Sair da mesmice também é preciso…

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Seria radicalizar e injusto dizer que São Luís não possui noite e vida cultural. Seria também deselegante e incoerente dizer que não gosto do lugar comum. Agora, tenho a sensação de que em muitas das vezes nos comportamos como um povo marcado e feliz.

Sinto que gostamos de cultuar fórmulas prontas, porque assim determina o mercado, a velha e famosa indústria cultural. Inovar pras bandas de cá soa em muitas das vezes desnecessário.

Não quero levantar brasa para minha sardinha, mas temos que rever o fenômeno. Por que uma cidade, considerada a capital de um estado, e com quase 1 milhão de habitantes não absorve outras vertentes musicais que não sejam apenas as óbvias ? É necessário quem produz, faz arte, agentes de cultura, turismo e das mídias, discutir porque tanta resistência ao novo, ao que não está dentro das normas notívagas e da diversão na ilha. Enfim, os movimentos existem e acontecem, renovação na música também e a percepção é de que as coisas passam batidas. Essa frase não é minha, mas repito: “uma sociedade estática culturalmente está condenada ao fracasso”.

Pois bem, o comentário veio ao saber que a turnê da cantora brasileira Maria Bethânia faz junto com a cubana Omara Portuondo começa nesta sexta-feira, 7, e passará em maio pelo Piauí, estado vizinho ao nosso. Ah, com relação aos primeiros shows acontecem no Canecão, Rio de Janeiro.

A temporada vai até 16 de março, com preços variando de R$ 20 a R$ 160. Depois, Bethânia e Omara seguem para São Paulo (Via Funchal, 28 e 29/03) e Belo Horizonte (Palácio das Artes, 04 e 05/04).

A turnê continua por Maceió (Teatro Gustavo Leite, 09/04), Olinda (Teatro Guararapes, 12 e 13/04), Brasília (Teatro Claudio Santoro, 17 e 18/04) e Aracaju (Teatro Tobias Barreto, 23/04).

As últimas datas são em Salvador (Teatro Castro Alves, 25 e 26/04), Teresina (Atlantic City, 1º/05), Curitiba (Teatro Guaíra, 08/05) e Porto Alegre (Teatro do Sesi, 10/05).

Os shows promovem o disco que Bethânia e Omara gravaram juntas no ano passado e que foi lançado fevereiro. E para quem assistiu ao documentário “Buena Vista Social Clube”, Win Wenders, nos anos 90. poderá lembrar quem é Omara Portuondo, 76 anos.

3 comentários para "Sair da mesmice também é preciso…"


  1. Anônimo

    “uma sociedade estática culturalmente está condenada ao fracasso”. O pior nisso tudo é a falta de curiosidade pelo diferente, fora do usual! Então vejamos: O Piauí já possuí pelo menos dois festivais de jazz e nós sequer conseguimos montar um! O Piauí possuí um grande festival de pop-rock anualmente e nós tentamos apenas duas vezes e já desisistimos! Há algo de errado? Público desinformado; juventude careta;empresariado conservador, produtores sem garra (com raras exceções); tudo isso resulta nesse certo marasmo! O pior é ficar ouvindo que somos isso, somos aquilo outro, somos sempre os melhores em tudo! Mas então porque nada acontece meu Deus? Penso que o dia em que fizermos uma autocrítica e reconhecermos que podemos alçar outros vôos passaremos a ser mais felizes em nossas atividades culturais. Não crítico aqui a riqueza cultural popular do Maranhão, mas há espaço para todas as manifestações, caso o contrário estaremos sempre discriminando o diferente. abraços Pedro!

  2. michael

    concordo plenamente com suas palavras. e vou além. se você planeja fazer algo, que faça pensando em outros ares, porque os daqui – com raríssimas exceções – só vão te incentivar “pra baixo”. abraços.

  3. Amália

    VIVA A ILHA GALÁPAGOS…

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