Nosso Tempo é o Hoje

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Mesmo com aquela onda de sensacionalismo, bizarrice e baixaria na televisão brasileira, a telinha ainda consegue ser um veículo de comunicação que informa com precisão, tem credibilidade e emociona.

Tem gente que prefere os canais fechados. Sou daqueles que ainda acredito na TV convencional, até porque no meio de tanta turbulência existe um objeto democrático batizado de controle remoto. Graças a esse acessório que acompanha a TV é possível separar o joio do trigo.

Entre os programas preferidos estão os de clips musicais, talk show, documentário, um jornalismo feito com transparência e conhecimento geral, além de um programa que destaca o esporte.

Deixo bem explícito que a música e o esporte são as minhas duas paixões. É para escolher um programa eficiente, voto no Esporte Espetacular. Aqui está o meu programa de cabeceira nas manhãs de domingos. Acordo cedo, ligo a TV e lá está o Esporte “literalmente” Espetacular, aprovado por mim e milhares de brasileiros, que apreciam os apresentadores simpáticos e com perfil esportivo, matérias com textos leves, às vezes com pitadas de irreverência, além de uma sensibilidade profunda no momento de escolher uma trilha sonora para dar mais brilho ao trabalho. Essas receitas deixam qualquer um telespectador envolvido até a alma.

E já que o objetivo desse texto é a emoção aliado a reflexão, vale ressaltar que a edição deste domingo, do Esporte Espetacular me fez lembrar aquela frase de que “a televisão é uma máquina de fazer doido”, ou seja perturba e comove em todos os sentidos.

Ao assistir ao Esporte Espetacular me deparei diante de um homem velho, inquieto, por nome Tuflê (não sei, talvez seja assim que se escreve). Vi em seu rosto e no resto do corpo o quanto as marcas do tempo são implacáveis. Ao mesmo tempo percebi na sua alma que é possível conviver com a velhice sem frustrações, torná-la saudável desde que você tenha objetivos.

O senhor, o “Sir” Tuflê descobriu no esporte uma alternativa de mostrar que ser velho não é ter idéias fixas, tem que saber o significado da palavra auto-estima, deve transgredir com responsabilidade e não aceitar a síndrome de Peter Pan. Questionado sobre a sua performance na pista de atletismo, o solitário atleta foi enfático em dizer que era o melhor do mundo dentro da sua modalidade e que ainda era uma criatura viril. Parecia ser pretensioso, mas a leitura a ser feita é de que Tuflê é um homem na melhor idade e privilegiado.

Aos 95 anos, uma alimentação saudável, tendo a música como fonte de inspiração e sem vícios, Tuflê apresenta a todos nós o verdadeiro elixir da juventude. Espirituoso, o velho e bom atleta pede a Deus que não deixe agora esse plano físico.

– Quero correr até aos 100 anos. Quem sabe mais de um século e se possível entrar para o “guiness book” como o homem e atleta mais velho do mundo em atividade – declarou.

Com as palavras otimistas e arrojadas, Suflê tornou-se um dos meus maiores admiradores. Consegui defini-lo como um homem cujo o seu tempo é o hoje. É daqueles que ao ouvir uma música do Charlie Brown Júnior não vai dizer que música boa é aquela feita em seu tempo. Eis aí, uma boa lição de vida !!!!

1 comentário para "Nosso Tempo é o Hoje"


  1. Anônimo

    muito bacana parece ser “sir tuflê”,que Deus nos permita envelhecer como tal,íntegro e sencível e simples.isso se a nossa santa ignorância nos permitir.Parabéns pelo blog!!!!!!!!!!FELIZ 2008

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