Menos timidez e mais ousadia….

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O turismo é a engrenagem que move os lugares com fortes indícios para esse tipo de negócio. É comum hoje no Brasil a integração da arte com santuários ecológicos e lugares marcados por patrimônios arquitetônicos originários de séculos atrás, que só a história sabe explicar.

A criação de festivais em lugares com esses perfis é sinônimo de vocação turística, entretenimento, geração de emprego e renda, estímulo pela valorização da arte no bom sentido, conscientização para quem chega como visitante e para os que ali estão em seu “habitat natural”.

Algumas capitais e municípios brasileiros já acordaram para esse modelo de investimento optando pelo entretenimento aliado a responsabilidade social e ecológica. Podemos citar como bons exemplos os Festivais de Jazz de Guaramiranga (CE), e de Rio das Ostras (RJ), o Festival de Literatura de Parati (RJ), Abril Pro Rock e o RecBeat (PE), Percpan (BA), TIM Festival (RJ), sem esquecer os Festivais de Música Eletrônica realizados na Chapada Diamantina (BA), Fora do Tempo, na Ilha dos Botes, Carolina, (MA), entre outros que não foram lembrados no momento. Ah, não podia esquecer do Festival de Inverno em Bonito, no Mato Grosso do Sul.

Transformada num dos principais destinos do ecoturismo brasileiro nos anos 90, Bonito tem uma receita com a atividade de R$ 30 milhões por ano – R$ 7 milhões a mais que todo o orçamento da prefeitura. O dinheiro passa pelas mãos de quase 4 mil pessoas que trabalham diretamente com o setor. O festival custou R$ 1,5 milhão. A maior parte da conta R$ 1 milhão ficou com empresas estatais – Petrobras e Correios – e do Poder Público Estadual e Municipal.

Quanto ao Festival de Inverno de Bonito garantiu um final de semana de intensa agitação cultural com espetáculos de teatro, música e artesanato tomando de conta das ruas, tendo como cenário o frio. Rita Lee foi uma das sensações da festa. Com quase duas horas de duração, fez um concerto como uma espécie de radiografia da trajetória roqueira e levou o público a cantar sucessos como “Ovelha Negra” e “Lança Perfume”.

Num dos momentos do show no último sábado (4), Rita Lee (pra variar) polemizou estimulando o público a vaiar o Presidente Lula. Ela criticou o que seria falta de ação do presidente para defender o meio ambiente e disse que depois ele (o presidente) não sabe porque é vaiado.

O nosso dever também no texto é alertar para a vocação turística existente no Maranhão. É bom que se diga o povo maranhense e de outras regiões brasileiras fizeram a sua parte escolhendo através de votação os Lençóis Maranhenses como a Maravilha Natural do Brasil. O paraíso ecológico, situado geograficamente em Barreirinhas, será o representante nacional no concurso das Sete Maravilhas Naturais do Mundo, em 2008. Uma conquista justa e que merece uma atenção mais arrojada por parte do Poder Público e da iniciativa privada.

Aqui no Maranhão se fala bastante que somos um pólo turístico em potencial. Concordo com o pensamento da maioria, mas tenho a percepção de que o turismo pras bandas de cá ainda caminha em estado de letargia. Não quero ser o dono da verdade, mas é preciso menos timidez, mais ousadia. Um outro recado: jamais devemos fechar os olhos para o mundo, pois um povo estático não consegue conviver com o progresso.

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