Como é bom beber na fonte de uma ilha que sabe fazer samba

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Por: Cristiane Maciel

Quem assistiu aos shows da turnê de Kris Maciel e Grupo Regra Três em São Luis está perplexo até agora. Pela segunda vez estivemos na cidade para mostrar aos maranhenses que em Brasília também existe samba de qualidade.

Ao chegar na ilha (eu) Kris Maciel concedi entrevista a TV Mirante informando sobre a seqüência de shows que o grupo faria. O primeiro contato com a TV surtiu um efeito bastante positivo, pois fiz uma prévia do que seriam os shows. De cara, a repercussão foi muito boa por parte do telespectador. O público prestigiou o grupo e os comentários rolaram de boca em boca. Resultado: casa cheia em todas as apresentações.

Kris Maciel e o Grupo Regra Três se uniram para algumas apresentações em Brasília, onde residem, na época da Copa de 2006. De lá pra cá o conceito musical dessa união solidificou-se e hoje somos um dos grupos mais respeitados e requisitados do Distrito Federal quando o assunto é samba.

A boa parceria entre nós rendeu uma temporada de shows do grupo entre dezembro de 2006 e janeiro de 2007 em São Luís. Na curta tour, o grupo se apresentou por sete vezes nos respectivos locais: Academia do Chopp, Divino Bar, Armazém da Estrela e na sede da Turma do Quinto. Na época ficamos conhecidos pelos maranhenses, que cobraram uma segunda turnê.

– Sou uma pessoa exigente. Amigos, amigos, negócios à parte. Portanto, ter descoberto essa moçada em Brasília em outubro de 2006 foi uma boa surpresa. Conversamos sobre a possibilidade da viagem a São Luís o que tornou-se uma realidade. O bom é saber que o grupo convenceu aos maranhenses com um trabalho sério, compromissado com os verdadeiros arquitetos do samba. É interessante dizer que o grupo é jovem cronologicamente, mas maduro musicalmente. Falta agora amadurecer um trabalho autoral com qualidade para legitimar o trabalho – declarou o jornalista Pedro Sobrinho.

Em resposta ao público nós desembarcamos em São Luis no finalzinho de 2007 e fizemos apresentações no Espaço Armazém, no Divino Bar e no Kitaro da Lagoa. Em alguma dessas apresentações se juntaram ao grupo Espinha de Bacalhau, grupo bastante conhecido na cidade e composto por músicos experientes. Para nós brasilienses foi valioso o intercâmbio direto com o samba produzido em São Luis, da relação amigável que tivemos com os sambistas locais.

– O samba não tem fronteiras, não tem idade, não tem classe e nem cor. O samba para mim não é só um ritmo, mas uma filosofia de vida, algo que não se escolhe, simplesmente nascemos sambistas – declara Kris Maciel, filha de cariocas e sobrinha de músicos, embalada ao som da poesia dos grandes poetas do samba, como Nelson Cavaquinho a quem tem como mestre.

A última apresentação no Kitaro nesta quarta-feira, dia 16, foi interativa. Encatamos a platéia com muita simpatia e repertório com os clássicos do samba. As pessoas cantavam e dançavam junto com os brasilienses que deixarão saudosos os maranhenses e figuras de outros estados que presenciaram as nossas apresentações em plena férias de janeiro.

– O público lotou aos nossos shows, a energia contagiou a gente e é isso que fica. missão cumprida! Esperamos retornar breve a São Luís que calorosamente tem nos acolhido – concluí George Guterres, percussionista do Regra Três.

2 comentários para "Como é bom beber na fonte de uma ilha que sabe fazer samba"


  1. Kris Maciel

    Obrigada Pedro Sobrinho, pela oportunidade e pela força que vc sempre nos deu e que com certeza continuará nos dando pelos caminhos do mundo artístico. Vc é 10! Um cheiro pra vc e até breve!
    Kris Maciel

  2. Anônimo

    Passando aqui para dizer que a festa que você fez no Armazém, no segundo andar, no final do ano passado, foi muito boa! Repita! Por favor! Drum and bass, indie rock… os maranhenses querem mais! E avise no blog quando for tocar. Abraço.

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