Lee, Blitz e Ney Matogrosso –este último, o primeiro show do festival, em 1985– estão fora do projeto, pois o áudio de suas apresentações foi totalmente perdido.

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