Recital

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O poeta e jornalista maranhense Celso Borges é o convidado do projeto “O Autor Na Praça”, no próximo dia 14, sábado, no Espaço Plínio Marcos – Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto – Pinheiros (SP).

No projeto, que tem início às 14h, Celso Borges lança seu segundo livro/CD “Música”, que contém 25 poemas-faixas e reúne mais de 50 artistas brasileiros, entre eles, Zeca Baleiro, Vitor Ramil, Ceumar, Chico César, Cordel do Fogo Encantado, Micheliny Verunschk, Ricardo Corona e Ademir Assunção, além do DJ Otávio Rodrigues que fez cinco trilhas, incluindo a faixa-título.

Após o lançamento haverá um recital poético-musical de Celso Borges, às 18h, no Espaço Cultural Alberico Rodrigues, em frente à praça, com a participação de vários artistas, entre eles o grupo Retrovisor, de Natal (RN), que está fazendo uma turnê por São Paulo.

Música e Poesia

No livro/CD MÚSICA a poesia de Celso Borges ganha a cor de diversos gêneros e ritmos musicais: a canção, o fado, a morna caboverdiana, a balada e o rap. Mas na maioria das faixas, os poemas são falados e recebem intervenções sonoras. – A idéia é deixar a palavra livre de impostações e colocar as intervenções para reforçar o discurso, como se um fizesse parte do outro -, afirma o poeta. O trabalho faz parte da coleção Ruptura Réptil/Poesia para ouvir, da editora Medusa, de Curitiba, especializada em poesia.

A música dá continuidade ao projeto poético sonoro inaugurado com XXI (2000), mas diferente deste, que reuniu basicamente artistas maranhenses, apresenta artistas com quem Celso vem dialogando também fora de São Luís. A obra reúne mais de 50 poetas e compositores, a maioria deles vivendo em São Paulo, onde Celso Borges mora há quase 20 anos. Estão em MÚSICA, entre outros, os compositores Zeca Baleiro, Chico César, Vitor Ramil, Carlos Careqa, Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Kleber Albuquerque e Décio Rocha; os poetas Sérgio Natureza, Micheliny Verunschk, Ricardo Corona e Ademir Assunção; e as cantoras Ceumar, Miriam Maria, Vanessa Bumagny e Vange Milliet.

Zeca Baleiro é um dos destaques de MÚSICA. Ele colocou melodia em três poemas de Celso Borges: Americana, em que divide a interpretação com o gaúcho Vítor Ramil; Aurora, cantada pela mineira Ceumar; e Morada, uma morna caboverdiana, na voz da paulistana Miriam Maria. O poeta destaca ainda a participação da poeta Micheliny Verunschk, finalista do prêmio Telecom em 2004, que diz um poema que homenageia João Cabral de Melo Neto.

MÚSICA traz ainda alguns resultados da parceria que Celso Borges desenvolve desde 2003 com o DJ Otávio Rodrigues. O trabalho da dupla, Poesia Dub, vem sendo apresentado em shows e eventos em São Paulo, entre eles o TIM Festival e o Baile de Baleiro, em 2004, além do projeto Outros Bárbaros, no Itaú Cultural, em 2005.

– Utilizamos colagens musicais e efeitos sonoros, ampliando o texto para além da página, na linha de poetas como William Burroughs e Linton Kwesi Johnson (UK) -, afirma Otávio Rodrigues, que assina a trilha de cinco faixas, inclusive a faixa-título.

Biografia

Celso Borges é maranhense de São Luís (maio/1959). A partir do final dos anos 70 integra os principais movimentos de poesia que surgiram na cidade, dando origem a publicações históricas, entre as quais a revista Guarnicê (1983 a 1985). Na década de 80 lança três livros: Cantanto (1981); No instante da cidade (1983) e Pelo avesso (1985), todos publicados pelas Edições Guarnicê. A partir de 1989 passa a morar em São Paulo, onde lança Persona Non Grata (1990); Nenhuma das respostas anteriores (1996); e o livro-CD XXI (2000). Jornalista, Celso Borges também atua como letrista e tem parcerias com diversos compositores como Zeca Baleiro, Chico César, Nosly, Lourival Tavares, Alê Muniz, Papete, Mano Borges, César Nascimento e Gerson da Conceição (banda Mano Bantu). Foi um dos criadores da rádio Mirante FM, onde desempenhou a função de Coordenador Artístico da emissora maranhense.

Baile Popular

Zeca Baleiro promove um Baile Popular neste domingo, no Canecão, no Rio. A idéia do músico maranhense é tocar um pouco de tudo, privilegiando a música brasileira de todas as épocas e estilos, reunindo amigos e convidados no palco e improvisando.

Baleiro avisa que a festa, que nasceu na noite paulistana, tocará da música black de Toni Tornado ao carimbó do Pará, coisas de diversas épocas e estilos, em arranjos mais modernos, mas às vezes tradicionais, levando em consideração os pedidos do público”, conta Zeca Baleiro. No palco, ele receberá o cantor Hyldon, de sucessos setentistas como ‘Na Sombra de Uma Árvore’, e a dupla gaúcha Kleiton e Kledir (“Deu Pra Ti…”).

No set list bem-humorado de Baleiro há pérolas como ‘O Assassinato do Camarão’, do grupo Originais do Samba; ‘Fio Maravilha’, de Jorge Ben Jor; ‘O Pinto’, de Pinduca; ‘Domingo Feliz’, de Ângelo Máximo e ‘Mamãe Passou Açúcar em Mim’, de Wilson Simonal. Entre as composições próprias de Zeca, ‘Eu Despedi o Meu Patrão’.

Zeca será acompanhado por Tuco Marcondes (guitarra, violão e vocais), Fernando Nunes (baixo e vocais), Kuki Stolarski (bateria e percussão), Adriano Magoo (teclados, acordeon e vocais) e Hugo Hori (sax, flauta e vocais). O show de abertura é da cantora Taryn, mostrando seu novo CD.

1 comentário para "Recital"


  1. Nicolau Leitão

    O “Música” é genial, inspirador pra galera que estuda rádio!

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